DEUSES...
O RETORNO DOS DEUSES: BAAL, MAMON E ASTAROTE
As culturas antigas costumavam ter religiões politeístas, onde haviam vários deuses criados pelo próprio homem e cultuados para se justificar uma filosofia qualquer. Concebia-se uma ideia como, por exemplo, sacrificar as criancinhas, depois moldava e materializava essa ideia em uma representação artística como esculturas, gravuras, arquiteturas etc. e por fim passava-se à execução daquela ideia, em nosso caso, sacrificava as crianças em nome do deus concebido para dar forma ao pensamento desejado pelo povo. Ou seja, era uma forma de satisfazer o egocentrismo do ser humano sem sentir culpa e sem ter necessidade de arrependimento e mudança de pensamento e atitude. Assim eram e sempre serão as religiões, sejam elas antigas, modernas ou futuras…
Mas o fato é que o caminho de Jesus não é uma religião, porque não é uma ideia concebida para agradar o ego do ser humano, mas sim para transformá-lo pelo amor e por amor. Ao invés de satisfazermos a nós mesmos, Jesus nos convida a fazer as coisas pelo próximo. Isso significa que em Jesus não servimos a nós mesmos nem as nossas ideologias, mas a ideologia do Reino, isto é, a prática do amor verdadeiro, sem interesses.
O mundo atual se diz livre dos zilhões de deuses pagãos de antigamente (com exceção da índia e seu hinduísmo, onde predominam mais de 15 mil divindades). A cultura capitalista se vê cada vez mais longe das religiões devido aos grandes avanços tecnológicos e os alegados “progressos” científicos. Assim, alega-se que o ser humano em breve estará totalmente livre dos deuses e das religiões… Quanta cegueira e autoengano… Esquecem que toda a história humana é cíclica e só mudam os personagens, porque desde que o ser humano pisou na terra, ele tem sido o mesmo de sempre.
A verdade é que os deuses antigos ressurgiram e talvez com mais força do que antigamente. Já não estão em estátuas ou pictogramas, mas na ideologia social, o que significa que mesmo aqueles que se declaram ateus e sem religião estão sujeitos a eles. O mundo não percebe, mas os deuses estão vagando pela terra nesse exato momento, propagados pela mídia e pela globalização. Os mesmos deuses das civilizações que chamamos de “primitivas” e “ignorantes” retornaram do além, das fronteiras da história. Sim, os mesmos que exigiam sacrifícios de crianças, libações e prostituição cultual estão entre nós, uma civilização teoricamente mais civilizada, mais avançada… Os ateus e neodarwinistas dizem: não precisamos de deuses! Mas estão cegos, não enxergam que eles mesmos os adoram.
Quem são esses deuses afinal? O nome deles variavam de cultura a cultura, mas em essência eram todos a mesma coisa: uma ideologia concretizada e materializada em uma religião. Agora não precisamos mais de materializá-los em estátuas, basta que passamos sua filosofia [ara frente e o mundo se curvará diante deles. Vos apresento Baal, Mamom e Astarote, a trindade infernal que hoje impera nos círculos sociais e até mesmo nas chamadas igrejas… Os três representam ontem, hoje e sempre tudo aquilo que a humanidade decaída sempre quis: poder, dinheiro e deturpação do sexo.
BAAL
Baal certamente é um dos deuses mais antigos e o mais adorado em quase todas as culturas antigas. Baal geralmente era o deus supremo, adorado pelos sumérios, babilônios, fenícios, filisteus e tantas outras civilizações antigas, com este nome ou outro. Mas o interessante é que a palavra Baal significa “senhor”. Isso designa um posto de autoridade e Baal era de fato o deus superior do panteão segundo as tradições. Assim, Baal está intimamente ligado ao Poder.
Ter poder sobre o próximo sempre foi um grande sonho do homem, e Baal estava lá para legitimar esse desejo. Baal representava o poder absoluto dos imperadores e dos governantes. Os sacrifícios a Baal eram geralmente crianças e recém-nascidos, o que ocasionava mais poder ao Baal, isso é, ao Estado. Afinal, poder-se-ia facilmente fazer controle de natalidade exigindo sacrifícios a esse deus, e com isso aumenta o poder dos governantes.
A sede de poder sempre esteve presente na história humana, mas numa civilização que se gaba de ser mais avançada (embora particularmente no Brasil até o final do séc. XIX ainda havia escravidão…) tal ganância deveria ter dado lugar a um ideal de igualdade total em amor. Mas não há isso, pelo contrário, por mais que os evolucionistas dizem que evoluímos, na verdade não evoluímos nada. O espírito de Baal continua forte em nossas políticas corrompidas, em nossas clínicas de aborto (sempre com o nome pomposo de “Planejamento Familiar”) em nossas injustiças, enfim, o deus mais adorado hoje continua sendo Baal.
Baal também entrou nas igrejas. São pastores que querem mandar em todos os aspectos da vida de suas ovelhas e os escalões de poder numa hierarquia que não deveria existir. E claro, há também as constantes brigas dentro da família pra ver quem manda em quem. Isso tudo atende a um único nome: Baal.
Assim, parafraseando Lord Acton: “Baal corrompe e o Baal absoluto corrompe absolutamente”.
Mas o espírito do verdadeiro seguidor de Cristo deve ficar longe disso. Ao contrário da pregação dos modernos baalins, Jesus nos convida a descer de nosso posto e caminhar com nosso próximo de igual pra igual. O poder pertence somente a Jesus e a mais ninguém.
MAMOM
Quem acha que está livre de religião e não adora a nenhum deus mas tem grande apreço pelo capitalismo e o consumismo deve pensar duas vezes antes de sair se declarando ateu. Mamom é uma palavra hebraica para tudo que personifica dinheiro. O capitalismo moderno (que é derivado do calvinismo, segundo Max Weber) define que para ser feliz é preciso comprar, vender e ter dinheiro e em quantidades cada vez maiores. Nunca na história da humanidade correu tanto dinheiro como corre hoje em nossos comércios, bancos e bolsas de valores. Isso implica que a idolatria a Mamom em nossos dias é mais forte do que nunca…
Porém, a filosofia de Mamom não se resume ao dinheiro, este é apenas um objeto canalizador da verdadeira natureza do deus Mamom: o egocentrismo. Diz um ditado popular que dinheiro é poder. Assim, Mamom é Baal. Logo, Mamom e Baal são a mesma coisa, a diferença é que Mamom é a segunda pessoa da Trindade… De fato, não é novidade pra ninguém que dinheiro e poder caminham juntos. Quanto mais dinheiro, mais poder e vice-versa. E ambos são alimentados pelo ego.
A sociedade moderna nos quer convencer que dinheiro é felicidade ao mesmo tempo em que dinheiro é o que movimenta toda a maldade humana… quanta incoerência! Com dinheiro se compra vidas, se vende vidas, se troca vidas. É pelo dinheiro que o tráfico de todos os tipos se movimenta, é por dinheiro que muitos casamentos vão por água abaixo, é por dinheiro que os políticos se corrompem, é por dinheiro ou pela falta dele que milhões de pessoas passam fome, é por dinheiro que se fazem guerras, enfim, desde que o homem (ou o diabo mesmo) inventou essa praga chamada dinheiro (um conceito que se olharmos bem profundamente não tem razão de existir) o mundo tem se tornado cada dia pior. Dinheiro tem sido um estigma terrível para a sociedade, no entanto o sistema atual é o sistema mais dependente de dinheiro da história.
Novamente, até nas igrejas Mamom está. A Teologia da Prosperidade alimenta o ego dos pastores e sua ambição por dinheiro fácil, enquanto alimenta o mesmo desejo das ovelhas. Mamom tem se disfarçado de Jesus e enganado milhões de pessoas que estão em busca de receber algo de Deus, mas não estão dispostas a obedecê-lo.
Nunca uma civilização se ajoelhou tanto diante de Mamom como se ajoelha nossa sociedade moderna. E por quê? Porque nossa cultura globalizada se baseia no imediatismo do “eu” e do “meu”. A globalização e a grande oferta financeira fizeram com que as pessoas olhassem para si mesmas, a ficarem cada vez mais egocêntricas. Este é o poder escravizante de Mamom, fechar as pessoas em si mesmas.
Baal e Mamom se unem para criar uma estrutura escravocrata onde os próprios escravos se escravizam…
ASTAROTE
Desde que a agricultura foi inventada, o ser humano adora a um tipo de divindade chamada de Deusa-Mãe. Isso porque para os povos que viviam da agricultura, a terra era comparada à mulher, no sentido da colheita (filhos) e períodos férteis (ciclo menstrual) o que gerou uma adoração a terra, que se transformou em uma divindade, a Mãe-Terra, também chamada nos mitos de Gea ou Gaia. As deusas-mãe foram sempre associadas à fertilidade e ao sexo. Das deusas-mãe mais conhecidas, Astarote é a que mais se destaca, por sua flexibilidade e facilidade de se adaptar aos diferentes ambientes culturais onde ela é adorada. Astarote é uma das concepções de divindades mais antigas do homem, tendo passado por diversas civilizações e com nomes diferentes: Astarte, Ishtar, Ísis, Afrodite, Vênus… eram todas a mesma deusa.
A filosofia por trás de Astarote é simples: justificar a prostituição, orgias, homossexualismo, lesbianismo, fornicação e toda sorte de coisas impuras relacionadas ao sexo. Vejamos que sexo não é o problema em si, mas a idolatria ao sexo era o problema. Então precisava-se de uma divindade que apoiasse os atos sexuais ilícitos afim de agradar ao ser humano. Se uma pessoa casada desejasse fazer sexo com outra pessoa, bastava dizer que iria fazer um sacrifício para Astarote e então estaria tudo resolvido, posto que uma das formas de adoração à deusa era a hierodolia, isto é, a prostituição cultual. Muitas vezes nessas sociedades, as meninas eram submetidas à prostituição como forma de integração social, haviam festas orgiárquicas (como as saturnálias e os bacanais da Roma Antiga) e tantas outras. Sodoma, Gomorra, Babilônia, Grécia, Roma, Brasil, Holanda, Estados Unidos são um dos exemplos de culturas que são ou que foram submetidas ao domínio da impureza e da idolatria sexual.
Os dias atuais tem sido dias de glória para a deusa do sexo. Aliás, a palavra mais pesquisada na internet, a mais comentada nas mídias de massa como televisão, revistas e jornais, a conversa que mais encanta os jovens de hoje é justamente essa: sexo. Temos sexo na televisão e nos filmes, sexo na internet, sexo nas ruas, nas praças, nas escolas… Nunca se faliu tanto de sexo como se fala hoje!
Problemas como prostituição, pornografia, pedofilia, estupro, incesto, homossexualismo e atentados sexuais são todos manifestações do poder de Astarote. E Astarote assim como Mamom e Baal, é alimentada pelo ego humano. Como antigamente, Astarote nunca aparece sem Baal ao seu lado. O governo sempre teve interesse em governar até mesmo a área sexual de seus cidadãos, e hoje vemos justamente isso. Com o incentivo descarado da mídia, o Estado tem modificado a sexualidade das pessoas, tornando-as promíscuas e hedonistas. Isso tudo faz parte de um projeto inacreditável de controle populacional. Incentiva-se desde cedo o sexo casual com qualquer pessoa (de preferência do mesmo sexo, pois assim não terá perigo de gerar filhos), então passa-se a oferecer serviços de “saúde reprodutiva” para abortar os indesejados, e assim cresce ao mesmo tempo a promiscuidade, o vício sexual e as doenças sexualmente transmissíveis, enquanto diminui consideravelmente a população do país e controla-se o que ela deve pensar, porque estarão tão cheios de atividade sexual que não terão tempo para pensar…
Vivemos num retorno à Sodoma, e temo que talvez fiquemos até mesmo pior do que esta…
A TRINDADE EGOCÊNTRICA
Baal, Mamom e Astarote… Pode-se dizer que eles formam uma trindade. Aliás, embora o conceito de trindade cristã não seja muito entendível para nós sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ele é facilmente encaixável aos deuses que acabamos de relatar. Se uma trindade é o conceito de três pessoas distintas unidas num só propósito e que (não me perguntem como…) as três pessoas são um só, então fica fácil aplicarmos para Baal, Mamom e Astarote. Sim, todos são as facetas de um mesmo deus: o Ego.
Baal é o Ego, Mamom é o Ego e Astarote é o Ego. E todos trabalham juntos e são unânimes num só propósito: glorificar o deus Ego. O agente de louvor? O próprio ser humano. Como disse Paul Washer, depois de destruir a morte e o inferno, Deus irá se virar contra o maior dos adversários, o homem. Sim, o homem prefigurou-se como o pior dos inimigos de Deus. Mas não era o diabo? você pode perguntar. Fique sabendo que o diabo não faz absolutamente nada de novo, senão se aproveitar daquilo que já é inerente no ser humano. A estratégia do diabo nunca foi se gloriar através desses falsos deuses, mas sim destruir o ser humano por dentro através da autoglorificação do próprio homem. Logo, o diabo sem o homem não passa de um cachorrinho sem dono vagando pelo mundo afora.
A Trindade Egocêntrica utiliza-se da natureza decaída do homem para destruir o próprio homem, através dos relacionamentos. Um homem obcecado pelo poder (Baal) irá ser levado a ter compulsão pelo dinheiro (Mamom) e poderá comprar quaisquer mulheres que quiser (Astarote) e assim acabará destruindo tanto a si mesmo quanto às pessoas envolvidas nesse processo todo. Por isso, os três deuses estão em íntima interligação e unidade. O deus Ego é o deus de todas as religiões. Todos os outros deuses são meras nomenclaturas da Trindade Egocêntrica. Todos são meras concepções humanas para justificar um ato de rebeldia.
O Evangelho de Jesus faz justamente o contrário. Ele transforma o ser humano de forma que este se interesse por fazer o bem ao seu próximo, a fim de construir uma sociedade revolucionária, não mais baseada no egocentrismo nem em sistemas egocêntricos de governo, mas baseada no amor mútuo e verdadeiro, no serviço e no compromisso. Não uma sociedade baseada no eu e no meu mas no nós e no nosso. A essa sociedade, Jesus deu o nome de igreja. Em essência, o Evangelho veio para nos libertar das cadeias que nós mesmos construímos.
Lendas
Culto
Mas o fato é que o caminho de Jesus não é uma religião, porque não é uma ideia concebida para agradar o ego do ser humano, mas sim para transformá-lo pelo amor e por amor. Ao invés de satisfazermos a nós mesmos, Jesus nos convida a fazer as coisas pelo próximo. Isso significa que em Jesus não servimos a nós mesmos nem as nossas ideologias, mas a ideologia do Reino, isto é, a prática do amor verdadeiro, sem interesses.
O mundo atual se diz livre dos zilhões de deuses pagãos de antigamente (com exceção da índia e seu hinduísmo, onde predominam mais de 15 mil divindades). A cultura capitalista se vê cada vez mais longe das religiões devido aos grandes avanços tecnológicos e os alegados “progressos” científicos. Assim, alega-se que o ser humano em breve estará totalmente livre dos deuses e das religiões… Quanta cegueira e autoengano… Esquecem que toda a história humana é cíclica e só mudam os personagens, porque desde que o ser humano pisou na terra, ele tem sido o mesmo de sempre.
A verdade é que os deuses antigos ressurgiram e talvez com mais força do que antigamente. Já não estão em estátuas ou pictogramas, mas na ideologia social, o que significa que mesmo aqueles que se declaram ateus e sem religião estão sujeitos a eles. O mundo não percebe, mas os deuses estão vagando pela terra nesse exato momento, propagados pela mídia e pela globalização. Os mesmos deuses das civilizações que chamamos de “primitivas” e “ignorantes” retornaram do além, das fronteiras da história. Sim, os mesmos que exigiam sacrifícios de crianças, libações e prostituição cultual estão entre nós, uma civilização teoricamente mais civilizada, mais avançada… Os ateus e neodarwinistas dizem: não precisamos de deuses! Mas estão cegos, não enxergam que eles mesmos os adoram.
Quem são esses deuses afinal? O nome deles variavam de cultura a cultura, mas em essência eram todos a mesma coisa: uma ideologia concretizada e materializada em uma religião. Agora não precisamos mais de materializá-los em estátuas, basta que passamos sua filosofia [ara frente e o mundo se curvará diante deles. Vos apresento Baal, Mamom e Astarote, a trindade infernal que hoje impera nos círculos sociais e até mesmo nas chamadas igrejas… Os três representam ontem, hoje e sempre tudo aquilo que a humanidade decaída sempre quis: poder, dinheiro e deturpação do sexo.
BAAL
Baal certamente é um dos deuses mais antigos e o mais adorado em quase todas as culturas antigas. Baal geralmente era o deus supremo, adorado pelos sumérios, babilônios, fenícios, filisteus e tantas outras civilizações antigas, com este nome ou outro. Mas o interessante é que a palavra Baal significa “senhor”. Isso designa um posto de autoridade e Baal era de fato o deus superior do panteão segundo as tradições. Assim, Baal está intimamente ligado ao Poder.
Ter poder sobre o próximo sempre foi um grande sonho do homem, e Baal estava lá para legitimar esse desejo. Baal representava o poder absoluto dos imperadores e dos governantes. Os sacrifícios a Baal eram geralmente crianças e recém-nascidos, o que ocasionava mais poder ao Baal, isso é, ao Estado. Afinal, poder-se-ia facilmente fazer controle de natalidade exigindo sacrifícios a esse deus, e com isso aumenta o poder dos governantes.
A sede de poder sempre esteve presente na história humana, mas numa civilização que se gaba de ser mais avançada (embora particularmente no Brasil até o final do séc. XIX ainda havia escravidão…) tal ganância deveria ter dado lugar a um ideal de igualdade total em amor. Mas não há isso, pelo contrário, por mais que os evolucionistas dizem que evoluímos, na verdade não evoluímos nada. O espírito de Baal continua forte em nossas políticas corrompidas, em nossas clínicas de aborto (sempre com o nome pomposo de “Planejamento Familiar”) em nossas injustiças, enfim, o deus mais adorado hoje continua sendo Baal.
Baal também entrou nas igrejas. São pastores que querem mandar em todos os aspectos da vida de suas ovelhas e os escalões de poder numa hierarquia que não deveria existir. E claro, há também as constantes brigas dentro da família pra ver quem manda em quem. Isso tudo atende a um único nome: Baal.
Assim, parafraseando Lord Acton: “Baal corrompe e o Baal absoluto corrompe absolutamente”.
Mas o espírito do verdadeiro seguidor de Cristo deve ficar longe disso. Ao contrário da pregação dos modernos baalins, Jesus nos convida a descer de nosso posto e caminhar com nosso próximo de igual pra igual. O poder pertence somente a Jesus e a mais ninguém.
MAMOM
Quem acha que está livre de religião e não adora a nenhum deus mas tem grande apreço pelo capitalismo e o consumismo deve pensar duas vezes antes de sair se declarando ateu. Mamom é uma palavra hebraica para tudo que personifica dinheiro. O capitalismo moderno (que é derivado do calvinismo, segundo Max Weber) define que para ser feliz é preciso comprar, vender e ter dinheiro e em quantidades cada vez maiores. Nunca na história da humanidade correu tanto dinheiro como corre hoje em nossos comércios, bancos e bolsas de valores. Isso implica que a idolatria a Mamom em nossos dias é mais forte do que nunca…
Porém, a filosofia de Mamom não se resume ao dinheiro, este é apenas um objeto canalizador da verdadeira natureza do deus Mamom: o egocentrismo. Diz um ditado popular que dinheiro é poder. Assim, Mamom é Baal. Logo, Mamom e Baal são a mesma coisa, a diferença é que Mamom é a segunda pessoa da Trindade… De fato, não é novidade pra ninguém que dinheiro e poder caminham juntos. Quanto mais dinheiro, mais poder e vice-versa. E ambos são alimentados pelo ego.
A sociedade moderna nos quer convencer que dinheiro é felicidade ao mesmo tempo em que dinheiro é o que movimenta toda a maldade humana… quanta incoerência! Com dinheiro se compra vidas, se vende vidas, se troca vidas. É pelo dinheiro que o tráfico de todos os tipos se movimenta, é por dinheiro que muitos casamentos vão por água abaixo, é por dinheiro que os políticos se corrompem, é por dinheiro ou pela falta dele que milhões de pessoas passam fome, é por dinheiro que se fazem guerras, enfim, desde que o homem (ou o diabo mesmo) inventou essa praga chamada dinheiro (um conceito que se olharmos bem profundamente não tem razão de existir) o mundo tem se tornado cada dia pior. Dinheiro tem sido um estigma terrível para a sociedade, no entanto o sistema atual é o sistema mais dependente de dinheiro da história.
Novamente, até nas igrejas Mamom está. A Teologia da Prosperidade alimenta o ego dos pastores e sua ambição por dinheiro fácil, enquanto alimenta o mesmo desejo das ovelhas. Mamom tem se disfarçado de Jesus e enganado milhões de pessoas que estão em busca de receber algo de Deus, mas não estão dispostas a obedecê-lo.
Nunca uma civilização se ajoelhou tanto diante de Mamom como se ajoelha nossa sociedade moderna. E por quê? Porque nossa cultura globalizada se baseia no imediatismo do “eu” e do “meu”. A globalização e a grande oferta financeira fizeram com que as pessoas olhassem para si mesmas, a ficarem cada vez mais egocêntricas. Este é o poder escravizante de Mamom, fechar as pessoas em si mesmas.
Baal e Mamom se unem para criar uma estrutura escravocrata onde os próprios escravos se escravizam…
ASTAROTE
Desde que a agricultura foi inventada, o ser humano adora a um tipo de divindade chamada de Deusa-Mãe. Isso porque para os povos que viviam da agricultura, a terra era comparada à mulher, no sentido da colheita (filhos) e períodos férteis (ciclo menstrual) o que gerou uma adoração a terra, que se transformou em uma divindade, a Mãe-Terra, também chamada nos mitos de Gea ou Gaia. As deusas-mãe foram sempre associadas à fertilidade e ao sexo. Das deusas-mãe mais conhecidas, Astarote é a que mais se destaca, por sua flexibilidade e facilidade de se adaptar aos diferentes ambientes culturais onde ela é adorada. Astarote é uma das concepções de divindades mais antigas do homem, tendo passado por diversas civilizações e com nomes diferentes: Astarte, Ishtar, Ísis, Afrodite, Vênus… eram todas a mesma deusa.
A filosofia por trás de Astarote é simples: justificar a prostituição, orgias, homossexualismo, lesbianismo, fornicação e toda sorte de coisas impuras relacionadas ao sexo. Vejamos que sexo não é o problema em si, mas a idolatria ao sexo era o problema. Então precisava-se de uma divindade que apoiasse os atos sexuais ilícitos afim de agradar ao ser humano. Se uma pessoa casada desejasse fazer sexo com outra pessoa, bastava dizer que iria fazer um sacrifício para Astarote e então estaria tudo resolvido, posto que uma das formas de adoração à deusa era a hierodolia, isto é, a prostituição cultual. Muitas vezes nessas sociedades, as meninas eram submetidas à prostituição como forma de integração social, haviam festas orgiárquicas (como as saturnálias e os bacanais da Roma Antiga) e tantas outras. Sodoma, Gomorra, Babilônia, Grécia, Roma, Brasil, Holanda, Estados Unidos são um dos exemplos de culturas que são ou que foram submetidas ao domínio da impureza e da idolatria sexual.
Os dias atuais tem sido dias de glória para a deusa do sexo. Aliás, a palavra mais pesquisada na internet, a mais comentada nas mídias de massa como televisão, revistas e jornais, a conversa que mais encanta os jovens de hoje é justamente essa: sexo. Temos sexo na televisão e nos filmes, sexo na internet, sexo nas ruas, nas praças, nas escolas… Nunca se faliu tanto de sexo como se fala hoje!
Problemas como prostituição, pornografia, pedofilia, estupro, incesto, homossexualismo e atentados sexuais são todos manifestações do poder de Astarote. E Astarote assim como Mamom e Baal, é alimentada pelo ego humano. Como antigamente, Astarote nunca aparece sem Baal ao seu lado. O governo sempre teve interesse em governar até mesmo a área sexual de seus cidadãos, e hoje vemos justamente isso. Com o incentivo descarado da mídia, o Estado tem modificado a sexualidade das pessoas, tornando-as promíscuas e hedonistas. Isso tudo faz parte de um projeto inacreditável de controle populacional. Incentiva-se desde cedo o sexo casual com qualquer pessoa (de preferência do mesmo sexo, pois assim não terá perigo de gerar filhos), então passa-se a oferecer serviços de “saúde reprodutiva” para abortar os indesejados, e assim cresce ao mesmo tempo a promiscuidade, o vício sexual e as doenças sexualmente transmissíveis, enquanto diminui consideravelmente a população do país e controla-se o que ela deve pensar, porque estarão tão cheios de atividade sexual que não terão tempo para pensar…
Vivemos num retorno à Sodoma, e temo que talvez fiquemos até mesmo pior do que esta…
A TRINDADE EGOCÊNTRICA
Baal, Mamom e Astarote… Pode-se dizer que eles formam uma trindade. Aliás, embora o conceito de trindade cristã não seja muito entendível para nós sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ele é facilmente encaixável aos deuses que acabamos de relatar. Se uma trindade é o conceito de três pessoas distintas unidas num só propósito e que (não me perguntem como…) as três pessoas são um só, então fica fácil aplicarmos para Baal, Mamom e Astarote. Sim, todos são as facetas de um mesmo deus: o Ego.
Baal é o Ego, Mamom é o Ego e Astarote é o Ego. E todos trabalham juntos e são unânimes num só propósito: glorificar o deus Ego. O agente de louvor? O próprio ser humano. Como disse Paul Washer, depois de destruir a morte e o inferno, Deus irá se virar contra o maior dos adversários, o homem. Sim, o homem prefigurou-se como o pior dos inimigos de Deus. Mas não era o diabo? você pode perguntar. Fique sabendo que o diabo não faz absolutamente nada de novo, senão se aproveitar daquilo que já é inerente no ser humano. A estratégia do diabo nunca foi se gloriar através desses falsos deuses, mas sim destruir o ser humano por dentro através da autoglorificação do próprio homem. Logo, o diabo sem o homem não passa de um cachorrinho sem dono vagando pelo mundo afora.
A Trindade Egocêntrica utiliza-se da natureza decaída do homem para destruir o próprio homem, através dos relacionamentos. Um homem obcecado pelo poder (Baal) irá ser levado a ter compulsão pelo dinheiro (Mamom) e poderá comprar quaisquer mulheres que quiser (Astarote) e assim acabará destruindo tanto a si mesmo quanto às pessoas envolvidas nesse processo todo. Por isso, os três deuses estão em íntima interligação e unidade. O deus Ego é o deus de todas as religiões. Todos os outros deuses são meras nomenclaturas da Trindade Egocêntrica. Todos são meras concepções humanas para justificar um ato de rebeldia.
O Evangelho de Jesus faz justamente o contrário. Ele transforma o ser humano de forma que este se interesse por fazer o bem ao seu próximo, a fim de construir uma sociedade revolucionária, não mais baseada no egocentrismo nem em sistemas egocêntricos de governo, mas baseada no amor mútuo e verdadeiro, no serviço e no compromisso. Não uma sociedade baseada no eu e no meu mas no nós e no nosso. A essa sociedade, Jesus deu o nome de igreja. Em essência, o Evangelho veio para nos libertar das cadeias que nós mesmos construímos.
Lotan
Lotan (ou Lawtan)
é considerado por muitos pesquisadores como o precursor de uma das
maiores serpentes do mar de todos os tempos, o Leviatã bíblico, e sua
lenda remonta a mais de 3000 anos A maioria dos estudiosos modernos
concorda que depois que os israelitas conquistaram a região conhecida
como Palestina, em cerca de 1000 a.C., eles incorporaram a lenda de
Lotan em sua própria cultura, só que com um novo nome, Leviatã.
Conhecido
pelos cananeus semitas, os sumérios e no resto do mundo antigo
sírio-palestina, Lotan foi chamado de muitos nomes, incluindo "A Serpente Enrolada", "A Serpente Fugindo" e "O Poderoso de Sete Cabeças
", para citar alguns. De acordo com antigos mitos ugaríticos, o Lotan
era o animal de estimação do deus Yaw. Yaw representa o caos e a
destruição em massa com inundações, oceanos, e o inverno, e às vezes é
também chamado Yam (mar) ou Nahar (rio). Segundo a lenda, o deus cananeu Baal matou esta serpente de sete cabeças colossal em uma batalha de proporções épicas.
Há
alguns que acreditam que a referência feita as sete cabeças de Lotan
também pode estar associada com o mito grego da Hidra. E um pequeno
grupo de pesquisadores também acreditam que a lenda de Lotan pode ter se
derivado de relatos de marinheiros antigos, que tiveram a infelicidade
de encontrar uma lula gigante, enquanto navegavam pelas rotas comerciais
do Mediterrâneo.
Apep
Apep ( Apop, Aapep, Aphopis, Apófis) é uma serpente demoníaca
originaria da mitologia egípcia. Existem muitas variações de seu nome,
mas normalmente esta criatura é conhecida como a "serpente da lua". Apep
é conhecida por ter surgido a partir do grande vazio no início do
mundo.
Às vezes, Apep é descrita como uma serpente com uma cabeça humana, às
vezes apenas como uma grande serpente de 16~30 metros de comprimento ou
como um crocodilo contorcido. Ela vive no fundo do Nilo celestial e
personifica todas as características sombrias da existência, como a
morte, o caos e a destruição. O corpo da serpente é ondulado como uma
mola e isso lhe permite atirar-se para fora de seu esconderijo e engolir
sua presa. Além disso ela usa hipnose como arma, tendo em alguns mitos,
hipnotizado Rá e toda a sua comitiva. Apep comanda muitas hordas de
demônios, a maioria possuindo qualidades de serpente do fogo.
As infelizes almas dos mortais, ao fazerem sua passagem desta vida para a
próxima tornavam-se vítimas da Apep. Se ela as devorasse com sucesso e
as partisse em pedaços, elas estariam condenadas a serem formas
imateriais para sempre. No entanto, algumas pessoas eram resgatadas
pelos deuses e levadas para os reinos celestiais.
Apep é um inimigo jurado dos deuses, principalmente do deus Rá. Ela vive
no subterrâneo durante o dia, porém ao anoitecer, ela sai para tentar
matar Ra, mas nunca tem êxito na sua missão, pois sempre acaba tendo que
enfrentar alguma outra divindade e acaba sendo morta. Alguns dos que
lhe derrotaram foram Bastet, Aten, Seth, Mafdet, dentre outros. Sendo
imortal, ela renasce no dia seguinte e se prepara para mais uma vez
tentar eliminar seu odioso inimigo.
Alguns dizem que a figura de Apep é derivada dos mitos babilônicos de
Belmarduk e Tiamat. Apep não possuía nenhum tipo de culto ou adoração,
mas os antigos egípcios realizavam rituais para se protegerem contra ele
- pois ele era uma ameaça não apenas contra as pessoas e os deuses, mas
contra Ma'at (a justiça) e a própria criação.
Como a personificação do mal, Apep está relacionada a eventos
assustadores, como escuridão repentina (os eclipses solares eram
interpretados como sendo Apep que cobria o sol enquanto tentava engolir a
barca solar de Ra), tempestades e terremotos. Nesse aspecto, Apep era
ligada a Seth, que também tinha os eclipses, tempestades e terremotos
atribuídos a ele. Apep é um ser que não busca dominar o mundo, mas sim a
sua total destruição.
Aegir
Na mitologia nórdica, Aegir (Hlér or Gymi) é um deus dos oceanos e mares. Seu nome é derivado da palavra "mar". Seu pai era Mistarblindi (Névoa-Cega), e seus irmãos eram Logi (fogo), e Kari (Ar). Seus servos fiéis são Eldir (fogo aceso) e Fimafeng (prático). Aegir era um dos deuses primordiais, que surgiram antes do panteão nórdico ser formado. Ele
aparece muitas vezes na arte como um velho magro, segurando as mãos e
os longos cabelos brancos que se assemelham à espuma do mar, embora ele
às vezes é ilustrado como um gigante. Casado
com a deusa Ran, sua irmã, eles tiveram nove filhas muito perversas e
combativas. Estas filhas, sempre vestidas de branco, e seus nomes eram
sinônimos de onda: Kolga, Himingaleva, Hefring, Hunn, Hron, Bilgia, Bara, Duffa e Blodughadda.
Aegir é conhecido pelo entretenimento generoso que ele providenciava aos outros deuses. Os
deuses faziam festas regadas a cerveja todos os invernos no seu
palácio, uma vez que era Aegir quem fornecia esta bebida para todo o
panteão divino. As taças nunca ficavam vazias, enchendo-se através de
magia. No
entanto, um dia Aegir disse que nunca mais servia cerveja enquanto não
lhe trouxessem um recipiente suficientemente grande para fermentar toda a
cerveja, e isso levou o deus do trovão, Thor, a passar por inúmeras
peripécias para conseguir tal recipiente.
Ao
receber os deuses em seu palácio, Aegir colocava ouro no chão para
iluminar o ambiente ao invés de acender uma fogueira; por esta razão o
ouro era também conhecido como o "fogo de Aegir". O
palácio de Aegir era um local sagrado, como se pode verificar pelo
episódio em que os deuses se reuniram para lamentar a morte de Balder.
Aparece entretanto Loki, incitador da morte de Balder, que insulta
inadmissivelmente todos os presentes; mas, como não podia ser cometida
nenhuma violência enquanto estivessem na casa de Aegir, nenhum mal lhe
foi feito. Loki, enfurecido, ao sair mata Fimafeng, que juntamente com
Eldir era um dos ajudantes de Aegir.
Os
saxões primitivos ofereciam sacrifícios humanos a um deus do mar, que
provavelmente era ou estava relacionado a Aegir. As tempestades causadas
pela ira frequente deste deus provocavam o afundamento dos navios e os
marinheiros acreditavam que Aegir podia aparecer de repente para
arrastar navios e tripulantes em direção aos seus domínios submarinos.
Em
algumas partes dos Edda, compilações de contos do século XIII, Aegir
aparece não como um deus, mas como um homem conhecedor das artes mágicas
e que morava na ilha de Hler. Tinha ido visitar os deuses em Asgard,
sítio onde morava a raça divina dos Aesir, e nesta visita ouviu Bragi
contar as aventuras dos deuses.
Alguns
intérpretes da mitologia nórdica afirmam ainda que Aegir não é um deus,
nem Aesir e nem Vanir, mas sim um gigante amistoso aos deuses, como sua
esposa Ran e suas filhas. Ele está mais associado à regência das
viagens marítimas e coisas mundanas, do que à essência do mar, do oceano
e do princípio da água, pois estes já são regidos por uma divindade
vanir, conhecido como Njord. Sendo assim, Aegir ou Ægir seria o
comandante das criaturas aquáticas e dos Jotun marinhos, os chamados
Fjortun, sendo ele quem prepara o Hidromel dos Aesir.
Heimdall
Heimdall, Heimdallr ou Heimedal,
na mitologia nórdica, era o vigia e guardião da "Bifrost", ponte do
arco-íris (a ponte que conduzia a Asgard) e dos deuses. Não se sabe ao
certo de quem ele é filho, alguns
acreditam que seja filho de Gigantes, e outros, que seja filho das nove
filhas de Aegir. O surgimento deste deus é obscuro, pois o poema que
continha a descrição desta história se perdeu no tempo.
Características
Heimdall
era grealmente descrito como um homem alto, de cabelos escuros,
queimados pelo sol e de rosto um pouco enrugado. Vestia uma túnica
branca, usava botas de pele de foca, e utilizava pulseiras de ouro e
prata nos braços. Carregava em uma das mãos uma pesada espada.
O
deus é dotado de incrível visão e audição, consegue enxergar
perfeitamente durante a noite, e podia ouvir até o som da grama
crescendo em Midgard. Outra característica interessante era que ele não
precisava dormir, dessa forma se mantinha em alerta o tempo todo. Diz o
Edda em prosa que ele guardava seu ouvido na fonte de Mimir, e por isto
podia ouvir tudo o que acontecia nos nove mundos de Yggdrasil.
Heimdall possuia um salão entre as falésias, chamado Himinbjorg. Ele também tinha um par de brilhantes dentes de ouro. Talvez seja por isso que ele é considerado às vezes como um deus da luz.
De acordo com o poema Rígsþula, Heimdall teria ido a Midgard, sob o nome de Rig,
e lá ele se hospedou na casa de três familias distintas (uma humilde,
outra mediana e a última muito rica), e ele dormiu na cama do casal
entre o homem e a mulher, e assim passados nove meses, nasceu um filho
em cada família, sendo estes os ancestrais de cada casta, os servos, os
camponeses donos de terras, e os nobres e chefes das tribos.
Apesar de ser conhecido como o imóvel vigia da Bifrost, O deus participou de muitas festas, (incluindo uma apresentada no poema Lokasenna, onde os deuses se reúnem para uma festa só para ver Loki causar uma cena e discutir com muitas outras divindades, como Skadi) e também esteve presente no funeral de Balder, ocasião na qual ele montou seu cavalo chamado Gulltop.
Apesar de ser conhecido como o imóvel vigia da Bifrost, O deus participou de muitas festas, (incluindo uma apresentada no poema Lokasenna, onde os deuses se reúnem para uma festa só para ver Loki causar uma cena e discutir com muitas outras divindades, como Skadi) e também esteve presente no funeral de Balder, ocasião na qual ele montou seu cavalo chamado Gulltop.
No Ragnarok (
o apocalipse nórdico), Heimdall irá soar a buzina uma última vez para
alertar os deuses do final, e também para reunir-los para a batalha
final. Nesse dia ele enfrentará seu eterno inimigo, o deus da trapaça,
Loki, e a este ele vencerá, porém após a peleja, acabará morrendo pelos
ferimentos sofridos durante o combate.
Culto
Não
há indícios de um culto ao deus Heimdall, sabe-se que sua principal
atribuição era guardar a ponte Bifrost ou ponte do Arco-iris, que leva
ao mundo dos Aesir. E também que deveria tocar sua corneta Gjallarhorn se qualquer inimigo se aproximasse e também para avisar aos deuses quando o Ragnarök começasse.
A Titanomaquia
A Titanomaquia (ou Guerra de Titãs) foi uma batalha que durou 10 anos, travada entre os Titãs (liderados pelo tirano Cronos) e os Deuses Olímpicos (liderados por Zeus).
Prólogo
Urano,
o Céu e Gaia, a Terra tiveram 12 filhos, 6 mulheres e 6 homens - os
chamados Titãs. Urano tinha medo de que algum de seus filhos tentasse
roubar seu trono, e então ele colocava seus filhos de volta no útero de
Gaia, de forma a impedir que isso acontecesse. Gaia então persuadiu seus
filhos a se revoltarem contra o pai. No momento em que Urano estava
copulando com Gaia, seu filho Cronos se libertou, e utilizando-se de uma
foice, ele cortou as genitálias do pai. O sangue de Urano ao cair na
Terra gerou os mares, as montanhas e as florestas. Depois que Cronos
derrubou seu pai Urano, ele libertou os seus irmãos titãs e então eles
passaram a governar o universo, com Cronos liderando-os.
Cada um dos Titãs homens juntou-se com uma de suas irmãs para produzir filhos. Cronos se casou com sua irmã Réia,
mas seus pais lhe profetizaram que ele seria derrotado um de seus
próprios filhos. Para impedir o cumprimento dessa profecia, ele engoliu
cada um de seus filhos ( Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon) assim que eles nasceram de Réia. Por serem imortais, isso não os matou, mas eles permaneceram presos dentro dele.
Réia
ficou entristecida pela perda de seus filhos. Assim, quando ela estava
perto de dar à luz a Zeus, ela consultou seu pais Gaia e Urano. Eles
revelaram o futuro para ela, mostrando-lhe como impedir Cronos.
Primeiro, Réia foi para a ilha de Creta, para dar à luz seu filho.
Quando ele nasceu, o seu choro foi abafado pelos Kouretes, servos de sua
mãe. Ele foi escondido em uma caverna e supostamente foi nutrido por
uma cabra chamada Amaltéia, embora em algumas versões Amaltéia seja o
dono da cabra. O chifre desta cabra pode ter sido o famoso corno da
abundância (ou Cornucópia).
Quando
Cronos veio a Réia para pegar o seu filho recém nascido, ela deu-lhe
uma pedra envolta em um pano, no lugar. Sem perceber, Cronos engoliu a
pedra em seu lugar.
O
bebê Zeus cresceu rapidamente - a Teogonia de Hesíodo diz que levou
apenas um ano - e nesse período, Zeus se preparou para desafiar seu pai.
Valendo-se de sua força e dos conselhos de Gaia, Zeus foi capaz de
forçar Cronos a vomitar primeiro a pedra, e, em seguida, todos os seus
irmãos, um por um. Em outra versão, de acordo com os Apolodoros, a
titânide Métis enganou Cronos fazendo-o engolir um emético que o fez
vomitar seus filhos.
O
que aconteceu imediatamente após Cronos regurgitar seus filhos não é
claro, mas a guerra entre os deuses e os Titãs começou em seguida.
Infelizmente, o poema épico de mesmo nome, que nos teria dito muito,
está perdido. O primeiro relato completo que temos é em Apolodoro (que
provavelmente foi escrito no século 1 dC).
Alguns dos filhos dos outros Titãs - como Atlas e Menoécio, filhos de Jápeto - lutaram ao lado de seus antepassados. Outros - incluindo os outros filhos de Jápeto, Prometeu e Epimeteu - não.
A
guerra foi travada sem sucesso em ambos os lados durante dez anos (um
período tradicional para uma longa guerra, note que a Guerra de Tróia
também durou dez anos), com os deuses com base no Monte Olimpo, e os
Titãs no Monte Ótris. Estas duas montanhas ladeiam a área do norte da
Grécia chamada Tessália, estando o Olimpo ao norte, e Ótris ao sul.
Uma
vez que ambos os lados desta guerra eram imortais, baixas permanentes
não eram possíveis. Finalmente, entretanto, os deuses triunfaram com o
auxílio de forças mais antigas.
Urano havia aprisionado há muito tempo alguns de seus filhos, os três Ciclopes e os três Hecatônquiros (conhecidos
como "Os Cem Mãos") no sombrio Tártaro. Mais uma vez aconselhado por
Gaia, Zeus libertou os primos monstruosos dos Titãs e foi recompensado
com a sua poderosa ajuda. Os ciclopes deram relâmpagos e trovões para
Zeus empunhar como armas, e mais tarde também criaram o capacete de
escuridão de Hades e o tridente de Poseidon.
Hesíodo descreve batalha da seguinte forma: "Parecia,
ouvindo e vendo tão grande bulha e luz, que a terra e o céu se
confundiam, pois era enorme o tumulto da terra esmagada e do céu a se
precipitar sobre ela, tal o barulho da luta dos deuses. Ao mesmo tempo,
os ventos, sacudindo-se, erguiam o pó, o trovão, o relâmpago, e o raio
ardente, armas do grande Zeus, e levavam o brado e os clamores ao seio
dos combatentes; e no incessante fragor da espantosa luta, todos
mostravam a força dos seus braços."
Os
Hecatônquiros prestaram uma assistência mais direta. Na batalha final,
eles mantiveram os Titãs sob uma barragem constante de centenas de
pedras atiradas, que juntamente com os poderes dos outros deuses,
principalmente os raios de Zeus, superaram os Titãs.
Após a vitória, os filhos de Cronos partilharam entre si os domínios: Zeus
ficou com o céu, Poseidon com o mar e Hades com o mundo subterrâneo.
Zeus, o mais poderoso dos três, instalou-se no Monte Olimpo e se tornou o
soberano dos deuses. A
seguir, pôs-se a organizar o mundo, atribuindo aos deuses das diversas
gerações honras e prerrogativas, conforme as "promessas de campanha".Os Titãs derrotados foram levados até Tártaro e aprisionados, e os Hecatônquiros tornaram-se seus carcereiros.No entanto, em outro lugar em sua Teogonia, e em outros poemas, vemos que, de fato, muitos dos Titãs não ficaram lá.
Os
filhos de Jápeto tiveram variados destinos - Menoécio assim como seu
pai foi banido para o Tártaro (ou fulminado por um raio de Zeus em
outras versões. Atlas foi condenado a sustentar para sempre a abóbada
celeste. Prometeu posteriormente se tornou o criador da humanidade, e
foi punido por Zeus após roubar o fogo dos deuses e dá-lo aos humanos.
Epitemeu foi o criador dos animais.
Muitas
das Titânides ou filhas dos Titãs - como Têmis, Mnemosine, Métis - ,
não foram aprisionadas ( talvez elas não tenham participado dos
combates). Elas foram incorporadas ao panteão grego e foram mães de
muitas sub-divindades.
O titã Oceano também foi incorporado ao panteão grego. Ele se manteve afastado do conflito, inclusive teria se recusado a se unir a Cronos na revolta contra seu pai Urano.
O titã Oceano também foi incorporado ao panteão grego. Ele se manteve afastado do conflito, inclusive teria se recusado a se unir a Cronos na revolta contra seu pai Urano.
O
registro mitológico é omisso sobre a maioria do resto dos Titãs, mas um
mito posterior relata que o próprio Cronos foi posteriormente solto por
Zeus, e ele foi designado para governar sobre as Ilhas dos
Bem-aventurados, onde os espíritos dos heróis repousavam após a morte.
Mesmo
após tudo isso, Zeus ainda não podia declarar o deus supremo, porque
Gaia não concordou com as punições aplicadas aos seus filhos titãs, e
por isso teve que enfrentar os gigantes enviados por ela, no episódio
conhecido como Gigantomaquia.
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