MITOLOGIA NÓRDICA:
DICIONÁRIO DE MITOLOGIA NÓRDICA
O meu interesse sobre a mitologia Nórdica vem no seguimento do interesse sobre a mitologia Grega. E à semelhança desta, recolhi vário material na net, formando este dicionário de mitologia Nórdica, que ponho agora na minha página, para que todos possam consultar.
Esta mitologia é igualmente rica em histórias e personagens interessantes. Por vezes poderão encontrar certas semelhanças com a mitologia Grega.
Depois de uma introdução, podem procurar por ordem alfabética, o nome da personagem ou acontecimento, para lerem um pequeno resumo sobe o mesmo.
Mitologia Nórdica
Os povos Nórdicos compreendem os países Hoje conhecidos como Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia.
A Mitologia nórdica divide-se em Edas, sendo a mais antiga escrita em poesia e a mais moderna em prosa.
No início do mundo, segundo as Edas, não havia nem céu nem terra, mas um abismo sem fundo onde flutuava uma fonte dentro de um mundo de vapor. Dessa fonte saíam doze rios, que após terem corrido longas distâncias, congelaram-se muito longe das suas origens, preenchendo o grande abismo com gelo.
Ao sul do mundo de vapor ficava um mundo de luz, que emanava calor para derreter o gelo. Dos vapores formados do gelo surgiram dois seres: Ymir, o Gelo Gigante e a sua geração, e a vaca Audumla, cujo leite amamentou o gigante. A vaca por sua vez, se alimentava lambendo o gelo de onde retirava água e sal. No gelo se escondia um deus, e lambendo, a vaca acabou por descongelá-lo, revelando-o. Esse deus, unido com sua esposa da raça dos gigantes deu origem aos deuses Odin, Vili e Ve, que mataram o gigante Ymir, formando com as partes de seu corpo o mundo como o conhecemos, e com sua testa formaram midgard (a morada do homem).
Depois de terem esquartejado o gigante Ymir para formar o mundo, os deuses passearam junto ao mar e perceberam que a criação não estava completa, pois faltava o homem para habitá-la. Foi então que os deuses formaram o homem e a mulher, das raízes de algumas plantas. Cada deus presenteou o ser formado com uma virtude: Odin deu-lhes uma alma, Vili a razão e Ve os sentidos.
O universo era então dividido entre Asgard (a morada dos deuses), Midgard (morada dos homens), Jothunhein (morada dos gigantes) e Nifflehein (Região das trevas e do frio), e entre esses mundos existia Ygdrasil, uma árvore que nascia do corpo de Ymir e sustentava essa realidade.
Odin representa o deus máximo na mitologia nórdica. Ele habita em Asgard, no palácio chamado de Valhala, junto com os seus irmãos. Quando sentado em seu trono, Odin tem aos seus ombros os corvos Hugin e Munin, que durante o dia voam pelo mundo, e quando voltam a noite contam tudo o que viram a Odin. A seus pés encontram-se os lobos Geri e Freki, a quem Odin fornece toda a carne que é colocada diante dele, já que ele próprio não precisa alimentar-se.
A mitologia nórdica possui várias histórias ainda, muitas delas aventuras de Thor, que é filho de Odin. A partir deste pequeno resumo é fácil perceber que o ponto de vista geral dos nórdicos sobre o mundo é de um lugar gelado, clima comum da região dos países nórdicos. Os deuses apresentam semelhanças físicas com os homens, e inclusive podem morrer, mas só pelas mãos de outro deus. A brutalidade presente em muitos dos contos é também um aspecto do povo nórdico desse tempo, os bárbaros Vikings. Os animais presentes na história como o lobo Fenrir ou a vaca Audumla, representam papéis proporcionais aos dos animais comuns, a vaca provê leite ao gigante, e o lobo amedronta os deuses e mortais.
AEGIR
Gigante famoso, Deus Vanir "Senhor do Mar", ele pode ser bom ou mau. Ran e ele possuem nove filhas ( Ondinas ). Ouro, prosperidade, tesouros afundados no fundo do mar, controla mentes e ondas.
AESIR
Principal raça dos deuses de Asgard. Os Aesir são liderados pelo deus Odin. Eles travam uma guerra com a raça de deuses da fertilidade chamados Vanir, que são depois integrados aos Aesir.
ALAISIAGAE
Deuses da guerra.
ALFES: Outra família de deuses, independentes dos Ases e dos Vanes. Esta família não possui nenhum dos chamados "grandes deuses" e desempenhou na mitologia germânica um papel muito secundário.
ALFHEIM
Região de Asgard onde moram os Elfos Luminosos.
AMSVARTNIR
Grande lago em Asgard em cujo centro fica a Ilha Lyngvi, onde os deuses aprisionam o lobo Fenrir.
ANDNARI
Anão guardião de um fabuloso tesouro. Esse anãozinho tinha o poder de se transformar em peixe e de viver na água. Andnari foi capturado por Loki e deu-lhe um anel maravilhoso.
ANGRBODA
Giganta amante de Loki, com o qual gerou as três monstruosidades Jormungand (a serpente de Midgard), o lobo Fenrir e Hel (a Morte).
ANÕES
Os anões, segundo a tradição popular, nasceram dos vermes que roíam o cadáver do gigante Ymir; conforme outra versão, surgiu dos ossos e do sangue de outro gigante da mesma família. Os anões tinham chefe e atribuições diversas; eram particularmente peritos nos trabalhos de forja. Os anões eram seres da mesma classe dos elfos, dos quais formaram uma categoria particular; em geral viviam sobre a terra; não eram belos, mas de inteligência superior, muitos deles conheciam o futuro; usavam grandes barbas. Entre os humanos, eram os mineiros os que tinham mais contacto com os anões, pois, trabalhando sob a terra, estavam no território desses pequeninos seres, que eram, igualmente, os senhores dos metais; quando um mineiro encontrava um anãozinho nas galerias subterrâneas, era sinal de quem um bom e belo "filão" estava próximo, pois eles só trabalhavam onde a terra escondia preciosos tesouros; um desses tesouros é célebre na poesia épica alemã: O Rei dos Nibelungos, do qual o anão Alberich era o guarda; Siegfrid, o herói dos Nibelungos, apropriara-se desse tesouro fabuloso depois de ter vencido o anão Alberich e ter dele exigido juramento de fidelidade. Os anões eram hábeis artífices; faziam não só armas dos deuses, mais também as jóias e brincos das deusas; Thor deve-lhes o seu famoso martelo, Freyr o seu navio mágico e o seu javali de ouro, Sif os seus cabelos de ouro, Freyja o seu colar de ouro, e Odin a lança Gungnir que nada podia deter; Odin também possuía o anel Draupnir, que, como o anel de Andnari, tinha o poder de multiplicar as riquezas daquele que o tivesse em seu poder. A crença nos anões foi sem duvida a mais popular de todas; no século XVlll, na Islândia, os camponeses mostravam rochedos e colinas afirmando, com a mais absoluta convicção, que lá moravam verdadeiros formigueiros de pequeninos anõezinhos do mais agradável aspecto. Existem quatro anões guardiães dos quadrantes são eles Nordhri (Norte), Austri (Leste), Sudhri (Sul), e Vestri (Oeste).
ASGARD
O primeiro dos três mundos do universo nórdico. É o reino dos deuses. Em Asgard está situada Valhalla, o palácio dos guerreiros mortos em batalha. Também em uma região de Asgard está Vanaheim, a terra dos Vanir e Alfheim, a terra dos Elfos Luminosos. Em Asgard estão também os palácios de cada um dos deuses, como também Gladsheim, o grande santuário na Planície de Ida.
ASK
O primeiro homem, criado por Odin a partir de um freixo.
ASYNJOR
A deusa, versão feminina de Aesir, assistentes de Frigg em Vingolf. Uma delas era a curandeira chamada Eir. Os outros eram Fjorgyn, Frima,Fimila, Hnossa a bela.
AUDUMLA
A vaca alimentadora, Mãe terra, nascida como Ymir, de gelo derretido. A vaca, para os germanos, era o ancestral da vida, símbolo da fecundidade. Das tetas da vaca Audumla corriam quatro rios de leite, alimentava-se do sal que o gelo continha, e que ela fundia ao lamber. Enquanto Ymir bebia o leite e ganhava novas forças, aconteceu que a vaca fez surgir, das cálidas gotas que salpicavam os rochedos cobertos de neve, outro ser vivo e de forma humana, Buri. Primeiro seus cabelos tomaram forma depois a cabeça e por fim o corpo todo. Buri, que gerou Bor, que gerou Odin, Vili e Ve.
BALDER / BALDR / BLADUR
Filho de Odin e da deusa Frigg, Baldr a da raça dos Ases. Seu nome aparece raramente nos mitos e nas aventuras divinas; mas o episodio do qual é o centro se refere ao próprio drama do mundo. Na Escandinavia era venerado sobre o nome de Baldr; os germanos do Oeste, sobretudo, o honravam. Snorri Sturllasson assim o retrata : " Um segundo filho de Odin é Balder e deste só há o que dizer bem; é tão brilhante que emite luz, e há uma dos campos, tão branca, que foi comparada com o cílios de Baldr: ela é a mais branca de todas as flores do campo. É o mais sábio dos Ases, o mais eloquente e o mais benigno. Mas uma condição está ligada a sua natureza: nenhum de seus julgamentos poderá ser realizado. Habita uma mansão no céu chamada "Breidablink". "
Baldr é, também, juiz; encarnação da pureza e da beleza, seus julgamentos jamais se realizam, talvez para mostrar que a perfeição e a suprema beleza não são deste mundo.
BERGELMIR
Um gigante, pai de todos os gigantes. Ele e a sua esposa foram os únicos sobreviventes da inundação do sangue de Ymir.
BERSERKS
Guerreiros que ficavam como que enlouquecidos durante as batalhas e atacavam sem nenhum medo de morrer. Acreditava-se que eram protegidos por Odin. Em inglês existe a expressão "to go berserk," que quer dizer "ficar violento, enlouquecido, incontrolável."
BESTLA
Buri, nascido do leite da vaca Audumla, teve um filho, Bor, e este desposou Bestla, filha do gigante, o qual descendia Ymir, da união de Bor e Bestla nasceram três deuses, Odin, Vili e Vé.
BIFROST
A Ponte do Arco-Íris. Ponte de luz que liga o primeiro mundo, Asgard (o mundo dos deuses), ao mundo-do-meio, Midgard. Bifrost é guardada pelo deus Heimdall. Com a chegada do Ragnarok, Bifrost irá ruir.
BILSKIRNIR
O palácio do deus Thor em Asgard.
BOR
Pai de Odin. Bor era filho de Buri, que nasceu da vaca primordial Audumla.
BORVERK
Um gigante, disfarce usado por Odin para adquirir o hidromel da poesia.
BREIDABLIK
Palácio de Baldr e Nanna em Asgard.
BRISINGS, COLAR DE
Colar maravilhoso feito por quatro anões com os quais a deusa Freyja dormiu para consegui-lo.
BROKK
Um anão, excelente forjador e joalheiro. Com seu irmão Eitri ele fez o Javali de ouro Gullinburtrsti, o anel de Odin e o martelo de Thor (Mjöllnir). Ele foi descrito como sendo pequeno e foi enegrecido de ferrarias.
BRUDABLIK
O palácio do deus Balder em Asgard.
BRÜNNHILDE
A líder das nove Valquírias. Por ter desobedecido uma ordem directa de Odin, Brünnhilde perde a imortalidade. Odin fá-la adormecer sobre uma pedra no alto de uma montanha e cerca todo o local com fogo. Ela deverá ficar dormindo ali até que um guerreiro destemido atravesse o fogo, desperte-a com um beijo e despose-a. Esse guerreiro é Siegfried.
BRYNHILD
Personagem do poema épico germânico Nibelungen.
BURI
Ser nascido do leite da vaca Audumla; foi pai de Bor que, por sua vez, gerou o deus Odin.
BYGOL
"Abelha de ouro " ou mel & TRJEGUL ( Tree-Gold ) "Árvore de ouro " ou âmbar: Nome dos gatos que puxam a carruagem de Freyja.
CACHOEIRA DE FRANANG
Cachoeira em Midgard onde Loki é capturado quando metamorfoseado em salmão.
CERVEJA
Os antigos germanos gostavam muito de cerveja e hidromel; ainda que não fosse bebida sagrada, entrava em várias solenidades do culto. Bebia-se cerveja em todas as reuniões solenes, e o fato de beberem juntos constituía um laço mágico não somente entre os presentes, mas entre os deuses e os homens; para preparar a cerveja havia usos dos quais ninguém podia se subtrair, sob pena de sacrilégio. Para todas as reuniões importantes era tradição preparar imensas quantidades de cerveja, comummente obtidas lançado num grande vaso o que cada um trazia; era de regra continuar a festa e as libações até que o vaso estivesse vazio; só então a festa ou reunião findava. São Columbano, o envagelizador dos germanos, teve ocasião de ver uma desses monstruosos vasos de cerveja preparada para oferecer ao deus Wotan (Odin).
CREMILDA
Personagem da epopeia Nibelungos.
CREPÚSCULO DOS DEUSES
(Em alemão, Götterdämmerung) É a quarta ópera da tetralogia de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen," que narra a morte de Siegfried e de Brünnhilde. Crepúsculo dos Deuses é a tradução da palavra Ragnarok.
DAIN
Soberano dos Elfos.
DEMÓNIOS
Segundo a concepção Germânica, os demónios não eram deuses decaídos nem transformação tardia dos espíritos dos falecidos. Eram personificações das forças e das formas da natureza e dos fenómenos, fossem quais fossem, não sabiam explicar. É esta uma ideia fundamental, comum a todos os povos germânicos; variam apenas os nomes e as características particulares, de tribo para tribo, de região para região, mas os demónios continuam a ser os mesmos. Muitos destes seres fantásticos sobrevivem ainda hoje na imaginação popular. O Erlkoening, que Goethe, tirou de uma velha balada dinamarquesa, o "Rei dos Elfos", ainda hodiernamente será capaz de fazer tremer muitas pessoas esclarecidas, tão comummente se gravou no subconsciente do povo essas estranhas tradições demoníacas. A lista desses demónios seria longa; há o espírito das montanhas, o Rübezahl, há o Watzmann, há os gigantescos Dovrefjeld das rudes montanhas da Noruega; há serpente de Midgard, o lobo Fenrir, o Wilde Jäger, "O caçador Selvagem" e muitos outros.
DER RING DES NIBELUNGEN
(O Anel dos Nibelungos) Tetralogia operística de Richard Wagner, composta por quatro óperas que, apesar de poderem ser vistas separadamente, estão ligadas, formando uma história contínua. Para escrever o libreto, Wagner baseou-se em várias fontes, o "Nibelungenlied", o "Edda" e a "Volsunga Saga". A primeira ópera intitula-se "Das Rheingold" (O Ouro do Reno) e abre com uma cena no fundo do rio Reno, onde um monte feito de ouro é guardado pelas três Donzelas do Reno (Woglinde, Wellgunde e Flosshilde). O ouro é capaz de dar a quem o possuir imenso poder, desde que essa pessoa renegue o amor. O anão Alberich faz exactamente isto, apodera-se do ouro e faz com ele um anel mágico. Enquanto isto, os dois gigantes, Fasolt e Fafner, que acabaram de construir Valhalla para os deuses, agora pedem o pagamento: a deusa Freyja. No lugar de Freyja, os deuses propõe aos gigantes dar-lhes o ouro do reno e o anel mágico que confere poder. Wotan (Odin) e Loki confiscam o ouro e o anel de Alberich, mas não sem antes Alberich amaldiçoar o anel. O ouro é dado aos gigantes, mas Wotan está hesitante em separar-se do anel amaldiçoado. Erda, a deusa da Terra faz uma predição do fim dos deuses no Ragnarok. Wotan cede, dá o anel para os gigantes e a maldição causa logo efeito, pois Fafter mata Fasolt e transforma a si mesmo num dragão que passa a guardar o ouro. Os deuses, então, sobem pela Ponte do Arco-Íris em direcção a Asgard.
A segunda ópera se chama "Die Walküre" (A Valquíria). Planejando recuperar o ouro do reno, Wotan cria na Terra uma raça de semideuses da qual deverá sair o herói capaz de tal feito. Desta raça sobressaem-se os irmãos Siegmund e Sieglinde, que crescem separados, sem saber da existência um do outro. Quando eles finalmente se encontram, Sieglinde já é casada com com Hunding. Os dois irmãos apaixonam-se e fogem, deixando furiosa a esposa de Wotan, Fricka (Frigg), que é a deusa do matrimónio e sente-se pessoalmente ultrajada. Fricka exige que Wotan mate Siegmund. A contragosto, Wotan aquiesce e manda que Brünnhilde traga Siegmund para Valhalla. Sabendo do desgosto de Wotan, Brünnhilde resolve proteger Siegmund, o que deixa Wotan furioso e este faz com que Hunding mate o herói, enquanto Brünnhilde foge levando Sieglinde já prestes a dar a luz a Siegfried. Como punição por sua desobediência, Brünnhilde perde sua imortalidade e Wotan fá-la dormir no alto de uma montanha cercada por um fogo mágico que só poderá ser vencido por um herói destemido. Esse herói será Siegfried.
A terceira ópera intitula-se "Siegfried." Depois da morte de sua mãe, Siegfried é criado pelo anão Mime. Siegfried odeia Mime, mesmo sem saber que Mime o está criando apenas para que ele, quando crescer, mate o dragão Fafner de modo que ele, Mime, possa apoderar-se do anel mágico. Siegfried forja os pedaços de Nottung, a espada mágica de seu pai e recupera-a. Com ela, ele mata o dragão Fafner. Um pingo do sangue do dragão cai na mão de Siegfried e este leva-a à boca. Imediatamente, Siegfried passa a compreender a linguagem dos pássaros. Estes contam-lhe sobre a existência do anel no interior da caverna e sobre as intenções malévolas de Mime. Siegfried apodera-se do anel e mata Mime. Os pássaros falam-lhe, então, sobre a mulher encantada que dorme no alto da montanha cercada de fogo. O herói, então, parte para lá, atravessa o fogo e desperta Brünnhilde para com ela casar-se. A ópera termina com um maravilhoso dueto de amor entre Brünnhilde e Siegfried. Entretanto, o herói tem no dedo o anel amaldiçoado.
A última ópera chama-se "Götterdämmerung" (O Crepúsculo dos Deuses). Siegfried deixa o anel com Brünnhilde e desce o reno em busca de aventura. Ele chega ao castelo de Gunther que lá vive com sua irmã Gutrune e seu meio-irmão Hagen, que é filho do anão Alberich - e que, naturalmente, cobiça o anel feito por seu pai. Hagen dá a Siegfried uma poção mágica que faz com que este esqueça-se de Brünnhilde e apaixone-se por Gutrune. Em troca da mão de Gutrune, Hagen propõe que Siegfried consiga para Gunther a mão de Brünnhilde. Com um elmo mágico, Siegfried assume a aparência de Gunther que, atravessando o fogo, reclama a mão da Valquíria. Mais tarde, no castelo de Gunther, Brünnhilde acusa Siegfried de infidelidade e ambos juram sobre a lança de Hagen estar dizendo a verdade. Numa caçada, Siegfried é morto por Hagen, pelas costas, e é levado de volta para o castelo ao som de uma maravilhosa Marcha Fúnebre. Siegfried é colocado sobre uma pira para ser cremado. A Valquíria tira o anel do dedo do herói e o põe em seu próprio dedo. Quando as chamas começam a devorar o corpo de Siegfried, Brünnhilde lança-se nas chamas e morre com ele. O rio sobe até eles e as Donzelas do Reno tiram o anel do dedo de Brünnhilde. Hagen pula na água tentando recuperar o anel e morre afogado. A ópera termina com uma visão do céu em chamas e Valhalla sendo consumida pelo fogo. É o fim do reino dos deuses. É a chegada do Ragnarok.
Toda pessoa que gosta de mitologia deve ver esta obra de Wagner. É uma história belíssima de deuses e heróis, sublinhada por uma música absolutamente divina.
DELLING
Elfos Vermelhos do amanhecer ou leste, amante de Nott ou Nat.
DISIR
Seres Sobrenaturais. V. Hamingja.
DOVREFJELD
Espírito das montanhas da Noruega.
DRAUPNIR
Anel mágico (segundo alguns, é uma bracelete) feito pelos anões para o deus Odin. Draupnir tem por característica produzir, a cada nona noite, oito anéis de igual peso. É um símbolo de riqueza e fartura.
DRÜCKGEISTER
V. Espíritos de Opressão.
DROMI
Nome da segunda corrente confeccionada pelos deuses para tentar prender o lobo Fenrir.
DVALIN
Soberano dos anões.
EDDAS
Designa-se pelo nome de Eddas (que significa "bisavó") duas colecções de tradições que abrangem a mitologia escandinava e que narram as sagas dos deuses nórdicos.. O primeiro Edda, escrito em verso, traz o nome de Soemond Sigfusson (Soemond, "O Sábio"), sacerdote do século Xl, que quis conservar as ruínas das velhas crenças nacionais e pagãs. Nada prova que os 35 poemas que cantam os deuses e ou heróis foram compostos nos séculos VIII - IX e reunidos no século XI pelo diligente Soemond. O segundo Edda em prosa é atribuído a Snorri Sturleson, que comentou o Edda poético, preenchendo lacunas e apresentando uma exposição mais completa dos dogmas religiosos da Escandinávia, pôr volta de 1.200. Esta nova compilação abrange uma parte poética (espécie de Gradus ad Parnassum ) para uso dos jovens escaldas, e lendas mitológicas e heróicas que completam as da obra mais antiga. é no meio dessas obras que se encontram os elementos que formaram os Nibelungen e as canções de gesta dos povos nórdicos.
Os Eddas foram encontrados no século XVII na Islândia; o manuscrito mais completo, actualmente, é o de Worms, encontrado em 1628.
EINHERJAR
São os heróis mortos em batalhas que são recolhidos pelas Valquírias e levados para Valhalla, onde eles passam os dias fazendo justas entre si e as noites banqueteando-se no grande salão, presididos pelo próprio Odin. Os Einherjar serão accionados no Ragnarok para lutar ao lado de Odin contra as forças do mal.
ELFISCHE GEITER
"Espíritos Élficos", seres sobre-humanos que habitavam a natureza e os elementos; em geral são passivos e benévolos para com os homens; podem, porém, trazer grandes desgraças aos mortais, quando são repelidos - V. Elfos.
ELFOS
Chamavam-se Elfos, no uso antigo das línguas germânicas, seres associados à vida da natureza e que o povo julgava residir nas águas, nos bosques, nas montanhas e, mesmo, no seio das flores; suas relações com os homens são diversamente descritas. A poesia inglesa da Idade Média os mostra como criaturas aéreas e luminosas, cheias de doçura e bondade; já os alemães da Germânica deles tinham receio, bem como o povo do extremo Norte (Dinamarca), pois acreditavam que eles podiam se irritar, às vezes sem motivo ou causa aparente. Os Elfos viviam em sociedade, como os homens; possuíam reis, que eram sumamente respeitados; amavam jogos e as danças, comummente passavam a noite em bailes infatigáveis que só cessavam com o canto do galo, pois temiam a luz e o olhar do homem. Aquele que, numa noite enluarada, nas terras solitárias e descampadas, se deixasse fascinar por uma filha dos Elfos, estava perdido para sempre; em geral, porém, suas danças não tinham testemunhas; de manhã percebia-se apenas, na erva húmida o traço ligeiro dos seus pezinhos - V. Elfische Geister.
ELLI
(A Velhice) Durante uma visita a Jotunheim, Thor é instado a lutar com ela (sem saber de quem se trata) e quase consegue vencê-la. A saga demonstra o extraordinário poder de Thor.
EMBLA
A primeira mulher, esposa de Askr, a mãe do género humano, a Eva germânica, criada por Odin, Honir e Lodur.
ESPÍRITOS DE OPRESSÃO
Os Drückgeister eram, em geral hostis aos homens e eram representados pelos espíritos dos mortos. Os germanos chamavam-nos com os mais diversos nomes: Mare, Alp, Trude... Propriedade comum entre eles era atormentar e sufocar o homem, no que, parece, encontram grande prazer, às vezes apareciam em forma humana, não raro sob a figura de animais, as almas das criancinhas mostravam-se em forma de ave ou borboleta; as almas das donzelas ocultavam-se de preferência sob a forma dum majestoso cisne. O lobisomem e os Berserker eram espíritos de opressão particularmente temidos.
EITRI
Anão, irmão de Brokk, que trabalha com metal. Veja Brokk.
ETZEL
Personagem que aparece na epopeia germânica Nibelungos.
FARBAUTI
Gigante, pai de Loki.
FAFNIR
Filho de um mágico/fazendeiro, transformou-se num dragão por causa da sua ambição pelo tesouro de ouro. Fafnir foi morto por Sigurd.
FARBAUTI
Gigante de fogo. Pai de loki.
FENRIR
Cria de Loki com a giganta Angrboda. É um lobo monstruoso que é acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok, quando ele se soltará e causará grande devastação antes de devorar o próprio Odin.
FJALAR
Um anão irmão de Galar; eles mataram Kvasir e fizeram com seu sangue o hidromel da poesia.
FONTE DE HVERGELNIR
Fonte que situa-se na base da terceira raiz de Yggdrasil, a que mergulha em Niflheim. Esta fonte dá origem a onze rios.
FONTE DE MIMIR
Fonte que situa-se na base da segunda raiz de Yggdrasill, a que mergulha em Jotunheim. As águas desta fonte dão sabedoria a quem delas bebe. Odin deu um dos seus próprios olhos para ter o privilégio.
FREKI
Nome de um dos dois lobos de Odin - o outro chama-se Geri. Consta que os lobos estão sempre com Odin e que quando este está à mesa, ele lhes dá toda carne com que é servido, já que ele só se alimenta de hidromel.
FREYJA
Irmã de Freyr, é a mais famosa das deusas e protectora do amor e da feitiçaria. Compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe.
FREYR
Filho de Njord, é o patrono da fertilidade, o soberano do reino dos duendes responsáveis pelo crescimento da vegetação.
FRIGG
Esposa de Odin. Deusa da Fertilidade, versão da mãe Terra. É associada a Nerthus (Idade do bronze). É conhecida por sua sabedoria e por nunca revelar nada a ninguém, nem mesmo ao seu esposo. É representada por uma sacerdotisa nua de cabelos longos, usando um torc (colar de ouro) e pulseiras nos braços e pernas.
FULLA
Irmã de Frigg. Cuida da caixa mágica de Frigg. Pode ter sido uma das Asynjor.
GARM
Grande cão que é acorrentado pelos deuses numa caverna na entrada de Niflheim. Ele se libertará com o Ragnarok e atacará o deus Tyr. Na luta, ambos morrerão.
GERD
Giganta de gelo cuja beleza encantou o deus Freyr que acabou por desposá-la.
GERI
Nome de um dos dois lobos de Odin - o outro chama-se Freki. Consta que os lobos estão sempre com Odin e que quando este está à mesa, ele lhes dá toda carne com que é servido, já que ele só se alimenta de hidromel.
GIGANTES
Foram criados antes dos deuses. Como na mitologia grega, representam o caos que os deuses eliminam e implantam a ordem.
GIMLI
Salão de telhado dourado em Asgard para os homens justos após a morte.
GINNUNGAGAP
Na cosmogênese nórdica, é o abismo que havia entre o gelo do norte e o fogo do sul. Neste abismo, cheio do gelo derretido pelo fogo, surgiu a vida.
GJALL
A grande trompa pertencente ao deus Heimdall e que ele fará soar para convocar os deuses para a batalha final entre o bem e o mal com o advento do Ragnarok.
GJALLARBRU
A "Ponte ressonante". A ponte que Hermod atravessou a caminho do reino de Hell na sua busca por Balder.
GLADSHEIM
(Lugar de Alegria) É o santuário dos deuses na Planície de Ida, em Asgard.
GLEIPNIR
Corrente feita pelos anões para prender o lobo Fenrir. Ela parece uma fita de seda; porém, depois de amarrado com ela, quanto mais Fenrir luta para livrar-se, mais forte ela fica e mais ele se enreda.
GNA
Serva de Frigg e uma Asynjor. Uma mensageira; seu cavalo chama-se Hofvarpnir.
GRID
Giganta que advertiu Thor sobre o encontro de Geirrod e Loki. E deu a Thor um cinto mágico e um par de luvas de ferro.
GRIMNIR
Disfarce usado por Odin ao visitar a corte de um rei. Usando um desgastado casaco azul e um grande chapéu. Os cães do rei não o atacaram.
GULLFAXI
"Crina Dourada"; cavalo do gigante Hrungnir, poderia galopar através do ar. Thor conseguiu-o quando matou o gigante, mas deu o cavalo a seu filho Magni.
GULLINBURSTI
"Pelo Dourado"; um Javali feito pelos anões e dado a Freyr para puxar sua carruagem em uma velocidade fantástica.
GULLINKAMBI
Nome do galo que desperta os Einherjar em Valhalla. Ele cantará também como alarme para os deuses com a chegada do Ragnarok.
GULLTOP
Cavalo de crina dourada de Heimdall; pode voar com velocidade grande.
GUNGNIR
Nome da lança mágica de Odin. Gungnir foi feita pelos anões e tem a seguinte peculiaridade: jamais erra o alvo.
GUNNLOD / GUNNLAUTH / GUNNLOED
Giganta filha de Suttung; guarda o hidromel da poesia em uma caverna no submundo.
GYMIR
Gigante pai de Gerd, esposa de Freyr.
HAMINGJUR
Eternos guardiães dos seres humanos, parecem dar o aviso e/ou conselhos através de sonhos. Similares aos anjos guardiães.
HARBARD
Disfarce de barqueiro usado por Odin.
HATI
Lobo que persegue a lua e que vai conseguir devorá-la no Ragnarok.
HEIDRUN
A cabra que pasta à sombra da imensa árvore Yggdrasil; seu leite alimenta os guerreiros de Odin.
HEIMDAL
É o deus brilhante, guardião da ponte do arco-íris que conduz à Asgard e possuidor do Gjallanhorn que ele sopra na batalha de Ragnarök (crepúsculo dos deuses). Sua audição é tão sensível que ele pode ouvir a relva brotando e a lã crescendo no dorso de uma ovelha.
HEL
Cria monstruosa de Loki com a giganta Angrboda. Hel é metade branca e metade negra. Odin precipitou-a no mundo dos mortos para ser a sua guardiã.
HEL
Cidadela que fica em Niflheim, o reino dos mortos. Os mortos em geral vão para Niflheim, mas os maus vão directo para Hel.
HELGRID
"Portão da morte"; barreira entre os mundos dos vivos e dos mortos.
HILDISVINI
"Porca de batalha"; porca que pertence a Freyja; viaja em grande velocidade.
HIMINBJORG
(Penhascos do Céu): Nome do palácio do deus Heimdall em Asgard. Himinbjorg fica perto de Bifrost, a Ponte do Arco-Íris.
HLIDSKJALF
Nome do trono de Odin em seu palácio Valaskjalf, em Asgard. Sentado em seu trono, Odin consegue ver o que acontece em todos os nove mundos.
HREIDMAR
Mágico/Fazendeiro pai de Fafnir.
HRUNGNIR
Gigante que competiu com Odin. Quando Thor o matou, uma parte da pedra de amolar do gigante alojou-se na cabeça de Thor.
HUGINN (Pensamento, Entendimento)
Um dos dois corvos de Odin - o outro se chama Muninn (Memória). Os corvos voam pelos nove mundos e, ao voltar, dizem no ouvido de Odin tudo o que viram e ouviram.
HYDNDLA
Giganta que guarda a lista genealógica e a cerveja da memoria.
HYMIR
Gigante que possuía um imenso caldeirão com 5 milhas de profundidade o qual foi confiscado por Thor para nele ser preparada a cerveja dos deuses.
HYRROKIN
Giganta que lançou o barco funeral de Balder. Monta um lobo e usa uma serpente como rédea.
IDA, PLANÍCIE DE
Grande planície central de Asgard, onde fica situado o santuário dos deuses chamado Gladsheim.
IDUN
Deusa da saúde e mulher de Bragi, deus da poesia. Ela é responsável pela saúde dos deuses, que precisavam comer uma maçã por dia, vinda de seu cofre de madeira de freixo, para manterem sua juventude e força.
IRON WOOD
Uma floresta escura e velha em Midgard; habitado pela mãe de Hati e de Skoll.
IVALDI
Também chamado de Vidfinner e Svigdar. Sua família era uma das duas famílias de Elfos ferreiros de metais que trabalhavam em Asgard.
JARNSAXA
Giganta amante de Thor e mãe de seus filhos Magni e Modi. Possivelmente poderia ser uma Asynjor.
JORD / JORTH
"Terra"; giganta mãe de Thor.
JORMUNGAND
Cria monstruosa de Loki com a giganta Angrboda. É uma serpente gigantesca que, logo que nasceu, foi precipitada por Odin no oceano que circunda Midgard. A serpente cresceu tanto que contorna toda a Terra até morder a própria cauda.
JOTUNHEIM
Reino dos gigantes, que fica em Midgard. Sua cidadela é Utgard. Várias sagas dos deuses têm Jotunheim como palco.
KOBOLDS
Pequenos seres humanos que vivem dentro ou próximos de celeiros ou estábulos. Se tratados amavelmente, são amigáveis.
KVASIR
Um ser humano sábio criado pelos deuses. O Hidromel da poesia foi feito do seu sangue.
LAEDING
Nome da primeira corrente com que os deuses tentam, sem sucesso, prender o lobo Fenrir.
LAUFEY
Giganta de fogo mãe de Loki, seu nome significa "Ilha arborizada".
LIF
Homem que surgirá de dentro da grande árvore Yggdrasill após o Ragnarok e que, com a mulher Lifthrasir, também surgida da árvore, repovoará a Terra.
LIFTHRASIR
Ver Lif.
LOGI
Gigante que aparece junto do mágico Utgardloki. Bateu Loki num concurso de voracidade. Representava a chama, cujo o apetite cresce à medida que é alimentado.
LOKI
Deus do fogo, irmão de sangue de Odin, trapaceiro do panteão, é o bom e o mau em uma só pessoa. Tem descendência dos povos gigantes. Seu dia: sábado.
LYNGVI
É uma ilha situada no centro do Lago Amsvartnir, onde o lobo Fenrir, é acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok.
MAGNI
Filho de Thor e da giganta Jarnsaxa. Ele e seu irmão Modi herdarão Mjollnir, o martelo de Thor, após o Ragnarok.
MIDGARD
A Terra do Meio. É o segundo nível do universo, segundo os povos nórdicos. Os três níveis são: Asgard, o reino dos deuses; Midgard, o reino dos homens; e Niflheim, o reino dos mortos.
MIMIR
Gigante, guardião da Fonte da Sabedoria e amigo de Odin.
MJOLLNIR
Nome do martelo do deus Thor. Mjollnir foi feito pelos anões Brokk e Eitri. O martelo tem a característica maravilhosa de, quando lançado contra um inimigo, retornar, como um bomerangue, à mão de Thor. É a única arma usada por Thor. Mjollnir é um símbolo de destruição, como maça usada na guerra, mas é também um símbolo de fertilidade.
MODGUD
A virgem que guarda a ponte sobre o caminho de Hel.
MODI
Filho de Thor e da giganta Jarnsaxa. Grande guerreiro. Ele e o seu irmão Magni herdarão Mjollnir, o martelo de Thor, após o Ragnarok.
MUNINN (Memória)
Um dos dois corvos de Odin - o outro é Huginn (Pensamento, Entendimento). Os corvos voam pelos nove mundos e, ao voltar, dizem no ouvido de Odin tudo o que viram e ouviram.
MUSPELHEIM
Reino de fogo situado ao sul. Do seu encontro com o gelo de Niflheim, situado ao norte, é que resultou na criação da vida no começo dos tempos.
NARFI
Filho de Loki e Signy.
NIDAVELLIR
Terra dos anões. Situada em Midgard.
NIDHOGG
Dragão que roí a raiz de Yggdrasill que mergulha em Niflheim. Quando o dragão começa a prejudicar a árvore, a águia, que fica no topo desta, desce voando e ataca o dragão. Enquanto Nidhogg lambe as feridas para curá-las, Yggdrasill tem tempo de se recuperar-se - e aí começa um novo ciclo.
NIFLHEIM
O terceiro nível do universo concebido pelos povos nórdicos. Os três níveis são: Asgard, o reino dos deuses; Midgard, o reino dos homens; e Niflheim, o mundo dos mortos também, o país do gelo e das trevas. Aí, em companhia dos mortos, só podem viver os gigantes e os anões. A rainha dessa sombria região é a deusa Hel. A entrada era guardada pelo terrível cão chamado Garm. Niflheim é o lugar para onde vão todos os que não são mortos em batalha.
NJORD
É o Deus do mar e o protector dos marinheiros e dos pescadores. Representação paterna do Vanir, ele é o concessor das riquezas e um corajoso guerreiro. Casado com a Deusa Skadi.
NOTT/NAT
"Noite ". Filha do Mimir e da irmã de Urd; mãe de Jord e de avó de Thor. Seu amante é Delling, Elfo vermelho do alvorecer, e seu filho é Dag (dia). Traz o alivio e inspiração aos seres humanos.
NORNES
Deusas do destino: Urd, Verdandi e Skuld. São as três irmãs que tecem o destino dos homens em seus teares. Guardam a Yggdrasill, a árvore do mundo, que sustenta a Terra. Todas as manhãs fazem chover hidromel sobre suas raízes, para que as folhas permaneçam verdes. São representadas pela virgem, a mãe e a anciã. Urd é muito velha e vive olhando para trás, por sobre os ombros. Verdandi é uma jovem e olha sempre para o presente e finalmente Skuld, vive encapuçada e possui um pergaminho fechado sobre seu regaço, que contém os segredos do futuro.
ODIN
Pai de todos, protector dos poetas, dos guerreiros, dos estadistas e o Deus da morte, da Guerra e da Magia. Carrega a lança Gungnir que nunca erra o alvo e que no cabo, tem runas gravadas, que ditam a preservação da lei. Cavalga o garanhão de oito patas Sleiphir e reúne guerreiros para lutarem com ele. Conquistou as runas , alfabeto nórdico, para a humanidade através de um acto de sacrifício pessoal e trocou o seu olho direito por sabedoria. Seu dia: quarta-feira.
POÇO DE URD
Poço que fica situado junto à raiz de Yggdrasill que mergulha em Asgard. Ele é guardado pelas Nornas e junto a ele os deuses se reunem todos os dias em conselho.
RAGNAROK (O Crepúsculo dos Deuses)
É o final dos tempos, quando haverá a grande luta final entre o Bem e o Mal, na grande planície de Vigrid. O primeiro grande sinal da aproximação do Ragnarok é a morte de Balder. Na época fatal, a terra tremerá, Loki e Fenrir libertar-se-ão das correntes que os prendem e, com seus aliados, começarão a grande devastação. Heimdall soará sua grande trompa Gjall, convocando os deuses para a grande batalha. Odin reunirá os deuses e os Einherjar, os heróis mortos em batalha e que esperam em Valhalla por esse dia para lutar ao lado dos deuses. Ragnarok será o fim do mundo dos deuses e dos homens. Depois, haverá um renascimento.
RATATOSK
Nome do esquilo que corre para cima e para baixo ao longo da raiz de Yggdrasill que mergulha em Niflheim. Ele leva insultos do dragão Nidhogg para a águia que fica no alto da árvore.
RINGHORN
É o grande navio do deus Balder. Dentro dele é colocada a pira que consome o corpo do deus depois que este é morto pelas maquinações de Loki.
SESSRUMIR
Nome do palácio da deusa Freyja em Asgard.
SIEGFRIED
Na saga dos Nibelungos, é o filho de Siegmund e de Sieglinde. Grande herói que restaura Nottung, a espada de seu pai, mata o dragão Fafner e conquista a Valquíria Brünnhilde. Siegfried é morto, pelas costas, por Hagen.
SIEGMUND
Na saga dos Nibelungos, é um Wälsung, descende de Odin. Grande guerreiro que brandia a espada mágica Nottung. Antes de morrer, Sigmund enfrenta Odin (sem saber que era ele) e quebra Nottung contra a lança do deus. Sigmund pede que os pedaços da espada sejam guardados para que seu filho um dia restaure-a. O nome do filho é Siegfried.
SINDRI
Palácio que surgirá com o renascimento após o Ragnarok.
SKIDBLADNIR
Gigantesco navio pertencente ao deus Freyr que tinha a peculiar característica de poder ser dobrado e guardado no bolso.
SKOLL
Lobo que persegue o sol e que, no Ragnarok, consegue finalmente alcançá-lo e devorá-lo.
SLEIPNIR
Cavalo de oito pernas, cria de Loki. Loki deu-o de presente a Odin que, desde então, cavalga pelos céus montado nesse veloz ginete.
SURT
Gigante de fogo que guarda Muspelheim. Em Ragnarok, Surt lançará fogo nos nove mundos.
SVARTALFHEIM
Reino dos Elfos Escuros. Fica situado em Midgard.
TANNGNOST E TANNGRISNI
Os dois bodes que puxam a carruagem de Thor.
THOR
Deus do trovão, filho de Odin. Sua arma, o martelo de pedra Mijollnir. Thor é invocado nas mágicas rúnicas como força vingadora. Casou-se com a Deusa Sif, do trigo. Seu dia: quinta-feira.
TYR
É o Deus do combate, o general do panteão, ao passo que Thor é mais o guerreiro e Odin, o estadista. Seu dia: Terça-feira.
UTGARD
Cidadela principal de Jotunheim. É governada pelo gigante Utgard-Loki.
UTGARD-LOKI
Gigante rei de Utgard. É um mestre da magia e da ilusão. Ele consegue enganar Thor quando este visita Jotunheim.
VALASKJALF
Nome do palácio de Odin em Asgard.
VALHALLA: Grande palácio em Asgard onde os Einherjar (os guerreiros mortos em batalha e para lá levados pelas Valquírias) esperam a chegada do Ragnarok. Enquanto eles esperam, os Einherjar passam os dias em justas entre si e as noites banqueteando-se no grande salão, supervisionados pelo próprio Odin. Valhalla é descrito como o palácio mais maravilhosa de toda Asgard.
VALKYRIAS
Mulheres que apareciam para os guerreiros que iam morrer e ficavam invisíveis para os demais.
VANAHEIM
O reino da raça de deuses Vanir em Asgard.
VANIR
Raça de deuses da fertilidade que, depois de vencidos em uma grande batalha com os Aesir, foram incorporados a esses.
VIGRID
Grande planície em Asgard onde acontecerá a grande batalha final entre o Bem e o Mal.
YMIR
Gigante de gelo que surgiu no começo dos tempos. Ele surgiu do encontro do gelo do norte com o fogo do sul, no abismo chamado Ginnungagap. Ymir foi o primeiro ser vivo, juntamente com a vaca Audumla. Mais tarde, os irmãos Odin, Vili e Ve matam Ymir e, do seu corpo, eles criam os nove mundos.
Os povos Nórdicos compreendem os países Hoje conhecidos como Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia.
A Mitologia nórdica divide-se em Edas, sendo a mais antiga escrita em poesia e a mais moderna em prosa.
No início do mundo, segundo as Edas, não havia nem céu nem terra, mas um abismo sem fundo onde flutuava uma fonte dentro de um mundo de vapor. Dessa fonte saíam doze rios, que após terem corrido longas distâncias, congelaram-se muito longe das suas origens, preenchendo o grande abismo com gelo.
Ao sul do mundo de vapor ficava um mundo de luz, que emanava calor para derreter o gelo. Dos vapores formados do gelo surgiram dois seres: Ymir, o Gelo Gigante e a sua geração, e a vaca Audumla, cujo leite amamentou o gigante. A vaca por sua vez, se alimentava lambendo o gelo de onde retirava água e sal. No gelo se escondia um deus, e lambendo, a vaca acabou por descongelá-lo, revelando-o. Esse deus, unido com sua esposa da raça dos gigantes deu origem aos deuses Odin, Vili e Ve, que mataram o gigante Ymir, formando com as partes de seu corpo o mundo como o conhecemos, e com sua testa formaram midgard (a morada do homem).
Depois de terem esquartejado o gigante Ymir para formar o mundo, os deuses passearam junto ao mar e perceberam que a criação não estava completa, pois faltava o homem para habitá-la. Foi então que os deuses formaram o homem e a mulher, das raízes de algumas plantas. Cada deus presenteou o ser formado com uma virtude: Odin deu-lhes uma alma, Vili a razão e Ve os sentidos.
O universo era então dividido entre Asgard (a morada dos deuses), Midgard (morada dos homens), Jothunhein (morada dos gigantes) e Nifflehein (Região das trevas e do frio), e entre esses mundos existia Ygdrasil, uma árvore que nascia do corpo de Ymir e sustentava essa realidade.
Odin representa o deus máximo na mitologia nórdica. Ele habita em Asgard, no palácio chamado de Valhala, junto com os seus irmãos. Quando sentado em seu trono, Odin tem aos seus ombros os corvos Hugin e Munin, que durante o dia voam pelo mundo, e quando voltam a noite contam tudo o que viram a Odin. A seus pés encontram-se os lobos Geri e Freki, a quem Odin fornece toda a carne que é colocada diante dele, já que ele próprio não precisa alimentar-se.
A mitologia nórdica possui várias histórias ainda, muitas delas aventuras de Thor, que é filho de Odin. A partir deste pequeno resumo é fácil perceber que o ponto de vista geral dos nórdicos sobre o mundo é de um lugar gelado, clima comum da região dos países nórdicos. Os deuses apresentam semelhanças físicas com os homens, e inclusive podem morrer, mas só pelas mãos de outro deus. A brutalidade presente em muitos dos contos é também um aspecto do povo nórdico desse tempo, os bárbaros Vikings. Os animais presentes na história como o lobo Fenrir ou a vaca Audumla, representam papéis proporcionais aos dos animais comuns, a vaca provê leite ao gigante, e o lobo amedronta os deuses e mortais.
AEGIR
Gigante famoso, Deus Vanir "Senhor do Mar", ele pode ser bom ou mau. Ran e ele possuem nove filhas ( Ondinas ). Ouro, prosperidade, tesouros afundados no fundo do mar, controla mentes e ondas.
AESIR
Principal raça dos deuses de Asgard. Os Aesir são liderados pelo deus Odin. Eles travam uma guerra com a raça de deuses da fertilidade chamados Vanir, que são depois integrados aos Aesir.
ALAISIAGAE
Deuses da guerra.
ALFES: Outra família de deuses, independentes dos Ases e dos Vanes. Esta família não possui nenhum dos chamados "grandes deuses" e desempenhou na mitologia germânica um papel muito secundário.
ALFHEIM
Região de Asgard onde moram os Elfos Luminosos.
AMSVARTNIR
Grande lago em Asgard em cujo centro fica a Ilha Lyngvi, onde os deuses aprisionam o lobo Fenrir.
ANDNARI
Anão guardião de um fabuloso tesouro. Esse anãozinho tinha o poder de se transformar em peixe e de viver na água. Andnari foi capturado por Loki e deu-lhe um anel maravilhoso.
ANGRBODA
Giganta amante de Loki, com o qual gerou as três monstruosidades Jormungand (a serpente de Midgard), o lobo Fenrir e Hel (a Morte).
ANÕES
Os anões, segundo a tradição popular, nasceram dos vermes que roíam o cadáver do gigante Ymir; conforme outra versão, surgiu dos ossos e do sangue de outro gigante da mesma família. Os anões tinham chefe e atribuições diversas; eram particularmente peritos nos trabalhos de forja. Os anões eram seres da mesma classe dos elfos, dos quais formaram uma categoria particular; em geral viviam sobre a terra; não eram belos, mas de inteligência superior, muitos deles conheciam o futuro; usavam grandes barbas. Entre os humanos, eram os mineiros os que tinham mais contacto com os anões, pois, trabalhando sob a terra, estavam no território desses pequeninos seres, que eram, igualmente, os senhores dos metais; quando um mineiro encontrava um anãozinho nas galerias subterrâneas, era sinal de quem um bom e belo "filão" estava próximo, pois eles só trabalhavam onde a terra escondia preciosos tesouros; um desses tesouros é célebre na poesia épica alemã: O Rei dos Nibelungos, do qual o anão Alberich era o guarda; Siegfrid, o herói dos Nibelungos, apropriara-se desse tesouro fabuloso depois de ter vencido o anão Alberich e ter dele exigido juramento de fidelidade. Os anões eram hábeis artífices; faziam não só armas dos deuses, mais também as jóias e brincos das deusas; Thor deve-lhes o seu famoso martelo, Freyr o seu navio mágico e o seu javali de ouro, Sif os seus cabelos de ouro, Freyja o seu colar de ouro, e Odin a lança Gungnir que nada podia deter; Odin também possuía o anel Draupnir, que, como o anel de Andnari, tinha o poder de multiplicar as riquezas daquele que o tivesse em seu poder. A crença nos anões foi sem duvida a mais popular de todas; no século XVlll, na Islândia, os camponeses mostravam rochedos e colinas afirmando, com a mais absoluta convicção, que lá moravam verdadeiros formigueiros de pequeninos anõezinhos do mais agradável aspecto. Existem quatro anões guardiães dos quadrantes são eles Nordhri (Norte), Austri (Leste), Sudhri (Sul), e Vestri (Oeste).
ASGARD
O primeiro dos três mundos do universo nórdico. É o reino dos deuses. Em Asgard está situada Valhalla, o palácio dos guerreiros mortos em batalha. Também em uma região de Asgard está Vanaheim, a terra dos Vanir e Alfheim, a terra dos Elfos Luminosos. Em Asgard estão também os palácios de cada um dos deuses, como também Gladsheim, o grande santuário na Planície de Ida.
ASK
O primeiro homem, criado por Odin a partir de um freixo.
ASYNJOR
A deusa, versão feminina de Aesir, assistentes de Frigg em Vingolf. Uma delas era a curandeira chamada Eir. Os outros eram Fjorgyn, Frima,Fimila, Hnossa a bela.
AUDUMLA
A vaca alimentadora, Mãe terra, nascida como Ymir, de gelo derretido. A vaca, para os germanos, era o ancestral da vida, símbolo da fecundidade. Das tetas da vaca Audumla corriam quatro rios de leite, alimentava-se do sal que o gelo continha, e que ela fundia ao lamber. Enquanto Ymir bebia o leite e ganhava novas forças, aconteceu que a vaca fez surgir, das cálidas gotas que salpicavam os rochedos cobertos de neve, outro ser vivo e de forma humana, Buri. Primeiro seus cabelos tomaram forma depois a cabeça e por fim o corpo todo. Buri, que gerou Bor, que gerou Odin, Vili e Ve.
BALDER / BALDR / BLADUR
Filho de Odin e da deusa Frigg, Baldr a da raça dos Ases. Seu nome aparece raramente nos mitos e nas aventuras divinas; mas o episodio do qual é o centro se refere ao próprio drama do mundo. Na Escandinavia era venerado sobre o nome de Baldr; os germanos do Oeste, sobretudo, o honravam. Snorri Sturllasson assim o retrata : " Um segundo filho de Odin é Balder e deste só há o que dizer bem; é tão brilhante que emite luz, e há uma dos campos, tão branca, que foi comparada com o cílios de Baldr: ela é a mais branca de todas as flores do campo. É o mais sábio dos Ases, o mais eloquente e o mais benigno. Mas uma condição está ligada a sua natureza: nenhum de seus julgamentos poderá ser realizado. Habita uma mansão no céu chamada "Breidablink". "
Baldr é, também, juiz; encarnação da pureza e da beleza, seus julgamentos jamais se realizam, talvez para mostrar que a perfeição e a suprema beleza não são deste mundo.
BERGELMIR
Um gigante, pai de todos os gigantes. Ele e a sua esposa foram os únicos sobreviventes da inundação do sangue de Ymir.
BERSERKS
Guerreiros que ficavam como que enlouquecidos durante as batalhas e atacavam sem nenhum medo de morrer. Acreditava-se que eram protegidos por Odin. Em inglês existe a expressão "to go berserk," que quer dizer "ficar violento, enlouquecido, incontrolável."
BESTLA
Buri, nascido do leite da vaca Audumla, teve um filho, Bor, e este desposou Bestla, filha do gigante, o qual descendia Ymir, da união de Bor e Bestla nasceram três deuses, Odin, Vili e Vé.
BIFROST
A Ponte do Arco-Íris. Ponte de luz que liga o primeiro mundo, Asgard (o mundo dos deuses), ao mundo-do-meio, Midgard. Bifrost é guardada pelo deus Heimdall. Com a chegada do Ragnarok, Bifrost irá ruir.
BILSKIRNIR
O palácio do deus Thor em Asgard.
BOR
Pai de Odin. Bor era filho de Buri, que nasceu da vaca primordial Audumla.
BORVERK
Um gigante, disfarce usado por Odin para adquirir o hidromel da poesia.
BREIDABLIK
Palácio de Baldr e Nanna em Asgard.
BRISINGS, COLAR DE
Colar maravilhoso feito por quatro anões com os quais a deusa Freyja dormiu para consegui-lo.
BROKK
Um anão, excelente forjador e joalheiro. Com seu irmão Eitri ele fez o Javali de ouro Gullinburtrsti, o anel de Odin e o martelo de Thor (Mjöllnir). Ele foi descrito como sendo pequeno e foi enegrecido de ferrarias.
BRUDABLIK
O palácio do deus Balder em Asgard.
BRÜNNHILDE
A líder das nove Valquírias. Por ter desobedecido uma ordem directa de Odin, Brünnhilde perde a imortalidade. Odin fá-la adormecer sobre uma pedra no alto de uma montanha e cerca todo o local com fogo. Ela deverá ficar dormindo ali até que um guerreiro destemido atravesse o fogo, desperte-a com um beijo e despose-a. Esse guerreiro é Siegfried.
BRYNHILD
Personagem do poema épico germânico Nibelungen.
BURI
Ser nascido do leite da vaca Audumla; foi pai de Bor que, por sua vez, gerou o deus Odin.
BYGOL
"Abelha de ouro " ou mel & TRJEGUL ( Tree-Gold ) "Árvore de ouro " ou âmbar: Nome dos gatos que puxam a carruagem de Freyja.
CACHOEIRA DE FRANANG
Cachoeira em Midgard onde Loki é capturado quando metamorfoseado em salmão.
CERVEJA
Os antigos germanos gostavam muito de cerveja e hidromel; ainda que não fosse bebida sagrada, entrava em várias solenidades do culto. Bebia-se cerveja em todas as reuniões solenes, e o fato de beberem juntos constituía um laço mágico não somente entre os presentes, mas entre os deuses e os homens; para preparar a cerveja havia usos dos quais ninguém podia se subtrair, sob pena de sacrilégio. Para todas as reuniões importantes era tradição preparar imensas quantidades de cerveja, comummente obtidas lançado num grande vaso o que cada um trazia; era de regra continuar a festa e as libações até que o vaso estivesse vazio; só então a festa ou reunião findava. São Columbano, o envagelizador dos germanos, teve ocasião de ver uma desses monstruosos vasos de cerveja preparada para oferecer ao deus Wotan (Odin).
CREMILDA
Personagem da epopeia Nibelungos.
CREPÚSCULO DOS DEUSES
(Em alemão, Götterdämmerung) É a quarta ópera da tetralogia de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen," que narra a morte de Siegfried e de Brünnhilde. Crepúsculo dos Deuses é a tradução da palavra Ragnarok.
DAIN
Soberano dos Elfos.
DEMÓNIOS
Segundo a concepção Germânica, os demónios não eram deuses decaídos nem transformação tardia dos espíritos dos falecidos. Eram personificações das forças e das formas da natureza e dos fenómenos, fossem quais fossem, não sabiam explicar. É esta uma ideia fundamental, comum a todos os povos germânicos; variam apenas os nomes e as características particulares, de tribo para tribo, de região para região, mas os demónios continuam a ser os mesmos. Muitos destes seres fantásticos sobrevivem ainda hoje na imaginação popular. O Erlkoening, que Goethe, tirou de uma velha balada dinamarquesa, o "Rei dos Elfos", ainda hodiernamente será capaz de fazer tremer muitas pessoas esclarecidas, tão comummente se gravou no subconsciente do povo essas estranhas tradições demoníacas. A lista desses demónios seria longa; há o espírito das montanhas, o Rübezahl, há o Watzmann, há os gigantescos Dovrefjeld das rudes montanhas da Noruega; há serpente de Midgard, o lobo Fenrir, o Wilde Jäger, "O caçador Selvagem" e muitos outros.
DER RING DES NIBELUNGEN
(O Anel dos Nibelungos) Tetralogia operística de Richard Wagner, composta por quatro óperas que, apesar de poderem ser vistas separadamente, estão ligadas, formando uma história contínua. Para escrever o libreto, Wagner baseou-se em várias fontes, o "Nibelungenlied", o "Edda" e a "Volsunga Saga". A primeira ópera intitula-se "Das Rheingold" (O Ouro do Reno) e abre com uma cena no fundo do rio Reno, onde um monte feito de ouro é guardado pelas três Donzelas do Reno (Woglinde, Wellgunde e Flosshilde). O ouro é capaz de dar a quem o possuir imenso poder, desde que essa pessoa renegue o amor. O anão Alberich faz exactamente isto, apodera-se do ouro e faz com ele um anel mágico. Enquanto isto, os dois gigantes, Fasolt e Fafner, que acabaram de construir Valhalla para os deuses, agora pedem o pagamento: a deusa Freyja. No lugar de Freyja, os deuses propõe aos gigantes dar-lhes o ouro do reno e o anel mágico que confere poder. Wotan (Odin) e Loki confiscam o ouro e o anel de Alberich, mas não sem antes Alberich amaldiçoar o anel. O ouro é dado aos gigantes, mas Wotan está hesitante em separar-se do anel amaldiçoado. Erda, a deusa da Terra faz uma predição do fim dos deuses no Ragnarok. Wotan cede, dá o anel para os gigantes e a maldição causa logo efeito, pois Fafter mata Fasolt e transforma a si mesmo num dragão que passa a guardar o ouro. Os deuses, então, sobem pela Ponte do Arco-Íris em direcção a Asgard.
A segunda ópera se chama "Die Walküre" (A Valquíria). Planejando recuperar o ouro do reno, Wotan cria na Terra uma raça de semideuses da qual deverá sair o herói capaz de tal feito. Desta raça sobressaem-se os irmãos Siegmund e Sieglinde, que crescem separados, sem saber da existência um do outro. Quando eles finalmente se encontram, Sieglinde já é casada com com Hunding. Os dois irmãos apaixonam-se e fogem, deixando furiosa a esposa de Wotan, Fricka (Frigg), que é a deusa do matrimónio e sente-se pessoalmente ultrajada. Fricka exige que Wotan mate Siegmund. A contragosto, Wotan aquiesce e manda que Brünnhilde traga Siegmund para Valhalla. Sabendo do desgosto de Wotan, Brünnhilde resolve proteger Siegmund, o que deixa Wotan furioso e este faz com que Hunding mate o herói, enquanto Brünnhilde foge levando Sieglinde já prestes a dar a luz a Siegfried. Como punição por sua desobediência, Brünnhilde perde sua imortalidade e Wotan fá-la dormir no alto de uma montanha cercada por um fogo mágico que só poderá ser vencido por um herói destemido. Esse herói será Siegfried.
A terceira ópera intitula-se "Siegfried." Depois da morte de sua mãe, Siegfried é criado pelo anão Mime. Siegfried odeia Mime, mesmo sem saber que Mime o está criando apenas para que ele, quando crescer, mate o dragão Fafner de modo que ele, Mime, possa apoderar-se do anel mágico. Siegfried forja os pedaços de Nottung, a espada mágica de seu pai e recupera-a. Com ela, ele mata o dragão Fafner. Um pingo do sangue do dragão cai na mão de Siegfried e este leva-a à boca. Imediatamente, Siegfried passa a compreender a linguagem dos pássaros. Estes contam-lhe sobre a existência do anel no interior da caverna e sobre as intenções malévolas de Mime. Siegfried apodera-se do anel e mata Mime. Os pássaros falam-lhe, então, sobre a mulher encantada que dorme no alto da montanha cercada de fogo. O herói, então, parte para lá, atravessa o fogo e desperta Brünnhilde para com ela casar-se. A ópera termina com um maravilhoso dueto de amor entre Brünnhilde e Siegfried. Entretanto, o herói tem no dedo o anel amaldiçoado.
A última ópera chama-se "Götterdämmerung" (O Crepúsculo dos Deuses). Siegfried deixa o anel com Brünnhilde e desce o reno em busca de aventura. Ele chega ao castelo de Gunther que lá vive com sua irmã Gutrune e seu meio-irmão Hagen, que é filho do anão Alberich - e que, naturalmente, cobiça o anel feito por seu pai. Hagen dá a Siegfried uma poção mágica que faz com que este esqueça-se de Brünnhilde e apaixone-se por Gutrune. Em troca da mão de Gutrune, Hagen propõe que Siegfried consiga para Gunther a mão de Brünnhilde. Com um elmo mágico, Siegfried assume a aparência de Gunther que, atravessando o fogo, reclama a mão da Valquíria. Mais tarde, no castelo de Gunther, Brünnhilde acusa Siegfried de infidelidade e ambos juram sobre a lança de Hagen estar dizendo a verdade. Numa caçada, Siegfried é morto por Hagen, pelas costas, e é levado de volta para o castelo ao som de uma maravilhosa Marcha Fúnebre. Siegfried é colocado sobre uma pira para ser cremado. A Valquíria tira o anel do dedo do herói e o põe em seu próprio dedo. Quando as chamas começam a devorar o corpo de Siegfried, Brünnhilde lança-se nas chamas e morre com ele. O rio sobe até eles e as Donzelas do Reno tiram o anel do dedo de Brünnhilde. Hagen pula na água tentando recuperar o anel e morre afogado. A ópera termina com uma visão do céu em chamas e Valhalla sendo consumida pelo fogo. É o fim do reino dos deuses. É a chegada do Ragnarok.
Toda pessoa que gosta de mitologia deve ver esta obra de Wagner. É uma história belíssima de deuses e heróis, sublinhada por uma música absolutamente divina.
DELLING
Elfos Vermelhos do amanhecer ou leste, amante de Nott ou Nat.
DISIR
Seres Sobrenaturais. V. Hamingja.
DOVREFJELD
Espírito das montanhas da Noruega.
DRAUPNIR
Anel mágico (segundo alguns, é uma bracelete) feito pelos anões para o deus Odin. Draupnir tem por característica produzir, a cada nona noite, oito anéis de igual peso. É um símbolo de riqueza e fartura.
DRÜCKGEISTER
V. Espíritos de Opressão.
DROMI
Nome da segunda corrente confeccionada pelos deuses para tentar prender o lobo Fenrir.
DVALIN
Soberano dos anões.
EDDAS
Designa-se pelo nome de Eddas (que significa "bisavó") duas colecções de tradições que abrangem a mitologia escandinava e que narram as sagas dos deuses nórdicos.. O primeiro Edda, escrito em verso, traz o nome de Soemond Sigfusson (Soemond, "O Sábio"), sacerdote do século Xl, que quis conservar as ruínas das velhas crenças nacionais e pagãs. Nada prova que os 35 poemas que cantam os deuses e ou heróis foram compostos nos séculos VIII - IX e reunidos no século XI pelo diligente Soemond. O segundo Edda em prosa é atribuído a Snorri Sturleson, que comentou o Edda poético, preenchendo lacunas e apresentando uma exposição mais completa dos dogmas religiosos da Escandinávia, pôr volta de 1.200. Esta nova compilação abrange uma parte poética (espécie de Gradus ad Parnassum ) para uso dos jovens escaldas, e lendas mitológicas e heróicas que completam as da obra mais antiga. é no meio dessas obras que se encontram os elementos que formaram os Nibelungen e as canções de gesta dos povos nórdicos.
Os Eddas foram encontrados no século XVII na Islândia; o manuscrito mais completo, actualmente, é o de Worms, encontrado em 1628.
EINHERJAR
São os heróis mortos em batalhas que são recolhidos pelas Valquírias e levados para Valhalla, onde eles passam os dias fazendo justas entre si e as noites banqueteando-se no grande salão, presididos pelo próprio Odin. Os Einherjar serão accionados no Ragnarok para lutar ao lado de Odin contra as forças do mal.
ELFISCHE GEITER
"Espíritos Élficos", seres sobre-humanos que habitavam a natureza e os elementos; em geral são passivos e benévolos para com os homens; podem, porém, trazer grandes desgraças aos mortais, quando são repelidos - V. Elfos.
ELFOS
Chamavam-se Elfos, no uso antigo das línguas germânicas, seres associados à vida da natureza e que o povo julgava residir nas águas, nos bosques, nas montanhas e, mesmo, no seio das flores; suas relações com os homens são diversamente descritas. A poesia inglesa da Idade Média os mostra como criaturas aéreas e luminosas, cheias de doçura e bondade; já os alemães da Germânica deles tinham receio, bem como o povo do extremo Norte (Dinamarca), pois acreditavam que eles podiam se irritar, às vezes sem motivo ou causa aparente. Os Elfos viviam em sociedade, como os homens; possuíam reis, que eram sumamente respeitados; amavam jogos e as danças, comummente passavam a noite em bailes infatigáveis que só cessavam com o canto do galo, pois temiam a luz e o olhar do homem. Aquele que, numa noite enluarada, nas terras solitárias e descampadas, se deixasse fascinar por uma filha dos Elfos, estava perdido para sempre; em geral, porém, suas danças não tinham testemunhas; de manhã percebia-se apenas, na erva húmida o traço ligeiro dos seus pezinhos - V. Elfische Geister.
ELLI
(A Velhice) Durante uma visita a Jotunheim, Thor é instado a lutar com ela (sem saber de quem se trata) e quase consegue vencê-la. A saga demonstra o extraordinário poder de Thor.
EMBLA
A primeira mulher, esposa de Askr, a mãe do género humano, a Eva germânica, criada por Odin, Honir e Lodur.
ESPÍRITOS DE OPRESSÃO
Os Drückgeister eram, em geral hostis aos homens e eram representados pelos espíritos dos mortos. Os germanos chamavam-nos com os mais diversos nomes: Mare, Alp, Trude... Propriedade comum entre eles era atormentar e sufocar o homem, no que, parece, encontram grande prazer, às vezes apareciam em forma humana, não raro sob a figura de animais, as almas das criancinhas mostravam-se em forma de ave ou borboleta; as almas das donzelas ocultavam-se de preferência sob a forma dum majestoso cisne. O lobisomem e os Berserker eram espíritos de opressão particularmente temidos.
EITRI
Anão, irmão de Brokk, que trabalha com metal. Veja Brokk.
ETZEL
Personagem que aparece na epopeia germânica Nibelungos.
FARBAUTI
Gigante, pai de Loki.
FAFNIR
Filho de um mágico/fazendeiro, transformou-se num dragão por causa da sua ambição pelo tesouro de ouro. Fafnir foi morto por Sigurd.
FARBAUTI
Gigante de fogo. Pai de loki.
FENRIR
Cria de Loki com a giganta Angrboda. É um lobo monstruoso que é acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok, quando ele se soltará e causará grande devastação antes de devorar o próprio Odin.
FJALAR
Um anão irmão de Galar; eles mataram Kvasir e fizeram com seu sangue o hidromel da poesia.
FONTE DE HVERGELNIR
Fonte que situa-se na base da terceira raiz de Yggdrasil, a que mergulha em Niflheim. Esta fonte dá origem a onze rios.
FONTE DE MIMIR
Fonte que situa-se na base da segunda raiz de Yggdrasill, a que mergulha em Jotunheim. As águas desta fonte dão sabedoria a quem delas bebe. Odin deu um dos seus próprios olhos para ter o privilégio.
FREKI
Nome de um dos dois lobos de Odin - o outro chama-se Geri. Consta que os lobos estão sempre com Odin e que quando este está à mesa, ele lhes dá toda carne com que é servido, já que ele só se alimenta de hidromel.
FREYJA
Irmã de Freyr, é a mais famosa das deusas e protectora do amor e da feitiçaria. Compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe.
FREYR
Filho de Njord, é o patrono da fertilidade, o soberano do reino dos duendes responsáveis pelo crescimento da vegetação.
FRIGG
Esposa de Odin. Deusa da Fertilidade, versão da mãe Terra. É associada a Nerthus (Idade do bronze). É conhecida por sua sabedoria e por nunca revelar nada a ninguém, nem mesmo ao seu esposo. É representada por uma sacerdotisa nua de cabelos longos, usando um torc (colar de ouro) e pulseiras nos braços e pernas.
FULLA
Irmã de Frigg. Cuida da caixa mágica de Frigg. Pode ter sido uma das Asynjor.
GARM
Grande cão que é acorrentado pelos deuses numa caverna na entrada de Niflheim. Ele se libertará com o Ragnarok e atacará o deus Tyr. Na luta, ambos morrerão.
GERD
Giganta de gelo cuja beleza encantou o deus Freyr que acabou por desposá-la.
GERI
Nome de um dos dois lobos de Odin - o outro chama-se Freki. Consta que os lobos estão sempre com Odin e que quando este está à mesa, ele lhes dá toda carne com que é servido, já que ele só se alimenta de hidromel.
GIGANTES
Foram criados antes dos deuses. Como na mitologia grega, representam o caos que os deuses eliminam e implantam a ordem.
GIMLI
Salão de telhado dourado em Asgard para os homens justos após a morte.
GINNUNGAGAP
Na cosmogênese nórdica, é o abismo que havia entre o gelo do norte e o fogo do sul. Neste abismo, cheio do gelo derretido pelo fogo, surgiu a vida.
GJALL
A grande trompa pertencente ao deus Heimdall e que ele fará soar para convocar os deuses para a batalha final entre o bem e o mal com o advento do Ragnarok.
GJALLARBRU
A "Ponte ressonante". A ponte que Hermod atravessou a caminho do reino de Hell na sua busca por Balder.
GLADSHEIM
(Lugar de Alegria) É o santuário dos deuses na Planície de Ida, em Asgard.
GLEIPNIR
Corrente feita pelos anões para prender o lobo Fenrir. Ela parece uma fita de seda; porém, depois de amarrado com ela, quanto mais Fenrir luta para livrar-se, mais forte ela fica e mais ele se enreda.
GNA
Serva de Frigg e uma Asynjor. Uma mensageira; seu cavalo chama-se Hofvarpnir.
GRID
Giganta que advertiu Thor sobre o encontro de Geirrod e Loki. E deu a Thor um cinto mágico e um par de luvas de ferro.
GRIMNIR
Disfarce usado por Odin ao visitar a corte de um rei. Usando um desgastado casaco azul e um grande chapéu. Os cães do rei não o atacaram.
GULLFAXI
"Crina Dourada"; cavalo do gigante Hrungnir, poderia galopar através do ar. Thor conseguiu-o quando matou o gigante, mas deu o cavalo a seu filho Magni.
GULLINBURSTI
"Pelo Dourado"; um Javali feito pelos anões e dado a Freyr para puxar sua carruagem em uma velocidade fantástica.
GULLINKAMBI
Nome do galo que desperta os Einherjar em Valhalla. Ele cantará também como alarme para os deuses com a chegada do Ragnarok.
GULLTOP
Cavalo de crina dourada de Heimdall; pode voar com velocidade grande.
GUNGNIR
Nome da lança mágica de Odin. Gungnir foi feita pelos anões e tem a seguinte peculiaridade: jamais erra o alvo.
GUNNLOD / GUNNLAUTH / GUNNLOED
Giganta filha de Suttung; guarda o hidromel da poesia em uma caverna no submundo.
GYMIR
Gigante pai de Gerd, esposa de Freyr.
HAMINGJUR
Eternos guardiães dos seres humanos, parecem dar o aviso e/ou conselhos através de sonhos. Similares aos anjos guardiães.
HARBARD
Disfarce de barqueiro usado por Odin.
HATI
Lobo que persegue a lua e que vai conseguir devorá-la no Ragnarok.
HEIDRUN
A cabra que pasta à sombra da imensa árvore Yggdrasil; seu leite alimenta os guerreiros de Odin.
HEIMDAL
É o deus brilhante, guardião da ponte do arco-íris que conduz à Asgard e possuidor do Gjallanhorn que ele sopra na batalha de Ragnarök (crepúsculo dos deuses). Sua audição é tão sensível que ele pode ouvir a relva brotando e a lã crescendo no dorso de uma ovelha.
HEL
Cria monstruosa de Loki com a giganta Angrboda. Hel é metade branca e metade negra. Odin precipitou-a no mundo dos mortos para ser a sua guardiã.
HEL
Cidadela que fica em Niflheim, o reino dos mortos. Os mortos em geral vão para Niflheim, mas os maus vão directo para Hel.
HELGRID
"Portão da morte"; barreira entre os mundos dos vivos e dos mortos.
HILDISVINI
"Porca de batalha"; porca que pertence a Freyja; viaja em grande velocidade.
HIMINBJORG
(Penhascos do Céu): Nome do palácio do deus Heimdall em Asgard. Himinbjorg fica perto de Bifrost, a Ponte do Arco-Íris.
HLIDSKJALF
Nome do trono de Odin em seu palácio Valaskjalf, em Asgard. Sentado em seu trono, Odin consegue ver o que acontece em todos os nove mundos.
HREIDMAR
Mágico/Fazendeiro pai de Fafnir.
HRUNGNIR
Gigante que competiu com Odin. Quando Thor o matou, uma parte da pedra de amolar do gigante alojou-se na cabeça de Thor.
HUGINN (Pensamento, Entendimento)
Um dos dois corvos de Odin - o outro se chama Muninn (Memória). Os corvos voam pelos nove mundos e, ao voltar, dizem no ouvido de Odin tudo o que viram e ouviram.
HYDNDLA
Giganta que guarda a lista genealógica e a cerveja da memoria.
HYMIR
Gigante que possuía um imenso caldeirão com 5 milhas de profundidade o qual foi confiscado por Thor para nele ser preparada a cerveja dos deuses.
HYRROKIN
Giganta que lançou o barco funeral de Balder. Monta um lobo e usa uma serpente como rédea.
IDA, PLANÍCIE DE
Grande planície central de Asgard, onde fica situado o santuário dos deuses chamado Gladsheim.
IDUN
Deusa da saúde e mulher de Bragi, deus da poesia. Ela é responsável pela saúde dos deuses, que precisavam comer uma maçã por dia, vinda de seu cofre de madeira de freixo, para manterem sua juventude e força.
IRON WOOD
Uma floresta escura e velha em Midgard; habitado pela mãe de Hati e de Skoll.
IVALDI
Também chamado de Vidfinner e Svigdar. Sua família era uma das duas famílias de Elfos ferreiros de metais que trabalhavam em Asgard.
JARNSAXA
Giganta amante de Thor e mãe de seus filhos Magni e Modi. Possivelmente poderia ser uma Asynjor.
JORD / JORTH
"Terra"; giganta mãe de Thor.
JORMUNGAND
Cria monstruosa de Loki com a giganta Angrboda. É uma serpente gigantesca que, logo que nasceu, foi precipitada por Odin no oceano que circunda Midgard. A serpente cresceu tanto que contorna toda a Terra até morder a própria cauda.
JOTUNHEIM
Reino dos gigantes, que fica em Midgard. Sua cidadela é Utgard. Várias sagas dos deuses têm Jotunheim como palco.
KOBOLDS
Pequenos seres humanos que vivem dentro ou próximos de celeiros ou estábulos. Se tratados amavelmente, são amigáveis.
KVASIR
Um ser humano sábio criado pelos deuses. O Hidromel da poesia foi feito do seu sangue.
LAEDING
Nome da primeira corrente com que os deuses tentam, sem sucesso, prender o lobo Fenrir.
LAUFEY
Giganta de fogo mãe de Loki, seu nome significa "Ilha arborizada".
LIF
Homem que surgirá de dentro da grande árvore Yggdrasill após o Ragnarok e que, com a mulher Lifthrasir, também surgida da árvore, repovoará a Terra.
LIFTHRASIR
Ver Lif.
LOGI
Gigante que aparece junto do mágico Utgardloki. Bateu Loki num concurso de voracidade. Representava a chama, cujo o apetite cresce à medida que é alimentado.
LOKI
Deus do fogo, irmão de sangue de Odin, trapaceiro do panteão, é o bom e o mau em uma só pessoa. Tem descendência dos povos gigantes. Seu dia: sábado.
LYNGVI
É uma ilha situada no centro do Lago Amsvartnir, onde o lobo Fenrir, é acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok.
MAGNI
Filho de Thor e da giganta Jarnsaxa. Ele e seu irmão Modi herdarão Mjollnir, o martelo de Thor, após o Ragnarok.
MIDGARD
A Terra do Meio. É o segundo nível do universo, segundo os povos nórdicos. Os três níveis são: Asgard, o reino dos deuses; Midgard, o reino dos homens; e Niflheim, o reino dos mortos.
MIMIR
Gigante, guardião da Fonte da Sabedoria e amigo de Odin.
MJOLLNIR
Nome do martelo do deus Thor. Mjollnir foi feito pelos anões Brokk e Eitri. O martelo tem a característica maravilhosa de, quando lançado contra um inimigo, retornar, como um bomerangue, à mão de Thor. É a única arma usada por Thor. Mjollnir é um símbolo de destruição, como maça usada na guerra, mas é também um símbolo de fertilidade.
MODGUD
A virgem que guarda a ponte sobre o caminho de Hel.
MODI
Filho de Thor e da giganta Jarnsaxa. Grande guerreiro. Ele e o seu irmão Magni herdarão Mjollnir, o martelo de Thor, após o Ragnarok.
MUNINN (Memória)
Um dos dois corvos de Odin - o outro é Huginn (Pensamento, Entendimento). Os corvos voam pelos nove mundos e, ao voltar, dizem no ouvido de Odin tudo o que viram e ouviram.
MUSPELHEIM
Reino de fogo situado ao sul. Do seu encontro com o gelo de Niflheim, situado ao norte, é que resultou na criação da vida no começo dos tempos.
NARFI
Filho de Loki e Signy.
NIDAVELLIR
Terra dos anões. Situada em Midgard.
NIDHOGG
Dragão que roí a raiz de Yggdrasill que mergulha em Niflheim. Quando o dragão começa a prejudicar a árvore, a águia, que fica no topo desta, desce voando e ataca o dragão. Enquanto Nidhogg lambe as feridas para curá-las, Yggdrasill tem tempo de se recuperar-se - e aí começa um novo ciclo.
NIFLHEIM
O terceiro nível do universo concebido pelos povos nórdicos. Os três níveis são: Asgard, o reino dos deuses; Midgard, o reino dos homens; e Niflheim, o mundo dos mortos também, o país do gelo e das trevas. Aí, em companhia dos mortos, só podem viver os gigantes e os anões. A rainha dessa sombria região é a deusa Hel. A entrada era guardada pelo terrível cão chamado Garm. Niflheim é o lugar para onde vão todos os que não são mortos em batalha.
NJORD
É o Deus do mar e o protector dos marinheiros e dos pescadores. Representação paterna do Vanir, ele é o concessor das riquezas e um corajoso guerreiro. Casado com a Deusa Skadi.
NOTT/NAT
"Noite ". Filha do Mimir e da irmã de Urd; mãe de Jord e de avó de Thor. Seu amante é Delling, Elfo vermelho do alvorecer, e seu filho é Dag (dia). Traz o alivio e inspiração aos seres humanos.
NORNES
Deusas do destino: Urd, Verdandi e Skuld. São as três irmãs que tecem o destino dos homens em seus teares. Guardam a Yggdrasill, a árvore do mundo, que sustenta a Terra. Todas as manhãs fazem chover hidromel sobre suas raízes, para que as folhas permaneçam verdes. São representadas pela virgem, a mãe e a anciã. Urd é muito velha e vive olhando para trás, por sobre os ombros. Verdandi é uma jovem e olha sempre para o presente e finalmente Skuld, vive encapuçada e possui um pergaminho fechado sobre seu regaço, que contém os segredos do futuro.
ODIN
Pai de todos, protector dos poetas, dos guerreiros, dos estadistas e o Deus da morte, da Guerra e da Magia. Carrega a lança Gungnir que nunca erra o alvo e que no cabo, tem runas gravadas, que ditam a preservação da lei. Cavalga o garanhão de oito patas Sleiphir e reúne guerreiros para lutarem com ele. Conquistou as runas , alfabeto nórdico, para a humanidade através de um acto de sacrifício pessoal e trocou o seu olho direito por sabedoria. Seu dia: quarta-feira.
POÇO DE URD
Poço que fica situado junto à raiz de Yggdrasill que mergulha em Asgard. Ele é guardado pelas Nornas e junto a ele os deuses se reunem todos os dias em conselho.
RAGNAROK (O Crepúsculo dos Deuses)
É o final dos tempos, quando haverá a grande luta final entre o Bem e o Mal, na grande planície de Vigrid. O primeiro grande sinal da aproximação do Ragnarok é a morte de Balder. Na época fatal, a terra tremerá, Loki e Fenrir libertar-se-ão das correntes que os prendem e, com seus aliados, começarão a grande devastação. Heimdall soará sua grande trompa Gjall, convocando os deuses para a grande batalha. Odin reunirá os deuses e os Einherjar, os heróis mortos em batalha e que esperam em Valhalla por esse dia para lutar ao lado dos deuses. Ragnarok será o fim do mundo dos deuses e dos homens. Depois, haverá um renascimento.
RATATOSK
Nome do esquilo que corre para cima e para baixo ao longo da raiz de Yggdrasill que mergulha em Niflheim. Ele leva insultos do dragão Nidhogg para a águia que fica no alto da árvore.
RINGHORN
É o grande navio do deus Balder. Dentro dele é colocada a pira que consome o corpo do deus depois que este é morto pelas maquinações de Loki.
SESSRUMIR
Nome do palácio da deusa Freyja em Asgard.
SIEGFRIED
Na saga dos Nibelungos, é o filho de Siegmund e de Sieglinde. Grande herói que restaura Nottung, a espada de seu pai, mata o dragão Fafner e conquista a Valquíria Brünnhilde. Siegfried é morto, pelas costas, por Hagen.
SIEGMUND
Na saga dos Nibelungos, é um Wälsung, descende de Odin. Grande guerreiro que brandia a espada mágica Nottung. Antes de morrer, Sigmund enfrenta Odin (sem saber que era ele) e quebra Nottung contra a lança do deus. Sigmund pede que os pedaços da espada sejam guardados para que seu filho um dia restaure-a. O nome do filho é Siegfried.
SINDRI
Palácio que surgirá com o renascimento após o Ragnarok.
SKIDBLADNIR
Gigantesco navio pertencente ao deus Freyr que tinha a peculiar característica de poder ser dobrado e guardado no bolso.
SKOLL
Lobo que persegue o sol e que, no Ragnarok, consegue finalmente alcançá-lo e devorá-lo.
SLEIPNIR
Cavalo de oito pernas, cria de Loki. Loki deu-o de presente a Odin que, desde então, cavalga pelos céus montado nesse veloz ginete.
SURT
Gigante de fogo que guarda Muspelheim. Em Ragnarok, Surt lançará fogo nos nove mundos.
SVARTALFHEIM
Reino dos Elfos Escuros. Fica situado em Midgard.
TANNGNOST E TANNGRISNI
Os dois bodes que puxam a carruagem de Thor.
THOR
Deus do trovão, filho de Odin. Sua arma, o martelo de pedra Mijollnir. Thor é invocado nas mágicas rúnicas como força vingadora. Casou-se com a Deusa Sif, do trigo. Seu dia: quinta-feira.
TYR
É o Deus do combate, o general do panteão, ao passo que Thor é mais o guerreiro e Odin, o estadista. Seu dia: Terça-feira.
UTGARD
Cidadela principal de Jotunheim. É governada pelo gigante Utgard-Loki.
UTGARD-LOKI
Gigante rei de Utgard. É um mestre da magia e da ilusão. Ele consegue enganar Thor quando este visita Jotunheim.
VALASKJALF
Nome do palácio de Odin em Asgard.
VALHALLA: Grande palácio em Asgard onde os Einherjar (os guerreiros mortos em batalha e para lá levados pelas Valquírias) esperam a chegada do Ragnarok. Enquanto eles esperam, os Einherjar passam os dias em justas entre si e as noites banqueteando-se no grande salão, supervisionados pelo próprio Odin. Valhalla é descrito como o palácio mais maravilhosa de toda Asgard.
VALKYRIAS
Mulheres que apareciam para os guerreiros que iam morrer e ficavam invisíveis para os demais.
VANAHEIM
O reino da raça de deuses Vanir em Asgard.
VANIR
Raça de deuses da fertilidade que, depois de vencidos em uma grande batalha com os Aesir, foram incorporados a esses.
VIGRID
Grande planície em Asgard onde acontecerá a grande batalha final entre o Bem e o Mal.
YMIR
Gigante de gelo que surgiu no começo dos tempos. Ele surgiu do encontro do gelo do norte com o fogo do sul, no abismo chamado Ginnungagap. Ymir foi o primeiro ser vivo, juntamente com a vaca Audumla. Mais tarde, os irmãos Odin, Vili e Ve matam Ymir e, do seu corpo, eles criam os nove mundos.
HISTÓRIAS DA MITOLOGIA NÓRDICA
A GUERRA ENTRE OS AESIR E OS VANIR
Um dia, quando o mundo ainda era jovem, bem antes de se formar o solo de Midgard, uma bruxa chegou a Asgard. Seu nome era Gullveig, e ela tinha um ardente desejo por ouro. Não falava sobre nada que não fosse o quanto ela amava ouro, até que Odin e todos os Aesir se cansaram dela. Ao fim de uma refeição, decidiram que o mundo ficaria melhor sem a ambiciosa Gullveig. Então ela foi torturada e queimada pelos Aesir, mas não conseguiram mata-la. Foi queimada 3 vezes, e 3 vezes renasceu e saiu do fogo. A ela foi dado um outro nome, chamaram-na Heid, a Cintilante. Ela era a Bruxa Suprema, podia ver passado e futuro, encantar varinhas de madeira, lançar feitiços, era uma mestra da magia.
Quando os Vanir souberam como Gullveig foi recebida pelos Aesir, ficaram furiosos com tamanha falta de hospitalidade. Juraram vingança e se prepararam para a guerra. Mas Odin podia ver e ouvir tudo o que se passava em baixo, assim viu os Vanir afiando as suas lanças. Então os Aesir começaram a polir os seus escudos.
Logo ambas as famílias se encontraram no campo de batalha. E então começou a primeira guerra da história quando Odin lançou a sua lança aos Vanir. A guerra continuou por muitos anos, e ficou claro que nenhum lado estaria apto a derrotar o outro.
Logo as duas partes decidiram que uma trégua seria melhor do que o caos em que se encontravam. Os deuses reuniram-se e discutiram sobre de quem seria a culpa da guerra. Os Vanir diziam que era culpa dos Aesir, e vice-versa. O acordo final seria que os Aesir e os Vanir viveriam lado a lado, em paz, e como exemplo disso eles intercambiariam líderes.
Os Vanir mandaram um dos seus grandes líderes, Njord, para viver com os Aesir. Freyr e Freyja, seus filhos, o acompanharam. Também mandaram o mais sábio dos Vanir, Kvasir, para viver em Asgard. Njord e Freyr assistiriam aos sacrifícios, enquanto Freyja ensinaria a todos os Aesir tudo o que ela sabia sobre bruxaria e magia.
Igualmente, os Aesir enviaram Honir, e o sábio Mimir para viver em Vanaheim. Honir era bem criado, apontado como excelente líder, tanto na paz como na guerra. Eles foram aceites e bem recebidos pelo Vanir. Honir foi apontado como líder, e Mimir seria seu braço direito.
Rapidamente os Vanir acharam que não haviam feito uma boa opção, decapitaram Mimir, e enviaram a sua cabeça de volta para Odin. Este pegou na cabeça, poliu-a com ervas de maneira que nunca apodreceria. Lançou encantos e fez com que a sabedoria de Mimir se tornasse a Sua Sabedoria. A LENDA DE BROSINGAMENE
Todos os dias, Freyja, a Deusa do amor, brincava e fazia travessuras nos campos. Um dia ela deitou-se para descansar e enquanto ela dormia, Loki, o astuto, o travesso, o mexeriqueiro dos deuses, foi espiar o brilho do Brosingamene, a tiara dela. Silencioso como a noite, Loki moveu-se em direcção à Deusa que dormia e, com os seus leves dedos, removeu a tiara prateada de sua branca nuca.
Em seguida, Freyja acordou e percebeu imediatamente a sua perda. Apesar de Loki se mover com a velocidade dos ventos, ela o viu ao longe e correu atrás, porém ele já havia pego a barcaça para a Dreun.
Freyja entrou em desespero. A escuridão envolveu-a para ocultar suas lágrimas. Grande foi sua angústia, toda luz e toda vida juntaram-se a ela em sua ruína.
Para todos os cantos foram enviados espiões em busca de Loki, mesmo sabendo que eles não o encontrariam. Pois quem dentre eles, excepto os deuses e o travesso Loki, poderia descer a Dreun e dali retornar? Devido a isto, ainda fraca pelo desgosto, a própria deusa do amor encheu-se de coragem e desceu a Dreun em busca do Brosingamene.
Atravessou os portais para a barcaça e apesar de reconhecida passou. A multidão de almas que ali se encontravam clamaram prazeirosamente ao vê-la e, mesmo sem que ela percebesse, lamentavam a perda da sua luz.
O infame Loki não deixou nenhuma pista a ser seguida, mesmo sendo visto em toda parte. Todos aqueles com os quais a Deusa conversava diziam-lhe com firmeza: "Loki não portava jóia alguma quando passou por aqui". Então, onde teria ele a escondido? Desesperada, Freyja o procurou por uma era.
Hearhden, o poderoso ferreiro dos deuses, não conseguia descansar devido o lamento das almas pelo pesar de Freyja.
E saiu a passos largos da sua ferraria, a fim de achar a causa do lamento. Então ele viu onde o mexeriqueiro Loki depositou a tiara prateada: sobre a rocha diante da sua porta.
Agora tudo estava claro! E quando Hearhden tomou posse do Brosingamene, Loki apareceu diante dele, sua face estava selvagemente raivosa. Apesar disto, Loki não atacaria Hearhden, pois este era um poderoso ferreiro cuja força era conhecida além de Dreun.
Loki usou de todos os seus truques e trapaças para pôr novamente suas mãos sobre a tiara. Mudou de forma; dardejou daqui para ali; tornou-se invisível e então visível.. Mesmo assim não conseguia enganar o ferreiro.
Cansando da luta, Hearhden tomou a sua poderosa clava e então afugentou Loki. Grande foi o regozijo de Freyja quando Hearhden colocou o Brosingamene novamente em seu pescoço.
Grandes foram os choros de prazer oriundos de Dreun. Grandes foram os agradecimentos que Freyja a todos os homens e deuses que ajudaram no retorno de Brosingamene.
Até que Hulda, deusa dos reinos subterrâneos, apareceu diante de Freyja, acompanhada por Loki, dizendo à Deusa que ela não poderia deixar Dreun sem pagar um tributo. Freyja mais uma vez caiu em desespero e disse a Hulda que nada possuía.
Porem Loki disse que a deusa portava o Brosingamene em torno de seu pescoço. Freyja soluçou e chorou, dizendo que jamais desistiria da sua jóia.
Hulda então disse que ela deveria dividir o Brosingamene com Loki: cada um passaria metade do ano com a jóia e somente assim Freyja poderia sair de Dreun. Freyja chorou e tentou de todas as formas não dividir a sua jóia com Loki, porém após algum tempo acabou concordando, dizendo que permitiria que ele o portasse por 6 meses.
A partir de então, o Brosingamene passou a ficar com Loki por metade do ano e, neste período, Freyja, angustiada, cai novamente em desespero, trazendo mais uma vez a sua volta à escuridão para esconder suas lágrimas, e uma vez mais toda luz, toda vida e todas as criaturas juntam-se a ela em seu terrível destino.
É por isso, então, que na metade da roda do ano, quando Loki toma o Brosingamene e Freyja fica desesperada, a escuridão desce e o mundo torna-se frio e gélido. E na outra metade, quando Freyja recebe novamente sua jóia, não havendo limites para seu regozijo, a escuridão é substituída pela Luz e o mundo torna-se quente mais uma vez. A MORTE DE BALDR
Balder (Baldr/Baldur) tinha grande pesadelos indicando que a sua vida corria perigo e quando ele comentou isto com os Aesir eles se reuniram em conselho, e juntos decidiram requerer imunidade de Balder para todo o tipo de perigo, e Frigg recebeu o solene juramento de todas as coisas, de que nada iria atingir Balder.
Quando isso foi confirmado, criou-se um entretenimento colocaram Balder centro de cada reunião e os Aesir, que ali se reuniam atiravam-lhe objectos, pedras e o golpeavam, já que a Balder nada lhe acontecia. Balder, em cada ocasião, saía ileso. Porem quando Loki viu isto, se sentiu atingido. Transformou-se numa mulher, e então dirigiu-se a Fensalir, morada de Frigg. A Deusa, ao ver a esta mulher, perguntou se ela sabia se os Aesir estavam em assembleia. A mulher respondeu que todos atacavam Baldr e que este sempre saia ileso. Então Frigg disse: "Armas e madeiras não o matam. Pois todos haviam jurados não o fazer ". Então, perguntou a mulher: "Pegastes juramento de todas as coisas para estas não machucassem Balder?". Frigg contestou: "Excepto um broto que cresce ao oeste de Vahalla. Se chama muérdago, achei-o demasiadamente jovem para exigir que prestasse juramento".
Então a mulher desapareceu. Porem Loki procurou o muérdago o arrancou e dirigiu-se a Assembleia. Encontrando lá o Deuses Hodur (Hoder/Hod), o deus cego, que estava parado na borda do circulo de concorrentes. Loki aproximou-se e perguntou: "Por que não esta disparando objectos contra Balder?". Hodur contestou: " Porque não posso ver onde Balder está e alem do mais não tenho armas". Contudo disse-lhe Loki: "Se queres seguir os exemplos dos outros eu mostro-te onde esta Balder e arranjo-lhe uma lança".
Hodur pegou a lança com muérdago e com a ajuda de Loki colocou-a em direcção a Balder. Esta foi arremessada directamente para ele e atingiu o seu coração, Balder caiu morto.
Os Deuses, profundamente tristes, reuniram-se em torno de Frigg, mãe de Balder. Frigg Falou: "Quem, entre todos os Aesir, ira a Hel para tratar da devolução de Balder, oferecendo-lhe alguma recompensa para que esta o devolva a Asgard?".
Hermod o valente, filho de Odin, tomou Sleipnir, o corcel de oito patas de seu pai, e empreendeu-se nesta travessia, muitos Deuses colocaram o corpo de Balder num barco chamado Hringhorni (Ringhorn), o maior barco de todos, para iniciar o funeral do Deus morto. No funeral estavam Odin, seus corvos Hugin e Munin, as Valkyrias, Frigg, Frey conduzindo seu carro puxado pelo javali Gullinbursti. Heimdall e o corcel Gulltopp, Freya e os gatos. Também compareceram os Gigantes Helados e os Gigantes das Montanhas. O barco foi elegantemente decorado com coroas de flores, armas e objectos de cada um dos Deuses. Depois os Aesir, um a um passaram a dar um ultimo adeus a Balder. Quando chegou a fez de Nanna, mulher de Balder, uma dor muito forte partiu o seu coração e ela caiu morta ao lado de seus esposo. Os Deuses colocaram Nanna junto a Balder, para que ela o acompanhasse ate mesmo na morte. Acto seguido, como símbolo do sonho eterno, rodearam os defuntos Deuses com espinhos.
Quando Odin se aproximou para dar o ultimo adeus deixou como oferenda o seu precioso anel Draupnir, sussurrando misteriosas palavras nos ouvidos de Balder.
Então o Gigante Hyrrokin, o único com força suficiente para empurrar o barco, empurra o barco com um impulso tão forte que os troncos que estavam encostados cederam sobre a pira funerária. Thor, acertou com o seu martelo Mjolnir para consagrar a pira.
Hermod, durante nove dias e noites, cavalgou os vales obscuros e profundos, para chegar onde estava Hel. Disse então a Hel que desse a Balder a possibilidade de retornar a Asgard junto com ele, dada a grande dor e luto entre os reinantes de Aesir. Disse-lhe Hel: "Para provar que Balder é um ser amado, todas cada uma das criaturas e objectos, vivos ou mortos, devem proclamar sua dor e pena. Só assim Balder poderá voltar a Asgard. Porém se uma só criatura ou objecto não o fizer Balder permanecera aqui comigo".
Hermod regressou esperançado a Asgard, para comunicar a noticia a Frigg. Ao tomar conhecimento a Deusa tratou de obter lágrimas de penas de todas as criaturas e coisa, vivas e mortas porém uma Giganta de nome Thok, que era Loki disfarçado novamente, não correspondeu às suas expectativas e não mostrou pena alguma.
A tarefa de devolver Balder a Asgard havia fracassado.... O MITO DE THIAZI
Três Aesir - Odin, Loki e Hoenir - faziam uma expedição; um dia apanharam e mataram um boi para o jantar. Tentaram cozinhá-lo, mas toda vez que o experimentavam, a carne ainda não estava pronta. Acima deles estava um carvalho com uma águia pousada num galho. A águia revelou ser a responsável pela dificuldade na preparação; a carne jamais chegaria ao ponto se ela não ganhasse a sua parte. Os deuses aceitaram a proposta e convidaram a ave a se servir. Foi o que ela fez, depressa demais para o gosto de Loki.
Este, enfurecido, apanhou um bastão e bateu nela. O bastão caiu em cima da águia, que fugiu voando com Loki pendurado atrás, preso ao bastão. Abalado, Loki ficou aterrorizado e implorou para ser solto. A águia concordou, sob a condição de que ele prometesse atrair Idunn para fora da fortaleza dos deuses, trazendo consigo as maçãs, assim, Loki e os outros chegaram em casa salvos.
Loki foi fiel à promessa feita, atraindo Idunn para o bosque. A águia, que agora revelara ser o gigante Thiazi, atirou-se sobre ela, carregando-a para sua casa em Thrymheim. Os deuses, sem as maçãs, começaram a envelhecer e enfraquecer. Ficaram intrigados com o que teria acontecido com Idunn, até alguém se lembrar de tê-la visto pela última vez com Loki. Prenderam Loki e o ameaçaram com a morte se não encontrasse e trouxesse Idunn de volta. Loki transformou-se num falcão e voou para Thrymheim. Por sorte, o gigante havia saído para pescar e deixara Idunn sozinha. Loki transformou-a em uma pequena noz, apanhou-a em garras e voou. Thiazi, descobrindo que Idunn fora embora, voltou à forma de águia e saiu em perseguição, batendo, batendo as asas com tanta violência que provocaram tempestades. Os Aesir viram o falcão lutando contra a tormenta, sendo perseguido pela águia e compreenderam a situação. Reunirão uma pilha de gravetos do lado de dentro de suas muralhas e, quando o falcão voou a salvo sobre elas, acenderam o fogo. A águia voava com muita violência e não conseguiu parar. Caiu no fogo e suas asas foram destruídas. Os Aesir mataram Thiazi.
Thiazi tinha uma filha muito masculina chamada Skadi. Quando soube que seu pai havia sido morto, apanhou as suas armas, vestiu a armadura e saiu em busca de vingança. Os Aesir acharam melhor aplacá-la e ofereceram um do seu bando para casamento - mas ela teria de escolher pelos pés, sem ver nada do noivo. E assim, os deuses fizeram um concurso de tornozelos. Skadi viu um par muito elegante de pés e, acreditando que pertencessem ao belo deus Baldr, escolheu aquele. Mas era o velho Njörd. O casamento entre os dois não durou muito tempo, Skadi queria viver onde seu pai vivera, nas colinas chamadas Thrymheim. Por outro lado, Njörd queria viver perto do mar. Assim entraram num acordo de que permaneceriam em turnos: nove dias em Thrymheim e os nove seguintes em Noatum [ residência de Njörd junto ao mar ]. Quando Njörd voltou para Noatum, vendo as montanhas, declamou este verso :
"Me aborreço nas colinas, não fiquei muito por lá,
Apenas nove noites.
Detestei o uivo dos lobos,
se comparado ao canto dos cisnes."
Skadi por sua vez ao voltar de Noatum disse :
"Não consegui dormir junto ao oceano,
com os gritos das aves.
Toda a madrugada me acordavam
as gaivotas vindas dos mares."
Por isso Skadi foi para as colinas e passou a viver Thrymheim enquanto Njörd ficou em Noatum. REGINSMAL
Havia um rico lavrador chamado Hreidmar, conhecedor de magia; todos os seus três filhos tinham certas peculiaridades. Dois deles podiam mudar de forma, Fafnir e Otr. O terceiro era um duende, Regin. Como todos os anões era um excelente artesão, ferreiro ele era também um inteligente, selvagem e hábil na magia. Estranhamente, Otr costumava a transformar-se numa lontra e ia para um rio torrencial, comendo os peixes que apanhava - esta foi sua ruína.
Certo dia, os três deuses, Odin, Hoenir e Loki, saíram em uma de suas expedições e, como sempre, Loki criou problemas. Desta vez, por causa de um acto imprudente, embora desculpável. Chegaram a uma cachoeira e notaram, bem perto, uma lontra devorando um salmão na margem do rio. Como as lontras fazem, esta comia de olhos fechados. Deste modo não pode ver quando os deuses se aproximaram. Loki atirou uma pedra, matou-a e assim obteve ao mesmo tempo uma pele de lontra e um salmão. Os deuses acharam que fora um golpe de sorte até chegarem a casa de Hreidmar e pedirem para passar a noite ali. Gabaram-se do que haviam apanhado e mostraram a Hreidmar a pele da lontra. O lavrador e seus filhos a reconheceram, tomaram-na dos deuses e exigiram uma compensação. Os Aesir concordaram em encher a pele de ouro e empilhar ouro em cima, até cobri-la totalmente. Loki foi enviado em busca do metal.
Por sorte ele conhecia um anão chamado Andvari; como os anões eram grandes artesãos, em geral tinham muito ouro. Este era um anão muito estranho: assumia a forma de um arpão e vivia na cachoeira fisgando peixes. Loki tomou uma rede emprestada a Ran, deusa do mar, e levou o arpão. O Reginsmál registrou a conversa entre os dois. Loki perguntou :
"Que peixe é esse, nadando na corrente,
sem sem salvar-se do desastre?
Resgata a tua vida do reino da morte
e me trás o ouro brilhante".
"Andvari é meu nome, Odin, o do meu pai,
por muitas correntes nadei.
Antigamente um destino triste
fez-me andar pela água".
Loki pediu todo o ouro de Andvari como resgate. O anão pagou, mas tentou ficar com um anel ( possivelmente um anel de braço, não para o dedo), pois tinha propriedades mágicas que poderiam ajudá-lo a recuperar sua fortuna. Loki arrancou o anel de Andvari. Voltando com segurança para seu lar numa rocha, o anão lançou uma maldição sobre quem ficasse com o seu tesouro:
"O ouro [ ou o 'anel' ] que um dia foi de Gust
será a morte de dois irmãos,
será a queda de oito príncipes.
Da minha riqueza homem nenhum gozará".
Loki trouxe o saque; Odin cobiçou o anel e o tomou para si. Os Aesir encheram a pele da lontra com o resto do tesouro e o cobriram com ouro. Hreidmar inspeccionava e achou um fiozinho do pelo da lontra descoberto. Relutante, Odin tirou o anel e cobriu o fio. Quando os deuses saíram do castelo de Hreidmar, Loki revelou a maldição do anão. "Ouro agora para ti, grande resgate, foi entregue por minha vida. Para teu filho nenhuma fortuna. Isto será a morte para os dois"
Foi o que aconteceu, Fafnir e Regnir pediram sua parte do dinheiro como indemnização, mas Hreidmar não saldou a dívida. Fafnir matou o pai e escondeu o tesouro num lugar deserto. Ficou ali mesmo, assumindo a forma de um dragão, até Regin maquinar sua morte.
TYR - O DEUS DA GUERRA
Tyr sempre foi considerado um dos Deuses mais corajosos. Este foi o único Deus que teve coragem de colocar suas mãos nuas na boca do lobo Fenrir, assim permitindo que os demais deuses o acorrentassem. Todavia teve sua mão direita dilacerada. Muitos Clãs Vikings clamavam à si de "Tyr". Fazendo clara alusão à si como Guerreiros Corajosos e Nobilíssimos como o referido Deus. Estes interpretavam a História como sendo por sua vez, Tyr uma encarnação de Força e do Guerreiro Honroso, aquele que Sacrifica-se por seu Povo e um Destino melhor para estes.
Como, alguns clans também julgavam e analisavam o Mito a partir do momento da perda da mão direita por Tyr e pelas significâncias que isto poderia de ter. Segundo alguns nórdicos, o acto de dar a mão direita a outro é um sinal de confiança e de garantia de empreender algo (promessa),assim como também um sinal de que a pessoa está desarmada e por sua vez digna de confiança.
Tudo isto a partir da análise do referido Mito. Para os nórdicos o uso de armas na mão esquerda era um sinal de que a pessoa era por sua vez deveras traiçoeira, pois poderia utilizar sua mão sinistra enquanto mostrava a destra em um acto da mais vil covardia digna dos fracos e traiçoeiros.
Alguns outros nomes para Tyr seriam: Tiw e Tiu. Tyr habitava os palacetes enormes e atemporais de Odin como um dos mais nobres e impávidos Deuses.
Muitos Nórdicos antes de entrar no Estado de Berserker ou em Batalhas clamavam por Tyr em brados com punhos e espadas aos ares de forma selvática.
Quando os Normandos (que possuiam cerne genético Viking ) instalaram-se nas rochosas costas da Bretanha estes possuíam um calendário de Dias utilizando seu Panteão Norse. E um destes dias traduzido para o inglês chamava-se Tyr Day ou "Dia de Tyr". Com as influências gramático ortográficas da língua saxônica e o Tempo que passou por sua vez, o dia transmigrou-se para Tuesday. Um facto comprobatório de tal afirmação é quando pronunciamos ambas as formas designativas dos dias (Tyr Day e Tuesday) vemos que ambas possuem igual valor fonético.
Um dia, quando o mundo ainda era jovem, bem antes de se formar o solo de Midgard, uma bruxa chegou a Asgard. Seu nome era Gullveig, e ela tinha um ardente desejo por ouro. Não falava sobre nada que não fosse o quanto ela amava ouro, até que Odin e todos os Aesir se cansaram dela. Ao fim de uma refeição, decidiram que o mundo ficaria melhor sem a ambiciosa Gullveig. Então ela foi torturada e queimada pelos Aesir, mas não conseguiram mata-la. Foi queimada 3 vezes, e 3 vezes renasceu e saiu do fogo. A ela foi dado um outro nome, chamaram-na Heid, a Cintilante. Ela era a Bruxa Suprema, podia ver passado e futuro, encantar varinhas de madeira, lançar feitiços, era uma mestra da magia.
Quando os Vanir souberam como Gullveig foi recebida pelos Aesir, ficaram furiosos com tamanha falta de hospitalidade. Juraram vingança e se prepararam para a guerra. Mas Odin podia ver e ouvir tudo o que se passava em baixo, assim viu os Vanir afiando as suas lanças. Então os Aesir começaram a polir os seus escudos.
Logo ambas as famílias se encontraram no campo de batalha. E então começou a primeira guerra da história quando Odin lançou a sua lança aos Vanir. A guerra continuou por muitos anos, e ficou claro que nenhum lado estaria apto a derrotar o outro.
Logo as duas partes decidiram que uma trégua seria melhor do que o caos em que se encontravam. Os deuses reuniram-se e discutiram sobre de quem seria a culpa da guerra. Os Vanir diziam que era culpa dos Aesir, e vice-versa. O acordo final seria que os Aesir e os Vanir viveriam lado a lado, em paz, e como exemplo disso eles intercambiariam líderes.
Os Vanir mandaram um dos seus grandes líderes, Njord, para viver com os Aesir. Freyr e Freyja, seus filhos, o acompanharam. Também mandaram o mais sábio dos Vanir, Kvasir, para viver em Asgard. Njord e Freyr assistiriam aos sacrifícios, enquanto Freyja ensinaria a todos os Aesir tudo o que ela sabia sobre bruxaria e magia.
Igualmente, os Aesir enviaram Honir, e o sábio Mimir para viver em Vanaheim. Honir era bem criado, apontado como excelente líder, tanto na paz como na guerra. Eles foram aceites e bem recebidos pelo Vanir. Honir foi apontado como líder, e Mimir seria seu braço direito.
Rapidamente os Vanir acharam que não haviam feito uma boa opção, decapitaram Mimir, e enviaram a sua cabeça de volta para Odin. Este pegou na cabeça, poliu-a com ervas de maneira que nunca apodreceria. Lançou encantos e fez com que a sabedoria de Mimir se tornasse a Sua Sabedoria. A LENDA DE BROSINGAMENE
Todos os dias, Freyja, a Deusa do amor, brincava e fazia travessuras nos campos. Um dia ela deitou-se para descansar e enquanto ela dormia, Loki, o astuto, o travesso, o mexeriqueiro dos deuses, foi espiar o brilho do Brosingamene, a tiara dela. Silencioso como a noite, Loki moveu-se em direcção à Deusa que dormia e, com os seus leves dedos, removeu a tiara prateada de sua branca nuca.
Em seguida, Freyja acordou e percebeu imediatamente a sua perda. Apesar de Loki se mover com a velocidade dos ventos, ela o viu ao longe e correu atrás, porém ele já havia pego a barcaça para a Dreun.
Freyja entrou em desespero. A escuridão envolveu-a para ocultar suas lágrimas. Grande foi sua angústia, toda luz e toda vida juntaram-se a ela em sua ruína.
Para todos os cantos foram enviados espiões em busca de Loki, mesmo sabendo que eles não o encontrariam. Pois quem dentre eles, excepto os deuses e o travesso Loki, poderia descer a Dreun e dali retornar? Devido a isto, ainda fraca pelo desgosto, a própria deusa do amor encheu-se de coragem e desceu a Dreun em busca do Brosingamene.
Atravessou os portais para a barcaça e apesar de reconhecida passou. A multidão de almas que ali se encontravam clamaram prazeirosamente ao vê-la e, mesmo sem que ela percebesse, lamentavam a perda da sua luz.
O infame Loki não deixou nenhuma pista a ser seguida, mesmo sendo visto em toda parte. Todos aqueles com os quais a Deusa conversava diziam-lhe com firmeza: "Loki não portava jóia alguma quando passou por aqui". Então, onde teria ele a escondido? Desesperada, Freyja o procurou por uma era.
Hearhden, o poderoso ferreiro dos deuses, não conseguia descansar devido o lamento das almas pelo pesar de Freyja.
E saiu a passos largos da sua ferraria, a fim de achar a causa do lamento. Então ele viu onde o mexeriqueiro Loki depositou a tiara prateada: sobre a rocha diante da sua porta.
Agora tudo estava claro! E quando Hearhden tomou posse do Brosingamene, Loki apareceu diante dele, sua face estava selvagemente raivosa. Apesar disto, Loki não atacaria Hearhden, pois este era um poderoso ferreiro cuja força era conhecida além de Dreun.
Loki usou de todos os seus truques e trapaças para pôr novamente suas mãos sobre a tiara. Mudou de forma; dardejou daqui para ali; tornou-se invisível e então visível.. Mesmo assim não conseguia enganar o ferreiro.
Cansando da luta, Hearhden tomou a sua poderosa clava e então afugentou Loki. Grande foi o regozijo de Freyja quando Hearhden colocou o Brosingamene novamente em seu pescoço.
Grandes foram os choros de prazer oriundos de Dreun. Grandes foram os agradecimentos que Freyja a todos os homens e deuses que ajudaram no retorno de Brosingamene.
Até que Hulda, deusa dos reinos subterrâneos, apareceu diante de Freyja, acompanhada por Loki, dizendo à Deusa que ela não poderia deixar Dreun sem pagar um tributo. Freyja mais uma vez caiu em desespero e disse a Hulda que nada possuía.
Porem Loki disse que a deusa portava o Brosingamene em torno de seu pescoço. Freyja soluçou e chorou, dizendo que jamais desistiria da sua jóia.
Hulda então disse que ela deveria dividir o Brosingamene com Loki: cada um passaria metade do ano com a jóia e somente assim Freyja poderia sair de Dreun. Freyja chorou e tentou de todas as formas não dividir a sua jóia com Loki, porém após algum tempo acabou concordando, dizendo que permitiria que ele o portasse por 6 meses.
A partir de então, o Brosingamene passou a ficar com Loki por metade do ano e, neste período, Freyja, angustiada, cai novamente em desespero, trazendo mais uma vez a sua volta à escuridão para esconder suas lágrimas, e uma vez mais toda luz, toda vida e todas as criaturas juntam-se a ela em seu terrível destino.
É por isso, então, que na metade da roda do ano, quando Loki toma o Brosingamene e Freyja fica desesperada, a escuridão desce e o mundo torna-se frio e gélido. E na outra metade, quando Freyja recebe novamente sua jóia, não havendo limites para seu regozijo, a escuridão é substituída pela Luz e o mundo torna-se quente mais uma vez. A MORTE DE BALDR
Balder (Baldr/Baldur) tinha grande pesadelos indicando que a sua vida corria perigo e quando ele comentou isto com os Aesir eles se reuniram em conselho, e juntos decidiram requerer imunidade de Balder para todo o tipo de perigo, e Frigg recebeu o solene juramento de todas as coisas, de que nada iria atingir Balder.
Quando isso foi confirmado, criou-se um entretenimento colocaram Balder centro de cada reunião e os Aesir, que ali se reuniam atiravam-lhe objectos, pedras e o golpeavam, já que a Balder nada lhe acontecia. Balder, em cada ocasião, saía ileso. Porem quando Loki viu isto, se sentiu atingido. Transformou-se numa mulher, e então dirigiu-se a Fensalir, morada de Frigg. A Deusa, ao ver a esta mulher, perguntou se ela sabia se os Aesir estavam em assembleia. A mulher respondeu que todos atacavam Baldr e que este sempre saia ileso. Então Frigg disse: "Armas e madeiras não o matam. Pois todos haviam jurados não o fazer ". Então, perguntou a mulher: "Pegastes juramento de todas as coisas para estas não machucassem Balder?". Frigg contestou: "Excepto um broto que cresce ao oeste de Vahalla. Se chama muérdago, achei-o demasiadamente jovem para exigir que prestasse juramento".
Então a mulher desapareceu. Porem Loki procurou o muérdago o arrancou e dirigiu-se a Assembleia. Encontrando lá o Deuses Hodur (Hoder/Hod), o deus cego, que estava parado na borda do circulo de concorrentes. Loki aproximou-se e perguntou: "Por que não esta disparando objectos contra Balder?". Hodur contestou: " Porque não posso ver onde Balder está e alem do mais não tenho armas". Contudo disse-lhe Loki: "Se queres seguir os exemplos dos outros eu mostro-te onde esta Balder e arranjo-lhe uma lança".
Hodur pegou a lança com muérdago e com a ajuda de Loki colocou-a em direcção a Balder. Esta foi arremessada directamente para ele e atingiu o seu coração, Balder caiu morto.
Os Deuses, profundamente tristes, reuniram-se em torno de Frigg, mãe de Balder. Frigg Falou: "Quem, entre todos os Aesir, ira a Hel para tratar da devolução de Balder, oferecendo-lhe alguma recompensa para que esta o devolva a Asgard?".
Hermod o valente, filho de Odin, tomou Sleipnir, o corcel de oito patas de seu pai, e empreendeu-se nesta travessia, muitos Deuses colocaram o corpo de Balder num barco chamado Hringhorni (Ringhorn), o maior barco de todos, para iniciar o funeral do Deus morto. No funeral estavam Odin, seus corvos Hugin e Munin, as Valkyrias, Frigg, Frey conduzindo seu carro puxado pelo javali Gullinbursti. Heimdall e o corcel Gulltopp, Freya e os gatos. Também compareceram os Gigantes Helados e os Gigantes das Montanhas. O barco foi elegantemente decorado com coroas de flores, armas e objectos de cada um dos Deuses. Depois os Aesir, um a um passaram a dar um ultimo adeus a Balder. Quando chegou a fez de Nanna, mulher de Balder, uma dor muito forte partiu o seu coração e ela caiu morta ao lado de seus esposo. Os Deuses colocaram Nanna junto a Balder, para que ela o acompanhasse ate mesmo na morte. Acto seguido, como símbolo do sonho eterno, rodearam os defuntos Deuses com espinhos.
Quando Odin se aproximou para dar o ultimo adeus deixou como oferenda o seu precioso anel Draupnir, sussurrando misteriosas palavras nos ouvidos de Balder.
Então o Gigante Hyrrokin, o único com força suficiente para empurrar o barco, empurra o barco com um impulso tão forte que os troncos que estavam encostados cederam sobre a pira funerária. Thor, acertou com o seu martelo Mjolnir para consagrar a pira.
Hermod, durante nove dias e noites, cavalgou os vales obscuros e profundos, para chegar onde estava Hel. Disse então a Hel que desse a Balder a possibilidade de retornar a Asgard junto com ele, dada a grande dor e luto entre os reinantes de Aesir. Disse-lhe Hel: "Para provar que Balder é um ser amado, todas cada uma das criaturas e objectos, vivos ou mortos, devem proclamar sua dor e pena. Só assim Balder poderá voltar a Asgard. Porém se uma só criatura ou objecto não o fizer Balder permanecera aqui comigo".
Hermod regressou esperançado a Asgard, para comunicar a noticia a Frigg. Ao tomar conhecimento a Deusa tratou de obter lágrimas de penas de todas as criaturas e coisa, vivas e mortas porém uma Giganta de nome Thok, que era Loki disfarçado novamente, não correspondeu às suas expectativas e não mostrou pena alguma.
A tarefa de devolver Balder a Asgard havia fracassado.... O MITO DE THIAZI
Três Aesir - Odin, Loki e Hoenir - faziam uma expedição; um dia apanharam e mataram um boi para o jantar. Tentaram cozinhá-lo, mas toda vez que o experimentavam, a carne ainda não estava pronta. Acima deles estava um carvalho com uma águia pousada num galho. A águia revelou ser a responsável pela dificuldade na preparação; a carne jamais chegaria ao ponto se ela não ganhasse a sua parte. Os deuses aceitaram a proposta e convidaram a ave a se servir. Foi o que ela fez, depressa demais para o gosto de Loki.
Este, enfurecido, apanhou um bastão e bateu nela. O bastão caiu em cima da águia, que fugiu voando com Loki pendurado atrás, preso ao bastão. Abalado, Loki ficou aterrorizado e implorou para ser solto. A águia concordou, sob a condição de que ele prometesse atrair Idunn para fora da fortaleza dos deuses, trazendo consigo as maçãs, assim, Loki e os outros chegaram em casa salvos.
Loki foi fiel à promessa feita, atraindo Idunn para o bosque. A águia, que agora revelara ser o gigante Thiazi, atirou-se sobre ela, carregando-a para sua casa em Thrymheim. Os deuses, sem as maçãs, começaram a envelhecer e enfraquecer. Ficaram intrigados com o que teria acontecido com Idunn, até alguém se lembrar de tê-la visto pela última vez com Loki. Prenderam Loki e o ameaçaram com a morte se não encontrasse e trouxesse Idunn de volta. Loki transformou-se num falcão e voou para Thrymheim. Por sorte, o gigante havia saído para pescar e deixara Idunn sozinha. Loki transformou-a em uma pequena noz, apanhou-a em garras e voou. Thiazi, descobrindo que Idunn fora embora, voltou à forma de águia e saiu em perseguição, batendo, batendo as asas com tanta violência que provocaram tempestades. Os Aesir viram o falcão lutando contra a tormenta, sendo perseguido pela águia e compreenderam a situação. Reunirão uma pilha de gravetos do lado de dentro de suas muralhas e, quando o falcão voou a salvo sobre elas, acenderam o fogo. A águia voava com muita violência e não conseguiu parar. Caiu no fogo e suas asas foram destruídas. Os Aesir mataram Thiazi.
Thiazi tinha uma filha muito masculina chamada Skadi. Quando soube que seu pai havia sido morto, apanhou as suas armas, vestiu a armadura e saiu em busca de vingança. Os Aesir acharam melhor aplacá-la e ofereceram um do seu bando para casamento - mas ela teria de escolher pelos pés, sem ver nada do noivo. E assim, os deuses fizeram um concurso de tornozelos. Skadi viu um par muito elegante de pés e, acreditando que pertencessem ao belo deus Baldr, escolheu aquele. Mas era o velho Njörd. O casamento entre os dois não durou muito tempo, Skadi queria viver onde seu pai vivera, nas colinas chamadas Thrymheim. Por outro lado, Njörd queria viver perto do mar. Assim entraram num acordo de que permaneceriam em turnos: nove dias em Thrymheim e os nove seguintes em Noatum [ residência de Njörd junto ao mar ]. Quando Njörd voltou para Noatum, vendo as montanhas, declamou este verso :
"Me aborreço nas colinas, não fiquei muito por lá,
Apenas nove noites.
Detestei o uivo dos lobos,
se comparado ao canto dos cisnes."
Skadi por sua vez ao voltar de Noatum disse :
"Não consegui dormir junto ao oceano,
com os gritos das aves.
Toda a madrugada me acordavam
as gaivotas vindas dos mares."
Por isso Skadi foi para as colinas e passou a viver Thrymheim enquanto Njörd ficou em Noatum. REGINSMAL
Havia um rico lavrador chamado Hreidmar, conhecedor de magia; todos os seus três filhos tinham certas peculiaridades. Dois deles podiam mudar de forma, Fafnir e Otr. O terceiro era um duende, Regin. Como todos os anões era um excelente artesão, ferreiro ele era também um inteligente, selvagem e hábil na magia. Estranhamente, Otr costumava a transformar-se numa lontra e ia para um rio torrencial, comendo os peixes que apanhava - esta foi sua ruína.
Certo dia, os três deuses, Odin, Hoenir e Loki, saíram em uma de suas expedições e, como sempre, Loki criou problemas. Desta vez, por causa de um acto imprudente, embora desculpável. Chegaram a uma cachoeira e notaram, bem perto, uma lontra devorando um salmão na margem do rio. Como as lontras fazem, esta comia de olhos fechados. Deste modo não pode ver quando os deuses se aproximaram. Loki atirou uma pedra, matou-a e assim obteve ao mesmo tempo uma pele de lontra e um salmão. Os deuses acharam que fora um golpe de sorte até chegarem a casa de Hreidmar e pedirem para passar a noite ali. Gabaram-se do que haviam apanhado e mostraram a Hreidmar a pele da lontra. O lavrador e seus filhos a reconheceram, tomaram-na dos deuses e exigiram uma compensação. Os Aesir concordaram em encher a pele de ouro e empilhar ouro em cima, até cobri-la totalmente. Loki foi enviado em busca do metal.
Por sorte ele conhecia um anão chamado Andvari; como os anões eram grandes artesãos, em geral tinham muito ouro. Este era um anão muito estranho: assumia a forma de um arpão e vivia na cachoeira fisgando peixes. Loki tomou uma rede emprestada a Ran, deusa do mar, e levou o arpão. O Reginsmál registrou a conversa entre os dois. Loki perguntou :
"Que peixe é esse, nadando na corrente,
sem sem salvar-se do desastre?
Resgata a tua vida do reino da morte
e me trás o ouro brilhante".
"Andvari é meu nome, Odin, o do meu pai,
por muitas correntes nadei.
Antigamente um destino triste
fez-me andar pela água".
Loki pediu todo o ouro de Andvari como resgate. O anão pagou, mas tentou ficar com um anel ( possivelmente um anel de braço, não para o dedo), pois tinha propriedades mágicas que poderiam ajudá-lo a recuperar sua fortuna. Loki arrancou o anel de Andvari. Voltando com segurança para seu lar numa rocha, o anão lançou uma maldição sobre quem ficasse com o seu tesouro:
"O ouro [ ou o 'anel' ] que um dia foi de Gust
será a morte de dois irmãos,
será a queda de oito príncipes.
Da minha riqueza homem nenhum gozará".
Loki trouxe o saque; Odin cobiçou o anel e o tomou para si. Os Aesir encheram a pele da lontra com o resto do tesouro e o cobriram com ouro. Hreidmar inspeccionava e achou um fiozinho do pelo da lontra descoberto. Relutante, Odin tirou o anel e cobriu o fio. Quando os deuses saíram do castelo de Hreidmar, Loki revelou a maldição do anão. "Ouro agora para ti, grande resgate, foi entregue por minha vida. Para teu filho nenhuma fortuna. Isto será a morte para os dois"
Foi o que aconteceu, Fafnir e Regnir pediram sua parte do dinheiro como indemnização, mas Hreidmar não saldou a dívida. Fafnir matou o pai e escondeu o tesouro num lugar deserto. Ficou ali mesmo, assumindo a forma de um dragão, até Regin maquinar sua morte.
TYR - O DEUS DA GUERRA
Tyr sempre foi considerado um dos Deuses mais corajosos. Este foi o único Deus que teve coragem de colocar suas mãos nuas na boca do lobo Fenrir, assim permitindo que os demais deuses o acorrentassem. Todavia teve sua mão direita dilacerada. Muitos Clãs Vikings clamavam à si de "Tyr". Fazendo clara alusão à si como Guerreiros Corajosos e Nobilíssimos como o referido Deus. Estes interpretavam a História como sendo por sua vez, Tyr uma encarnação de Força e do Guerreiro Honroso, aquele que Sacrifica-se por seu Povo e um Destino melhor para estes.
Como, alguns clans também julgavam e analisavam o Mito a partir do momento da perda da mão direita por Tyr e pelas significâncias que isto poderia de ter. Segundo alguns nórdicos, o acto de dar a mão direita a outro é um sinal de confiança e de garantia de empreender algo (promessa),assim como também um sinal de que a pessoa está desarmada e por sua vez digna de confiança.
Tudo isto a partir da análise do referido Mito. Para os nórdicos o uso de armas na mão esquerda era um sinal de que a pessoa era por sua vez deveras traiçoeira, pois poderia utilizar sua mão sinistra enquanto mostrava a destra em um acto da mais vil covardia digna dos fracos e traiçoeiros.
Alguns outros nomes para Tyr seriam: Tiw e Tiu. Tyr habitava os palacetes enormes e atemporais de Odin como um dos mais nobres e impávidos Deuses.
Muitos Nórdicos antes de entrar no Estado de Berserker ou em Batalhas clamavam por Tyr em brados com punhos e espadas aos ares de forma selvática.
Quando os Normandos (que possuiam cerne genético Viking ) instalaram-se nas rochosas costas da Bretanha estes possuíam um calendário de Dias utilizando seu Panteão Norse. E um destes dias traduzido para o inglês chamava-se Tyr Day ou "Dia de Tyr". Com as influências gramático ortográficas da língua saxônica e o Tempo que passou por sua vez, o dia transmigrou-se para Tuesday. Um facto comprobatório de tal afirmação é quando pronunciamos ambas as formas designativas dos dias (Tyr Day e Tuesday) vemos que ambas possuem igual valor fonético.
O CREPÚSCULO DOS DEUSES (RAGNAROK)
O fim do mundo será precedido pela idade do machado e a idade da espada.
As armas serão esgrimidas e também destruídas;
Seguido pela idade do vento e a idade do lobo antes da destruição inevitável o Ragnarok.
O Inverno irá durar três anos sucessivos sem a interferência do sol para trazer a sua clemência as pessoas.
Três outros invernos se farão presentes.
Midgard estará em guerra durante este tempo.
Pai e filho iniciarão uma batalha um contra o outro.
Irmãos tomarão parte em actos incestuosos.
As mães abandonarão os seus maridos e seduzirão seus próprios filhos
Enquanto irmãos rasgarão os corações uns dos outros
Os lobos Skoll e Hati Hrodvitnisson engolirão o sol e a lua e trazendo total escuridão ao mundo.
As céus estrelados cairão, a terra tremerá; montanhas e árvores tombarão ao solo.
Monstros se libertarão das correntes que os prendem; e a caça selvagem começará.
O lobo Fenrir correrá solto arrastando as suas mandíbulas sobre a terra e os céus.
A serpente de Midgard se revoltará e fará com que as ondas que alaguem as praias.
Vomitará seu veneno mortal no mundo ao redor dele.
No norte o navio de Naglfar será libertado de suas correntes guiadas por Hymr.
Ele será acompanhado por uma tripulação de gigantes.
Loki escapará de seus laços e velejará rumo ao norte em um navio que comporta os filhos de Hel.
No sul, Surt, o guardião de Muspell, cavalgará através de Bifrost até ele desfaser-se sob ele.
O chifre de Heimdall soará pelos nove mundos advertindo aos deuses do perigo à frente.
A árvore de Yggdrasil tremerá.
Um homem e uma mulher buscarão abrigo debaixo de suas folhas tremulas enquanto a terra em baixo deles estremece com o som da guerra.
Em seguida, Odin partirá em seu cavalo Sleipnir para consultar a cabeça de Mimir para receber um conselho sobre a acção a ser tomada.
Guerreiros em Valhalla serão enviados para o plano de Vigrid com Odin como seu líder.
Odin cairá contra o lobo Fenrir, mas o Pai de todos será capturado pelas mandíbulas mortais da criatura e será engolido.
O filho de Odin, Vidar, bravamente vingará a morte de seu pai pisando na mandíbula de Fenrir. (Ele usa uns sapatos especiais feitos de pedaços de couro que foi oferecido aos deuses). Vidar arrebatará a mandíbula superior do lobo e a romperá em partes.
Thor lutará contra a serpente de Midgard e vencerá matando-a. Ele dará nove passos para trás e morrerá dos gazes venenosos que a serpente vomita em seguida.
O deus Frey lutará contra o guardião de Muspell.
Ele será vítima do gigante Surt já que deu sua espada ao seu mensageiro, Skirnir.
Tyr, o deus de guerra, atacará o cão de caça de Hel, Garm, enquanto Loki e Heimdall se travarão combate e morrerão um pelas mãos do outro.
Os nove mundos debaixo da árvore de Yggdrasil se tornarão num inferno ardente.
Todos os deuses do Aesir e Vanir morrerão, como também os habitantes de todos os reinos que estão em baixo da grande árvore de Cinzas.
O céu entrará numa cova de chamas e a terra se afundará no mar.
Um começo novo virá após a destruição do mundo.
A terra emergirá do mar e florescerá vigorosamente.
Os filhos e filhas dos Aesir e Vanir sobreviverão ao Ragnarok e se encontrarão em conselho na planície de Ida onde era Asgard.
Os filhos de Odin, Vidar e Vali se encontrarão lá e os filhos de Thor, se unirão a eles e serão os herdeiros do martelo de seu pai, Mjollnir.
O deus amado, Baldr e o seu irmão Hod retornarão de Hel e se unirão aos restantes, enquanto Hoenir profetizará em que se irá transformar o novo mundo.
Os filhos de Bor, Vili e Ve, serão enviados aos céus para governar com os outros.
Os novos deuses governantes reunir-se-ão e relembrarão as recordações passadas do Ragnarok.
Espalhados nas planícies serão achados tesouros que uma vez pertenceram ao Aesir e serão vistos com assombro.
Gimle mais uma vez alojará os deuses em paz e generosidade.
Porém, o bem e mal não deixarão de existir, já que haverá uma região em Hel chamado Nastrond, a costa dos mortos.
O dragão Nidhogg sobreviverá a destruição ígnea e continuará roendo os corpos dos mortos.
O homem e mulher que buscaram abrigo debaixo dos ramos de Yggdrasil, serão chamados Lif e Lifthrasir.
Eles se nutrirão com gotas de orvalho e darão à luz a muitas crianças para repovoar a terra.
Da grande Cinza novos raios de luz virão dos céus, pois, uma filha nasceu do sol antes que o lobo o engoli-se na manhã do Ragnarok.
Isto é como tudo terminou; e isto é como o mundo começa...
PRINCIPAIS DEUSES DA MITOLOGIA NÓRDICA
Estes são os pricipais deuses da mitologia nórdica
(Wotan, para os povos germânicos e Woden para os anglo-saxónicos). Um dos filhos de Bor. Figura assombrosa da qual emana poder, Odin é o deus da guerra. Mas não é só isto, ele é o Deus da Sabedoria que foi adquirida em troca de um olho, o preço estipulado para que lhe fosse permitido beber da Fonte de Mimir, na base da raiz de Yggdrasill, que mergulha em Jotunheim. Odin é o mais sábio dos deuses, senhor dos mistérios, da magia, da ciência, da poesia; padroeiro dos advindos; senhor das runas, a escrita mágica; deus da agricultura. Seu palácio em Asgard chama-se Valaskjalf e o santuário, Gladsheim. Odin é também chamado deus dos mortos e é ele quem preside, em Valhalla, os banquetes dos heróis mortos em batalha que lá estão à espera do Ragnarok. Sua esposa é Frigg e ele é o pai de Thor e de Balder. Odin é geralmente representado usando um grande manto balançando ao vento, tendo sobre a cabeça um chapéu de abas largas escondendo o tapa-olho. Na mão, ele leva a sua lança Gungnir, forjada pelos anões, que tem uma característica peculiar: jamais erra o alvo. Com Odin, estão sempre dois corvos, Huginn (Pensamento, Entendimento) e Muninn (Memória) e dois lobos, Geri e Freki. Seu cavalo é Sleipnir, que tem oito pernas e o seu trono em Valaskjalf chama-se Hlidskjalf; quando sentado nele, Odin pode ver tudo o que acontece nos nove mundos. Odin é conhecido por vários nomes, entre eles, Todopai, O Terrível, Pai da Batalha. Do nome de Odin/Wotan/Woden vem o nome do dia da semana em inglês Wednesday (Quarta-feira) - Dia de Woden, isto é, Dia de Odin.
THOR
(Donar, para os povos germânicos). Filho de Odin e de Fjorgyn (uma deusa da terra, ou a própria Terra) e marido de Sif. Thor é o segundo na hierarquia dos deuses e é o seu maior guerreiro e seu guardião. Ele é conhecido como Deus do Trovão e dos Céus; é também deus da fertilidade. Thor era o mais amado e o mais respeitado dos deuses nórdicos. Os Vikings chamavam a si próprios de "O Povo de Thor." Como era também deus da fertilidade, Thor era adorado por agricultores e era invocado para partos bem sucedidos. Thor simbolizava a lei e a ordem. Ele é representado como sendo alto e com barbas vermelhas, sempre empunhando um enorme martelo chamado Mjollnir que espalha terror entre os seus oponentes. Mjollnir foi feito pelos anões e tem o poder de retornar às mãos de Thor após arremessado contra um inimigo. O palácio de Thor em Asgard chama-se Bilskirnir e ele viaja em uma carruagem puxada por dois bodes chamados Tanngnost e Tanngrisni. Do nome de Thor vem o nome do dia da semana em inglês Thursday (Quinta-feira) - Dia de Thor.
Um dia, o martelo de Thor é roubado pelo gigante Thrym. Thor pede ajuda a Loki que, após consultar o ladrão, diz que o martelo só retornará se a mão de Freyja for dada ao gigante. Como Freyja recusa-se a desposar o gigante, Heimdall segere que Thor se vista como Freyja e vá ter com o gigante Thrym. Debaixo dos risos dos deuses, Thor concorda em ser adornado como noiva. O martelo de Thor é a maior defesa de Asgard e tem que ser recuperado. Então, Loki parte para Jotunheim levando Thor disfarçado como futura noiva de Thrym. O gigante recebe-os com grande pompa e serve-lhes muita comida e bebida. À mesa, Thor devora oito salmões e um boi inteiro e bebe 3 barris de hidromel. Ao comentário de Thrym de que nunca vira uma mulher comer tão vorazmente, Loki responde que Freyja não comia há oito dias de tão nervosa que estava com a noite de núpcias. Satisfeito com a resposta, Thrym ordena que tragam o martelo Mjollnir e que deponham-no sobre o colo da noiva para que ela seja abençoada com grande prole. Assim que Thor tem o martelo em seu colo, ele o empunha e revela-se como o Deus do Trovão. Thor massacra Thrym e todos os outros gigantes no salão.
FREYJA
Filha de Njord e irmã de Freyr. Seu palácio em Asgard chama-se Sessrumir. Freyja é a maior das deusas da fertilidade. É a deusa do amor e também da morte. Ela tinha sido esposa de Odin, que a trocou por Frigg porque ele achou que ela gostava mais de enfeites do que dele. Existe uma saga de quando ela encontra, numa uma caverna, quatro anões, habilidosos artífices, com os quais ela vê um colar de ouro de incrível beleza (o Colar de Brisings). Freyja insiste com os anões para que eles lho vendam, mas eles só aceitam vender o colar por um preço: que ela durma com cada um deles. Ela concorda. Entretanto, Loki vê o que se passa e relata para Odin. Este fica furioso e manda que Loki tome o colar de Freyja. A beleza de Freyja é legendária. Os gigantes cobiçam-na, como no caso do gigante que constrói as muralhas de Asgard e que a pede como pagamento. Outra saga é a de Thrym que rouba o martelo de Thor e diz que devolverá só se Freyja for-lhe dada em resgate. Freyja viaja numa carruagem puxada por dois gatos. Como Odin, Freyja também está ligada ao mundo dos mortos e, sempre que o visita, ela volta de lá com o poder de desvendar o futuro.
FREYR
Filho de Njord e Skadi, irmão de Freyja. Freyr é o deus patrono da Suécia e da Islândia. Ele é o maior dos deuses da fertilidade. Ele controla o brilho do sol e a precipitação da chuva; ele propicia a fertilidade da terra; ele traz a paz e a prosperidade para os homens. Freyr é casado com Gerd. Ele era um Vanir originalmente, mas foi aceito entre os Aesir depois da guerra entre as duas raças de deuses. Freyr tem como tesouros o navio mágico Skidbladnir, feito pelos anões, que pode ser dobrado e colocado no bolso; um elmo de ouro cujo timbre é um javali, Gullinbursti; e o seu cavalo Blodighofi (Casco Sangrento) que não teme o fogo. Freyr tinha também uma espada mágica que movia-se sozinha, desferindo golpes, ele perdeu-a durante uma batalha com os gigantes.
HEIMDALL
Apesar de ser um deus importante, a sua origem é um tanto obscura. Consta que ele é filho de nove donzelas, nove ondas, filhas de Aegir . Heimdall é o Deus da Luz, chamado de Deus Reluzente de Dentes de Ouro. Heimdall tem os sentidos altamente apurados: segundo consta, ele pode ver até cem milhas de dia ou de noite; ele pode ouvir a relva a crescer no chão e a lã a crescer no corpo dos carneiros; além disso, o tempo de sono de um passarinho é o suficiente para ele. Com estas características, nada mais lógico do que os deuses oescolhecem para ser o seu guardião. Heimdall é o sentinela na Ponte do Arco-íris (Bifrost). O seu palácio em Asgard chama-se Himinbjorg (Penhascos do Céu) e fica junto à Bifrost. Heimdall possui uma grande trompa chamada Gjall que ele soará no Ragnarok para convocar os deuses para a batalha final. Heimdall é o maior inimigo de Loki - sendo Heimdall o Deus da Luz, pode-se ver suas desavenças com Loki como sendo a luta entre luz e trevas. Os dois enfrentar-se-ão em Ragnarok e um exterminará o outro.
LOKI
Filho dos gigantes Faubarti e Laufey, irmão de criação de Odin. Com sua amante, a giganta Angrboda (Portadora de Sofrimento), Loki engendra Jormungand (a serpente de Midgard), o pavoroso lobo Fenrir e Hel (a Morte). Loki é descrito como tendo aparência bonita e corpo bem feito. Ele tem o poder de metamorfosear-se no que ele quiser. Loki é, sem sombra de dúvida, o mais complexo de todos os deuses nórdicos. Ele não é apenas trevas, como dizem alguns, nem tampouco um demónio, como dizem outros. Ele é mais complicado do que isto. Chamado de O Astuto, O Embusteiro, O Viajante dos Céus, Loki é um confrontador dos deuses, ele é o agente que dá dinamismo a quase todas as sagas dos deuses - às vezes, ele é o causador dos desastres, às vezes ele é o salvador, muitas vezes, o conselheiro. Há um relacionamento muito estranho entre eles e os outros deuses. Ele é um provocador de comflitos e um diplomata, em algumas ocasiões. De qualquer modo, ele é sempre imprevisível. Sem Loki, os deuses provavelmente morreriam de tédio. Ele mente descaradamente, mas também diz verdades; ele não segue regras nem padrões; como o Superhomem de Nietzsche, ele é uma lei apenas para si próprio. Sem Loki, não haveria mudanças, nem retrocessos, nem crescimentos - as coisas ficariam estagnadas; sem Loki, não haveria o Ragnarok.
Com o passar dos tempos, as características malévolas de Loki vão se acentuando e se sobressaindo. Sem nenhuma razão aparente, ele provoca a morte de Balder, o que traz consternação para todos os deuses. Depois da morte de Balder, Loki constrói para si uma casa invisível e esconde-se nela. Mas nada pode escapar ao olhar vigilante de Odin que o vê e envia um grupo de deuses para capturá-lo. Loki transforma-se num salmão e mergulha no fundo da Cascata de Franang. Os deuses apanham-no com uma rede.
Loki tem dois filhos com sua esposa Sigyn, Vali e Narvi. Os deuses transformam Vali num lobo que mata Narvi. Os deuses, então, usam as tripas de Narvi para amarrar Loki a uma pedra dentro de uma caverna. As tripas ficam, então, duras como ferro e prendem Loki de um modo impossível para ele se soltar. Uma serpente é presa a uma estalagtite acima de Loki, de modo que seu veneno fique pingando no rosto do odiado deus. Sigyn, a esposa de Loki, permanece na caverna segurando uma bacia sobre a cabeça do marido, recebendo os pingos do veneno. Quando a bacia se enche, ela é forçada a levá-la para esvaziá-la numa fenda de rocha. Enquanto ela vai até lá e volta, o veneno pinga no rosto de Loki, causando dores atrozes. Dizem que, quando a terra treme, é Loki contorcendo-se de dor. Com o advento do Ragnarok, Loki libertar-se-á para a batalha final contra os deuses.
BALDER
Filho de Odin e Frigg, casado com Nanna. Seu palácio em Asgard chama-se Breidablik (Grande Esplendor). Balder é chamado de Deus Radiante e Deus da Bondade. No "Edda" está escrito que "tão bela e deslumbrante é a sua forma e semblante que parece que dele emanam raios de luz." Ele é também considerado um deus da Sabedoria, tanto que se diz que a sua opinião não pode ser alterada, pois é sempre perfeita. Balder é o mais querido entre os deuses nórdicos.
Um dia, de repente, Balder começa a ter sonhos pressagiando que a sua vida está em perigo. Frigg resolve, então, pedir a todas as coisas e a todos os seres que lhe jurem jamais causar mal a seu filho Balder. Ela começa pelo fogo e pela água e passa pelos metais, pelas pedras, árvores, animais, pássaros... percorre todos os reinos da Natureza. Depois que tudo e todos juram, os deuses, reunidos em Gladsheim, resolvem, de brincadeira, testar a recém adquirida invulnerabilidade de Balder. Um atira-lhe pedras que não o ferem, outro ataca-o com uma espada que se desvia, outro lança-lhe uma flecha, que para no ar e assim por diante. Loki, que tudo observa, fica irritado com esse privilégio de Balder. Metamorforseando-se em uma velha senhora, Loki vai ter com Frigg e fica a saber que nem tudo fez o juramento a ela. Segundo, Frigg, ela encontrou um pequeno feixe de visco a oeste de Valhalla, que ela achou ainda muito jovem para pedir-lhe que jurasse. Loki vai embora e recolhe um ramo do visco, com o qual faz um dardo. Voltando as brincadeiras dos deuses, ele avista o irmão cego de Balder, Hod e pergunta-lhe porque ele não está a lançar coisas em Balder. Hod explica que não pode participar por não poder ver onde Balder está. Loki propõe ajudá-lo: dá-lhe o dardo e mostra a direcção na qual lançá-lo. O dardo trespassa Balder que cai morto. Os deuses ficam mudos de espanto e olham Loki com ódio, mas nenhum se atreve a derramar o sangue de Loki dentro do santuário. Loki foge.
O corpo de Balder é colocado em uma pira erguida dentro de seu grande barco Ringhorn, sob as vistas de sua esposa Nanna, que pouco depois morre de coração partido. O corpo de Nanna é colocado junto ao de Balder. O cavalo de Balder é morto e colocado também no barco para ser consumido com seu dono. A uma ordem de Odin, o barco é incendiado na melhor tradição escandinava.
A morte de Balder é o grande presságio que anuncia a vinda do Ragnarok.
FRIGG
Esposa de Odin. Diz-se que ela era tão adorada pelos nórdicos quanto o próprio Odin; é a primeira entre as deusas. Do nome de Frigg vem o nome do dia da semana em inglês Friday (Sexta-feira) - Dia de Frigg. Frigg é a mãe de Balder. Quando este tem sonhos premonitórios sobre a própria morte, Frigg percorre todos os reinos da Natureza, pedindo a tudo e a todos que jurem jamais causar dano a Balder. Ela começa pelo fogo e pela água, passa pelos metais, pelas pedras, árvores, animais, pássaros... Todos juram não causar dano a Balder. Infelizmente, Frigg deixa de pedir a um pequeno feixe de visco que cresce a oeste de Valhalla. Sabedor do facto, Loki apossa-se de um ramo do visco, confecciona com ele um dardo e faz com que Hod, o irmão cego de Balder o atire na sua direcção. O dardo trespassa Balder que cai morto.
TYR
(Tiwar, para os povos germânicos.) Filho de Odin, segundo umas fontes, e filho do gigante Hymir, segundo outras. Do nome Tyr vem o nome do dia da semana em inglês Tuesday (Terça-feira) - Dia de Tyr. Tyr é o Deus da Batalha. A saga mais famosa de Tyr é a que narra como ele veio a perder uma mão. A saga é assim: uma das crias de Loki, o terrível lobo Fenrir, vive solto em Asgard. Fenrir parece perigoso, mas como ele é do tamanho de qualquer outro lobo, Odin permite que ele continue por lá (ao contrário dos seus irmãos Jormungand e Hel.) Todavia, Fenrir começa a crescer descomunalmente e, para piorar as coisas, vários oráculos predizem que o grande lobo irá, um dia, devorar o próprio Odin. Os deuses decidem, então, que Fenrir deve ficar acorrentado. Eles confeccionam uma poderosa corrente, chamada Laeding e perguntam a Fenrir se ele é suficientemente forte para se livrar dela. Fenrir examina a corrente e permite ser amarrado com ela. Os deuses enrolam-no todo com a corrente e afastam-se. Fenrir, então, enche o peito e a corrente parte-se. Uma segunda corrente é feita, esta ainda mais forte e exageradamente pesada. Os deuses chamam-na Dromi. Fenrir é agora desafiado: "Se partires esta corrente, este feito será conhecido nos nove mundos." Fenrir olha a corrente com cuidado e resolve deixar-se ser atado novamente. Desta vez é bem mais difícil mas, depois de um grande esforço de Fenrir, Dromi se parte. Os deuses estão assustados, mas Odin lembra-se de que ninguém é melhor ferreiro do que os anões. O mensageiro Skirnir é enviado a Svartalfheim. Com a promessa de ouro e riquezas, os anões concordam em fazer algo para prender o lobo. Tempos depois, Skirnir retorna com uma estranha corrente: uma fita macia e maleável como seda e que é chamada Gleipnir. Quando Odin, curioso, pergunta de que é feita, Skirnir responde: "De seis coisas. Do som que um gato faz quando caminha, da barba de uma mulher, das raizes de uma montanha, dos tendões de um urso, do hálito de um peixe e do cuspe de um pássaro." Os deuses estão incrédulos, mas Skirnir lembra-os de que os anões são possuidores de estranhos conhecimentos. Os deuses novamente procuram Fenrir e persuadem-no a acompanhá-los até a Ilha de Lyngvi, situada no meio do Lago Amsvartnir. Lá, eles mostram a Fenrir a nova corrente Gleipnir. Fenrir diz que não haveria glória alguma em libertar-se daquela fitinha. Como os deuses insistem, o lobo começa a suspeitar de que Gleipnir pode ter sido feita com o uso de mágica e fica receoso. Os deuses prometem soltá-lo se ele não conseguir se livrar. Fenrir, então, propõe que enquanto os deuses o amarram, um deles deverá deixar a mão dentro de sua boca como prova da sinceridade deles. O único que tem coragem para tanto é Tyr, que põe sua mão direita entre as mandíbulas do monstruoso lobo. Fenrir começa, agora, a lutar contra a fita Gleipnir mas, maravilha!, quanto mais ele luta, mais ele se enreda nela e mais forte ela fica. Furioso, Fenrir decepa a mão de Tyr. Fenrir está preso e livrar-se-á somente com a chegada do Ragnarok.
VALQUÍRIAS
Algumas fontes dizem que elas são filhas de Odin. São nove as Valquírias: Gerhilde, Helmwige, Ortlinde, Waltraute, Rossweisse, Siegrune, Grimgerde, Schwertleite e Brünnhilde. Brünnhilde é a principal delas e a favorita de Odin. As Valquírias são representadas como guerreiras usando capacetes e portando lanças, que cavalgam pelos céus sobre os campos de batalha recolhendo os guerreiros que morrem heroicamente e levando-os para Valhalla. Lá, eles aguardarão a chegada do Ragnarok, quando combaterão ao lado de Odin. Assim, Odin vai formando um exército composto apenas de heróis destemidos. Em "Die Walküre," a segunda ópera da esplêndida tetralogia de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen," as Valquírias são mostradas e Brünnhilde tem papel preponderante nesta e nas duas óperas seguintes que formam o ciclo.
AEGIR
Deus do Mar. Casado com Ran.
BRAGI
Filho de Odin. Deus da poesia e da eloquência. Casado com Idun.
HERMOD
Filho de Odin. Hermod viaja ao mundo dos mortos para tentar trazer de volta o seu irmão Balder morto por uma maquinação de Loki. Hel diz a Hermod que permitirá a saída de Balder somente se todos chorarem a morte deste. Todos o choram, as árvores, os animais, as pedras, as pessoas, todos, excepto uma giganta feiticeira chamada Thokk (que é o próprio Loki disfarçado). Assim, a missão de Hermod fracassa e Balder permanece em Niflheim.
HOD
Filho de Odin. Deus cego que, manipulado por Loki, causa a morte de seu irmão Balder.
IDUN
Uma deusa de rara beleza, casada com Bragi (Deus da Poesia). Idun é muito amada entre os deuses por ser a guardiã das maçãs da juventude.
MAGNI
Filho de Thor com a giganta Jarnsaxa. Diz-se que ele e seu irmão Modi herdarão o Mjollnir, o martelo de Thor, no renascimento do mundo após o Ragnarok.
MIMIR
Deus sábio enviado pelos Aesir aos Vanir para estabelecer uma trégua entre eles e que é morto pelos Vanir. Odin preserva a sua cabeça e coloca-a junto à fonte na base da raiz de Yggdrasill que mergulha em Jotunheim. A fonte fica conhecida como Fonte de Mimir de cujas águas Odin bebe para adquirir sabedoria. Como pagamento, ele dá um dos seus próprios olhos.
NJORD
Seu palácio em Asgard chama-se Noatun. Deus da fertilidade, casado com Skadi, Njord é o pai dos também deuses da fertilidade Freyr e Freyja. Njord está associado ao mar e, por isto, era adorado pelos navegadores.
NORNAS
Três deusas do Destino. Urd conhece o passado; Verdandi, o presente; e Skuld, o futuro. Elas mantém guarda junto ao Poço de Urd, na base da primeira raiz de Yggdrasill, a que mergulha em Asgard. As Nornas regam a raiz de Yggdrasill com água da fonte para preservá-la. Tanto os mortais quanto os deuses estão submetidos ao poder das Nornas.
SIF
Esposa de Thor. Um dia, Loki malevolamente corta os cabelos de Sif, que são, depois, substituídos por cabelos de ouro confeccionados pelos anões.
SIGYN
Esposa de Loki. Quando Loki é castigado e preso numa caverna com o veneno de uma serpente pingando sobre seu rosto, Sigyn permanece com o marido, tentando minimizar o sofrimento dele.
SJOFN
Deusa inspiradora das paixões humanas.
SKADI
Filha do gigante Thiazi, casada com o deus Njord.
VE
Filho de Bor, irmão de Odin e Vili. Ve tomou parte na criação do mundo junto com Odin e Vili. Juntos, eles mataram o gigante de gelo Ymir e, do seu corpo, criaram os nove mundos. Mais tarde, eles criaram o primeiro homem e a primeira mulher. Coube a Ve dar a eles os sentidos.
VILI
Filho de Bor, irmão de Odin e Ve. Vili tomou parte na criação do mundo junto com Odin e Ve. Consta que Vili era um grande arqueiro. Juntos, eles mataram o gigante de gelo Ymir e, do seu corpo, criaram os nove mundos. Mais tarde, eles criaram o primeiro homem e a primeira mulher. Coube a Vili dar a eles inteligência e sentimentos.
YGGDRASIL (A Árvore do Mundo)
"Yggdrasill" é uma árvore freixo, o eixo do mundo. Nas raízes ficam os mundos subterrâneos, habitados por povos hostis. Em torno do tronco, fica "Midgard", mundo material dos homens. Nos ramos mais altos, que roçam o Sol e Lua, fica "Asgard", domínio dos Deuses, com muitos palácios, e com o Salão do Mortos, "Valhalla", onde os guerreiros são recebidos. No final do Ragnarok, Yggdrasill abrir-se-á e, de dentro dela, surgirão um homen, Lif, e uma mulher, Lifthrasir, que repovoarão a Terra. Yggdrasill é um elo de ligação entre os mundos.
A sustentação do planeta Terra sempre foi um fator de imensa curiosidade aos olhos primitivos. Assim, cada cultura, e por conseguinte cada mitologia, procurou sempre abordar este tema da maneira que lhe parecesse mais convincente e lhe fosse mais conveniente. Para a mitologia nórdica não se fez uma excepção.
A visão comum a esses povos bárbaros era a de um universo ao longo da sombra de uma gigantesca árvore que mantinha suas descomunais raízes entranhadas na terra, com o propósito de manter coesa a massa terrestre. Conta-nos a lenda que essa árvore denominada Yggdrasil seria do tipo Teixo, também conhecida como Árvore do Mundo ou Árvore do Conhecimento. Sua origem estaria ligada ao mito da criação anteriormente citado, e teria surgido do corpo do gigante Ymir, assumindo proporções descomunais e propriedades fabulosas. Sua imensa copa chegaria aos céus, podendo desta maneira permanecer sempre banhada por uma luminosa nuvem que orvalhava hidromel (bebida dos deuses), e que tinha por função revitalizar automaticamente a imensa árvore, que alimentava com seus brotos, folhas e mesmo raízes animais que habitavam as circunvizinhanças.
Estas raízes seriam de proporções fantásticas e número ilimitado; sendo que três seriam dignas de destaque. A primeira por atingir simbolicamente o Asgard (morada dos deuses), após ser infinitamente banhada pela Fonte das Nornes, as deusas do destino. Acreditavam os nórdicos ser essa fonte detentora de potencial rejuvenescedor, sendo uma das explicações para a perenidade dos deuses. A segunda, por penetrar no Jotunheim, Terra do Gelo, onde passaram a viver os gigantes após serem expulsos do Asgard por Odim e sua família), e finalmente atingir a fonte de Mimir tida como fonte da sabedoria e inteligência.
Segundo a lenda, o seu guardião era tio e conselheiro particular do Todo-Poderoso Odin, que também se chamava Mimir, palavra que significa "Aquele que pensa". E embora algumas obras o coloquem como deus da sabedoria, Mimir era um ser menos poderoso, que pertencia à raça dos gigantes, e detinha talentos mágicos de génio - sendo famoso por sua inteligência e prudência. Ao que tudo indica, era tão grande sua sabedoria que Odin não hesitou em trocar um de seus olhos por um pouco da água da Fonte Mimir que lhe revelou o significado dos símbolos rúnicos. O mito nos relata ainda que sua cabeça era um oráculo poderosíssimo - consultado até mesmo pelo próprio Odin em momentos críticos. A terceira raiz que devemos destacar é aquela que se acreditava atingir o Niflheim (Terra dos Mortos); e era constantemente nutrida pela fonte Hvergelmir, de onde a água se escoava em fabulosas cachoeiras para formar os grandes rios do mundo. Por outro lado, servia constantemente de alimento à serpente-dragão Nidhogge (Escuridão): ser de proporções descomunais que tinha por função corroer constantemente a Árvore do Mundo.
Encontramos a referência de que os galhos mais altos serviam de moradia ao Galo de Ouro, que tinha a responsabilidade de guardar os horizontes e denunciar aos deuses a aproximação de seus eternos inimigos, os gigantes.
Logo abaixo mas ainda no topo, habitava uma águia que passava o tempo a investigar o mundo, e que para tal portava entre os olhos um gavião.
Essa águia vivia em eterna discórdia com a serpente-dragão Nidhogge. A rivalidade entre ambas era alimentada pelo esquilo Ratatosker, que, subindo e descendo incessantemente os galhos do teixo, nutria a desarmonia reinante entre ambas.
Nos galhos habitavam quatro cervos, que representavam os quatro ventos, e passavam o tempo a correr sobre os ramos da Yggdrasil, e devorar-lhes brotos, folhas e mesmo casca. Encontramos na Edda (duas colecções muito antigas de tradições que abrangem a mitologia escandinava) uma referência a um buraco oco no centro da árvore Yggdrasil, onde havia uma sala na qual habitavam três virgens sábias, que passavam os dias a fiar em suas rocas o destino dos homens. Essas deidades eram as Nornes Urd, Verdandi e Skuld, responsáveis pelo passado, presente e futuro, respectivamente.
Ao pé da árvore habitava a cabra Heidum que se alimentava das verdejantes folhas baixas do teixo mágico, o que lhe permitia produzir um leite que assemelha-se ao hidromel, e que era destinado a servir de alimento aos guerreiros espirituais que formavam o Exercito de Odin.
Encontrava-se ainda fincado próximo a árvore o Irminsul, palavra que significa "Coluna Gigante", e diz respeito a troncos de árvores totémicos erguidos em localidades elevadas, dedicados à veneração popular e altamente respeitados pelas tribos nórdicas.
Deve-se ressaltar que, ao perceberem-se tremores de terra, estes eram imediatamente vinculados, pelos antigos nórdicos, à imagem de que estando o gigante Ymir cansado de ficar estendido sobre o peso do enorme teixo, tentava libertar-se mais uma vez em vão.
Finalmente, devemos citar uma referência bibliográfica a uma antiga árvore muito alta, de folhagem sempre verdejante e espécie desconhecida, erguia que se próximo a um templo em Upsaíla (Suécia), junto à qual havia uma fonte onde populares costumavam devotar oferendas.
Sabemos também que era costume vigente entre as tribos nórdicas, até o século XIII, que seus chefes fizessem assembleias ao pé de uma árvore; o que pode estar directamente relacionado a imagem mitológica de que os deuses se reuniam à sombra da Yggdrasil, para dispensar justiça aos humanos.
O INICIO DOS TEMPOS
O gelo de Niflheim, ao norte e o fogo de Muspelheim, ao sul encontram-se ao centro, no grande abismo chamado Ginnungagap. Desta fusão, nasce a vida na forma de dois seres: o gigante de gelo Ymir e a vaca Audumla. Com o seu leite, Audumla alimenta o gigante Ymir, enquanto ela própria nutre-se lambendo o gelo, do qual retira água e sal. Aos poucos, no lugar onde ela lambe, vai surgindo um homem, um deus: seu nome é Buri. Buri engendra Bor que, por sua vez, engendra três deuses: Odin, Vili e Ve . Esta trindade mata, então, o gigante Ymir e do seu corpo, eles criam nove mundos.
Na concepção nórdica, o universo é uma estrutura em três níveis. No primeiro nível situa-se Asgard, o reino dos deuses guerreiros Aesir. Em Asgard, cada deus tem o seu próprio palácio. Lá encontra-se também Valhalla, o grande palácio dos guerreiros mortos em combate que para lá são levados pelas Valquírias, comandadas por Brünnhilde. Esses guerreiros são chamados Einherjar e são escolhidos por Odin entre os mais bravos para formar o seu exército na grande batalha que terá lugar com o advento do Ragnarok, o Crepúsculo dos Deuses, o final dos tempos. Enquanto esperam por tal evento, os Einherjar passam os dias em justas entre si e, à noite, eles se recompõem e banqueteiam-se em Valhalla, presididos pelo próprio Odin. Neste primeiro nível, estão também situados Vanaheim, o reino dos deuses da fertilidade, chamados Vanir, e Alfheim, a terra dos Elfos Luminosos.
No segundo nível fica Midgard, o Mundo do Meio, onde os homens habitam. Neste nível fica também Jotunheim, a terra dos gigantes, cuja cidadela é Utgard. Ao norte e ao sul de Midgard ficam respectivamente Nidavellir, terra dos anões e Svartalfheim, onde habitam os Elfos Escuros.
No terceiro nível fica Niflheim, o mundo dos mortos, cuja cidadela é Hel.
Para Valhalla só vão os heróis mortos em batalha. Qualquer outra pessoa quando morre vai para Niflheim. Os maus vão direto para Hel, guardada por uma monstruosa entidade feminina, metade branca, metade negra, que também se chama Hel.
Midgard é circundada por um oceano. Neste oceano fica a gigantesca serpente Jormungand que circunda toda Midgard e forma um círculo mordendo a própria cauda.
Ligando Midgard e Asgard encontramos Bifröst, a Ponde do Arco-iris, que é permanentemente guardada pelo deus Heimdall.
Servindo de eixo entre os três níveis, Asgard, Midgard e Niflheim, está uma grande árvore (um freixo) chamada Yggdrasill. Yggdrasill tem três raizes: uma mergulha em Asgard - junto a esta raiz fica o Poço de Urd, guardado pelas três Nornas, que são as deusas do Destino; a segunda raiz mergulha em Jotunheim - junto a esta raiz fica a Fonte de Mimir, cujas águas proporcionam sabedoria a quem delas bebe; a terceira raiz mergulha em Niflheim - junto a esta raiz fica a Fonte de Hvergelmir que dá origem a onze rios.
Yggdrasill é habitada por vários animais. Em sua copa vive uma águia que tem um falcão pousado entre os seus olhos. Sob seus galhos, cabritos e veados comem dos seus brotos. A raiz que mergulha em Niflheim é roída pelo dragão Nidhogg. Ao longo desta raiz, o esquilo Ratatosk corre para cima e para baixo, levando insultos do dragão Nidhogg para a águia que vive no topo. A razão dos insultos é porque quando o dragão que vive a roer a raiz começa a prejudicar Yggdrasil, a águia voa até ele e ataca-o ferozmente; enquanto Nidhogg fica a lamber as feridas para sará-las, Yggdrasill se recupera e o ciclo recomeça.
A CRIAÇÃO
Um dia, estavam Odin, Vili e Ve caminhando pela Terra quando se depararam com duas árvores arrancadas pela raiz. Uma era um freixo e a outra um olmo. Os deuses colocaram-nas de pé e, com elas, criaram um homem e uma mulher. Então Odin soprou-lhes o espírito da vida, Vili deu-lhes inteligência e sentimento e Ve deu-lhes os sentidos. Chamaram ao homem Ask e à mulher Embla e a eles foi dado o Mundo do Meio, Midgard, para habitar. Todas as raças humanas são descendentes deste primeiro casal.
O FINAL DOS TEMPOS
O final dos tempos também está previsto pelos nórdicos. É chamado Ragnarok ou o Crepúsculo dos Deuses (em alemão, Götterdämmerung, que é o título do quarto ciclo da tetralogia operística de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen"). O Ragnarok não virá sem sinais. Midgard passará por três Invernos rigorosos que se seguirão sem nenhum Verão entre eles. Esse tempo será marcado por guerras devastadoras e por total perda de valores e desrespeito a tabus. Então, o "inverno dos invernos", Fimbulvetr, estabelecer-se-á. Isto será o começo do fim. Os lobos Skoll e Hati, que vivem em eterna perseguição ao sol e à lua, finalmente irão devorá-los. Os gigantes levantar-se-ão. A serpente Jormungand começará a contorcer-se, causando maremotos e ela então virá para a terra. Como na Bíblia, a batalha final entre o bem e o mal dar-se-á numa grande planície - esta planície, para os nórdicos, é Vigrid. Heimdall soprará a sua grande trompa Gjall, convocando os deuses para a luta. Os exércitos do Mal, liderados por Loki e os exércitos do Bem, liderados por Odin, encontrar-se-ão em Vigrid para a batalha final. Forças opostas irão-se anular. O cão Garm voará na garganta do deus Tyr e eles se matarão entre si. Os opostos Loki e Heimdall enfrentar-se-ão e matar-se-ão. O grande lobo Fenrir livrar-se-á das correntes e causará enorme destruição antes de devorar o próprio Odin, que será vingado por seu filho Vidar. Thor enfrentará e matará a serpente de Midgard, mas morrerá intoxicado pelo sangue venenoso da criatura. Surt, o gigante de fogo, transformará Asgard, Midgard e Niflheim num inferno que irá consumir deuses, gigantes, anões, elfos e homens. A terra se afundará no oceano. Isto será o fim de um ciclo e o começo de outro: Yggdrasill abrir-se-á e de dentro dela surgirão um homem, Lif e uma mulher, Lifthrasir, que repovoarão a Terra.
13 comentários:
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