Folclore Brasileiro
Mitos e Lendas do Brasil, mitologia, contos e lendas
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do Folclore, festividades e comemorações, contos folclóricos do
nordeste
Mula-sem-cabeça e Curupira
O
que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as
pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação
das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou
apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos.
Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos
do país.
As lendas
são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos
tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da
fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou
sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como
os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza,
através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar
sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar
conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser
humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da
realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Folclore
Nacional
Principais aspectos do folclore nacional,
diversificação, características do folclore de cada região, lendas,
personagens, festas e danças
Folclore Nacional: riqueza e diversificação cultural
Folclore
Nacional: riqueza e diversificação
O
Folclore Nacional é muito rico e diversificado. Em cada região do Brasil
podemos encontrar diversos contos, lendas e personagens que estão estritamente
relacionados com a cultura popular, principalmente, das áreas mais
interioranas. Esse folclore é fruto, principalmente, da cultura oral e foi
passando de geração para geração com o passar dos anos.
Folclore
do Nordeste
Muito
rico e diversificado, o folclore nordestino é um dos mais importantes aspectos
culturais da região. Nos contos e lendas, são transmitidos valores, crenças,
comportamentos e elementos imaginários do povo nordestino.
Cirandas:
este tipo de dança folclórica cantada é muito comum no Nordeste,
principalmente em Pernambuco. Nestas cirandas participam crianças e também
adultos.
Bumba-meu-boi:
surgiu no Nordeste e espalhou-se para a região norte do país. Com muita música,
dança e brincadeira, é um dos mais representativos espetáculos do folclore
nordestino. O evento gira em torno de uma carcaça de boi decorada, conduzida
por um homem, que faz coreografias que são seguidas pelos outros participantes.
Não
podemos deixar de destacar também a importância do frevo e do maracatu.
Folclore do Sudeste
Na
região Sudeste, podemos destacar várias lendas e contos folclóricos. Estes
contos estão ligados à cultura da região e servem como elementos de
entretenimento ou de divulgação da sabedoria popular. As lendas que mais se
destacam na região são: Saci-pererê, curupira, boitatá e mãe-de-ouro.
Com
relação às danças folclóricas do Sudeste, podemos destacar: Batuque, Catira
(Cateretê), Cana-verde, Caxambu, Jongo, Quadrilha e Fandango.
Folclore do Sul
O
folclore da região possui possuí uma interessante miscigenação de elementos
culturais indígenas, africanos e europeus (principalmente portugueses, alemães
e italianos). As danças são muito importantes no folclore da região. Podemos
citar como exemplos de danças folclóricas do sul do país: chula, baião,
congada, cateretê, pau de fitas, marujada, chimarrita e jardineira.
Já
com relação as lendas folclóricas, são mais comuns na região: boitatá,
lenda do Sapé, Negrinho do Pastoreio, Tiaracajú, Saci-Pererê e Curupira.
Folclore
do Norte
Muito
marcado pela influência indígena. Muitos contos e lendas surgiram da imaginação
e sabedoria dos povos indígenas da região. São típicas da região as
seguintes lendas: Boto Cor-de-Rosa, Iara, Vitória-Régia, lenda da Mandioca e
Uirapuru.
As
festas e danças típicas do norte são: Carimbó, Ciranda, Boi-Bumbá e
Marujada.
Folclore
do Centro-Oeste
As
lendas mais comuns na região Centro-Oeste do Brasil são: Ramãozinho,
Saci-pererê, Lobisomem e Pé-de-garra. Com relação às festas tradicionais,
podemos destacar: carvalhada, festas juninas e touradas. As dança folclóricas
são: congada, folia de reis, tapiocas, cururu e tambor.
* Mitos e lendas brasileiras
O
Brasil é rico em mitos e lendas. Deuses, heróis e personagens
sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido à vida
e ao mundo.
De todas as regiões brasileiras vêm personagens que habitam as crenças populares.
Boitatá -
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e
tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a
natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um
dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do
boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região
nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Boto
- Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica.
Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta
mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a
beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele
mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Curupira
- Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos
animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com
os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a
natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do
interior acreditam que é obra do curupira.
Lobisomem
- Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem
foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém
desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua
cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'água
- Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a
mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e
metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e
levá-los para o fundo das águas.
Corpo-seco
- É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas
estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em
fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe.
Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma
penada.
Pisadeira
- É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na
barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma
aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
A mula sem cabeça é uma lenda do folclore brasileiro. A sua
origem é desconhecida, mas bastante evidenciada em todo o Brasil.
A mula é literalmente
uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua
cabeça. Possui em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e
apresentam coloração marrom ou preta. Segundo alguns
pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda fez parte da cultura
da população que vivia sobre o domínio da Igreja Católica.
Segundo a lenda,
qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em um monstro. Dessa
forma, as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de “santo” e não
como homem, se cometessem qualquer pecado com o pensamento em um padre,
acabariam se transformando em mula sem cabeça. O
encanto somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de ferro que a mula
sem cabeça carrega, assim surgirá uma mulher arrependida pelos seus “pecados”.
Mãe-de-ouro
- Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se
encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma
mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a
forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens
casados, os faz largar suas famílias.
Saci-Pererê - O
saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma
perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá
poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com
isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com
gargalhadas.
Matintapereira
- Uma pequena coruja que canta, durante a noite, anunciando a morte de
alguém. Em algumas regiões, é uma mulher grávida que deixa seu feto na
rede ou na cama de quem não lhe dá fumo.
Porca-dos-sete-leitões
- mulher que namorou um padre e, por isso, se transformou num animal
semelhante a um porco. Aparece no meio da estrada grunhindo com seus
sete filhotes. Em algumas regiões, é considerada a personificação do
diabo.
Anhangá (Protetor
da caça) - Espírito que vaga pela mata como um fantasma ou assombração.
Sua presença pode ser detectada por um assobio e depois disso, o animal
que estava sendo caçado, simplesmente desaparece. Ele pode assumir a
forma de diferentes animais, mas uma delas parece ser a preferida: a do
cervo garboso, com olhos de fogo e cruz na testa, que além de enganar os
caçadores, desviando o tiro de suas armas rumo às pessoas queridas,
provoca febre, loucura e visões em que o vê. Anhangá é considerado como
um protetor da vida na floresta. Segundo a mitologia popular, qualquer
pessoa atacada por um animal selvagem, pode salvar-se gritando:
''Valha-me Anhangá!"./ Anhangá é um espírito que vive nas matas, podendo
assumir diversas formas quando visível: macaco, morcego, rato, pássaro
etc. Ele assinala sua presença com um assobio e a caça desaparece, o que
nos remete à imagem e função de protetor. Uma das formas que o anhangá
pode assumir é a de um portentoso gamo ou cervo, de cor avermelhada,
chifres cobertos de pelos, olhos de fogo e uma cruz na testa, ou ainda
um grande veado branco, que desvia o caçador do seu objetivo. Pode-se
compactuar com o anhangá, prometendo tabaco em troca da embiara
pretendida.
Arranca-Língua
- Monstro dos sertões do Estado de Goiás. Nas cidades chamam-no de
King-Kong. Outro nome com o qual é chamado é o de Bicho-Homem. Seria um
tipo humano, peludo, escuro, que se alimentava das línguas das vacas.
Este é, pois, seu malefício: dizima rebanhos inteiros para comer somente
a língua. Ataca desferindo urros paralizantes. Deixa pegadas nítidas,
de aproximadamente 48 centímetros.
Arvores Encantadas
– Mito do estado de Alagoas, são árvores encontradas por caçadores que
ora aparecem em um lugar, ora em outro, para confundi-los.
Barba Ruiva
- Era um homem de cabelos e barbas avermelhados. De tempos em tempos,
sai da água e deita-se na areia tomando banho de sol. Quem o viu afirma
que traz as barbas, as unhas e o peito cobertso de lodo. Não foge ao
encontrar os mortais, mas nunca lhes dirigiu qualquer palavra. Apesar
de pacífico , é objeto de medo e todos fogem dele. Diz-se que era filho
de uma mulher que não o desejava e esta o jogou em uma caçimba.
Imediatamente depois, do solo, água abundante surgiu e criou-se um lago
onde, à noite, ouviam-se relinchos, bater de pratos e o choro de uma
criança.
Mapinguari - é um animal fabuloso, semelhante ao homem, mas todo cabeludo.
Os seus grandes pelos o tornam invulnerável à bala de qualquer calibre, exceção da parte do umbigo.
Segundo a lenda é ele um terrível inimigo do homem, a quem devora e despreza. Mas devora apenas a cabeça.
Acreditam
alguns índios Tuixauas que se trata da reencarnação viva de um antigo
rei de sua etnia, que no passado habitava aquelas regiões.
Como o
Quibungo africano, o Mapinguari tem a posição anômala da boca, rasgada
do nariz ao estômago, num corte vertical, cujos lábios estão sempre
sujos de sangue. Depoimentos atestam que seus pés em forma de casco, são
virados ao avesso, como o Curupira.
Negrinho do Pastoreio - uma lenda do folclore brasileiro
surgida no Rio Grande do Sul. De origem africana, do século XIX, período em que
ainda havia escravidão no Brasil. Retrata muito bem a violência e injustiça
impostas aos escravos.
Havia um menino negro escravo, de quatorze anos, que possuía
a tarefa de cuidar do pasto e dos cavalos de um rico fazendeiro. Porém, num
determinado dia, o menino voltou do trabalho e foi acusado pelo patrão de ter
perdido um dos cavalos. O fazendeiro mandou açoitar o menino, que teve que
voltar ao pasto para recuperar o cavalo. Após horas procurando, sem sucesso, ao
retornar á fazenda foi novamente castigado pelo fazendeiro. Desta vez, o
patrão, para aumentar o castigo, colocou o menino pelado dentro de um
formigueiro. No dia seguinte, o patrão foi ver a situação do menino escravo e
ficou surpreso. O garoto estava livre, sem nenhum ferimento e montado no cavalo
baio que havia sumido. Conta a lenda que foi um milagre que salvou o menino,
que foi transformado num anjo.
O negrinho do Pastoreio é tido como o protetor das pessoas
que perdem algo. De acordo com a crença, ele sempre ajuda a encontrar objetos
perdidos de quem pede sua ajuda. Em retribuição, a pessoa deve acender uma vela
ao menino ou comprar uma planta ou flor.
Top 10 lendas urbanas brasileiras
Mitos
e lendas que foram construídos ao longo de muitas gerações ajudaram e
continuam ajudando a formar a nossa sociedade e a enriquecer a nossa
cultura. Algumas lendas e mitos nós ouvimos e damos
risada, pois parece óbvio que é mentira. Mas algumas histórias ainda
deixam em dúvida até os mais céticos. O fato é que acreditando ou não,
as lendas brasileiras são no mínimo divertidas, por isso separamos aqui
10 delas, olha só:
A Loira do Banheiro
Essa
é sem dúvida a lenda mais conhecida da lista. Uma aluna (algumas vezes
uma professora) loira e muito bonita que aparece nos banheiros dos
colégios assustando os estudantes que matam aula. Algumas versões a
retratam como um professora que foi assassinada por alunos revoltados,
que não satisfeitos, a torturaram fazendo cortes profundos em sua pele e
enfiando algodão nas feridas. Em outras versões ela é uma aluna que
morreu no banheiro da escola enquanto matava aula (às vezes devido a um
escorregão que terminava com sua cabeça na privado, outras vezes ela
morria sufocada com um mau cheiro que saía do ralo, bizarro mesmo!),
após sua morte, seu espirito passou a ficar vagando pelos banheiros
assustando os alunos que matam aula como ela fazia. Há ainda quem diga
que pode-se invocar a Loira do Banheiro dando descarga três vezes,
depois chutando o vaso uma vez e por fim virando-se rapidamente para o
espelho.
A brincadeira do copo
Junto
com a Loira do Banheiro, essa é outra das mais famosas, até porque
muitos dos que estão lendo isso agora já devem ter “brincado” de invocar
espíritos com um copo alguma vez durante sua adolescência. A lenda em
torno dela (fora a própria efetividade da brincadeira) é a de um grupo
de amigos que resolveu fazer a famigerada brincadeira durante uma festa,
um deles era descrente e só de sacanagem resolveu perguntar se alguém
naquela mesa iria morrer recentemente, a resposta foi sim e logo em
seguida o copo (em algumas versões ele é substituído por uma lapiseira)
se estilhaça na frente de todos. Algum tempo depois, eles ficam sabendo
que o rapaz cético que não “respeitou” o espírito havia morrido num
acidente de carro.
O Homem do Saco
Derivada
dos mendigos que permeiam todas as cidades, essa lenda é usada pelas
mães para assustar os meninos malcriados que saem para brincar sozinhos
na rua. De acordo com ela, um velho malvestido, e com um enorme saco de
pano nas costas, anda pela cidade levando embora as crianças que fazem
“arte”. Em algumas versões, o velho é retratado realmente como um
mendigo, outras ainda o apresentam como um cigano; creio que isso
dependa da região do país onde ela é contada. Há ainda versões mais
detalhadas (entendam como cruéis) em que o velho (mendigo ou cigano)
leva a criança para sua casa e lá faz sabonetes e botões com elas.
O Bebê Diabo
Essa
lenda foi popularizada pelo famoso (e extinto) jornal NP (Notícias
Populares) que circulou por 20 anos no Brasil e criou diversas das
lendas urbanas que conhecemos, dentre elas está a do Bebê Diabo. Segundo
o jornal ele era um bebê que nasceu com chifres, cascos e rabo e, de
acordo com a mãe da criança, o próprio capeta era o pai. Provavelmente
ele não passava de um criança que nasceu com algum defeito genético, mas
como “bebês satânicos” vendem mais que “crianças deformadas”, ele
acabou ganhando esse estigma.
A Mulher da Estrada
Essa
também é muito conhecida, seu surgimento ocorreu em meados dos anos
50/60 devido ao grande crescimento de rodovias que se deu nesses anos.
Na maioria das vezes, a lenda fala de uma mulher loira (que pode ser
trocada por uma índia ou prostituta) que fica na beira da estrada
pedindo carona para os motoristas que passam, quando um resolve parar
(muitas vezes caminhoneiros) ela conduz a pessoa até um cemitério
próximo, chegando lá a bela mulher desaparece deixando o motorista sem
entender nada, logo depois ele a reconhece na foto de uma das lápides.
Em outras versões ela simplesmente desaparece dentro do próprio veículo,
depois o motorista descobre pelos moradores das redondezas que a moça
havia sido atropelada há muitos anos naquela mesma estrada. Outras
versões dessa lenda se passam em cidades grandes e são protagonizadas
por motoristas de táxi, nelas o taxista recebe uma passageira muito bela
e jovem, ela pede uma corrida até um cemitério qualquer da região,
chegando lá ela dá ao motorista o endereço de sua casa e diz que lá ele
irá receber seu pagamento, no dia seguinte, quando o motorista vai
receber o dinheiro, o pai da menina lhe diz que é impossível sua filha
ter feito essa corrida, afinal, ela havia morrido há muitos anos. O
taxista, sem entender nada, fica ainda mais confuso ao reconhecer numa
foto a menina que ele conduziu no dia anterior.
Os bonecos malditos
Essa
história tem várias versões, alguns dizem que a boneca da Xuxa era
amaldiçoada e que à noite ela ganhava vida e matava as criancinhas (há
também quem diga que ao invés de matar as crianças, a boneca fazia com
que elas matassem seus pais). Outros dizem que o boneco do Fofão vinha
com uma adaga (ou uma vela negra, ou ainda um revólver) dentro dele.
Algumas versões mais estendidas diziam que esses bonecos eram fabricados
por uma seita satânica e que essa seita os “carregava” com energias
“demoníacas” para levar as crianças para o “mal”. Foram tantas versões
sobre o assunto que chegaram a chamar os inocentes brinquedos de Caixas
de Pandora.
A Kombi (ou gangue) do Palhaço
Essa
é uma das que mais assusta. Ela foi bem difundida em meados dos anos
90. Grande parte de sua fama deriva do supra citado Notícias Populares,
de acordo com ele, uma gangue de palhaços (que às vezes tinham também
uma bailarina entre eles) rondava os grandes centros numa Kombi branca,
parando nas praças onde apresentavam seu show; no meio da bagunça eles
raptavam as crianças. Seus fins eram dos mais diversos: seqüestro,
tráfico de órgãos e prostituição são somente algumas das suposições. Uma
outra versão ainda diz que não era uma gangue e sim um único palhaço
que raptava as crianças com o intuito unicamente de matar, como um
serial killer mesmo.
O Cadáver nas Garrafas de Coca-Cola (ou na Caixa D’água)
De
acordo com a lenda, um funcionário da Coca-Cola teria sofrido um
infarto enquanto operava um dos tanques de refrigerante, seu corpo teria
caído dentro do tanque, que, de tão fundo, ninguém via o corpo
mergulhado na Coca-Cola. Ele teria ficado lá por dias se decompondo e
sendo engarrafado. Essa lenda foi tão forte que em seu ápice ela chegou a
diminuir as vendas da Coca-Cola em todo território tupiniquim. Uma
variação dessa lenda acontece na maior caixa-d’água de uma cidade
pequena, água essa que supria a cidade inteira.
Músicas do demo
A
lenda: Se rodadas ao contrário na vitrola, músicas de Xuxa e Menudo
trazem mensagens ocultas. O refrão de “Doce Mel”, que abria o programa
da loira, traz a repetição da palavra “sangue”. Já o hit oitentista “Não
se Reprima”, maior sucesso do grupo porto-riquenho, revela a terrível
mensagem “Satanás vive”.
O jogador profissional da vila
Uma das mais antigas e inocentes lendas urbanas é até engraçado como
ela persiste até hoje, ocorre que em TODO o bairro ou vila sempre existe
alguém na faixa dos 30/40 anos e que veio de fora morar no bairro, esse
“alguém” sempre é um ex-jogador de futebol que se profissionalizou e
jogou em algum time, nas versões desta lenda contadas no estado de São
Paulo os times geralmente eram pequenas equipes de Minas Gerais ou
grandes equipes do norte e nordeste, às vezes equipes médias do Espírito
Santo, Paraná e até do Rio de Janeiro, contudo o engraçado é que em
todos os casos ninguém sabia explicar o motivo pelo qual o “alguém”
deixou de ser jogador, encerrou a carreira ou ainda o motivo pelo qual
saiu do lugar onde jogava e morava há anos e foi morar na vila onde a
lenda recebia sua nova roupagem.