ANIMAIS PEÇONHENTOS E ASQUEROSOS
A maior aranha do mundo:
A maior aranha do mundo é a Goliath bird eater. Ela tem este nome pelo óbvio motivo de comer passarinhos.Muita gente morre de medo de aranhas, mas esta tarântula é inofensiva aos humanos. Apesar de carregar presas venenosas como todas as aranhas, seu veneno não é letal a humanos, só a pequenos insetos, roedores e passarinhos. Uma característica bizarra desta aranha, além do tamanho é que ela faz barulho. É estranho imaginar que uma aranha faça barulho. Mas a Goliath esfrega uma pata na outra, prpfuzindo um ruído de alta frequencia similar ao do grilo, que pode ser ouvido de longe.
A Goliat, como todas as demais tarântulas, esfrega a bunda com as patas trazeiras quando em situação de alto estresse. Isso gera uma nuvem de micoscópicos pelinhos no ar, que são irritantes aos humanos.
As tarântulas tem este nome provavelmente devido a cidade italiana de Tarento, onde são numerosas. antigamente acreditava-se que ao morderem alguém, esta pessoa só se veria livre da morte se dançasse até a exaustão. Daí surgiu uma dança típica na itália, que se chamou Tarantela.
Existem cerca de 2000 espécies de tarântulas, espalhadas por todo o mundo, até mesmo nas montanhas altas e no ártico. As tarântulas andam pelo chão, de vez em quando sobem pelas plantas, à procura de insetos. Elas não tecem teias para apanhar a presa. Quando não estão caçando, escondem-se debaixo das pedras ou tocas. A tarântula fêmea prende seu saco de ovos ao corpo com os filhos secretados pelas glândulas fiandeiras. Quando os filhotes nascem, a mãe os carrega nas costas. Se um deles cai sobe de novo pelas pernas da mãe. As tarântulas têm tato bem desenvolvido. Elas podem ser criadas como bicho de estimação, mas precisam receber água quando vivem em cativeiro.
Aranha Camelo – A mais perigosa aranha do mundo:
Elas correm a cerca de 10 milhas por hora, são aranhas noturnas, a menos que haja bastante sombra.
Quando mordem, é injectado novocaína, o que paraliza instantaneamente a presa. Se uma pessoa for picada durante a noite nem sente. Então, quando acorda, parte do braço ou perna estará em falta pois elas ficaram a mastigar durante todo o seu sono. Se a pessoa estiver a andar e tropeçar em algo que está à sombra e o sol fizer contacto com ela é melhor correr pois ela correrá atrás da sua sombra.
Quando mordem, é injectado novocaína, o que paraliza instantaneamente a presa. Se uma pessoa for picada durante a noite nem sente. Então, quando acorda, parte do braço ou perna estará em falta pois elas ficaram a mastigar durante todo o seu sono. Se a pessoa estiver a andar e tropeçar em algo que está à sombra e o sol fizer contacto com ela é melhor correr pois ela correrá atrás da sua sombra.
Ela pode atingir até 16 Km/h.
Aranha camelo
Apesar do nome, este aracnídeo não é nem uma aranha e muito menos um camelo. Ela pode ser caracterizada com um aracnídeo mais próximo a um escorpião, porque nem teias ela faz. Sua ordem Solifugae, está relacionada com ambientes áridos e desérticos e daí vem à referência ao camelo.
A aranha camelo é bastante rápida e com hábitos noturnos. Ela se alimenta de lagartos e invertebrados, porém um mito dizia que a espécie se alimentava de camelos. Na verdade, ela se aproveita dos cadáveres de camelos para se esconder e atacar os invertebrados que estão próximos à carniça.
A relação dela com camelos não para por aí, pois o aracnídeo ainda utiliza pelos deles para formar e aquecer sua toca. Outro mito criado dizia que ela atacava soldados à noite, durante a Guerra do Golfo, mutilando os membros.
Na verdade, a aranha realmente tem uma picada dolorosa para o homem, pois possui uma garra afiada.
Pode chegar até 16 Km/h e seu tamanho médio é de 10 cm. É encontrada no Oriente Médio e nas regiões desérticas dos EUA e México.
A maior cobra do mundo foi descoberta na Colômbia e pode dar importantes pistas sobre o clima:
Tão grande como um autocarro e tão pesada como um pequeno carro. Esta é a descrição no comunicado que anuncia o achado recordista que hoje merece destaque na revista Nature. É a maior cobra do mundo
É sul-americana, pesava 1,140 quilogramas e media 13 metros desde o nariz até à ponta da cauda. Viveu na Colômbia há já cerca de 60 milhões de anos. Uma equipa de cientistas recuperou os restos daquela que será a maior cobra que terá existido à face da terra e relata os pormenores do achado na edição da Nature. Os seus descobridores chamaram-lhe Titanoboa cerrejonensis e acreditam que o tamanho animal pré-histórico pode fornecer pistas importantes sobre o clima e a evolução dos ecossistemas.
“O tamanho é surpreendente. Mas a nossa equipa quis dar um passo em frente e questionou: que temperatura a Terra teria de ter para que um corpo deste tamanho conseguisse sobreviver?”, refere David Polly, geólogo da Indiana University Bloomington, num comunicado que anuncia a descoberta. O especialista é o responsável pela estimativa do tamanho do animal, que fez a partir da análise de uma da vértebras do fóssil. David Polly é apenas um dos elementos da vasta equipa de especialistas que se dedicou ao estudo destes monstruosos restos mortais encontrados na mina de carvão de Cerrejon, no norte da Colômbia.
O paleontólogo Jason Head, da University of Toronto-Mississauga e que é o principal autor do artigo publicado na Nature, juntou os dados recolhidos para chegar à conclusão que a temperatura na região onde a cobra viveu há aproximadamente 60 milhões de anos oscilava entre os 30 a 34 graus celsius (86 a 93 Fahrenheit). A estimativa revela um clima tropical mais quente no passado, mais cerca de cinco graus que o máximo verificado actualmente nesta região. “O ponto chave nesta descoberta é funcionar como ponto de partida para reconstruções climáticas muito precisas. Vai ajudar a perceber como os ecossistemas respondem às mudanças climáticas e a entender melhor o que acontece quando as temperaturas aumentam e diminuem. É, obviamente, um conhecimento muito relevante no actual momento de mudanças climáticas”, afirma Head.
“Estes dados desafiam as teses que dizem que a vegetação tropical vivia muito perto de um clima óptimo e tem implicações profundas na compreensão do efeitos que o actual aquecimento global tem nas plantas tropicais”, nota ainda Carols Jaramillo, especialista no Smitihsonian Tropical Research Institute
“Os ecossistemas tropicais na América do Sul eram muito diferentes há 60 milhões de anos”, conclui Jonathan Bloch, paleontólogo da University of Florida e Florida Museum of Natural History, acrescentando: “Era uma floresta tropical, como hoje, mas era ainda mais quente e estes animais de sangue-frio eram todos substancialmente maiores. O resultado foi, entre outras coisas, a maior cobra que o mundo já viu... e, esperamos, a maior que alguma vez verá”. A Titanoboa foi classificada como uma cobra não venenosa, numa categoria onde também se encontram as boas ou as anacondas.
“O tamanho é surpreendente. Mas a nossa equipa quis dar um passo em frente e questionou: que temperatura a Terra teria de ter para que um corpo deste tamanho conseguisse sobreviver?”, refere David Polly, geólogo da Indiana University Bloomington, num comunicado que anuncia a descoberta. O especialista é o responsável pela estimativa do tamanho do animal, que fez a partir da análise de uma da vértebras do fóssil. David Polly é apenas um dos elementos da vasta equipa de especialistas que se dedicou ao estudo destes monstruosos restos mortais encontrados na mina de carvão de Cerrejon, no norte da Colômbia.
O paleontólogo Jason Head, da University of Toronto-Mississauga e que é o principal autor do artigo publicado na Nature, juntou os dados recolhidos para chegar à conclusão que a temperatura na região onde a cobra viveu há aproximadamente 60 milhões de anos oscilava entre os 30 a 34 graus celsius (86 a 93 Fahrenheit). A estimativa revela um clima tropical mais quente no passado, mais cerca de cinco graus que o máximo verificado actualmente nesta região. “O ponto chave nesta descoberta é funcionar como ponto de partida para reconstruções climáticas muito precisas. Vai ajudar a perceber como os ecossistemas respondem às mudanças climáticas e a entender melhor o que acontece quando as temperaturas aumentam e diminuem. É, obviamente, um conhecimento muito relevante no actual momento de mudanças climáticas”, afirma Head.
“Estes dados desafiam as teses que dizem que a vegetação tropical vivia muito perto de um clima óptimo e tem implicações profundas na compreensão do efeitos que o actual aquecimento global tem nas plantas tropicais”, nota ainda Carols Jaramillo, especialista no Smitihsonian Tropical Research Institute
“Os ecossistemas tropicais na América do Sul eram muito diferentes há 60 milhões de anos”, conclui Jonathan Bloch, paleontólogo da University of Florida e Florida Museum of Natural History, acrescentando: “Era uma floresta tropical, como hoje, mas era ainda mais quente e estes animais de sangue-frio eram todos substancialmente maiores. O resultado foi, entre outras coisas, a maior cobra que o mundo já viu... e, esperamos, a maior que alguma vez verá”. A Titanoboa foi classificada como uma cobra não venenosa, numa categoria onde também se encontram as boas ou as anacondas.
As 10 cobras mais venenosas do mundo:
Essa não é uma lista agradável, mas na pior das hipóteses, é útil. Não desejo que você encontre uma cobra peçonhenta por aí, mas pelo menos agora você vai saber reconhecer as 10 piores delas, e tentar (o máximo que puder) ficar longe. Confira:
1) Cascavel
A cascavel é facilmente identificável pelo chocalho na ponta de sua cauda. Elas fazem parte da família da jararaca. Única serpente das Américas dessa lista, a cascavel representa bem seu continente. Surpreendentemente, os filhotes são considerados mais perigosos do que os adultos, devido à sua incapacidade de controlar a quantidade de veneno injetado. A maioria das espécies de cascavel tem veneno hemotóxico, que destrói tecidos, órgãos e causa coagulopatia (interrompe a coagulação do sangue). Cicatrizes permanentes são muito prováveis no caso de uma picada venenosa. Mesmo com tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar, paralisia, salivação e hemorragias também são sintomas comuns. Mordidas de cascavel, especialmente de espécies maiores, são muitas vezes fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de 4%.
2) Cobra-da-morte
Apropriadamente chamada cobra-da-morte, a espécie é encontrada na Austrália e Nova Guiné. Ela caça e mata outras serpentes, inclusive algumas dessa lista, geralmente através de emboscada. Parece bastante com as víboras, já que tem cabeça em formato triangular e corpos pequenos e achatados. Normalmente, injeta em torno de 40 a 100mg de veneno nas vítimas. Uma mordida não tratada da cobra-da-morte é uma das mais perigosas do mundo. O veneno é uma neurotoxina; uma picada provoca paralisia e pode causar a morte dentro de 6 horas, devido à insuficiência respiratória. Os sintomas geralmente alcançam seu auge em 24 a 48 horas depois do ataque. Antiveneno é muito bem sucedido no tratamento de sua mordida, particularmente devido à progressão relativamente lenta dos sintomas. Antes de desenvolvimento do antiveneno, uma mordida da cobra-da-morte tinha uma taxa de letalidade de 50%. Com o ataque mais rápido no mundo, a cobra-da-morte pode ir do chão à posição de ataque (e voltar) dentro de 0,13 segundos.
3) Víboras
Elas são encontradas em quase todo o mundo, mas sem dúvida a mais venenosa é a víbora serrilhada e a víbora de Russel, encontradas principalmente no Oriente Médio e na Ásia Central (especialmente Índia, China e Sudeste Asiático). Víboras são rápidas e geralmente noturnas, muitas vezes ativas após chuvas. A maioria das espécies tem veneno que causa dor no local da picada, seguido imediatamente de inchaço do membro afetado. A hemorragia é um sintoma comum, especialmente a partir da gengiva. Há uma queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Bolhas ocorrem no local da picada. A necrose é geralmente superficial e limitada aos músculos perto da mordida, mas pode ser severa em casos extremos. Vômito e inchaço facial ocorrem em aproximadamente um terço dos casos. A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Descoloração pode ocorrer em toda a área inchada, além de extravasamento de plasma para o tecido muscular. A morte por septicemia, insuficiência respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordida, ou mesmo mais tarde.
4) Naja
A maioria das espécies de naja não entraria nessa lista, mas a cobra cuspideira das Filipinas do Norte é a exceção. Seu veneno é o mais mortal de todas as espécies de naja, e elas são capazes de cuspi-lo até 3 metros longe. O veneno é uma neurotoxina que afeta a função cardíaca e respiratória, e pode causar neurotoxicidade, paralisia respiratória e morte em 30 minutos. Sua picada provoca apenas danos mínimos no tecido. Os sintomas podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, tontura, desmaio e convulsões.
5) Serpente-tigre
Encontrada na Austrália, essa cobra tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte por mordida de serpente-tigre pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas. Antes do desenvolvimento de um antídoto, a taxa de mortalidade de serpentes-tigre era de 60 a 70%. Os sintomas podem incluir dor localizada na região do pé e pescoço, formigamento, dormência e sudorese seguida por dificuldades respiratórias e paralisia. Essa cobra geralmente foge se encontrada, mas pode se tornar agressiva quando encurralada. Ataca com precisão infalível.
6) Mamba-preta
A mamba-preta é encontrada em muitas partes do continente africano. Elas são conhecidas por sua agressividade e ataque de precisão mortal. Elas também são as cobras terrestres mais rápidas do mundo, capazes de atingir velocidades de até 20 km/h. Podem atacar 12 vezes seguidas. Uma única mordida é capaz de matar entre 10 e 25 adultos. Seu veneno é uma neurotoxina de ação rápida. A mordida fornece cerca de 100 a 120 mg de veneno, em média, no entanto pode fornecer até 400 mg. Se o veneno atingir uma veia, 0,25 mg/kg é suficiente para matar um ser humano em 50% dos casos. O sintoma inicial da picada é dor local na área da mordida, embora não tão grave quanto de cobras com venenos hemotóxicos. A vítima experimenta uma sensação de formigamento na boca e extremidades, visão dupla, confusão, febre, salivação excessiva (incluindo espuma na boca e no nariz) e ataxia acentuada (falta de controle muscular). Se a vítima não receber atenção médica, os sintomas progridem rapidamente para graves dores abdominais, náuseas e vômitos, palidez, choque, nefrotoxicidade, cardiotoxicidade e paralisia. Eventualmente, a vítima experimenta convulsões, parada respiratória, coma e morte. Sem antiveneno, a taxa de mortalidade da cobra é de quase 100%, entre os mais altos de todas as serpentes venenosas. Dependendo da natureza da picada, a morte pode vir entre 15 minutos e 3 horas.
7) Taipan
Essa cobra da Austrália tem um veneno forte o suficiente para matar até 12.000 porquinhos-da-índia. Já foi comparada a mamba-preta africana na morfologia, ecologia e comportamento. Seu veneno coagula o sangue da vítima, bloqueando as artérias ou veias. Também é altamente neurotóxico. Antes do desenvolvimento de antídotos, não havia sobreviventes conhecidos de uma picada de Taipan. A morte ocorre tipicamente dentro de uma hora. Mesmo com o sucesso na administração de um antiveneno, a maioria das vítimas tem uma estadia extensa em cuidados intensivos.
8 ) Krait malasiana
Encontrada em todo o sudeste da Ásia e da Indonésia, mesmo com antiveneno, 50% das mordidas dessa cobra são fatais. Antes do desenvolvimento de um antídoto, sua letalidade era de 85%. Kraits caçam e matam outras serpentes, mesmo canibalizando outras Kraits. Elas são uma raça noturna, e são mais agressivas sob a escuridão. No entanto, em geral são muito tímidas e preferem se esconder a lutar. Seu veneno é uma neurotoxina, 16 vezes mais potente que o de uma naja. Rapidamente induz a paralisia muscular, seguida por um período de enorme excesso de excitação (câimbras, tremores, espasmos), que finalmente termina em total paralisia. Felizmente, picadas de Kraits são raras devido à sua natureza noturna. Mesmo que o antiveneno for administrado a tempo, a pessoa está longe da sobrevivência garantida. A morte geralmente ocorre dentro de 6 a 12 horas. Mesmo se o paciente chegar ao hospital, levando em consideração o tempo desse transporte, coma permanente e até mesmo morte cerebral por hipóxia podem ocorrer.
9) Cobra marrom
Como muitas outras, a cobra marrom também prefere morar na Austrália (pensando duas vezes antes de ir pra lá, não?). Não deixe seu nome inócuo lhe enganar: cerca 1/500 gramas de seu veneno é suficiente para matar um ser humano adulto. De sua espécie, é a mais venenosa. Mesmo filhotes podem matar um ser humano. Ela se move rapidamente, podendo ser agressiva em certas circunstâncias. Houve casos em que perseguiu seus agressores e os atacou repetidamente. Seu veneno contém neurotoxinas e coagulantes de sangue. Felizmente para os seres humanos, menos da metade de suas picadas contém veneno, e elas preferem não morder se possível. Apenas reagem ao movimento, então fique muito parado se encontrá-la alguma vez na vida.
10) Cobra-de-barriga-amarela ou taipan-do-interior
Essa espécie tem o veneno de cobras terrestres mais tóxico do mundo. A produção máxima registrada por uma mordida é de 110mg, o suficiente para matar cerca de 100 seres humanos, ou 250.000 ratos. Ela é 10 vezes mais venenosa que a cascavel, e 50 vezes mais venenosa do que a naja comum. Felizmente, a taipan-do-interior não é particularmente agressiva e é raramente encontrada pelo homem na natureza. Nenhuma fatalidade já foi registrada, embora ela pudesse matar um ser humano adulto em 45 minutos.
Bônus: Serpente marinha de bico
Essa cobra marinha é encontrada nas águas do sudeste asiático e na Austrália setentrional. É a serpente mais venenosa conhecida do mundo: alguns miligramas de seu veneno são fortes o suficiente para matar 1.000 pessoas. Porém, menos de um quarto de suas mordidas contém veneno; elas são relativamente dóceis. Pescadores são geralmente as vítimas dessas picadas, quando encontram as espécies em redes lançadas ao mar.
O Escorpião - História Natural, Aspectos Anatômicos e Comportamentais.
Lugar na Natureza
Apesar da existência de poucos exemplares, evidências fósseis indicam que os primeiros escorpiões ( aproximadamente 400 milhões de anos atrás) eram de vida aquática possuindo guelras e patas, e se pareciam em muito com os escorpiões atuais.
Alguns dos primeiros escorpiões a viverem a maior parte do tempo em terra firme eram muito pequenos, mas pelo menos uma espécie - Praearcturus Gigas - assumia maiores proporções chegando a medir 1 metro de comprimento sendo pois um notório predador.
Os escorpiões modernos se adaptaram aos mais variados tipos de habitat -
Dos desertos às florestas tropicais e do nível do mar a grandes altitudes em montanhas. Uma espécie foi encontrada vivendo a 4.200 metros de altitude nos Andes.
Apesar de pequenos em tamanho, escorpiões exercem papel fundamental na cadeia alimentar.
Não é incomum encontrarmos três ou quatro espécies diferentes convivendo no mesmo habitat, ou em grupos númerosos. Eles são animais carnívoros, predando grande quantidade de invertebrados e ocasionalmente pequenos vertebrados contribuindo sobre maneira para o equilíbrio ecológico.
Habitats
Como dissemos os escorpiões são encontrados nos mais variados habitats tais como florestas tropicais, cerrados, campos, e em áreas intermediarias às descritas.
A grande maioria destes aracnídeos tem preferência por climas tropicais e subtropicais. Todavia algumas espécies de adaptaram a regiões pouco comuns, algumas surpreendentes.
Em várias regiões do planeta algumas espécies de pequenos escorpiões ( menos de 1 mm ), vivem em zonas intermediárias. Conhecidos como escorpiões do litoral, se alimentam de minúsculos invertebrados marinhos trazidos pelas marés.
Algumas espécies vivem como já nos referimos em altitudes acima de 4.200 metros no Himalaia asiático, uma em particular - Orobothriurus altola - vive a 4.400 metros de altitude na cordilheira dos Andes aqui na América do sul.
Estes são muito pequenos e passam meses sob pedras e em abrigos cobertos por neve e gelo.
Experimentos já demonstraram que muitos escorpiões podem resistir a temperaturas abaixo do ponto de congelamento.
A influencia de microclimas específicos, assim como composição de solo, tipos de rochas, sazonalidade de temperaturas extremas e disponibilidade alimento são fatores limitantes na distribuição destes animais.
Para sobreviver através dos milênios os escorpiões tiveram que se adaptar.
Os escorpiões das areias (psammophiles) possuem numerosas cerdas, que aumentam a área de superfície de contato com o solo, as patas são adaptadas para melhor locomoção na areia fofa. Os escorpiões de regiões rochosas (lithophiles) são mais achatados e alongados com cerdas mais espessas e pontudas mas patas o que facilita se mover livremente sobre o terreno e em seus abrigos. Seus metasomas são longos e finos e mais elevados em relação a maioria das espécies.
Um corpo desenvolvido, robusto com patas curtas e pedipalpos grandes e , poderosos caracterizam os escorpiões que constróem abrigos (fossorial). Alguns escorpiões (troglobites) vivem em cavernas profundas. Como não há nenhuma necessidade enxergar na escuridão, a maioria deles são cegos e em alguns a ausência total de olhos é observada. Geralmente seus corpos, patas, e pedipalpos são extremamente delgados, incolores - todas estas adaptações foram desenvolvidas para viver em fendas, sob a rocha, e nas profundezas das cavernas. Escorpiões adaptados às proximidades das entradas das caverna são conhecidos como troglophiles, não perderam os olhos e não adquiriram outras características dos troglobites.
Os escorpiões arbóreos são pequenos, leves, ágeis em escaladas. Alguns sobem em árvores, vivendo dentro dos buracos e das rachaduras dos troncos, outros preferem as parte basal de bromélias.
Uma vez que as pesquisas para explorar as copas das árvores das florestas tropicais estão em estágio inicial, acredita-se que muitas espécies novas de escorpiões ainda serão descobertas e descritas.
Cada uma destas variações físicas são acompanhadas de inconvenientes, algumas espécies são tão especificas de certo ecossistema que encontram sérias dificultadas em se adaptar a outros com características diferentes, mesmo que estas variações sejam mínimas.
Esta é uma consideração importante quando avaliamos a necessidade de se manter estes animais em cativeiro, seja para fins médicos-sanitários seja para estudo de comportamento. Algumas espécies simplesmente não são passíveis de se manter em laboratório, pelo menos com a técnica e equipamento que dispomos.
Adaptar para sobreviver:
Além da sustentação, o exosesqueleto rígido do escorpião age como um revestimento rígido, protetor cuja coloração geralmente condiz com o seu habitat. Isto fornece ao escorpião a capacidade de se camuflar.
A forma achatada dos escorpiões os permitem esgueirar por entre locais muito pequenos e apertados.
Sua capacidade de inocular veneno e seus fortes pedipalpos combinados com sua velocidade de reação a estímulos fazem do escorpião um predador formidável e perigoso.
Os escorpiões possuem uma das taxas metabólicas mais baixas do reino animal. Podem permanecer longos períodos sem se alimentar pois ao final de uma única refeição ( na qual ingeriu grande quantidade de alimento), conservam ao máximo energia evitando ao extremo se locomoverem, poupando assim energia para sua manutenção.
Os escorpiões do deserto são os artrópodes mais especializados em conservação de água.
O revestimento de seu exoesqueleto os torna impermeáveis evitando perda de líquido corpóreo.
A necessidade de água da maioria dos escorpiões do deserto é adquirida através de suas presas ou seja através de seu alimento.
Seus dejetos são extremamente secos devido ao elevado teor de nitrogênio e uma porção mínima de água.
Respirar através de espiráculos minimiza substancialmente a perda de água através da respiração. Algumas espécies possuem membranas que cobrem as entradas dos espiráculos podendo fecha-las voluntariamente diminuindo ainda mais quaisquer perda de líquido.
Ao se refugiarem dentro de tocas, sob as pedras ou se enterrando no solo os escorpiões do deserto evitam os períodos mais quentes do dia este procedimento também minimiza a perda de umidade.
Predadores e período de vida
Os escorpiões fazem parte de uma parte significativa da cadeia alimentar.
Além do canibalismo interespecies, seus predadores incluem centipedes, aranhas, formigas, lagartos, serpentes, rãs e sapos, pássaros e alguns mamíferos de grande porte. Em alguns locais do planeta os escorpiões fazem assumem grande importância na dieta de ratos, gafanhotos e de corujas. A serpente da areia, Chionactis spp. , não somente é imune ao veneno do escorpião, como parece alimentar-se quase exclusivamente deles. Alguns outros predadores são resistentes ao veneno do escorpião. Na África e na Ásia os babuínos escavam sistematicamente a superfície da terra para encontrar escorpiões, removem o telson ou o metasoma inteiro para evitar de ferroadas antes de comê-los.
Aparentemente as espécies menores têm um período de vida mais curto, entre 3 ou 4 anos.
Existem relatos de grandes escorpiões cujo período de vida poderia ser de 20 anos ou mais.
Classificação dos Escorpiões
A medida que pesquisadores aprofundam seus estudos sobre os escorpiões torna-se mais freqüente a necessidade de reavaliação e mudanças na sua classificação.
Infelizmente são pouquíssimos os pesquisadores trabalhando com escorpiões no mundo, no Brasil não seria possível enumerar uma dezena mesmo sabendo que no passado contávamos com os maiores expoentes da arcnologia mundial tais como Lutz, Wolfgang Burchel, Campos Mello, além do "pai" da terapia anti-escorpiônica Vital Brasil. O resultado deste desinteresse é a lentidão do processo evolutivo da sistemática atual.
Utilizando-se das características físicas e moleculares, pesquisadores já determinaram a classificação de 1500 espécies e sub espécies aproximadamente, dividas em 16 famílias:
1- Bothriuridae
2 - Buthidae
3 - Chactidae
4 - Chaerilidae
5 - Diplocentridae
6 - Euscorpiidae
7 - Heteroscorpionidae
8 - Ischnuridae
9 - Iuridae
10- Microcharmidae
11 - Pseudochactidae
12 - Scorpionidae
13 - Scorpiopidae
14 - Superstitionidae
15 - Troglotayosicidae
16 - Vaejovidae
Muitas delas são divididas em sub-famílias, que por sua vez se dividem em gênero, espécies, e em alguns casos subespécies.
Existe muita discordância entre os pesquisadores sobre a validade ou não das subespécies; alguns afirmam que a classificação atual de muitas subespécies esta pouco definida e muito subjetiva. Uma vez que as características físicas utilizadas para tal definição são muito pequenas e só podem ser observadas através de dissecação microscópica.
A separação de gênero em espécie deve ser motivo de investigações cuidadosas que requerem muita paciência e determinação. É sabido que a coloração e o tamanho de indivíduos de uma mesma espécie podem variar de acordo com os seus respectivos micro habitats e estas peculiaridades deve ser cuidadosamente avaliadas quando da classificação das espécies.
Uma diferença única e isolada não é suficiente para elevar um certo tipo de escorpião à condição de espécie.
Se houver aumento de interesse por parte de pesquisadores e principalmente fontes de financiamento para pesquisa, seguramente novas espécies de escorpiões serão descritas. A biologia molecular através do uso de PCR, ou análise de DNA tornou-se uma ferramenta de suma importância nesta tarefa.
Anatomia do Escorpião
A maioria das pessoas esta familiarizada com o formato de um escorpião, todas as espécies existentes se parecem.
Os escorpiões são considerados muito primitivos se comparados a outros animais terrestres
Além do mais os escorpiões são considerados os aracnídeos mais antigos encontrados até o momento.
Sua notória capacidade de evolutiva e de adaptação permitiu que sobrevivessem na superfície da terra por aproximadamente 300 a 350 milhões de anos após saíram do ambiente aquático.
Todos os escorpiões captam calor de fontes externas e são incapazes de gerar seu próprio calor. Em ambientes muito quentes eles possuem hábitos noturnos.
Algumas espécies de regiões temperadas e de florestas tropicais tem atividade durante parte do dia, uma vez que a vegetação densa impede que o calor excessivo do sol atinja o solo.
Olhando de perto
Apesar de se buscar fazer uma abordagem detalhada da anatomia dos escorpiões, torna-se importante uma revisão de todas as partes do corpo e suas características de forma identificar algumas partes externas do animal.
Os escorpiões, internamente possuem sistemas nervoso, circulatório, respiratório, reprodutivo e digestivo. Como todos os artrópodes os escorpiões tem o corpo revestido por fino e resistente exoesqueleto de quintina que carrega e protege as estruturas internas.
É a base de sustentação também de vários receptores sensitivos, espiráculos
( ou opérculos respiratórios) e outras estruturas de comunicação com o meio exterior de grande importância biológica.
O Prosoma
O corpo é dividido em duas partes principais o prosoma (cefalotórax) e o opistosoma ( abdome) . Dorsalmente, o prosoma é coberto por uma carapaça. As quelíceras são parcialmente cobertas pela carapaça e projetadas para a frente.
As quelíceras são órgãos pré-bucais e são usadas para rasgar e triturar alimento; todos os aracnídeos as possuem.
Um par de olhos medianos e outros laterais, menores ( ao todo cinco pares ) estão localizados na carapaça. Os olhos medianos são órgãos muito primitivos, com capacidade de percepção de profundidade e espacial produzindo assim imagens visuais distorcidas. São muito sensíveis a luz. Seu propósito parece ser permitir orientação e para diferenciar luz e escuridão.
Os olhos laterais são até três vezes menores do que os olhos medianos e parecem reagir a estímulos mais rapidamente no escuro.
Aparentemente são os responsáveis pelo ciclo luz-escuridão e parecem serem reguladores do relógio biológico dos escorpiões.
Uma área foto sensível no metasoma foi descoberta recentemente em diferentes escorpiões . Sua função não foi ainda esclarecida.
Opistosoma
O opistosoma é composto pelo mesosoma ( pré abdome ) e metasoma, erroneamente chamado de cauda , ( pós abdome ). Sete tergítos se combinam para formar a parte dorsal do mesosoma. O tecido flexível que une as partes rígidas do exoesqueleto são denominadas membranas (pleura) intersegmental. O
Metasoma é formado por cinco segmentos arredondados que terminam com um bulbo chamado telson.
O telson não é considerado parte do metasoma. O aguilhão ou a parte inoculadora de veneno é chamada de acúleo ( ferrão ) e em sua porção arrendada estão as glândulas produtoras de veneno.
Uma pequena protuberância esta presente em algumas espécies e são usadas por taxonomistas como uma característica quando da classificação de espécies.
O metasoma não é uma cauda no sentido da palavra, mas uma continuação do abdome. Contém partes do intestino, nervos, artérias, veias e músculos além de sustentar o telson.
O metasoma é um órgão musculoso e além de ser usado para ferroar também é usado para cavar, higienização, equilíbrio e sustentação do animal.
A abertura anal esta localizada no tecido mole do quinto segmento, onde este se conecta com o telson.
Apêndices
Quadro pares de patas articuladas ( todas inseridas no cefalotórax ) permitem locomoção e também são usadas para escavar o solo. A porção que de cada pata que se conecta com o corpo é denominada coxa, e segue nesta ordem o trocanter, fêmur, patela, tíbia, basitarso, tarso e apotele.
Garras laterais e medianas estão ligadas à apotele.
Os pedipalpos são análogos ao braçõ e mãos humanas. Cada pedipalpo possui seis segmentos. Começando a partir do corpo temos: O trocanter, o fêmur, a patela, a tíbia, e o tarso. Os dois últimos segmentos apresentam o formato de pinças ( mãos ) a tíbia modificada representam a palma e um dedo fixo, e o tarso é o dedo móvel da pinça.
Apesar das estruturas anatômicas dos pedipalpos possuírem a mesma nomenclatura daquelas das pernas, os pedipalpos não são pernas. Estes são usados para capturar, conter e esmagar presas; para proteção como uma poderosa arma e escudo; e para escavar.
Também possuem órgãos sensitivos excepcionais. A superfície interna das pinças possui uma série de granulações dentadas e pontiagudas, que possibilita segurar firmemente e esmagar suas presas.
Algumas estruturas dos pedipalpos são presentes apenas nos machos, fornecendo base segura quanto ao dimorfismo sexual ( a abertura ou vão encontrado no Tityus bahiensis utilizado para segurar a fêmea quando acasalamento é um bom exemplo ).
Escorpiões com pinças maiores e robustas são capazes de esmagar o exoesqueleto de qualquer invertebrado por mais rígido que este seja.
A porção ventral
As formas das estruturas da porção ventral entre as pernas ( coxoesterno )dos
escorpiões são as mais utilizadas pelos para diferenciar famílias.
Os dois opéculos genitais ( fundidos cobrindo a abertura genital ) podem ser observados no centro do dorso imediatamente atrás e posteriormente ao externo.
Oito pequenas aberturas ( espiráculos ) localizados na parte ventral do mesosoma, transportam ar para os pulmões ( organelos respiratórios )
Uma vez que podem ser "fechados" em momentos de stress, estes espiráculos são extremamente eficientes e minimizam a entrada de partículas de pó no organismo.
Órgãos sensitivos
Apesar dos escorpiões possuírem pouca visão eles são dotados de um arsenal de potentes receptores sensitivos. Captando movimentos de ar, vibrações, e tato são capazes de perceber a presença de predadores, presas, água, temperatura e luz, assim como uma gama de outros estímulos.
Pectíneas
As pectíneas são um par de apêndices com aparência de pentes localizados na porção ventral imediatamente após o último par de patas. Apenas os escorpiões as possuem. Estes órgãos sensitivos estão permanentemente em contato com o solo e são capazes de captar vibrações mínimas no mesmo e são ainda utilizados pelos machos para perceber a presença de ferormônios durante o período reprodutivo.
Cerdas
As cerdas são estruturas com aparência de pelos distribuídas por quase todo o corpo dos escorpiões, nas pata, e nos pedipalpos, dando a algumas espécies a aparência "peluda". Algumas destas cerdas não são visíveis a olho nu.
Pelo menos três tipos diferentes de cerdas já forma descritas, As Cerdas captam sensações radiculares, térmicas, químicas e variações de umidade.
As mais importantes são as longas e finas tricobótrias encontradas apenas nos pedipalpos. Estas são incrivelmente sensíveis e a movimentos de ar e a vibrações e podem perceber o menor movimento de suas presas, de outros escorpiões e situações de perigo.
A quantidade, localização e disposição das tricobótrias são importantes na identificação de espécies.
As cerdas do tarso captam vibrações do substrato e muitas ainda percebem variações e presença de água e umidade além de mudanças químicas no ambiemte.
Tufos de cerdas localizados no tarso e basitarso aumentam a área de contato com o solo facilitando a locomoção me terrenos arenosos e macios.
Apesar de muito importantes para se determinar o habitat de espe´cies de escorpiões estes tufos de cerdas não são facilmente observados sem a utilização de intrumentos ópticos ( lupa entomologica )
Outros receptores
Outros sensores microscópios chamadas de "réguas" sensitivas são encontrados nos pés e no metasoma. Quando algum tipo de pressão é feita sobre o exoesqueleto estss "réguas" se abrem rapidamente. Dependendo da duração e da intensidade desta pressão os escorpião faz ajustes em nos movimentos e postura do corpo.
Outras "réguas" sensitivas localizados no basitarso em todas as oito patas parecem perceber vibrações no terreno, como aqueles produzidos por movimentos de insetos.
Os escorpiões se utilizam das sensações recebidas por patas opostas para se aproximar de suas presas e determinar a localização e distância da mesma.
Produção de sons
Aproximadamente 150 espécies de escorpiões são capazes de produzir sons ou esfregando partes do corpo uma contra a outra ou vibrando estruturas anatômicas.
Alguns Opistotamus esfregam suas quelíceras e o cefalotorax e produzem um som sibilante. Algumas espécies friccionam o telson no metasoma, pectíneas ao externo, e os pedipalpos ao primeiro par de patas.
Em nosso laboratório tivemos a rara oportunidade de manter um Tityus brazilae por mais de 3 anos e a qualquer toque em seu terráreo o mesmo vibrava suas pectíneas produzindo um som que em muito lembrava o de uma cascavel. Outros escorpiões literalmente batem o telson no solo. Estes sons produzidos parecem ter a função de intimidar agressores.
Veneno e envenenamento
O veneno é uma mistura química complexa ( peptídeos de baixo peso molecular ) que destroem as células quando as penetram.
Mais 100 destes peptídeos ja foram isolados em veneno de escorpiões. A função básica do veneno é de capturar e imobilizar presas: sua função defensiva é secundária.
Mas apenas uma minoria dos escorpiões produz veneno. E felizmente apenas 24 espécies são potencialmente perigosas para o ser humano.
O veneno dos escorpiões tem sido largamente estudado, particularmente em como é sua ação no corpo humano. A toxicidade dos venenos varia de gênero para gênero e de espécie para espécie, e muitas vezes dentro de uma mesma espécie a ação do veneno pode variar.
Também, por razões ainda desconhecidas, parece ter variações de acordo com regiões. Talvez em função da variação dos componentes químicos de cada tipo de veneno, aliados a variações genéticas, condições ambientais, tipo de alimentação disponível, ou simplesmente variações fisiológicas entre espécies podem ser a causa destas diferenças.
A ferroada
O processo utilizado pelo escorpião para provocar envenenamento é rápido e eficiente. Os musculoso metasoma é suspenso e o telson posicionado, para a introdução rápida e certeira do aguilhão no exoesqueleto ou pele do seu alvo. O escorpião deve perceber que foi certeiro, pois se o aguilhão não penetrar adequadamente o animal fará novas tentativas repetidamente até obter sucesso na inoculação do veneno.
As cerdas próximas ao ferrão são importantes sensores durante o ataque. Presas relutantes, que se debatem, serão ferroadas seguidamente enquanto estiverem seguras pelas pinças.
A quantidade de veneno injetada é controlada pelo escorpião; doses maiores para grandes animais e menos para as presas menores.
Algumas vezes o veneno não é injetado apesar da ferroada, este fenômeno é conhecido como "ferroada seca".
O ferrão pode se manter introduzido na presa por alguns segundos ou simplesmente ser espetado e retirado imediatamente, retornado a sua posição de ataque. Independentemente da forma como é utilizado o veneno faz do escorpião um predador extraordinário e eficiente, capaz de capturar presas maiores e mais perigosas do que o próprio.
Escorpiões que matam
Os Escorpiões que mais riscos trazem para seres humanos são originários do norte da África e do Oriente Médio (Androctonus, Buthus, Hottentotta, Leiurus), America do Sul (Tityus), Índia (Mesobuthus), e México (Centruroides).
Em algumas destas regiões ( como no Brasil por exemplo ) acidentes escorpiónicos são importante causa de mortes humanas. Infelizmente estatísticas confiáveis não estão disponíveis.
As raras estatísticas sugerem que o percentual de mortalidade em ambiente hospitalar por escorpiões seria da ordem de 4% dos agredidos, sendo crianças e idosos os mais susceptíveis a este tipo de envenenamento.
A morte por envenenamento escorpiónico ocorre como resultante de falência cardio-respiratória algumas horas após o acidentes ( este período é variável podendo ocorrer entre 1 a 6 horas em média - mortes tardias também podem ocorrer )
Acasalamento
Os escorpiões tem um ritual complexo de acasalamento no qual o macho se utiliza dos pepipalpos para conter a fêmea e conduzi-la em uma "dança nupcial". Os formas e detalhes desta "dança" variam de espécie para espécie, e algumas ocorre até chamada " ferroada sexual" provocada pelo macho.
Uma das funções desta dança nupcial é a limpeza do solo para fixação do espermatófaro ( um estojo de quintina que contém os espematozóides - espermateca ) pelo macho.
Após algum tempo ( que pode durar horas ) o macho deposita o seu espermatófaro no solo, a fêmea é então conduzida até esta estrutura de forma que o mesmo penetra no seu opérculo genital localizado em seu abdome.
O majestoso escorpião imperial:
O escorpião imperador ou escorpião imperial (Pandinus imperator) é uma espécie nativa da África. O imperador é uma das maiores espécies de escorpião no mundo, com adultos tendo em média 20 cm de comprimento. No entanto, uma espécie de escorpiões chamada Heterometrus swammerdami, detém o recorde de ser o maior escorpião do mundo com 23 cm de comprimento.
O seu tempo de vida varia geralmente de 5-8 anos, quando mantidos em cativeiro, mas provavelmente tenha uma vida curta no seu estado selvagem. O seu tamanho, sua baixa toxicidade, e o seu tempo de vida tornam este escorpião o mais popular no comércio de animais, o que torna a espécie ameaçada de extinção. Na natureza, o escorpião imperador se alimenta principalmente de cupins. Em cativeiro, eles prontamente se alimentam de grilos, baratas e larvas. Eles são também conhecidos por comerem pequenos ratos e lagartos.
O escorpião imperador, como a maioria dos escorpiões, é tímido e recluso. Se lhe for dada uma escolha ele vai passar a maioria do seu tempo em seu esconderijo, só se aventurando para a caça. Quando ele se sente acuado, ele entrará em uma "postura de ameaça”. Ele inicia a sua postura de ameaça, se virando para o inimigo, mantendo as garras abertas, e arqueando a cauda e ferrão sobre suas costas. Se o assédio continuar provavelmente ele dará uma picada, mas também pode "beliscar" com suas garras. A pinça é surpreendentemente poderosa e a picada, apesar de baixa toxidade, tem vários efeitos sobre os seres humanos, alguns não relatam nenhum problema, enquanto outros sofrem dor severa. O veneno do escorpião contém uma toxina chamada imperatoxin .
Escorpiões Venenosos – O Escorpião dourado:
Escorpiões Venenosos; o Escorpião dourado, O escorpião dourado ou escorpião chinês como é mais conhecido, é como todos ou na grande maioria dos escorpiões venenosos e um grande predador de invertebrados, este escorpião dourado consegue localizar as suas presas tanto no solo como debaixo dos restos vegetais e das pedras. O veneno deste escorpião dourado ou chinês é muito forte e é mais que suficiente para matar qualquer das suas presas habituais. O escorpião dourado é como todos os escorpiões um animal perigoso mas não mortal para o homem, este escorpião caracteriza-se por uma coloração dourada que escurece um pouco na parte dorsal e a sua cauda é relativamente grossa e o ultimo dos seus segmentos apresenta quase sempre uma cor mais escura. Como habitat este escorpião dourado está mais centrado nas zonas do noroeste da grande China mas com maior abundância na zona da manchúria, nos respectivos solos e prados destas zonas. Na China este escorpião dourado é deveras conhecido devido as propriedades e utilizações do seu poderoso veneno que é utilizado há mais de 1000 anos na medicina tradicional chinesa. Relativamente aos escorpiões propriamente ditos estes pertencem á ordem de quatro grandes famílias; Butoides, Cactoideos, Escorpionideose, vaejovoideos, no entanto este escorpião dourado pertence á ordem dos escorpiões, Filo; Artrópodes,Sub-filo;Quelicerados,Classe dos Aracnideos, Super família dos Butoideos e da família dos Butideos. Por ultimo o escorpião mais venenoso do mundo chama-se Excorpião morte rastejante tal como o nome indica muito perigoso, vive nas zonas áridas de Africa e próximo Oriente.
O escorpião mais venenoso do mundo:
Escorpiões venenosos são eles todos, mas em diferentes graus. A picada pode não ser letal porque varia muito de espécie para espécie. No entanto, mais vale nem arriscar, certo?
Acredita-se que o escorpião mais venenoso que vive no nosso planeta é o escorpião negro. Mas também se trata de um equívoco. O escorpião Leiurus quinquestriatus, que também é "carinhosamente" chamado de Deathstalker (Perseguidor de Morte) e que vive numa série de regiões do mundo, do Norte de África até ao Médio Oriente, é sem dúvida nenhuma o mais perigoso e venenoso do mundo. A picada de uma destas criaturas pode ser extremamente agressiva e resultar em morte em apenas alguns segundos.
Acredita-se que o escorpião mais venenoso que vive no nosso planeta é o escorpião negro. Mas também se trata de um equívoco. O escorpião Leiurus quinquestriatus, que também é "carinhosamente" chamado de Deathstalker (Perseguidor de Morte) e que vive numa série de regiões do mundo, do Norte de África até ao Médio Oriente, é sem dúvida nenhuma o mais perigoso e venenoso do mundo. A picada de uma destas criaturas pode ser extremamente agressiva e resultar em morte em apenas alguns segundos.
Estes escorpiões, dependendo dos seus habitats naturais, têm uma cor diferente. Esta família de aranhas, tem outros nomes: escorpião amarelo, escorpião israelita, habitante do deserto, etc.
O escorpião amarelo, em média, vive cinco anos e pode crescer até 11,5 centímetros de comprimento. Os adultos alimentam-se de grandes insetos e grilos, os mais jovens de grilos e pequenos insetos. O veneno segregado por este escorpião, contém uma mistura forte de neurotoxinas que podem causar dores intensas e insuportável, o que leva à febre, coma, convulsões, paralisia e, eventualmente, morte.
Os efeitos dos venenos têm dependido muito dos mitos à volta deles. Escorpiões com fortes tenazes grandes não contêm uma grande dose de toxinas, enquanto os escorpiões mais jovens e com ar fraco, precisam de ter um veneno forte para matar as suas presas.
Muitos aracnologistas já provaram que o veneno desta espécie de escorpiões, após um tratamento específico, pode ser usado como medicamento. As fêmeas são maiores do que os machos, o que as ajuda a cumprir as suas funções reprodutoras. Estes "bichinhos" habitam, geralmente, nas florestas e desertos, onde se escondem em tocas pequenas ou debaixo de rochas.
Muitos aracnologistas já provaram que o veneno desta espécie de escorpiões, após um tratamento específico, pode ser usado como medicamento. As fêmeas são maiores do que os machos, o que as ajuda a cumprir as suas funções reprodutoras. Estes "bichinhos" habitam, geralmente, nas florestas e desertos, onde se escondem em tocas pequenas ou debaixo de rochas.
Quem é mais venenoso: o escorpião, a aranha ou a cobra?
As cobras costumam ter um veneno mais tóxico que as aranhas e os escorpiões. Isso acontece porque a toxicidade da peçonha está relacionada principalmente a dois fatores: a complexidade de sua composição química e a quantidade injetada na vítima. "Os venenos são uma espécie de sopa de proteínas. A ‘sopa’ das cobras é formada por cerca de 20 proteínas, enquanto a das aranhas e dos escorpiões são bem menos complexas", afirma o biólogo Osvaldo Augusto Sant’Anna, do Instituto Butantan, em São Paulo. Além disso, uma serpente pode inocular muito mais veneno que seus dois pequenos rivais. Aqui no Brasil, os venenos mais letais e virulentos para o homem são os produzidos pelas corais, cobras pertencentes ao gênero Micrurus. Entre as aranhas brasileiras, as do gênero Loxosceles (conhecidas popularmente como aranhas-marrons) possuem as peçonhas mais tóxicas. Já os escorpiões do gênero Tityus são os mais perigosos, com destaque para o escorpião-amarelo.
Trio parada dura Cobra-coral, aranha-marrom e escorpião-amarelo são as espécies mais perigosas do Brasil
COBRA-CORAL (Gênero Micrurus)
Onde é encontrado - Praticamente em todo Brasil
Tamanho - Dependendo da espécie, mais de 1 metro
Ação do veneno - Neurotóxica (age sobre o sistema nervoso)
O que ele procurava - Bloqueio muscular, insuficiência respiratória aguda e, em alguns casos, morte
ESCORPIÃO-AMARELO (Tityus serrulatus)
Onde é encontrado - Nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste e no Paraná
Tamanho - De 5 a 7 cm
Ação do veneno - Neurotóxica
O que ele procurava - Dor, náuseas, vômitos, sudorese e, em casos extremos, insuficiência cardíaca e respiratória, que pode levar à morte
ARANHA-MARROM
Onde é encontrado - Em todo Brasil
Tamanho - De 3 a 4 cm
Ação do veneno - Necrosante e hemolítica (destrói glóbulos vermelhos do sangue)
O que ele procurava - Ardor, inchaço e vermelhidão. Se a picada não for tratada, pode surgir uma ferida no local, que leva muito tempo para sarar e pode até causar morte por insuficiência renal aguda
Os 10 animais mais venenosos do mundo
Aqui está uma lista de 10 animais mais venenosos do Mundo. Por favor não tenha em casa como estimação. HAHAHA
10. Puffer Fish
Os peixes são a segunda causa de mortes por envenenamento no mundo animal.Só perdendo para o nosso amigo la de cima o sapo.
É conhecido no Japão como Fugu,e na Coréia como Bok-uh. O bichinho é até simpático, com seu jeito gorducho, mas o danado carrega nas vísceras um veneno mortal: a tetradotoxina, simplesmente 1.250 vezes mais tóxico do que o fatal cianureto.
9. Poison Dart Frog
Esta pequena besta, é um dos sapos mais venenosos de todo universo, isso porque ainda não provaram para mim se existe sapos ou pererecas em outros planetas do sistema solar. Mede cerca de 5cm e tem veneno de sobra para matar 10 humanos adultos ou, como preferir, 20.000 camundongos.
Apenas 2 microgramas desse veneno poderoso, o que seria o tamanho da cabeça de um alfinete, ja é capaz de matar um humano desavisado que anda pelas florestas tropicais das Américas Central e Sul. Uma utilidade supimpa desse pequeno vidro de veneno, é usada pelos Ameríndios.
Eles usavam esse coquetel tóxico para envenenar as pontas de seus dardos. Quando apareciam os inimigos, la se iam os dardos envenenados,e onde esse veneno pegasse a sua pele iria apodrecer.
8. Inland Taipan ou Cobra-feroz
A espécie Inland Tapian é considerada a cobra mais venenosa da terra. Possui um veneno neurotóxico potente e complexo, inoculado através de duas presas fixas que tem na parte posterior da boca, capaz de matar um ser humano em 30 segundos. Estima-se que o veneno disponível em suas presas seria capaz de matar 100 homens ou 250.000 ratos.
Por ser uma cobra muito tímida dificilmente há acidentes com seres humanos. Esta espécie pode ser encontrada um pouco por todo o território australiano, aparecendo com mais frequência na costa oriental, devido ao maior número de áreas florestais.
7. Aranha Armadeira
Aparece no livro dos recordes por ser a aranha mais venenosa e a que causa mais mortes. São as chamadas armadeiras, porque, quando ameaçadas, tomam a postura de se “armar”, levantando as patas dianteiras e eriçando os espinhos. É extremamente agressiva.
Habitam troncos, normalmente folhagens densas, como bananeiras, montes de lenha ou materiais de construção empilhados e, eventualmente, aparecem dentro das residências, principalmente em roupas e dentro de calçados ou seja,só se você realmente não se importar com o asseio do seu lar.
Sabe-se que apenas 0,006 mg de seu veneno é capaz de mandar para a morte um rato.
6. Peixe Pedra
Esse é considerado o peixe venenoso mais perigoso que existe. É um peixe solitário e não é muito chegado a companhia não. Ficam imóveis no fundo do oceano e esperando a sua presa.
A região dorsal desse peixe é repleta de espinhos que liberam uma toxina venenosa muito poderosa. Essa toxina provoca uma dor tão grande, que a pessoa que infelizmente pisou na lomba do bicho, deseja que seu pé seja amputado. É conhecida como a pior dor que o homem ja conheceu.
Essa dor acompanha um possível choque, paralisia e gradativamente a morte dos tecidos. Se não for tomado os cuidados necessários um adulto pode morrer em poucas horas.
Vive nas aguas rasas do Pacífico e do Indico.
5. Death Stalker Scorpion
Ao contrário do que muita gente pensa a maioria dos escorpiões são relativamente inofensivos aos seres humanos, com picadas que possuem apenas efeitos locais como, dor, inchaço e dormência.
O Death Starker Escorpião é extramamente perigoso porque seu veneno é nada mais nada menos do que um poderoso coquetel de neurotoxinas que provoca uma dor intensa e insuportavel, vindo em seguida, febre, convulsões, coma, paralisia e morte. O habitat desses ferozes meninos é o norte da Africas e Oriente Médio.
4. Blue Ringed Octopus
Esse belo exemplar de polvo, de inocente não tem nada. É pequeno atinge no máximo 20 cm, mas possui um dos piores venenos do mundo. É conhecido como um dos animais mais peçonhentos do mundo pois se ele morder um homem adulto, dificilmente ele sobrevivera pois não há antídoto.
Na verdade esta preparado para mandar para a morte 26 humanos adultos, mas cada mordida há veneno apenas para um. Sua picada indolor pode parecer inofensiva no começo, mas logo você sentira fraqueza muscular,dormência, seguida por deficiência respiratória e o ”gran finale “,a morte.
Seu habitat é em regiões coralinas na costa da Austrália, Indonésia, Filipinas e Nova Guiné.
3. Marbled Cone Snail
Este pequeno e bonito caracol pode ser tão mortal quanto qualquer outro animal nesta lista. Uma gota de seu veneno é tão poderoso que pode matar mais de 20 seres humanos. Se você estiver em ambiente quente de água salgada (onde esses caramujos são encontrados frequentemente) e vê-lo, nem sequer pensar em pegá-la. Evidentemente, o verdadeiro propósito do seu veneno é capturar suas presas.
2. Cobra-Real
A cobra-real (Ophiophagus hannah) é a maior cobra venenosa que existe. Esse dinossáurico ser pode alcançar até 5,5 metros de comprimento.
A sua dieta consiste em basicamente comer outras cobras, daí seu nome científico “Ophiophagus”, o que significa literalmente ” comedora de serpentes” mas também não despreza um lagarto, ovo, e pequenos mamíferos. Apesar de não ter o veneno mais poderoso entre as serpentes possui a capacidade de inocular grandes quantidades em apenas uma mordida, o que a faz uma das serpentes mais letais da terra.
Numa só mordida essa serpente pode liberar até 7 mililitros de veneno o suficiente para matar 20 pessoas ou até mesmo um elefante. No entanto essa cobra é extremamente tímida e evita contato com o homem, mas se for instigada,atazanada, intimada, com certeza reage ferozmente. Seu habitat natural são as florestas tropicais e planícies da India,sul da China e sudoeste asiático.
1. Box Jellyfish ou Agua-Viva Mortal
Esse belo ser que parece ter saido das profundesas do filme ” O segredo do abismo” é o campeão. Parece inofensivo, mas possui um veneno max-ultra-power-mega-poderoso.
Essa agua-viva, possui o corpo praticamente quadrado e habita o norte e nordeste da Austrália. O veneno presente em seus delicados tentáculos chegam a muitos metros de distância, e é tão forte que os poucos sobreviventes de um encontro com esse bizarro ser relatam que a dor mais parece um choque contìnuo do que propriamente uma queimadura. Esse verdadeiro serial-killer ja matou pelo menos 5.567 pessoas desde que a primeira morte foi registrada em 1954.
O seu veneno ataca o sistema nervoso, pele, células e pode provocar facilmente uma parada cardíaca. Geralmente as vítimas dessa assassina dos mares morre antes mesmo de chegar em terra firme, isso porque seu veneno lhes causara um choque e a pessoa vai morrer ou afogada ou de insuficiência cardiaca. As poucas pessoas que sobreviveram lembram dela por semanas a fio pois é uma dor que não passa.
Aquecimento pode aumentar tamanho de aranhas carnívoras:
Como se o aquecimento global já não nos desse motivo suficiente de preocupação, agora os cientistas afirmam que ele pode conduzir ao surgimento de aranhas maiores e possivelmente de mais exemplares em pelo menos uma espécie de aracnídeos.Um grupo de cientistas dinamarqueses decidiu determinar se o aquecimento global poderia tornar maiores as aranhas-lobo, uma espécie carnívora e peluda que vive no nordeste da Groenlândia, já que verões mais longos significariam uma temporada de caça mais extensa. A espécie, Pardosa glacialis, não é muito conhecida e costuma ter comprimento da ordem de 4 cm de acordo com Toke Hoye, da Universidade de Aarhus, Dinamarca, um dos co-autores do estudo.
As aranhas podem viver por até dois anos e os pesquisadores constataram que, nos anos em que a primavera começa mais cedo, os animais tendem a crescer mais, em média. Por exemplo, quando a primavera chega 30 dias mais cedo do que a data costumeira, algumas aranhas desenvolvem exoesqueletos que podem ser 10% mais espessos do que a média, o que resulta em corpos maiores. Nos anos mais frios, por outro lado, foi constatada uma redução no exoesqueleto.
Ao final do estudo de 10 anos de duração, a espessura média do exoesqueleto era de 2,65 mm, cerca de 2% acima dos 2,6 mm constatados nos anos iniciais do estudo - uma grande diferença a ser registrada durante um período de estudo de apenas 10 anos, de acordo com os pesquisadores.
Fêmeas robustas
As temperaturas mais quentes também parecem estar conferindo às fêmeas uma vantagem de tamanho com relação aos machos, sugere o novo estudo. As fêmeas da espécie Pardosa glacialis tendem a ser apenas ligeiramente maiores que os machos - como era o caso em 1997, quando o degelo da primavera aconteceu por volta do 160° dia do ano. Mas em 2005, por exemplo, quando o degelo aconteceu no 143° dia do ano, os exoesqueletos das fêmeas se provaram cerca de 2% maiores que os dos machos, em média.
Qual seria o motivo?
O motivo para que o aquecimento esteja aparentemente resultando em crescimento para essas aranhas é um mistério. A razão pode ser o fato de que as aranhas estão crescendo devido ao prolongamento de sua temporada primária de caça. Ou os verões mais longos podem estar permitindo que elas procedam à muda - o abandono de seus exoesqueletos antigos - com mais frequência, o que resultaria em crescimento maior ao longo de suas vidas. Não se sabe se as aranhas-lobo já estão nascendo maiores, já que o tema do estudo eram animais adultos.
Ninguém faz idéia do efeito que essas aranhas maiores podem exercer sobre o meio ambiente local, disse Hoye. Mas ele está bastante certo de que as aranhas não só serão maiores como mais numerosas. Fêmeas adultas maiores provavelmente resultarão em aumento na população de aranhas, e/ou em mais crias, disse Hoye.
Pelo lado positivo, ao menos para os aracnófobos, o canibalismo é comum entre muitas espécies de aranhas. A prática ajudaria a conter o crescimento das populações, disse Hoye, especialmente se os adultos continuarem a crescer, o que tornaria os filhotes presas mais fáceis. As constatações foram publicadas pela revista Biology Letters.
Barata, o inseto mal compreendido:
As Baratas (ordem Blattodea) são um grupo de insetos em grande parte onívora com metamorfose incompleta, que juntamente com os louva a Deus (ordem Mantodea) formam a super ordem Dictyoptera. Acredita-se que as baratas separaram-se do ancestral comum que partilhavam com o louva a Deus durante o Cretáceo Inferior a cerca de 140 milhões de anos atrás.
As espécies de baratas com ovipositors externo (tubos de postura) que existiam antes desta divisão, originaram-se antes do período Carbonífero Superior, cerca de 315 milhões de anos atrás. Por um outro lado, estudos recentes têm mostrado que os cupins são na verdade uma linhagem de baratas (Termitoidae epifamily) e não uma ordem separada de insetos como se pensava anteriormente. Cupins são mais estreitamente relacionadas com as baratas do gênero Cryptocercus devido a sua alimentação a base de madeira, com a qual compartilham vários caracteres estruturais e comportamentais.
Até hoje, cerca de 4.500 espécies de baratas foram nomeados e que provavelmente há pelo menos duas vezes este número ainda a ser descoberto no mundo. Embora a maioria das espécies seja encontrada nos trópicos, algumas ocorrem em regiões temperadas. Existem cerca de 130 baratas nativas da Europa e, talvez surpreendentemente, novas espécies ainda estão sendo descobertos nesta região.
Infelizmente a maioria das pessoas parece considerar que todas as baratas sejam vermes ofensivos e destrutivos. No entanto, esta reputação é merecida apenas a 30 espécies (menos de 1% do total de espécies).
Muitas espécies de baratas não possuem asas ou têm asas reduzidas e algumas (por exemplo, a cubana Byrsotria fumigata) tanto machos como fêmeas são plenamente alados com asas muito reduzidas. Algumas baratas da Ásia e da Australásia da espécie Panesthia, vivem em tocas na madeira em decomposição e têm bem desenvolvido asas quando elas se tornam adultos.
Muitas baratas possuem dimorfismo sexual, por exemplo, baratas machos de Madagascar, têm bem desenvolvidos "chifres" em sua pronota (a placa que cobre a cabeça), que eles usam para lutar contra machos rivais - o maior indivíduo geralmente emerge como o vencedor.
Formigas carnívoras e outras curiosidades sobre as formigas:
As duas espécies são brasileiras e são consideradas as maiores formigas-operárias do mundo. Formigas-operárias são as que só trabalham em benefício do formigueiro, estão sempre em atividade e jamais se reproduzem.
O grupo de Dinoponera gigantea (que tem mais de 3 cm) veio do Maranhão - onde vive - para ser estudado por biólogos no Museu de Zoologia de São Paulo. O grupo de D. australis (pouco menor do que a maranhense) foi coletado no interior de São Paulo.
De acordo com o biólogo Carlos Roberto Brandão, do Museu de Zoologia, as formigas-gigantes só atacam quando incomodadas. Porém, seu veneno é mortal para animais de pequeno porte (a picada de uma delas pode matar um rato). Algumas vezes, esse veneno pode ser fatal para o homem também. "Se a pessoa que foi picada é alérgica, ela poderá até morrer. Outras podem nem sentir a picada", explica o biólogo.
Ao contrário das outras espécies de formigas - que apresentam uma ou mais rainhas, dependendo da espécie -, o grupo de superformigas não tem rainha. A mãe de todas é uma operária escolhida numa disputa entre elas.
Outra curiosidade: o seu ninho é escavado (enquanto da maioria é construído sobre a superfície) a dois metros de profundidade do solo, se abrindo numa espécie de fenda no chão. Da fenda se inicia um buraco que lembra um túnel em formato espiral, de onde saem as câmaras (espécie de salas, onde elas vivem e trabalham).
No lugar da rainha, as formigas-gigantes têm uma operária dominante que é a mãe dos futuros filhotes. A escolha é feita numa disputa elegante, sem mortes. Uma vai lutando com a outra, até sair a vencedora. As lutas podem durar dias com pausas para descanso.
Feita a escolha, e o macho estando no formigueiro, ocorre a fecundação. Aliás, o papel do macho é fecundar a fêmea. Ele só aparece na hora de namorar. Depois de fecundada uma única vez, a dominante pode ter filhotes pelo resto da vida. Os filhotes passam por várias fases (ovo, larva, pulpa) até atingir a fase adulta. Depois, vivem cerca de um ano.
Por mais que as formigas incomodem, a natureza precisa delas. As formigas representam a maior população de insetos do planeta. Calcula-se que existam 18 mil espécies, das quais 3 mil vivem no Brasil. Mas pra que tanto?
O mundo sem as formigas poderia virar um caos! Muitos ecossistemas seriam prejudicados e algumas espécies deixariam de existir. O tamanduá seria o primeiro a sumir porque se alimenta delas. As árvores também sofreriam. Elas fornecem néctar às formigas, que, em troca, espantam os predadores, protegendo-as.
Como as minhocas, as formigas também movimentam a terra na hora de fazer os ninhos e a tornam rica em matéria orgânica, deixando-a fértil para o plantio. As formigas ainda ajudam a espalhar sementes garantindo a reprodução de algumas plantas e a controlar a população de muitos insetos.
Amigas dos dinos
Ao que tudo indica as formigas também infernizavam os dinossauros. Foi encontrado um fóssil de formiga com cerca de 100 milhões de anos! Isso mostra que esses pequenos insetos conseguiram sobreviver aos períodos glaciais, época em que desapareceram várias plantas e animais.
Por ser pequeno, esse inseto consegue se esconder mais, principalmente embaixo da terra podendo escapar até de uma explosão. Não é por acaso que algumas vivem bem no fundo da terra ou em lugares que a gente nem imagina.
As formigas vivem em todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos. Não há como evitar sua presença. Existem formigas em ruas, jardins, casas e até hospitais, o que é perigoso. Elas conseguem andar em lixo contaminado, passear em garfos e ir de um cômodo para outro sem problemas. Sendo assim, podem espalhar bactérias e prejudicar ainda mais os doentes.
Superorganizadas
O ponto forte das formigas é a organização. Esses insetos trabalham muito, sem reclamar. Formiga rebelde, como Flik, de Vida de Inseto, e Z, de Formiguinhaz, só em desenho animado!
A saúva, que tem o bumbum gordinho, é exemplo. Cada operária tem a sua função - cortadeira, carregadeira, jardineira e soldado - e, assim que nasce, cada uma executa sua tarefa. Elas cortam, carregam folhas e as transformam em fungo (ou bolor), que é o seu alimento. Ao contrário das formigas-gigantes, as saúvas são vegetarianas.
A rainha só observa o andamento da colônia. Se, por exemplo, ela acha que faltam formigas no grupo das cortadeiras, ela bota ovos para ter mais cortadeiras. Um formigueiro só acaba quando a rainha morre. Ela é a única que pode ter filhos.
Formando grandes batalhões à procura de comida, as formigas podem se tornar pragas. A saúva, por exemplo, é o terror dos agricultores porque devora plantações. Outras, além de plantações, atacam animais domésticos e pessoas. Em 1993, as formigas-lava-pés, que também são carnívoras, infernizaram a vida dos moradores de Envira, no Amazonas.
As formigas destruíram plantações e devoraram animais domésticos. Enterrar mortos era um problema porque no cemitério da cidade estava concentrada a maior parte dos formigueiros. As formigas-lava-pés também atacaram os moradores, muitos dos quais foram hospitalizados com feridas pelo corpo. A situação fez com que os moradores passassem a cobrir os pés com sacos plásticos.
Não dormem, são surdas e quase cegas...
As formigas nunca dormem; pelo menos, nunca ninguém as viu fazerem isso. O que os biólogos descobriram é que as formigas sabem dividir o dia em horas de trabalho e de descanso. Alguns acham que elas não dormem porque têm uma vida curta e precisam trabalhar para manter o formigueiro. Algumas espécies, como as saúvas, vivem apenas três meses e começam a trabalhar assim que nascem.
Elas também são surdas, quase não enxergam e se comunicam pelo cheiro. Quando uma formiga está em perigo, ela solta um odor para alertar as companheiras, transmitindo um aviso de que as demais devem fugir. O odor varia conforme a situação, mas o ser humano não consegue sentir esse cheiro. As formigas também servem de comida para o homem. Os chineses adoram ensopado de formigas, vinho com formigas, feijão com formigas etc. Eles dizem que, além de saborosas, são úteis no tratamento de muitas doenças. Se curam realmente ninguém sabe, mas os biólogos dizem que as rainhas-saúvas são muito nutritivas.
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