MASSACRES
Os maiores massacres em instituições de ensino dos EUA nas últimas décadas
Atirador invade escola e mata 30 pessoas nos EUA
Segundo a polícia, o atirador, identificado como Ryan Lanza, está morto. O número de crianças mortas varia entre 14 e 18.
Ao menos 30 pessoas, incluindo 18 crianças, foram mortas por um
atirador que abriu fogo nesta sexta-feira (14) em uma escola primária
americana, de acordo com a rede americana CBS, que cita autoridades
policiais. O ataque ocorreu na escola primária Sandy Hook School, que
tem cerca de 600 alunos entre 5 e 10 anos e fica em Newtown, no estado
de Connecticut, no Nordeste dos Estados Unidos.
Segundo a polícia, o atirador, identificado como Ryan Lanza, está morto, mas não foi determinado se ele foi morto pela polícia ou se cometeu suicídio. Ele teria usados duas armas, um revólver e uma pistola, que foram apreendidas, e um colete à prova de balas.
De acordo com o tenente Paul Dance, da polícia local, o corpo de Rayan ainda está no interior do edifício. Segundo testemunhas, ele entrou na escola vestindo uma farda militar.
O hospital local informou que há várias pessoas internadas, muitas em estado grave. A polícia afirmou que há "muitas vítimas", entre funcionários e alunos. Dance não confirmou o número total de mortos, alegando que todos os familiares das vítimas devem ser alertados primeiro.
A polícia chegou à escola às 9h40 (12h40 no horário de Brasília), pouco depois de ser avisada por telefone do ataque. O local foi imediatamente cercado e bloqueado e todos os sobreviventes foram retirados da escola. Imagens aéreas mostram várias ambulâncias e veículos de resgate ao redor do colégio.
Com a ajuda de professores e policiais, os alunos foram retirados do local. Todas as escolas públicas de Newton foram fechadas.
Segundo a polícia, o atirador, identificado como Ryan Lanza, está morto, mas não foi determinado se ele foi morto pela polícia ou se cometeu suicídio. Ele teria usados duas armas, um revólver e uma pistola, que foram apreendidas, e um colete à prova de balas.
De acordo com o tenente Paul Dance, da polícia local, o corpo de Rayan ainda está no interior do edifício. Segundo testemunhas, ele entrou na escola vestindo uma farda militar.
O hospital local informou que há várias pessoas internadas, muitas em estado grave. A polícia afirmou que há "muitas vítimas", entre funcionários e alunos. Dance não confirmou o número total de mortos, alegando que todos os familiares das vítimas devem ser alertados primeiro.
A polícia chegou à escola às 9h40 (12h40 no horário de Brasília), pouco depois de ser avisada por telefone do ataque. O local foi imediatamente cercado e bloqueado e todos os sobreviventes foram retirados da escola. Imagens aéreas mostram várias ambulâncias e veículos de resgate ao redor do colégio.
Com a ajuda de professores e policiais, os alunos foram retirados do local. Todas as escolas públicas de Newton foram fechadas.
Com
a ajuda de professores e policiais, os alunos foram retirados do local
(Foto: Jessica Hill/Associated Press/Estadão Conteúdo)
A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama foi avisado sobre o incidente por volta das 10h30 (13h30 em Brasília) e acompanha a situação. Ele telefonou para o governador do Estado, Daniel Malloy, oferecendo ajuda federal nas investigações do incidente.
Um hospital da região afirmou ter recebido três pacientes da escola. De acordo com a rede de notícias NBC, a polícia foi acionada para atender a ocorrência pouco depois das 9h30 (horário local).
Massacre em Realengo (RJ)
São
8h20 de mais um dia que parecia tranquilo na Escola Municipal Tasso da
Silveira, em Realengo, Zona Oeste. Mas o psicopata que bate à porta da
sala 4 do segundo andar está prestes a mudar a rotina de estudantes e
professores, que festejam os 40 anos do colégio.
Wellington
Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, entra dizendo que vai dar
palestra. Coloca a bolsa em cima da mesa da professora, saca dois
revólveres e dá início a um massacre em escola sem precedentes na
História do Brasil. Nos minutos seguintes, a atrocidade deixa 12
adolescentes mortos e 12 feridos.
Transtornado,
o assassino atacou alunos de duas turmas do 8º ano (1.801 e 1.802),
antiga 7ª série. As cenas de terror só terminam com a chegada de três
policiais militares. No momento em que remuniciava dois revólveres pela
terceira vez, o assassino é surpreendido por um sargento antes de
chegar ao terceiro andar da escola. O tiro de fuzil na barriga obriga
Wellington a parar. No fim da subida, ele pega uma de suas armas e
atira contra a própria cabeça.
Na escola, a situação é de caos. Enquanto crianças correm — algumas se arrastam, feridas —, moradores chegam para prestar socorro. PMs vasculham o prédio, pois havia a informação da presença de outro atirador. São mais cinco minutos de pânico e apreensão. Em seguida, começa o desespero e o horror das famílias.
A notícia se alastra pelo bairro. Parentes correm para a escola em busca de notícias. O motorista de uma Kombi para em solidariedade. Ele parte rumo ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro, com seis crianças na caçamba, quase todas com tiros na cabeça ou tórax.
Wellington, que arrasou com a vida de tantas famílias, era solitário. Segundo parentes, jamais teve amigos e passava os dias na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio.
A carta encontrada dentro da bolsa do assassino tenta explicar o inexplicável. Fala em pureza, mostra uma incrível raiva das mulheres — dez dos 12 mortos — e pede para ser enrolado num lençol branco que levou para o prédio do massacre. O menino que não falava com ninguém deixou seu recado marcado com sangue de inocentes estudantes de Realengo.
Carta deixada por Wellington:
O crime está elucidado. As relações de Wellington ainda não...
Mensagens deixadas pelo maníaco que matou 12 crianças em Realengo reforçam a necessidade de descobrir os 'irmãos' com quem ele conversava
Foto de Wellington Menezes de Oliveira divulgada pela
Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro que foi recuperada do
computador da casa do assassino
Como ser solitário não é sinônimo de ser único, as conexões e
inspirações que colaboraram com a mente deteriorada e diabólica do
criminoso não podem ser desprezadas. E a partir deste ponto não cabe
mais a resposta de que “como era louco, tudo que dizia era loucura”
O melhor, no entanto, é que o encerramento do inquérito não signifique o fim da investigação – e, pelo menos por enquanto, o Departamento de Polícia Técnica parece determinado a esmiuçar a vida pregressa de Wellington Menezes de Oliveira.
O recluso criminoso gastava a maior parte de seu dia no mundo virtual. O que nos primeiros dias parecia um empecilho para o avanço da apuração, agora revela-se um facilitador. Os discos de computador, registros de internet e vídeos deixados por Wellington funcionam como uma grande documentação dos passos do autor de um crime sem precedentes na história do país.
Manoel Freitas Louvise é acusado de vender para o maníaco o revólver 38 usado para matar 12 crianças
Wellington agiu sozinho, diz a polícia. A despeito das referências desconexas sobre religião e da simpatia por fundamentalistas, não passava de um boçal que decidiu transformar uma vida de rejeição social em brutalidade.
Como ser solitário não é sinônimo de ser único, as conexões e inspirações que colaboraram com a mente deteriorada e diabólica do criminoso não podem ser desprezadas. E a partir deste ponto não cabe mais a resposta de que “como era louco, tudo que dizia era loucura”.
Os quatro vídeos divulgados pela Seretaria de Segurança do Rio na sexta-feira confirmam uma impressão já deixada por Wellington em suas outras mensagens. Wellington se dirige a pessoas que chama de “irmãos”, fala com alguma intimidade – chega a dizer que “como vocês podem ver, estou sem barba” – e age como se estivesse dando satisfação sobre a evolução de seu ‘trabalho’.
Não há dúvida de que a mente do criminoso era habitada por seres que não são deste mundo. Mas foi nos arredores de sua vida pacata e reclusa na zona oeste que ele deixou boa parte das pistas de que havia uma matança em andamento. A começar pelas armas e munições que adquiriu.
Os revólveres utilizados por Wellington Menezes de Oliveira no dia do massacre de Realengo
Como destacou a criminologista Britta Bannenberg, especialista crimes causados por atiradores, em entrevista ao site de VEJA, “todos os atiradores deram sinais de que tramavam algo e de que não estavam bem". O problema é que, no caso de Wellington, quem teve mais acesso a esses ‘sinais’ foram pessoas que estavam mais preocupadas em lucrar com o crime do que impedi-lo – e justamente por isso precisam de punição exemplar.
A começar pelo segurança Manuel Freitas Louvise, de 57 anos, preso na quinta-feira sob acusação de ter vendido para Wellington o revólver calibre 38 usado no massacre. Foi dessa arma que partiram mais de 60 tiros durante os cerca de 10 minutos de ataque. À polícia Luvise disse que vendeu a arma – que ele havia comprado legalmente – porque Wellington alegava necessidade de se proteger em Sepetiba, onde passou a morar. Como ele explica, então, a venda de 77 balas e dos recarregadores rápidos para a arma?
Luvise nunca vai admitir. Mas alguém com mínimos conhecimentos de segurança sabe que essa quantidade de munição e carregadores não são coisa de quem quer se proteger. E mais: que alguém viria a morrer.
É prematuro acreditar que Wellington – alguém que conta ter sido desprezado ao longo de toda a vida – tenha uma legião de seguidores. Mas alguém com obsessão por internet e tantas conexões – MSN, Orkut e seis endereços de e-mail, pelo que a polícia já pôde confirmar –, com planos que datam de pelo menos nove meses antes do massacre, dificilmente caminha sem deixar pegadas.
Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira
Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos
Brincalhona, Ana fazia a alegria das colegas de classe durante os recreios. Em casa, dedicava boa parte do tempo ao canto e à dança. Segundo amigas, os pais não a deixavam sair à noite para festas
Bianca Rocha Tavares, 13 anos
Caseira, Bianca gostava de navegar na internet e de ajudar a avó a arrumar a casa. Sua irmã gêmea, Brenda, também ficou ferida no ataque à escola e, no dia 8 de abril, permanecia internada no hospital
Géssica Guedes Pereira, 15 anos
A mãe a definiu como muito alegre. Ela estava no 7º ano e sonhava em seguir carreira na Marinha. A mãe soube do massacre pela TV e, ao chegar ao hospital Albert Schweitzer, reconheceu foto do corpo
Igor Moraes da Silva, 13 anos
Era brincalhão e estudioso. Familiares tentaram doar seus órgãos. Não foi possível, porque os pais precisavam assinar os papéis, e a família não conseguiu localizar o pai
Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos
Sonhava em ser atleta profissional. A família soube pela TV do ataque e tentou ligar para o celular dela, até que um aluno atendeu e disse que havia encontrado o aparelho no chão
Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
Sonhava em ser modelo e já havia se apresentado em desfiles pequenos. O irmão Alex, de 13 anos, também foi ferido. Ela era muito alegre e dedicada aos estudos
Laryssa Silva Martins, 13 anos
Era muito caseira e gostava de internet. Segundo parentes, Laryssa era obstinada e muito estudiosa. Na Escola Municipal Tasso da Silveira, ela vivia cercada de amigas
Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos
Faria 15 anos em setembro e estava animada com os preparativos da festa. Era fã de Ivete Sangalo e queria ser modelo. Luiza, que estava no 8º ano, fazia curso de inglês
Mariana Rocha de Souza, 12 anos
O irmão dela, Eduardo, de nove anos, também estudava na escola e estava em um andar acima quando ouviu os tiros. Ela sonhava em se tornar modelo e era muito vaidosa
Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
Aluna do 6º ano, estudava na escola desde a 1ª série. Era estudiosa e alegre. O pai, que tem mais duas filhas na escola, disse que não deixará que elas voltem a estudar lá
Rafael Pereira da Silva, 14 anos
Foi adotado duas vezes. Quando sua primeira mãe adotiva morreu, Rafael foi adotado pelo genro dela. O menino estava no 7º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira
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