DJ BURP

A freira Amanda Krueger trabalhava no manicômio para criminosos violentos e insanos da pequena cidade americana de Springwood. Na véspera de feriado, ela acabou sendo aprisionada junto com os internos, sendo violentamente estuprada dezenas de vezes. Escondida pelos presos, foi encontrada apenas dias depois, quase morta, e da relação doentia nasceu o pequeno Fred (conforme o fantasma da própria Amanda relatou na parte 3).
É claro que uma criança nascida da relação com uma centena de loucos violentos não poderia crescer normal. Na infância, "Freddy" se dedicava a torturar e matar animais domésticos. Expulsa da irmandade religiosa que integrava, a mãe Amanda acabou se envolvendo com vários homens na tentativa de criar Fred. Os sucessivos padastros ajudaram a formar a personalidade doentia do garoto, ainda mais um que era violento e alcoólatra, e dedicava-se a surrar mãe e filho. (isso foi mostrado em flashback na parte6).
Ainda a partir das informações da parte 6, descobrimos que, quando adulto, Fred chegou a casar-se, e da relação nasceu uma filha, que fugiu de casa quando o pai matou a mãe após uma discussão. O crime nunca chegou a repercutir e Freddy Krueger arrumou emprego em uma fábrica na periferia da cidade. Ali, entre caldeiras e chamas, seus instintos assassinos afloraram. Ele resolveu construir uma luva com navalhas nas pontas dos dedos para poder "divertir-se" com crianças da cidade.
Sua primeira vítima foi uma menina que esperava a mãe na saída da escola. O assassino identificou-se como "tio Freddy" e levou-a para a fábrica, onde foi torturada e morta, tendo o peito rasgado pela mão de navalhas. Isso atiçou a sede de sangue do maníaco, que começou a matar mais e mais crianças da rua Elm, levando-as para a sua casa, que ficava no número 1.428 da Elm Street. [Pelo argumento original de Wes Craven, Freddy também molestava sexualmente as crianças, mas por julgar que isso geraria muita polêmica, resolveu transformá-lo "apenas" em serial killer].
A quantidade de desaparecimentos de crianças gerou uma intensa investigação, quando descobriu-se que Freddy era o culpado. Mesmo com sua culpa confirmada, os advogados de defesa encontraram erros no procedimento de prisão do assassino, o que resultou em sua libertação durante o julgamento. Isso provocou revolta entre os pais das vítimas, como o policial Donald Thompson (John Saxon, no primeiro filme da série). Existe uma cena cortada no primeiro filme em que Margaret Thompson, esposa de Donald e mãe da jovem Nancy, explica à garota que ela não é filha única: sua irmã mais velha foi uma das vítimas de Freddy.
Revoltados com a liberdade do assassino, um grupo de pais, liderados pelo policial Thompson, foram à casa de Freddy numa noite e realizaram uma execução sumária, jogando gasolina sobre o assassino e assistindo enquanto ele agonizava queimando vivo. Margaret guardou a luva com navalhas de recordação, e os ossos foram sepultados em um velho depósito de ferro velho.
Antes de morrer, entretanto, Freddy havia feito um pacto com os Demônios do Sonopara torná-lo imortal. Foi assim que ele obteve o poder sobrenatural de se vingar dos seus assassinos, aparecendo nos sonhos dos filhos deles. Quando eles morrem nos pesadelos, morrem também na vida real. Freddy sempre aparece nos sonhos com a roupa que usava quando morreu, ou seja: um velho suéter com listras vermelho e verdee um chapéu marrom amassado. Além, claro, da luva de navalhas.Nos primeiros filmes da série, Freddy Krueger praticamente aplacou sua sede de vingança, matando tanto os filhos dos culpados como seus próprios assassinos. Em seus pesadelos, os jovens costumavam visitar cenários horrendos, como casas mal-assombradas repletas de cadáveres e os corredores escuros da velha refinaria onde Freddy trabalhava. Ainda nos pesadelos, apareciam os fantasmas das criancinhas mortas pelo assassino quando ainda era humano. Elas estavam sempre vestidas de branco e cantavam uma velha e sinistra cantiga de ninar: 

Realizada a vingança, Freddy voltou a pegar o gosto por matar, começando a assassinar em série todos os jovens de Springwood. Uma das vítimas de Freddy foi Kristen (mostrada pela primeira vez na parte 3), jovem que tinha o poder de levar outras pessoas aos seus sonhos - o que rendeu muitas vítimas para o assassino nas partes 3 e 4. Quando Freddy matou Kristen, na quarta seqüência, antes de morrer ela passou seus poderes para a jovem Alice Johnson, que assim conseguiu trancar o monstro temporariamente em uma espécie de “limbo”. 

Por muito tempo os adolescentes puderam dormir tranqüilos, já que sabiam que Freddy Krueger estava aprisionado, sem poder interferir em seus sonhos. Mas quando Alice ficou grávida do namorado Dan, o assassino pôde usar os sonhos do bebêpara voltar à ativa (como foi mostrado na parte5).
A parte 6 mostra uma Springwood dez anos no futuro, em relação com o ano em que o filme foi feito (1991), quando Freddy exterminou todas as crianças e adolescentes que encontrou pela frente. Em Springwood sobraram apenas adultos enlouquecidos por terem testemunhado a morte de todos os seus filhos. É quando surge a própria filha de Krueger, a dra. Maggie Burroughs, fruto do breve casamento do assassino quando ainda era humano. Krueger queria fugir de Springwood e matar jovens por toda a América, e foi sua filha a responsável por mandá-lo de volta para o inferno, em um combate acontecido no mundo real, ou seja, fora do mundo dos pesadelos.

Era o fim das aventuras cinematográficas de Freddy, mas não da sua trajetória de horror, já que, na vida real, a atriz Heather Langenkamp (estrela de "A Hora do Pesadelo" parte1 e 3) passou maus momentos quando foi assombrada pelo próprio Freddy Krueger. O monstro conseguiu escapar do universo da ficção e saiu em busca de seu filho Dylan no mundo real (como vimos na parte 7).