CONTOS DE FADAS

Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Assassinatos, estupros, tortura – todos sabem que as origens dos contos de fadas estão longe de ser fofas. Conheça nossa seleção dos contos originais mais sinistros.

Todos sabemos como vai terminar: o príncipe beija a princesas, e todos vivem felizes para sempre. Mas será que foi sempre assim?
A verdade é que a maioria dos contos de fadas que nós conhecemos hoje, em sua origem, tinham finais muito mais extremos, e envolviam temas mais pesados, como canibalismo, homicídio e tortura. Com o tempo (e, geralmente, com a Disney) eles foram abrandados para versões mais politicamente corretas, adequadas para as crianças hoje.

 Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Para entender os motivos dessas origens macabras, precisamos considerar o contexto em que a maioria dos nossos contos de fadas surgiram. Esses eram contos populares entre populações de pequenos vilarejos medievais onde hoje estão Alemanha e França. Nessas ocasiões, as histórias serviam tanto para educar as crianças – daí a “moral” incluída em cada história – quanto para distrair e entreter os adultos.
Os contos de fadas começaram a ser visto como “infantis” a partir dos Irmãos Grimm, que colecionaram vários contos alemães sob o nome de Contos de fadas para crianças. Mesmo assim, mantiveram a maioria dos detalhes sórdidos. Por que? Bom, precisamos lembrar que as crianças daquele tempo viviam em um mundo em que estavam muito mais expostas, convivendo mais diariamente e de forma direta com violência e morte. Ser devorado por um lobo, por exemplo, era um risco real.
Conheça então as 5 piores versões originais de contos de fadas. E, se você conhecer mais alguma origem bizarra, não deixe de nos contar nos comentários!


5. A Gata Borralheira, ou Cinderella

Na história que conhecemos, a nobre e bondosa Cinderella é obrigada a realizar os serviços domésticos dia e noite por sua madrasta má. Graças à fada madrinha, ela vai ao baile real, conhece o príncipe, mas precisa ir embora antes da meia-noite. Quando foge às pressas, derruba um sapatinho de cristal, que o príncipe usa para encontrá-la. E todos vivem felizes para sempre.
O interessante é que Cinderella é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderella chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderella moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. 

 Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Nas versões mais antigas da história, Cinderella não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.
Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava na casa de Cinderella para calçar o sapatinho nos moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas. Credo!


4. Cachinhos Dourados

A história da menina intrometida, que entra na casa dos três ursos para comer o seu mingau, sentar em suas cadeiras e dormir em suas camas não é especialmente popular no Brasil. Ainda assim, Cachinhos Dourados é um clássico.
Como a história termina mesmo? Ah, sim: a garota acorda e depara-se com três ursos, muito bravos (com toda razão), e pula uma janela, fugindo pela floresta.
Mas esse final (que, convenhamos, tem um jeitinho de improvisado mesmo) não é o original.

 Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Esse é um conto de fadas mais “novinho” – a sua versão original data de 1837. Nela, existem duas variações para o final. Em uma, os ursos destroçam e devoram Cachinhos Dourados. Na outra, Cachinhos Dourados – que, na realidade, seria uma velhinha (?) – salta da janela e quebra o pescoço.
Posteriormente, surgiu uma terceira versão em que Cachinhos Dourados vai presa, por invasão de domicílio. Justo.


3. Branca de Neve

Um dos mais populares contos de fadas de todos os tempos. Branca de Neve conta a história da linda princesa, com a pele mais branca que a neve, que sofre com a inveja de sua madrasta má. Obrigada a exilar-se na floresta, na casa de sete pequenos anões, a princesa é enganada pela madrasta/bruxa a comer uma maçã envenenada. Os anões a colocam em um caixão de cristal e um belo príncipe, de passagem pela floresta, a vê  e resolve beijá-la. Voilà! O feitiço da bruxa má é quebrado e Branca de Neve vai casar-se com o príncipe e viver feliz para sempre.
O primeiro fato interessante sobre esse conto é de que ele possivelmente foi inspirado em fatos reais. No século XVI, viveu uma princesa chamada Margarete von Waldeck, conhecida por sua beleza. Ela cresceu na região de Waldeck – onde as crianças pequenas, que trabalhavam nas minas, eram conhecidas como “anões” – e era detestada por sua madrasta. Felipe II, da Espanha, decidiu casar-se com a bela jovem, mas antes que isso fosse possível ela morreu envenenada. Muito provavelmente, a história da linda jovem que perdeu a vida cedo demais ganhou força no imaginário popular, sendo depois adaptado pelos irmãos Grimm.

Branca de Neve Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

As primeira versões, contudo, estavam longe de serem “fofas”.
Bom, todos devem lembrar que, no filme da Disney, a rainha má pede ao caçador que mate Branca de Neve, e traga como prova do feito o coração da moça. Ok. No original, o coração – e, em muitas variações, os pulmões, rins, e outros órgãos internos – devem ser trazidos para que a rainha coma-os. Eca!
Um dos momentos mais românticos da história que conhecemos é quando o príncipe acorda Branca de Neve com um beijo de amor verdadeiro. Mas, originalmente, ele coloca a moça desfalecida em seu cavalo, para levá-la ao castelo – e ela acorda com o trotar do animal. O que o príncipe gostaria de fazer com o cadáver de uma bela moça dispensa comentários.
E um último detalhe que não podemos ignorar é o destino da vilã. Na versão original, ela é submetida a um tratamento digno de um dos filmes de Jogos Mortais: fazem ela dançar até a morte, calçando sapatos de ferro em brasa.


2. Chapeuzinho Vermelho

O clássico conto da meninha que encontra com um Lobo Malvado no caminho para a casa de sua avó. O lobo engana a menina e chega antes na casa da vovózinha, devorando-a inteira (ou, em versões ainda mais politicamente corretas, trancando e velhinha no armário). Quando a Chapeuzinho Vermelho finalmente chega, ela encontra o Lobo disfarçado de vovó, rola o famoso diálogo “Que olhos grandes você tem”, e parece que tudo está perdido… Até que chega um Caçador, Lenhador ou similar, e acaba com o Lobo, salvando o dia!
Esse foi um conto muito difundido nos tempos medievais e, consequentemente, tem uma infinidade de versões - a maioria delas, muito mais cruéis que a que conhecemos.
Como você deve ter imaginado, o Lenhador foi uma invenção posterior, para abrandar a história. E, como tal, em quase todas as versões Chapeuzinho e Vovózinha se dão mal no final.

 Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Na versão (já “censurada”) de Charles Perrault, Chapeuzinho Vermelho – uma moça bem criada – pede instruções para o Lobo Mau para chegar à casa da Vovó. Ele ensina o caminho errado, segue a moça e a devora. Moral da história? Não fale com estranhos.
Mas, em versões ainda mais antigas, o Lobo Mau chega antes na casa da Vovó, a mata e prepara a sua carne, para depois convidar a Chapeuzinho para um delicioso jantar (Eca, eca, eca!). E, claro, depois dessa nutritiva refeição ele também devora a moça.
Há ainda versões mais calientes da história, nas quais Chapeuzinho faz um strip-tease para o Lobo, e foge enquanto ele está “distraído” (?).


1. A Bela Adormecida

Essa história é provavelmente a que tem a versão original mais bizarra. Na história que conhecemos, a Bela Adormecida é vítima de uma maldição, e, após furar o dedo em uma roca de fiar, adormece. Quando recebe o beijo de amor verdadeiro de seu príncipe encantado, acorda, e os dois vivem felizes para sempre.

 Os 5 Contos de Fadas com versões originais mais macabras

Na versão original, contudo, a moça não é vítima de uma maldição, mas de uma profecia. Aos quinze anos, ela prende um espinho venenoso sob a unha do dedo, e adormece.
Eis que surge um rei, que vê a jovem desfalecida e resolve aproveitar-se dela. Isso mesmo que você está imaginando. Tanto que, nove meses depois, a ainda-adormecida princesa dá a luz a gêmeos. As crianças, buscando o leite materno, chupam um de seus dedos, retirando o espinho – e Bela Adormecida acorda (violada e mãe de duas crianças, que ela sequer sabe de onde surgiram).
Como se não bastasse tudo isso, o rei manda buscar a moça e as crianças, convenientemente esquecendo de avisar que ele é casado. Resultado: a esposa do rei tenta matar Bela Adormecida e as crianças, mas é impedida e assassinada pelo próprio rei. Assim, a bela princesa fica livre para casar com o seu estuprador, e todos vivem felizes para sempre (!).

 A bizarrice dos contos de fadas

 Imagem
O conto de fadas, enquanto narrativa destinada ao publico infantil, surge na Europa durante a Idade Media Moderna e têm por fonte a tradição oral, provavelmente as narrativas primordiais que ficaram registradas na memória dos povos e foram transmitidas através dos tempos. A popularidade dos contos atravez dos tempo é explicado pelo fato de que os heróis das narrativas estão em situação de inferioridade no meio em que vivem e somente com o auxilio de elementos mágicos conseguem superar essa condição, ou seja, esses heróis poderia ser qualquer um e os elementos mágicos poderiam ser a sua fé, logo qualquer um dotado de fé poderia realizar um grande feito, lutar com dragões e salvar donzelas. Nos contos, que muitas vezes começam pelo "Era uma vez", para salientar que os temas não se referem apenas ao presente tempo e espaço, o leitor encontram personagens e situações que fazem parte do seu cotidiano e do seu universo individual, com conflitos, medos e sonhos. A rivalidade de gerações, a convivência de crianças e adultos, as etapas da vida (nascimento, amadurecimento, velhice e morte), bem como sentimentos que fazem parte de cada um (amor, ódio, inveja e amizade) são apresentados para oferecer uma explicação do mundo que nos rodeia e nos permite criar formas de lidar com isso.Entre os grandes autores, além do irmãos Grimm, encontram-se o francês Charles Perrault, que deu vida à Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida, Pequeno Polegar e Gato de Botas; Andersen, que nos presenteou com a história do Patinho Feio; e Charles Dickens, com o Conto de Natal e a história de Oliver Twist. Ao longo dos últimos 100 anos, os contos de fadas e seu significado oculto têm sido objeto da análise dos seguidores de diversas correntes da psicologia.
Diferentemente do que se poderia pensar, os contos de fadas não foram escritos para crianças, muito menos para transmitir ensinamentos morais. Em sua forma original, os textos traziam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas.
Confira a seguir alguns contos de fadas em sua versão original e tente não se impressionar.

Cinderela

Um dos mais antigos contos de fadas que se tem noticias e com um grande numero de variações.
Cinderella tem uma versão chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderella moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal. Esse conto tem suas origens por volta do século I a.C, no qual a heroína de Strabo se chamava Rhodopis, não Cinderela. A história era muito parecida com a atual, com exceção dos sapatinhos de cristal e da abóbora. Porém, oculta por trás dessa linda história há a versão mais sinistra dos irmãos Grimm: nela, as irmãs de Cinderela cortam partes dos próprios pés para que eles caibam no sapato de cristal, querendo enganar o príncipe. Ele, então, é avisado por dois pombos, que bicam os olhos das irmãs. Elas passam o resto de suas vidas como mendigas cegas enquanto Cinderela vive no castelo do príncipe.
Outra versão antigas da história, conta que Cinderella não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.

Em uma outra versão, a cinderela era filha de um rei viúvo (que algumas vezes a própria Cinderela foi quem matou a mãe) que jurou nunca mais se casar, a não ser que encontre uma mulher tão bela quanto a falecida esposa, que tivesse os cabelos cor de ouro, e que conseguisse calçar os mesmos sapatos da finada. Acaba que Cinderela, sua filha, preenche todos os requisitos, o que faz com que o rei acabe se casando com ela. Um típico caso de incesto!
Ela, por sua vez, na tentativa de fugir do casamento com seu próprio pai, foge pelo mar num armário de madeira ( ?), mas acaba do outro lado do mundo trabalhando como escrava na casa das irmãs malvadas, e a partir daí se desenvolve a saga da Cinderela.

A Pequena Sereia

O diferencial desse conto acontece no final. Ao invés de Ariel se casar com o principe e ter sua vida eternamente feliz, a pequena sereia é traída pelo principe logo apos tomar a poção e se transformar em mulher, mas alguém vê a traição e oferece um punhal para que ela tenha sua vingança. Mas, ao invés disso, ela pula no mar e "morre" se dissolvendo em espuma ...
E tem mais, após se transformar em mulher a pequena sereia sentirá dores horríveis nos pés pelo resto de sua vida, como se o tempo todo pisasse em facas.
Hans Christian Andersen modificou um pouco o final para amenizar a história. Na nova versão, ao invés de morrer na espuma da praia, ela se torna “filha do ar”, esperando ir para o céu. De qualquer forma, ela morre.
 Ah, pensando bem, é uma histórinha bem light ...

Chapeuzinho Vermelho

Na história original o lenhador não existe, na verdade a Chapeuzinho e sua vovó são devoradas e pronto, parou por ai, nada de final feliz aqui.
Em outra versão ainda mais antiga, a Chapeuzinho faz um strip tease pro Lobo (que às vezes era representado por um lobisomem ou um ogro) para assim poder fugir enquanto ele esta “distraído”. Existe ainda uma versão mais bizarra da história, onde o Lobo estripa a Vovó e obriga a Chapeuzinho a jantá-la com ele. A Chapeuzinho, que não é besta, diz que precisa ir ao banheiro (que naquela época ficava do lado de fora das casas) e fugia. A versão original do francês Charles Perrault não é tão bonita. Nessa versão, chapeuzinho é uma garotinha bem educada que recebe falsas instruções quando pergunta ao lobo sobre o caminho até a casa da vovó. No fim, ela é simplesmente devorada pelo lobo. Só isso, e a história acaba. Não há caçador e nem vovozinha, apenas um lobo gordo e a Chapeuzinho Vermelho morta. A moral da história é que não se deve falar com estranhos.
Nestas versões da história, é aparente o fato do mal sempre vencer, visto que as versões são medievas e nesse período era comum o sofrimento estar ligado a bondade. 

Branca de neve

O primeiro fato interessante sobre esse conto é de que ele possivelmente foi inspirado em fatos reais. No século XVI, viveu uma princesa chamada Margarete von Waldeck, conhecida por sua beleza. Ela cresceu na região de Waldeck - cidade localizada na Alemanha, no estado de Hessen, onde as crianças pequenas, que trabalhavam nas minas, eram conhecidas como “anões” – e era detestada por sua madrasta. Felipe II, da Espanha, decidiu casar-se com a bela jovem, mas antes que isso fosse possível ela morreu envenenada. Muito provavelmente, a história da linda jovem que perdeu a vida cedo demais ganhou força no imaginário popular, sendo depois adaptado pelos irmãos Grimm.
Na história original da Branca de Neve, a “madrasta malvada”, que na verdade é sua mãe, é forçada a vestir sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta.
Outra bizarrice nessa história é a idade da Branca de Neve. Na versão dos Irmãos Grimm ela tem apenas sete anos. E ao invés de dar um “beijo de amor”, o Principie carrega o corpo morto ou adormecido da Branca de Neve para seu palácio, para que assim ela estivesse sempre com ele. Depois de algum tempo, um de seus servos, cansado de ter que carregar um caixão de um lado pro outro, resolve descontar suas frustrações dando uma baita surra na Branca de Neve. Um dos golpes desferidos no estômago faz com que ela vomite a maçã envenenada e assim volte à vida.
Uma outra versão, a mais antiga, a rainha não pedia ao caçador para trazer só o coração. Ela queria também outros órgãos principais como pulmão, fígado, e também queria um jarro com seu sangue, “mas pra que tudo isso?”. Simples, ela queria JANTAR a branca de neve!
Uma história um tanto quando bizarra que ao longo de suas versões envolveu pedofilia, exploração infantil, necrofilia e canibalismo!!!

João e Maria

Em uma versão mais antiga, a madrasta má, que pressiona o marido a largar seus filhos na floresta, e a bruxa má são a mesma pessoa.
 Outra alteração feita durante os anos foi com relação à própria bruxa que, em certa versão da história, na verdade é um casal de demônios, e ao invés de cozinhar João, eles querem estripa-lo num cavalete de madeira ( brutal essa versão), quando o demônio “macho” sai para uma caminhada, a “demônia” manda Maria ajudar João a subir no cavalete, assim, quando seu marido voltar, tudo já estaria preparado. A esperta Maria finge não saber como colocar João deitado e pede para a “demônia” mostrar como se faz. Quando ela deita no cavalete, João e Maria a amarram ela e rapidamente cortam sua garganta. Depois fogem levando o dinheiro e a carroça do pobre casal de demônios.

Os Três Porquinhos

O conto dos Três Porquinhos foi muito amenizado para as crianças de hoje, ao contar uma história cheia de violência sem mostrar violência. Terminamos com um conto muito simplório que mostra “como é bom ser esperto”.
A história original perdeu muito. O conto original não é mais longo, já que o lobo mau não perde tanto tempo assoprando casas. Ele faz isso para pegar os dois primeiros porquinhos. Aqueles coitados são logo pegos e devorados. O terceiro porquinho — o mais esperto de todos — é o entrave. Sem conseguir assoprar a casa de tijolos, o lobo tenta blefar. Ele faz de tudo para trazer o porco para fora de casa, promete nabos, maçãs, e uma visita à feira. O porco recusa a tentação, sabendo que há coisas mais importantes.
O lobo decide então voltar à violência. Ele escala a casa e entra pela chaminé. Porém, o porquinho tinha planejado isso, e colocou um caldeirão de água fervendo na lareira. O lobo cai ali dentro e morre. Ele — e os dois outros porquinhos em seu estômago — são agora o sinistro jantar do terceiro porco.
(Sorry, não achei uma imagem que se encaixasse no contexto, rs)

Bela Adormecida

Nas primeiras versões, ao invés de espetar o dedo numa agulha e cair desacordada, a Bela Adormecida tinha uma “farpa” encravada debaixo da unha. Nessa mesma versão, o Príncipe não é tão encantado assim, e resolve ter relações com Bela ainda adormecida, se satisfazendo e indo embora. Depois de algum tempo, a Bela adormecida dá luz a gêmeos que, em busca de leite acabam acidentalmente chupando o dedo dela, retirando assim a farpa amaldiçoada.
O Príncipe que a engravidou (estuprou) continuou voltando durante a gestação. Quando ele chegou lá e encontrou a Bela, já não mais adormecida e com duas crianças, ele decidiu se casar com ela, mas ele não poderia levá-la ao seu castelo, pois sua mãe era uma ogra que tinha o hábito de comer qualquer criança que aparecesse em seu caminho.
Por isso ele esperou alguns anos até que seu pai morresse e ele virasse rei para aí então poder levar sua mulher para seu reino. E assim aconteceu, mas na primeira viagem que ele fez, sua mãe ogra resolveu fazer o que todo ogro tem que fazer: comer seus dois netos. E não satisfeita, tentou também comer sua nora. Mas, com a ajuda do cozinheiro a Bela Acordada conseguiu se esconder até o retorno de seu marido, que quando ficou sabendo dos feitos de sua mãe mandou mata-la.
Em outras versões, o príncipe na verdade já era rei, e a mãe ogra era a esposa do rei, o resto é bem parecido. A esposa ciumenta quer, como vingança, comer os dois filhos bastardos do rei, mas acaba sendo descoberta e é queimada viva numa fogueira. 

O Flautista de Hamelin

Na historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livra-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento. Mas, no conto original não é bem assim, nele, o encantador não devolve as crianças depois de receber da relutante cidade. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura.
E tem também uma outra versão em que o flautista é contratado pela cidade para livra-lá dos ratos, mas acaba morrendo de peste.

Cachinhos Dourados

Neste conto , ouvimos falar da linda Cachinhos de Ouro que encontra a casa dos 3  ursos. Ela entra e come a sua  comida, se senta nas sua cadeira e, finalmente, dorme na cama do urso mais pequeno. Quando os ursos voltam para casa eles encontram-na a dormir - ela acorda e escapa para fora pela janela aterrorizada.
Na versão original  (início do século XIX), tem duas variações possíveis. Na primeira, os ursos e encontrar Cachinho de Ouro e comem-na. Na segunda, Cachinhos de ouro é na realidade  uma velhinha que  salta para fora de uma janela quando os ursos  a acordam . A história acaba por dizendo que ela ou quebrou o pescoço ou foi presa  por vagabundagem e mandada  para a “Casa de Correção”.

 A Garota Sem Mãos

Esse é um conto em que nem uma das versões são muito agradáveis, a versão revista deste conto de fadas não é muito  melhor  que o original, mas há diferenças suficientes para incluí-lo aqui. Na nova versão, a um pobre homem é oferecido muita riqueza pelo diabo se ele lhe der  o que está atrás de seu moinho.. O pobre homem pensa que é uma macieira e concorda - mas é realmente sua filha. O diabo tenta levar a filha, mas não pode - porque ela é pura, então ele corre o risco de levar  o pai, a menos que a filha permita que o seu pai corte as suas  mãos. Ela acorda e o pai corta as mãos dela.
Agora isso não é particularmente simpático, mas é um pouco pior em algumas das variantes anteriores em que a menina  corta as suas próprias mãos para ficar feia para o  irmão que está tentando estuprá-la  . Em outra variante, o pai corta fora a mão da filha, porque ela se recusa a fazer sexo com ele.

Rumpelstiltskin

Para impressionar o Rei , com o objetivo de fazer o príncipe casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que ela é capaz de fiar palha e transforma-la em ouro. O Rei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que ela transforme a palha em ouro até de manhã, durante três noites, ou será executada. Algumas versões dizem que, se ela falhasse, seria empalada e depois cortada em pedaços como um porco, enquanto outras não são tão gráficas e dizem que a moça ficaria fechada na torre para sempre. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz.
O Rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para reclamar o seu pagamento: "Agora dá-me o que me prometeste". A Rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência,mas cria outra exigência: se a Rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende a saltar à volta de uma fogueira e a cantar uma canção na qual cita seu nome várias vezes.
Quando o duende foi ter com a Rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e ele perde o seu negócio. Na edição de 1812 dos Contos dos Irmãos Grimm, depois disto, Rumpelstiltskin foge zangado e nunca mais regressa. O final foi revisto numa edição de 1857 para uma versão mais macabra onde Rumpelstiltskin, cego de raiva, se divide em dois. Na versão oral dos Irmãos Grimm, o duende voa da janela numa panela.
Em outra versão, Rumpelstiltskin fica tão irritado que ele bate  o seu pé direito no solo. Ele então pega a sua perna esquerda e rasga-se no meio, o que acaba o matando. 












 Imagem









                     


Posted by DJ BURP | às 06:23

0 comentários:

Postar um comentário