DEUSES ANTIGOS

Hierarquia dos Mythos: Deuses Anciões

De todas as entidades dos Mythos de Cthulhu, nenhuma é mais enigmática que a classe de seres coletivamente conhecidos como os Deuses Anciões (Elder Gods).

Para alguns teóricos do Mythos, os Deuses Anciões seriam meramente lendas, para outros eles existiram em um passado incrivelmente remoto do próprio universo e se auto-exilaram em outras realidades ou planos de existência por motivos que não nos compete tentar compreender. A verdade não se sabe e talvez jamais venhamos a saber pois o conhecimento que se dispõe a respeito dos Deuses Anciões é inacurado ou apócrifo. Livros e tratados a respeito deles ainda podem ser encontrados, contudo sua credibilidade não pode ser atestada.

Alguns documentos datados de antes da Queda de Atlântida afirmam que eles seriam naturais de Betelgeuse. Textos escritos no antigo Egito e traduzidos por filósofos gregos clássics dizem que eles vieram de uma dimensão paralela chamada Elysia - que pode ter sevido como base para o paraíso dos gregos antigos, o Elísio. Alguns documentos cuneiformes supostamente de origem assíria contam que eles habitavam um plano chamado de a "morada fora do tempo" o equivalente a Terra dos Sonhos.

A grande maioria das fontes concorda que os Deuses Anciões se opunham de alguma forma aos Grandes Antigos (Great Old Ones). Há relatos de que os Deuses Anciões teriam criado os Grandes Antigos para servir como escravos ou serviçais, e que um dia estes teriam se rebelado dando início a uma guerra de proporções cósmicas.

Um conhecido documento escrito no período grego clássico e encontrado em uma gruta na Macedônia relata uma história diferente: segundo essa fonte, os Grandes Antigos roubaram os Segredos do Universo que eram responsabilidade dos Deuses Anciões e que permaneciam guardados na Grande Biblioteca de Celaeno. De posse desses segredos os Grandes Antigos pretendiam dominar o Cosmos e submeter até os Deuses Exteriores (Outer Gods). Em retribuição a essa afronta, os Deuses Anciões passaram a combater seus inimigos incessantemente. Parte desses segredos teria sobrevivido aos cuidados de Ubbo-Sathla, o Grande Antigo que protege os crípticos tabletes conhecidos nos círculos arcanos como "As Chaves Ancestrais".

As fontes existentes não são precisas a respeito da duração da guerra, mas todas apontam para a mesma conclusão. Os Deuses Anciões teriam usado um poderoso ritual para aprisionar os Grandes Antigos. E nessa condição de aprisionamento os Grandes Antigos permaneceram pelos últimos milhares de anos, aguardando o momento em que a força desse ritual enfraqueça e eles possam escapar do cárcere.

Quanto ao paradeiro dos Deuses Anciões após a guerra, há várias interpetações. Para alguns teóricos após concluir o Ritual de Aprisionamento, eles teriam se enfraquecido de tal forma que decidiram retornar para seu lugar de origem nas estrelas a fim de reaver suas forças para quando os Grandes Antigos despertarem. Nessa concepção, a guerra não teria terminado e as partes meramente teriam atingido uma espécie de trégua sem vencedores.

Algumas teorias afirmam que os Deuses Anciões se exilaram na Terra dos Sonhos onde influenciaram o surgimento de incontáveis lendas sobre deuses, demônios e heróis da antiguidade. De fato, eles teriam sido a fonte para todas as divindades reverenciadas pelo homem. De acordo com esse mito, Nodens o mais conhecido dos Deuses Anciões teria permanecido como Guardião da entrada para a Terra dos Sonhos, zelando para que os demais Deuses retornem quando os Grandes Antigos despertarem.

A concepção de que os Grandes Antigos são seres naturalmente malignos e inimigos da humanidade, gerou uma noção equivocada de que os Deuses Anciões seriam seu oposto, ou seja entidades bondosas e nossas aliadas. Na realidade na melhor das hipóteses os Deuses Anciões assumem uma postura de neutralidade para com a humanidade, muito provavelmente sem levar em consideração nossa existência ou importância. A interpretação de que existem forças morais e amorais em luta no universo é polêmica, visto que a própria noção de moralidade é um juízo de valores intrinsicamente humano. Como estender essa noção a deuses e entidades cósmicas?

Contradizendo a suposição de que os Deuses Anciões podem ser compreendidos como seres benevolentes, existem evidências de que sua interação com a humanidade, nos raros momentos em que isso aconteceu, resultou em tragédias e desgraças.

Um exemplo é o Deus Ancião Hypnos que em tempos antigos foi honrado como Deus do Sono, Senhor dos Sonhos e Lorde dos Pesadelos. Os poucos textos a respeito de Hypnos afirmam que o Deus recebe os viajantes do Mundo Desperto em seu reino onírico, mas que ao seu bel-prazer opera neles mudanças de natureza física e psiquica a fim de que agradem a seus gostos peculiares. Os sonhos enviados por Hypnos originam devaneios e obssessões. Já os seus pesadelos são a própria matéria prima da insanidade.

E o que se pode dizer de Kthanid considerado o mais poderoso Deus Ancião, cuja representação grotesca se assemelha a um horror tentacular tão monstruoso que a mera visão seria capaz de induzir a loucura. Os textos sobre Kthanid atestam que seu ímpeto em destruir seus inimigos é tamanho que ele não se importaria de destruir a Terra - e toda vida que há nela - se isso exterminasse os horrores hibernando em nosso planeta.

Diante desses dois exemplos a ilusão de harmonia com a humanidade se desfaz de imediato.

É provável que a noção de que os Deuses Anciões são "bons" decorra diretamente de Nodens, o Lorde do Grande Abismo. Ele é representado como um homem barbado e vestindo uma toga imaculada, imponente e magnífico, portando um cajado de carvalho em uma mão e as rédeas de uma carruagem puxada por animais fantásticos na outra. Experientes exploradores do Mundo dos Sonhos dizem que Nodens tende a proteger e ajudar sonhadores e visionários. Dizem ainda que ele já instruiu indivíduos com magias e rituais necessários para enfrentar os cultos devotados aos Grandes Antigos. Algumas fontes afirmam que foi ele quem revelou o segredo do Símbolo Ancião (Elder Sign), o lacre místico que atua sobre os Grandes Antigos.

Venerado na Atlântida sob o nome de Chozzar e pelos druidas celtas, ao menos um de seus templos ainda existe em Lydney, na Inglaterra ocupando um território que existe tanto no mundo desperto quanto na Terra dos Sonhos. Outros desses locais de convergência existem ao redor do mundo, sendo o mais notório a construção conhecida como a "Estranha Casa em Meio às Névoas" que se ergue no topo de uma montanha na cidade de Kingsport.

A julgar pela atitude de Nodens podemos supor que ele seria uma entidade benigna, contudo a real agenda dele e de seus semelhantes permanece desconhecida.

O mais correto é supor que as ações dos Deuses Anciões se concentram em seus propósitos particulares. Segundo o notório estudioso Sir Hansen Poplan: "Embora eles (os Deuses Anciões) não se concentrem em nossa destruição, eles tampouco são nossos amigos. Eles desejam apenas seu bem estar como espécie e se consideram - corretamente - imensamente superiores a nós. Eles almejam novas descobertas e tudo o que podemos fazer é ficar fora de seu caminho".

Usando Os Deuses Anciões em suas aventuras:

É difícil utilizar os Deuses Anciões em cenários de RPG seja Call of Cthulhu ou Rastro de Cthulhu.

Essas entidades não são bem conhecidas em nossa realidade e não habitam esse plano faz muito tempo. Supostamente, os Deuses Anciões partiram para um lugar distante que não pode ser acessado por mortais. Não há magias descritas que permitam invocá-los ou contatá-los e o conhecimento a respeito deles é limitado para dizer o mínimo.

Não existem cultos organizados que venerem os Deuses Anciões ou que compreendam suas motivações ou planos. É possível que no passado remoto da Terra esses cultos tenham existido e até prosperado como inimigos naturais dos cultos devotados aos Grandes Antigos, contudo a passagem do tempo desmantelou todos esses grupos e fez com que eles desaparecessem. Hoje o que se sabe a respeito desses cultos vem dos poucos registros deixados em documentos e artefatos de eras passadas.

Muito desse conhecimento, no entanto, se misturou ou foi encoberto pela mitologia e filosofia dos antigos. Por exemplo, a deusa egípcia Bast supostamente seria uma Deusa Anciã, mas ela foi de tal forma absorvida pela mitologia egípcia que não se sabe ao certo se essa presunção é verdadeira ou não.

Outros deuses foram esquecidos de tal forma que poucos pesquisadores dos Mythos seriam capazes de conhecer algo além de seus nomes.

Em cenários que se passam nas Terras dos Sonhos, é mais provável encontrar pistas sobre os Deuses Anciões. Certas fontes atestam que um número considerável deles teria emigrado para essa realidade onírica e estes vão mais além, afirmando que eles seriam os verdadeiros deuses reverenciados pelos habitantes dessa estranha realidade. Alguns exploradores chegaram a afirmar ter encontrado estes seres na Terra dos Sonhos, contudo, este mundo tende a ser tão caótico que não há como saber ao certo qual o papel deles.

Nodens é de longe o Deus Ancião mais acessível e é muito mais provável encontrá-lo do que qualquer outra entidade dessa classe. O Lorde do Abismo como é chamado por uns poucos eruditos habita os locais de convergência entre o Mundo Desperto e a Terra dos Sonhos. Ele detém autoridade e certo grau de poder sobre a misteriosa raça de criaturas sem face conhecida como Nightgaunts. Quando surge, Nodens tende a ser amistoso, embora condescendente, como se fosse um adulto falando com crianças. Tratado com respeito ele pode ser uma fonte inesgotável de informações e um aliado valioso. Não seria totalmente estranho Nodens visitar investigadores em seus sonhos para ensinar alguma magia vital ou completar algum quebra cabeça. Também não é absurdo que ele guie visitantes até a Terra dos Sonhos apresentando suas maravilhas e horrores.

Diante da virulência dos Grandes Antigos, os Deuses Anciões tendem a ser vistos como santos, mas não se engane. Nodens assim como todos os outros de sua raça divina obedece apenas às suas motivações e propósitos. A humanidade nada representa para estes seres e eles pouco se importam com nosso destino final. Se fosse preciso eles nos sacrificariam sem pensar duas vezes, se isso lhes trouxesse alguma vantagem. Para estas divindades nós somos meras ferramentas: úteis para confrontar seus inimigos, para colocar seus planos em curso ou para entreter suas noites tristes.

Eles podem não nos odiar ou desprezar, mas com certeza não são nossos amigos. 


Deus Ancião

(Retirado dos Livros Mistérios Wiccanos de Raven Grimassi e Wicca, A Religião da Deusa de Claudiney Prieto).
O Ancião
O Ancião é a terceira face do Deus e representa o conhecimento acumulado e a sabedoria. Exerce domínio sobre os conhecimentos ocultos e sobre a Magia. Ele é o Deus das Sombras, aquele que conduz as almas dos homens ao Outro Mundo. Está relacionado ao início das civilizações.
 
Os exemplos associados à face de Ancião do Deus são:
Dagda: O bom Deus dos celtas irlandeses. É o Deus que ocupa lugar preponderante entre os Tuatha de Dannan. Seu título “Ollathir” significa “Pai de todos”.
Cronos: Deus grego do tempo e do destino dos homens. Ele castrou seu pai, Urano, e assumiu o domínio do mundo. Para não perder seu trono engoliu todos os seus filhos, menos Zeus, que mais tarde o suplantou e tornou-se o grande pai dos Deuses.
Teutates: O mais poderoso dos aspectos do Deus, entre os celtas, Teutates está associado às guerras, mas aparece muitas vezes como um Deus da fertilidade e abundância. Era considerado o Rei do Mundo.
Plutos: Deus grego das riquezas. Em uma de suas lendas ele aparece como um velho cego que distribui riquezas e presentes de maneira aleatória e injusta.
 
Temas de rituais que usam de Ancião do Deus:
• Atrair conhecimento de todas as ordens.
• Entrar em contato com a sabedoria ancestral
• Aumentar o poder de magia inerente a cada um de nós.
• Encontrar soluções para os problemas.
• Transmutar energias.
• Transformar situações
• Banir energias maléficas.
• Afastar inimigos e pessoas indesejadas.
• Afastar o azar.
• Revelar segredos.
• Estabelecer ligação com o inconsciente.
• Necessitar de proteção.

 
Meditando com o Ancião
Material necessário:
• Uma vela preta;
• Um cajado;
• Uma túnica preta com capuz.
Procedimento: Coloque a sua túnica, trace o Círculo Mágico e acenda a vela preta. Bata três vezes no solo com o cajado, chamando o Deus Ancião:
Senhor que caminha nos reinos ocultos,
Eu chamo você.
Sombras, voz que me chama,
Deus que revela o seu mundo,
Venha a mim.
Você, que no sono profundo reacende os mistérios da noite.
Venha!
Senhor da magia e do conhecimento oculto,
Grande transformador e sábio,
Venha a mim.
Cubra a cabeça com o capuz e continue batendo no solo com o cajado. Feche os olhos e siga a batida, indo em direção a uma caverna. Você chega à entrada e pede licença aos seres daquele lugar para entrar.
A caverna é escura, mas à sua frente, lá no fundo, você pode ver um pequeno foco de luz. Siga em direção à luz.
Lentamente você se aproxima da luz e percebe que ela provém de uma pequena fogueira que está em uma ampla área, onde se encontra um Ancião, sentado em um trono. Ele carrega em uma das mãos um cajado com muitos símbolos. Convida-o para sentar, apontando um banquinho ao lado de Seu trono. Você senta e então Ele o abençoa com o cajado, tocando-o em seu chacra do terceiro olho. Ao fazer isso, uma forte luz se espalha por toda a caverna. Esta luz é forte e de poder regenerador, capaz de lhe dar acesso aos conhecimentos mais sagrados do Universo, que só o Ancião pode lhe proporcionar.
Deixe-se ser invadido pela luz e pela força que o Ancião lhe transmite.
Ele lhe dá um dos símbolos que se encontra pendurado no seu cajado, dizendo que é um presente dele para você. Guarde o símbolo e agradeça ao Ancião. Despeça-se, fazendo uma inclinação de reverência com a cabeça e siga em direção à saída da caverna.
Nesse estágio da meditação, comece a bater novamente o seu cajado e deixe o som trazê-lo de volta à realidade. Acalme a sua mente, centre-se e abra os olhos.

Telemaco

Telemaco, heroi grego do romance Odisseia, de Homero. Filho de Odisseu e de Penelope. Telemaco é um classico esterotipo de filho que vive as sombras do pai, sem jamais alcançar seu brilho. Apos seu pai ter ido a guerra de Troia (que o fez quando Telemaco ainda era um bebe) e jamais ter retornado sendo considerando como morto. Varios pretendentes passaram a cercar sua mãe, Penelope, exigindo que ela arranja-se um novo marido.

Foi nesse ambiente que Telemaco cresceu, vendo os pretendentes a ursurbar e a consumir as riquesas de seu reino e a pressionarem sua mãe, mas sem jamais ter força para se impor e expulsar estes homens vis. Apesar de sua fraquesa em se impor Telemaco é nobre de coração e se destaca por seus celebres discursos, porem estes são todos inspirados pela deusa Atena, sua grande aliada e protetora.

Telemaco representa o jovem que vive as sombras do pai e que por falta de experiencia e ingenuidade comete varios erros, como no caso do assassinato aos pretendentes em que o jovem se descuida e deixa aberta a sala aonde se encontravam varias armas, e com elas os pretendentes se equipam para enfrentar a Telemaco e seu pai.
 

Livro: As melhores historias da mitologia Celta



Um livro leve que conta os principais mitos Celtas dividindo-os em duas partes, a primeira se foca nas lendas irlandesas contando pricnpalmente os mitos dos deuses celtas. A segunda parte é centrada nos mitos gaulesas e narras as historias envolvendo o rei Arthur e seus fieis cavaleiros.
O livro apresenta os mitos como contos o que torna a leitura muito mais agradavel. Embora não seja um livro aconselhado para pesquisas aprofundadas sobre o assunto é bastante interessante para apresentar os mitos Celtas, podendo ser lido tanto para adultos quanto por crianças.
 

As seis invasões da Irlanda mistica

Conforme o Livro das invasões uma obra escrita por monges cristãos, houveram ao todo seis invasões na Irlanda ate que esta terra fosse enfim povoada. As invasões foram realizadas por varios povos e cada um trouxe a ilha novos conhecimentos como agricultura, metalurgica entre outros.
As seis invasões foram:

1º Invasão

A primeira invasão foi protagonizada por uma mulher Cessair, filha de Birth (um quarto filho de Nóe, não mencionado no genesis). Apos serem a eles negado o direito de subir na arca pai e filha decidiram escapar do diluvio do jeito deles.
Cessair, Birth e tantos outros viajaram em trés embarcações a procura de uma ilha segura da furia de Deus, como vemos o numero trés de grande importancia para os Celtas esta aqui presente. Das naus porem apenas uma chegou ao destino, a mesma que continha Birth e Cessair o marido desta Fintan, Ladra, o piloto, e mais cinquenta donzelas e mais muitos homens.
Com o passar dos dias porem a pequena população se reduziu a apenas Cessar ,seu marido e as cinquenta donzelas. Coube então a Fintain a incumbencia de despossar as cinquenta mulheres (algo semelhante ao Hercules grego que em cinquneta noites ou em outra versão em apenas uma noite despossou o mesmo numero de mulheres). Fintan porem estava longe de ser um Hercules-celta, com medo da incumbencia ele se metamorfoseou em salmão, animal que para os Celtas simboliza o conhecimento.
As cinquenta mulheres morreram, e Cessair continuou seu desejo de povoar a ilha, porem o destino mostrou que não eram os descendentes de Nóe que deveria reinar nessa terra. Cessair adormeceu, em uma caverna, simbolizando a terra adormecida. A neta do Nóe foi desde então considerada uma divinidade. Ela continuaria em seu sono ate que chegasse o dia em que a ilha por fim deveria ser habitada, dando assim a sua benção aos merecedores de reinar naquelas terras.

2º Invasão

A segunda invasão ocorreu por parte de Partholon. Oriundo da Grecia ele havia assassinado os pais em uma disputa sucessoria. É comum nos mitos gregos que ao cometer um crme a pessoa ficasse marcada, o crime deveria ser purificado para que sua culpa não atraisse severas punições dos deuses, não apenas para ele, mas para sua familia inteira. Partholon estaria então fugindo das temiveis Erinias (ou furias conforme a denominação romana) que tinham como dever punir os crimes entre familiares.
Da mesma forma que a Irlanda protegeu a Cessair e seu pai da ira do deus cristão salvando-os do diluvio, o mesmo ocorreu a Parthelon que conseguiu escapar das garras das erinias.
Como segundo colonizador da ilha, Parthelon que era agricultou trouxe a Irlanda o conhecimento da agricultura e a produção de cerveja alem do famoso caldeirão, muito comum nos mitos e historias de bruxas. O grego veio junto de uma grande comitiva que incluia ate mesmo druidas, homens versados nas artes magicas.
Partholon e seu povo perceberam porem que a linda terra da Irlanda não deveria ser conquistada tão facil. Da mesma forma que os deuses olimpicos tiveram que derrotar os titãs e os senhores nordicos de Asgard precisaram triunfar contra os gigantes, eles também teriam sua provação.
A Irlanda era atacada de tempos em tempos pelos Fumores gigantes marinhos ferozes e destruitivos que habitavam o fundo dos oceanos. A batalha entre o povo de partholon e os Fumores foi devastadora trazendo a vitoria aos gigantes marinhos. Os habitantes da ilha ainda conseguiram sobreviver por mais 120 anos ate serem banidos definitivamente por uma peste.

3º Invasão

A terceira invasão foi realizada por Nemed (que quer dizer sagrado) este veio com uma comitiva de 34 embarcações, mas tal o exemplo e Cessair apenas uma chegou em segurança a ilha. Foi graças a Nemed que o conhecimento da espiritualidade ficou conhecido nas terras irlandesas. Seu reinado na ilha durou pouco, pois tal como na ultima invasão os Fumores atacaram e destuiram boa parte do povo de Nemed, os nemedianos. houve um contra-ataque aonde os nemedianos atacaram os Fumores em seus palacios submarinos, mas eles foram novamente massacrados e a ilha da Irlanda voltou a ficar desabitada.

4º Invasão

Um sobrevivente dos nemedianos foi quem liderou a quarta invasão. Fir Bolg apos a derrota de seu povo viajou a Grecia aonde lá se exilou. Tempos depois voltou a Irlanda como lider da quarta expedição de conquista a ilha. O reinado de Fir foi prospero e ele quem induziu o ferro na ilha. Seu reinado chegou ao fim não com ataque dos Fumores, mas sim graças aos quintos e mais importantes invasores, os deuses Celtas.
5º Invasão

O quinta invasão foi feita pelos deuses Celtas que de tão convictoos estavam em viver na nova terra, que mal atracaram na ilha quemaram seus barcos para que o desejo de retornarem não os assola-se. Os deuses derrotaram os ocupantes da ilha e mais adiante travaram uma segunda guerra contra os temiveis Fumores. Neste ponto percebemos que a vitoria dos deuses sobre os gigantes do mar simboliza como eles submeteram a força das aguas, algo que apenas deuses poderiam fazer. Graças a isso eles estariam preparando a Irlanda para receber seus ultimos colonizadores, dos quais deles descende todo o povo Irlandes.

6º Invasão

A sexta e ultima invasão foi realizada pelos milesianos, eles receberam este nome por serem liderados pelo espanhol Mile Espaine. Mile porem teve um fim tragico e como Moises morreu antes de chegar a sua terra prometida.
Com a morte de seu antigo lider, foi Bregon o lider da invasão quando as naus dos milesianos chegaram as marges da ilha. Os milesianos porem não tinham a menor chance de derrotarem os deuses Celtas e tomar o controle da Irlanda, acontece que Cessar a protagonista da primeira invasão despertou de seu sono e se pos do lado dos mortais, pois sabia eram eles que deveriam colonizar aquela terra. Agora divinizada Cessair era uma deusa trplice que possuia trés formas. De dia era chamada Banba, a noite Fothla e enquanto adormecida Eriu.
Com a ajuda e benção da deusa os milesianos rivalizaram com os deuses na guerra que travavam pela terra prometida. Estes ao perceberem que a deusa uma força maior do que a deles havia escolhido os mortais para habitar a Irlanda se recolheram e assim os milesianos povoaram a Irlanda.
Os deuses Celtas porem não deixairam de conviver e a olhar os mortais. Eles se recolheram nos Slidhes que eram dominios divinos e particulares de cada deus. Os Slidhes ficavam debaixo da terra e os deuses muitas vezes saiam deles e se relacionavam com os mortais o que deu origem a grade parte dos mitos Celtas.
 

O mito das cinco raças

O mito das cinco raças esta presente na obra "Os trabalhos e os dias" do poeta Hesíodo, considerado o maior poeta grego, atrás apenas do grande Homero. Este mito fala da decadencia da humanidade, dividindo-a em cinco idades, cada qual sempre pior que sua antecessora.

Hesiodo denominou inicialmente apenas quatro raças que viveram em quatro periodos distintos. Cada raça representando um metal. Elas vão do metal mais nobre ate o menos valioso, sendo assim as quatro raças são:

Raça do ouro
I
Raça de prata
I
Raça de bronze
I
Raça de ferro

A primeira raça, a do ouro, viveu no tempo em que o titã Cronos reinava. Naquela epoca a humanidade não conhecia dor, sofrimento ou velhice, quando chegava a hora de um mortal morrer sua partida era serena e calma. Estes homens não precisavam trabalham pois a terra sozinha ja lhes dava tudo que precisavam para seu sustento. Os tempos de ouro porem chegaram ao fim, os homens desta raça se tornaram daemons (demonios) embora a palavra tivesse um sentido bem diferente da qual conhecemos atualmente. Eles eram seres benevolos, espiritos que intercediam pelo bem da humanidade.

Apos o desaparecimento da raça do ouro se deu inicio a raça de prata, estes viviam por cém anos ate alcançar a flor da idade, mas depois disso pouco viviam e logo desciam ao reino de Hades. Eram justos entre si mas não faziam sacrificios aos deuses, não os construiam templos, nem os honraram e por isso esta raça também chegou ao seu fim.

A terceira raça era composta pelos homens de bronze, fortes e musculosos, viviam para as guerras, eram violentos e incontrolaveis. No fim acabaram destruindo a si mesmos, matando-se uns aos outros em suas crueis guerras.

A quarta raça era a de ferro, a nossa raça. Nela tanto o bem quanto o mal se mesclam, não a respeito entre as pessoas e a corrrupção e maldade andam de mãos dados com a caridade e o amor. Nesta raça os deuses não mais andam entre os homens, e assim Hesíodo explica o porque dos deuses não mais estarem presentes entre os homens na grecia antiga.

Ao terminar de classificar a humanidade nestas quatro raças o poeta percebeu que os hérois não se encaixavam em nenhuma delas e por isso criou uma quanta, a raça dos hérois. Localizada entre a idade do bronze e a do ferro. Era nesta gloriosa epoca em que os deuses se relacionavam com mortais gerando os semi-deuses, foi nela em que Hercules, Perseu, Teseu e tantos outros viveram. A raça dos hérois teve seu fim na guerra de Troia, sendo Aquiles e Odysseu os ultimos hérois.

Sendo assim a nova divisão das raças ficou:

Raça do ouro
I
Raça de prata
I
Raça de bronze
I
Raça dos herois
I
Raça de ferro

O mito das cindo idades como ja dito mostra a decadencia da raça humana, esta que se iniciou a partir do momento em que Pandora abriu a caixa que prendia todos os espiritos maleficos que se espalharam pelo mundo e estão a atormentar a humanidade ate os dias atuais. Juntamente com estes espiritos a esperança também foi libertada, mas nem mesmo ela pode impedir nosso declinio ate a idade de ferro.
 

O mundo inferior e seus habitantes

O Hades, assim denominado o mundo dos mortos grego, é um territorio vasto e sombrio governado pelo deus Hades (o qual de seu nome se denomina também o nome de seus dominios). O conceito de mundo dos mortos para os gregos era diferente da visão crista, pois o Hades tem em si territorios correspondentes ao paraiso, inferno e purgatorio cristãos.

O Hades é divido em trés grandes areas. A primeira delas é o Erebo, uma região vasta aonde ficam as almas da maioria das pessoas que não foram nem "boas demais" nem "crueis demais" assim elas vagam eternamente como zumbis, sem personalidade e sem identidade, meras sombras do que um dia foram seres humanos. Esta região representa o purgatorio cristão. O local correspondente ao inferno é o Tartaro, um abismo profundo aonde os deuses olimpicos aprisionam seus piores inimigos.

O ultimo e mais invejado territorio do mundo dos mortos são os jardins Elisseos (correspondem ao paraiso) este é um local completamente diferente, lá a felicdade e paz, as almas que vivem ali são de pessoas muito estimadas pelos deuses, normalmente grandes herois e heroinas vão para os jardis Elisseos apos a morte.

É importante falar mais detalhadamente dos habitantes do mundo inferior, a grande maioria deles esta lá contra a vontade, centenas de milhares de almas que vivem em uma angustia eterna vagueando pelo Erebo ou sofrendo terrivelmente no tartaro, como dito alguns poucos chegam aos jardins Elisseos. Todos os dias o mundo inferior recebe mais e mais habitantes, nos tempos de guerras então, este numero é bem maior...

Os principais e mais importantes residentes do mundo inferior porem são, em primeiro lugar o rei do mundo inferior, senhor absoluto do mundo dos mortos, Hades. Caronte é outra figura importante e com um papel fundamental, é ele quem transporta os mortos pelas travessias dos rios infernais, uma figura sombria e esqueletica. Deuses menores como Hypnos e Tanatos também residem no mundo inferior juntamente com o cão Cerbero. um gigantesco cão de tres cabeças guardião do mundo inferior, um ser temido por todos, embora tenha sido abatido e capturado por Hercules. O heroi enfrentou o monstro de mãos vazias, e venceu.

No tartaro residem os hospedes de honra do Hades, estão entre eles os titãs derrotados na primeira guerra entre eles e os deuses olimpianos. Humanos que desagradaram os deuses também residem no Tartaro dentre eles esta Sisifo, um mortal que enganou a morte não apenas uma, mais duas vezes. O deus Hades o puniu com uma severa tarefa a qual ele deveria realizar por toda a eternidade: carregar uma pesada rocha ate o cume de uma montanha, ao fazer isso ela rolava montanha abaixo e ele deveria recomeçar a tarefa.

Por ultimo uma das mais importantes residentes do Hades é Persefone a rainha do mundo inferior. Persefone é um caso curioso por ser uma personalidade que tem sua passagem temporaria no mundo inferior, ela passa suas "ferias de inverno" todo ano lã. Foi decidido em um antigo trato que Persefone ficaria o inverno no mundo dos mortos junto ao seu marido e o restante do ano com sua mãe Deméter e os demais olimpianos.

Posted by DJ BURP | às 11:18

0 comentários:

Postar um comentário