VIAGENS NO TEMPO







VIAGENS NO TEMPO
E
PARADOXOS TEMPORAIS

Segundo o escritor Eduardo Torres, as Viagens no Tempo são o que há de mais puro em termos de Ficção Científica, visto que elas o são por excelência. Há algo de bastante justificado nesta frase, visto que boa parte das obras que conhecemos como FC poderiam ser facilmente transpostas para outros gêneros sem perda alguma de conteúdo essencial.
Não se pode negar, porém, que a idéia de viajar no tempo é possível também no terreno da Fantasia. Urashima Taro, a lenda do Pescador Japonês, é um exemplo interessante, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban também. Mas quando H.G.Wells criou a Máquina do Tempo, em 1890, tivemos a inauguração do gênero como o conhecemos hoje.
As Viagens no Tempo gozam de uma posição de destaque na FC, não só remontam aos sub gêneros mais antigos como talvez estejam entre os mais populares. Ao mesmo tempo, podem parecer a primeira vista as mais absurdas, pois é difícil conceber como seria possível se deslocar no tempo, enquanto não é tão difícil conceber vôos espaciais, robôs inteligentes ou extraterrenos. Entretanto, na verdade estão entre as poucas que possuem base científica plausível, mais especificamente sobre a Teoria da Relatividade.
Isso ocorre porque uma das consequência mais notáveis da teoria Einsteiniana é a fusão das idéias de tempo e espaço numa mesma entidade chamada Continuum, o que, entre outras coisas, torna o tempo, ao contrário do que se pensava, Relativo, e sujeito a vários tipos de distorção.
As viagens para o futuro são mais do que plausíveis, eles existem e ocorrem a todo instante, porém em escalas imperceptíveis. Como, segundo a Teoria da Relatividade, o movimento afeta o ritmo de passagem do tempo, quanto mais rápido alguém se mover, mas rápido ela avança para o futuro em relação a referenciais mais lentos. Ou seja, alguém que viaje constantemente de avião chega ao futuro mais rápido que alguém que nunca o tenha feito, pois o tempo para ela terá passado mais lentamente e ela terá envelhecido menos.
No entanto a diferença será desprezível. Mesmo os astronautas que foram à Lua, que são os seres humanos que experimentaram as maiores velocidades de deslocamento na história, cerca de 40mil km/h, experimentaram avanços para o futuro insignificantes.
Para que uma viagem ao futuro apresente resultados perceptíveis é necessário velocidades de deslocamento muito maiores, que poderão ser possíveis futuramente. Uma nave capaz de se mover ao menos a um décimo da velocidade da luz, já apresentaria resultados bastante impressionantes.
Mas se as viagens para o futuro são teoricamente possíveis e até futuramente prováveis, as viagens para o passado ainda são altamente improváveis mesmo em ousadas especulações teóricas.
Acelerar até a velocidade da luz por exemplo, o que já é bastante improvável levando em conta nossos conhecimentos científicos atuais, apenas congelaria a passagem do tempo, permitindo que o viajante avançasse o quanto quisesse para o futuro, mas ao que parece nada sugere que seja possível ultrapassar tal limite e que mesmo o fazendo o tempo retrocederia.
Uma analogia interessante: Suponha que você esteja acostumado a percorrer o trajeto de sua casa até a casa de uma amiga em 20 minutos. Então adquire um meio de deslocamento mais rápido e passa a fazer o percurso em apenas 10 minutos. Com outro meio de transporte esse tempo passa a ser de 5, e assim por diante.
Chegaria a um ponto em que teoricamente você gastaria um tempo que tendesse a zero, ou seja, se transferiria instantaneamente de um local a outro. Mas, e se fosse possível aumentar ainda mais a velocidade, ocorreria de você chegar à casa de sua amiga ANTES de ter saído da sua?
Pelo nosso paradigma científico atual tudo indica que não. Você nunca conseguiria gastar um tempo Zero de descolamento, ainda que chegasse a um tempo desprezível muitíssimo próximo de zero. No entanto, considero ingênuo acreditar que nossas concepções científicas atuais bateram definitivamente o martelo sobre a questão, e vamos deixar em aberto a possibilidade de viagem para o passado.
Temos que recorrer então à Filosofia para compreender certas questões. Muitas coisas podem ser possíveis dependendo do contexto. Por exemplo, não temos dificuldade em imaginar que num outro Universo submetido a outras leis físicas, fosse possível ultrapassar a velocidade da luz e ou viajar para o passado. Nós podemos imaginar isso por que se trata de uma Possibilidade LÓGICA. Ou seja, ela pode ser racionalmente concebível.
Porém, se uma coisa for LOGICAMENTE Impossível, ela com certeza o será FISICAMENTE Impossível. Nós podemos conceber logicamente coisas impossíveis fisicamente, mas se uma coisa for logicamente inconcebível, ele com certeza será impossível.

PARADOXO

O problema com as viagens no tempo para o passado é que elas geralmente apresentam resultados logicamente impossíveis, PARADOXOS. E talvez o mais problemático seja o mais comum em obras de Ficção Científica sobre Viagens no Tempo:
O PARADOXO DE CAUSA E EFEITO, que diz que:
Se alguém viaja para o passado com objetivo de alterar um evento para mudar o presente, assim que o fizesse, o motivo pelo qual viajou deixaria de existir, e consequentemente a viagem também. Sendo assim, o mínimo que deveria acontecer seria a perda de memória por parte do viajante, ou seu lançamento numa realidade paralela.
Há meios de se superar essa dificuldade, mas raramente isso é feito com desenvoltura principalmente em HQs ou Filmes.
Em Os 12 Macacos, por exemplo, houve um excelente tratamento do tema, mas admitindo a impossibilidade de se alterar o passado de modo que a própria tentativa de alteração fez parte do processo.
Em minha opinião, no cinema os exemplos mais desastrosos são os de Jornada nas Estrelas, principalmente em STAR TREK VIII, onde no passado um evento principal é alterado mudando o presente, nos caso os Borgs eliminando o evento que resultaria em boa parte do avanço tecnológico humano, e então através de uma viagem os protagonistas repõem o evento principal no lugar.
Entretanto fazem inúmeras outras alterações nada insignificantes, mas que em nada afetam os acontecimentos futuros, e fica sempre a pergunta: Por que os Borgs não tentam de novo? E de novo e de novo? E se viajassem para impedir que os heróis impeçam a mudança no passado? Por que não uma outra viagem para impedir a raiz de todos os problemas? Quando isso pararia?
E o pior! Se os Borgs conseguissem impedir o tal evento, a Terra nunca teria desenvolvido tecnologias de viagens espaciais, e sendo assim nunca teria se integrado a federação e muito menos conhecido os Borgs, que também não teriam o menor interesse numa tecnologia pouco avançada, e portanto não teriam vindo à Terra.
Esse resultados são ilógicos, e podemos esclarecer isso formalizando e simplificando a questão:
1) Os Borgs vieram à Terra para assimilar sua Tecnologia Avançada.
2) Para eliminar a forte resistência dos terrestres, que se baseia em tecnologia avançada, os Borgs viajaram no tempo e prejudicaram o desenvolvimento da Tecnologia Terrestre.
3) Sem tecnologia avançada, os terrestres não puderam resistir aos Borgs.
E aqui fica clara a contradição, o item 3 entra em conflito com o item 1, se os terrestres perderam sua tecnologia avançada devido a viagem no tempo dos borgs, para que então os Borgs teriam vindo à Terra?
Em síntese: Se você viajasse para o passado para impedir uma tragédia e o conseguisse, a tragédia, que é motivo de sua viagem, deixaria de existir, sendo assim sua viagem também.
O motivo da viagem é a sua CAUSA, se esta desaparecer, a viagem, que é seu EFEITO, também desaparece.
É até concebível que isso ocorra desde que o viajante perca completamente a memória de sua viagem, pois ela também teria deixado de existir. E dessa forma seria possível que há um minuto atrás a realidade em que você vive fosse outra, mas você viajou no tempo e a alterou, de modo que agora vive numa outra realidade tendo se esquecido totalmente da realidade anterior em que viveu.
Pior! Pode ser então que a realidade que vivemos tenha sido alterada infinitas vezes, mas ninguém, nem mesmo os viajantes do tempo responsáveis, saberiam disso.
Outra forma de evitar esse paradoxo é afirmar que os viajantes na verdade passaram para uma dimensão paralela, e dessa forma eles nada mais fizeram do que escolher um Universo alternativo, e tenham se tornado seres multi dimensionais. Mas isso também implica que, para as pessoas que não sejam esses viajantes, as mudanças simplesmente não ocorrem, ou seja, se você viaja no tempo e impede a tragédia, e volta para o seu tempo sem perder a memória, você teria na verdade entrado em um universo alternativo, para o qual aquela tragédia de fato jamais ocorreu, mas o universo original permanece inalterado.
Já uma situação como a ocorrida em filmes como De Volta para o Futuro, é absurda, pois o viajante, Martin McFly, faz alterações drásticas em sua realidade e volta para ela, e ainda que ela não evolva exatamente a causa da viagem no tempo, elas deveriam estar automaticamente registradas em sua memória, ou aquela realidade para a qual ele voltou já seria um universo alternativo.
Explicando mais detalhadamente: cada vez que ele alterava um detalhe do passado de seus pais, isso resultava em mudanças no futuro. Porém ele estava de certa forma protegido dessas mudanças, talvez por não estar em seu tempo original. Quando ele volta para seu Presente encontra várias coisas mudadas e não as reconhece, isso significa que sua memória pertence à realidade anterior, ele vem de uma realidade anterior, alternativa, caso contrário, ele deveria se lembrar automaticamente de tudo, não sofrendo nenhum estranhamento com as mudanças.
Problemas como esse me levaram a formular um modo de conceber as Viagens no Tempo que alteram o Passado como formas de Viajar entre Realidades Paralelas. Não fui o único. Cada vez mais idéias similares se tornam populares, à medida que a reflexão sobre o tema aumenta, e por ser muito difícil conceber a viagem no tempo de um modo racionalmente diferente.

INFINITOS UNIVERSOS

Para explicar minha teoria, devemos ter em mente, e muito claramente, a expressão:
O UNIVERSO É INFINITO!
Contendo múltiplos sub universos. Isto é, o Universo seria um Multi Verso, com infinitas subdivisões.
Agora pensemos nas seguintes possibilidades de idealização do tempo:
Nesta idealização temos uma Linha do Tempo, que imaginamos como correndo da Esquerda para a Direita. em vermelho temos o PASSADO, e em azul o FUTURO. O PRESENTE, representado em verde, seria um intervalo infinitamente pequeno entre o Passado e o Futuro, um evento instantâneo que transforma este último no primeiro.
Foi o filósofo Santo Agostinho que, no Quarto Século da Era Cristã, teve a ousadia de ser o primeiro a questionar a natureza do tempo e perceber uma estranha contradição. Parece que o Tempo, de uma certa forma, não existe, pois o Passado não existe mais, o Futuro ainda não existe, e o Presente é infinitamente pequeno, sendo assim, como poderia existir?
Mas não foi por acaso que citei esse grande filósofo, pois ao final de sua vida, sem dúvida envolvido também nestas questões, ele se tornou Determinista, isto é, alguém que acredita que o Futuro está definitiva e inalteravelmente escrito. Opinião que é compartilhada por muitas pessoas ainda hoje.
Esta representação do tempo, acima, expressa então o Pré-Determinismo, mais conhecido por Destino, que é idéia de que todos os eventos do futuro já estão definidos e não podem ser evitados. Uma forma de expressar isso é exatamente pensando no tempo como uma linha por onde corre o presente. Agostinho, que era um filósofo cristão, se apercebeu que isso trazia um grande problema para a idéia de Livre-Arbítrio, pois como podemos ter escolha se todo o futuro já está definido? Mais informações em minha monografia DEUS ME LIVRE, que trata especificamente sobre estas questões.
Um outra forma de imaginarmos o tempo seria:
Aqui, temos um Futuro indefinido, onde várias possibilidades podem ser realizadas e, assim sendo, que não pode ser previsto com exatidão. O Presente seria então um fenômeno que converte possibilidades em fatos transformando-os em passado, de onde não mais podem ser alterados. Ao menos é assim que muitas outras pessoas costumam pensar.
Entretanto, há uma outra forma de pensar o tempo, uma forma um tanto mais ousada, onde todas as possibilidades jamais seria exatamente fechadas, mas sim ficando "sempre" em aberto. Assim seria:
Aqui teríamos então, não somente uma linha de tempo, mas várias, mais provavelmente infinitas. E todas elas paralelas. É esse o conceito de Realidades Paralelas, ou Alternativas, apresentadas em muitas obras de FC. Esta concepção sugere que tais linhas sejam independentes entre si, e que somente algum evento muito incomum poderia misturá-las.
Isso então, acaba não sendo muito diferente da idéia anterior de Determinismo, com a única diferença que tal determinismo não seria único, mas para cada ser que vivesse em um, ele seria inviolável.
No entanto, podemos também visualizar estas linhas da seguinte forma:
Vemos aqui que o Tempo seria um processo que converteria possibilidades em realidades, deixando-as no Passado. É razoável supor que o Passado, uma vez consumado, não possa mais ser alterado, mas o Futuro é livremente aberto às possibilidades. Assim, existiriam diversas realidades paralelas, todas indeterminadas, sendo convertidas pelo efeito "Presente", de, "Possibilidade de Futuro" para "Passado".
E aqui, já é importante frisar, essas possibilidades tem que ser INFINITAS! Ou seja, existiriam Infinitas realidades paralelas, Infinitos Passados consumados com todas as infinitas possibilidades.
É exatamente neste contexto que poderíamos pensar em viagens no tempo para o passado, que inclusive alterassem eventos, mas que não causassem paradoxos. Pois qualquer alteração já estaria prevista em uma das infinitas linhas de possibilidades passadas, e assim, cada vez que um viajante do tempo o fizesse, estaria na verdade saltando para um universo paralelo. Ou poderíamos pensar também que tal universo só passasse a existir assim que a alteração fosse efetuada.
O mais importante é que os eventos do presente original do viajante não seriam afetados. Se pensarmos no exemplo de De Volta para o Futuro, poderíamos exemplificar com a idéia de que Martin Mcfly, ao voltar 30 anos no tempo, retornou por sua própria linha temporal, porém ao emergir no passado, terminou por passar para uma linha paralela, permanecendo nela mesmo quando voltou ao futuro. Essa é a única forma de explicar que ele não tivesse nenhuma memória dos eventos que ele mesmo gerou.
É claro que essa teoria não salva o paradoxo no filme, pois se é assim, deveria haver um duplo, um outro Martin neste universo paralelo, que evidentemente vive normalmente em sua realidade e que não teria viajado no tempo.
Essa teoria abre possibilidade para qualquer tipo de viagem temporal, tornando qualquer possibilidade logicamente possível. É claro que ela acrescenta alguns aspectos perturbadores. A maioria das pessoas tem dificuldade em lidar com a idéia de uma infinitude de possibilidades, mas essa concepção, ou pelo menos a possibilidade de cada viagem ao passado gerar um universo paralelo totalmente novo, me parece a única forma de tornar as viagens para o passado racionalmente viáveis.
Outra consequência seriam os infinitos "eus" paralelos coexistindo nessa multiplicidade de universos, algo um tanto perturbador. Uma possibilidade de atenuar a tensão desta idéia seria que na realidade tais universos não existissem previamente, mas que fossem gerados pelas viagens no tempo, passando então a serem independentes. Porém isso leva à questão de qual seria o resultado de diversas viagens constantemente gerando realidades paralelas. Poderia isso induzir a um tipo de perturbação em todos os universos? Em especial no original?
No entanto, esse apelo ao infinito me parece impossível de ser contornado, especialmente se quisermos impedir o Determinismo, caso contrário, poderíamos pensar num grande grupo de linhas temporais paralelas, em alguns viajantes oscilando por essas linhas, mas ainda assim, pensar num nível superior de tempo, onde todas essas variações pelas linhas paralelas já estariam previstas. Desenvolvi essa teoria mais detalhadamente ao final de meu Livro Virtual Os Crononautas.

"DIMENSÕES" PARALELAS

Em verdade, pretendo ir ainda mais longe, e afirmar que qualquer concepção de viagem no tempo para o passado, independente de pretender trabalhar com paradoxos ou não, necessariamente já está pressupondo algo muitíssimo parecido com infinitos universos!
Para isso, pensemos o seguinte. O Universo é um gigantesco aglomerado de zilhões de partículas, que se movem e se alteram ao longo do tempo. Vamos imaginar que exista uma unidade de tempo fundamental, algo menor que o microssegundo, que o nanossegundo, mesmo um femtossegundo.
Um Instante Infinitesimal Indivisível, um III, ou, para simplificar, um I3.
Assim, o tempo seria uma sequência virtualmente infinita de I3, sucedendo-se um após o outro. Cada um desses instantes tem uma posição definida para cada uma das suas virtualmente infinitas partículas, e somente num I3 seguinte poderia haver qualquer variação. Isso significa, enfim, que cada I3 só é idêntico a si próprio.
Para que eu viajasse do meu presente, o I3 atual, para um I3 qualquer no passado, eu estaria pressupondo que, de algum modo, esse passado está preservado, isto é, haverá o I3 em questão com todas as partículas no seu lugar exato e específico. E então fica a questão: Como funcionaria esta "memória", este "registro" do passado?
Se houvesse um "outro" universo perpetuamente congelado em cada I3, então teríamos uma quantidade total de partículas igual a todas as partículas do universo multiplicadas por todos os I3, um número impossível até de imaginar, mas sendo assim, porque cada universo destes deveria ficar parado, e não evoluir independentemente?
Se cada I3 for definitivamente fechado e congelado, seria impossível viajar no tempo, porque não se poderia entrar num I3 passado. Isso só seria possível se cada um desses I3 fosse dinâmico, e o permitisse.
Deveria então existir exatamente essa quantidade mínima de universos paralelos: Q = I3 x TP2.
Ou seja, a Quantidade de Universos é igual ao TOTAL de I3 decorridos ao longo de toda história, multiplicado pela quantidade Total de Partículas, ou entidades mínimas que compõem o universo, ELEVADO AO QUADRADO! Para que cada mínima possibilidade de configuração do universo fosse possível. Ou seja, é mais fácil pensar em infinito!
Assim, se existem uma versão congelada do universo para cada I3, então, de certa forma, já existem inúmeros universos paralelos, embora só fossem acessíveis exatamente pelas viagens no tempo. Se tais versões não estão congeladas, então só poderia fazer parte de outras linhas de eventos contínuos.
Ou isso, ou a viagem para o passado é simplesmente impossível. A não ser que se revertesse todos os eventos, fazendo todas as transformações desacontecerem como se retrocedêssemos um filme. Mas mesmo isso seria difícil de conceber, pois qualquer força que produzisse tal efeito teria que estar fora do Universo, ou controlá-lo num nível praticamente divino. Já trabalhei essa idéia em uma de minhas estórias de FC, mas não posso dizer qual sem gerar um spoiler fatal.
Por falar em filme, é curiosa essa idéia presente na mente de qualquer concepção de viagem no tempo. Todas pressupõem, sem perceber, que de algum modo existe um registro histórico que guarda cada momento do tempo. Mas isso só poderia significar que há, em cada um desses momentos, cada I3, uma quantidade de partículas igual a do universo em qualquer outro tempo, outro I3, como já foi explicado acima. Ou então uma memória que apenas guarda informações sobre cada I3, sem tê-lo que reproduzí-lo integralmente. Ou seja, ao invés de haver infinitos I3 na linha do tempo, haveria apenas registros de como cada I3 destes era.
O problema dessa concepção, o que acaba tornando-a equivalente, é que tipo de memória poderia guardar tantas informações?
Ora, todo registro de algo que possuímos é sempre uma representação muitíssimo empobrecida deste algo. Mesmo uma versão digitalizada da uma foto impressa contém muito menos informações que a foto original, mesmo que tais informações sejam dispensáveis.
Por maior que seja a qualidade e o número de pixels de uma foto digital, se devidamente ampliada, nós chegaremos a um limite onde não há mais informação alguma. Mas a foto real pode ser sempre mais e mais escrutinada, até por microscópios, onde poderemos ver mais e mais detalhes até onde nossas tecnologias permitam.
Assim, o registro de um I3 teria que ter muitíssimo menos informação que um I3 real, a não ser, é claro, que esse banco de dados possua uma memória tão vasta quanto a quantidade total de partículas de cada I3, o que tornaria o universo ainda maior.
Fica então a questão de se tal registro, incompleto, seria suficiente para permitir resgatar informações suficientes para que a aquele I3 fosse efetivamente reconstruído. Da mesma forma como não precisamos de detalhes microscópicos para apreciar uma foto, talvez não precisássemos de maiores, ou "menores", detalhes para recriar um momento do tempo.
Mas seria realmente isso possível? Será que o universo, com toda a sua complexidade, viabilizaria que uma informação superficial fosse suficiente para recriar com exatidão um momento qualquer do passado? Como saber se uma única e ínfima partícula fora do lugar já não seria suficiente para desarranjar tudo?
Ademais, mesmo independente disso, ainda resta o problema de que seria necessária uma quantidade de matéria imensa para reconstruir tal momento do tempo, mesmo que cada detalhe subatômico não precisasse ser reconstituído com exatidão. De onde viria essa quantidade de matéria, se não de uma outra dimensão paralela?

CONCLUINDO

Aparentemente, não há qualquer outra forma racional de conceber as viagens no tempo para o passado sem apelar, de algum modo ou de outro, para realidades alternativas, dimensões paralelas ou algo que o valha.
Em sua Mensagem em meu Livro de Visitantes, Eduardo Torres declarou: "O problema dessa concepcao é que ela nega a verdadeira viagem no tempo e a transforma em 'mera' viagem interdimensional." No que parece estar certo.
E o problema parece ser exatamente isso. Literalmente falando, a viagem no tempo é impossível, mesmo a nível puramente lógico. Que seja uma possibilidade teórica admitida por uma das mais famosas e fortes teorias científicas da história, parece pura e simplesmente paradoxal. 

Marcus Valerio XR

 

Físicos enfrentam o pesadelo das viagens no tempo

Talvez esse seja o seu maior sonho, mas, para muitos físicos, a viagem no tempo é o pior pesadelo que poderiam enfrentar. "Acredito que a maioria de nós adoraria se livrar das máquinas do tempo, se tivéssemos essa possibilidade", diz Amanda Peet, da Universidade de Toronto. "Elas ofendem nossas sensibilidades fundamentais".

Existe um motivo muito simples para isso. Ainda que as leis da natureza pareçam permitir a existência de máquinas do tempo, estas violam o princípio da causalidade -a suposição básica de que as causas necessitam anteceder seus efeitos. O problema é que, até agora, ninguém conseguiu oferecer uma explicação definitiva para negar a possibilidade de que máquinas do tempo funcionem. O melhor que temos é a "conjectura de projeção cronológica" de Stephen Hawking, a qual, em resumo, sugere que existe um policial do tempo embutido na estrutura do Universo. Sempre que alguém está quase conseguindo construir uma máquina do tempo, o policial entra em ação e impede a operação antes que ela tenha a oportunidade de causar o caos no passado. No entanto, não existem provas da existência de policiais do tempo, nas leis da física, de modo que no momento a conjectura de proteção cronológica é simplesmente uma expressão de otimismo, um físico cruzando seus dedos e esperando que as coisas sejam resolvidas da melhor maneira possível.

Mas a situação talvez esteja prestes a mudar. Alguns poucos grupos de pesquisadores independentes estão alegando enfim ter discernido um vislumbre da proteção cronológica. Nos últimos 12 meses, diversas novas abordagens quanto ao enigma das viagens temporais surgiram entre os físicos. Ainda que difiram entre si, essas abordagens todas tinham uma coisa em comum: invocavam a teoria das cordas, a principal candidata à condição de "teoria unificada" hoje disponível. Sob a teoria das cordas, aparentemente, é possível fechar de vez o buraco que parecia permitir viagens no tempo.

Os físicos não teriam de se preocupar com viagens no tempo se não fosse o mais famoso físico de todos os tempos. Quando Albert Einstein desenvolveu sua teoria geral da relatividade, em 1915, inadvertidamente abriu as portas para violações generalizadas do princípio da cronologia. "A teoria geral da relatividade está completamente infestada de máquinas do tempo", diz Matt Visser, professor de Matemática Aplicada na Universidade Victoria, em Wellington, Nova Zelândia. "Ela certamente parece permitir todas essas soluções exóticas sob as quais viagens no tempo são teoricamente possíveis".

Antes que a teoria geral da relatividade surgisse, soluções como essas eram inimagináveis. No universo de Newton, a direção do tempo era, por definição, absoluta e irreversível. Até mesmo sob a teoria especial da relatividade, o primeiro tour de force intelectual de Einstein, o fluxo de tempo unidirecional não se alterava.

Mas a teoria geral da relatividade -que inclui a idéia revolucionária de Einstein de que a gravidade é o resultado da distorção do espaço e do tempo pela matéria- é uma história muito diferente. Diferentemente de teorias anteriores, ela não começa com uma estrutura global presumida para o tempo, mas simplesmente oferece regras para como o tempo é percebido em circunstâncias locais.

"Na verdade, a teoria geral da relatividade relaciona a distribuição da matéria 'aqui' à curvatura do espaço e fluxo do tempo 'aqui', mas não oferece muita informação de longa distância", diz Visser.

Devido à sua "generalidade", a relatividade geral não impõe suposições adicionais sobre a natureza do espaço e do tempo como um todo. Por exemplo, os cosmólogos não têm maneira de saber se o Universo é finito ou infinito, com base nas equações propostas por Einstein. São necessárias informações adicionais para determinar se o espaço se estende ao infinito ou se na verdade se curva sobre si mesmo. De maneira semelhante, simplesmente porque o tempo parece fluir em uma direção em nossa parte do universo, não há nada explícito, na teoria geral da relatividade, que afirme que ele não pode se comportar diferentemente em outro lugar. Algumas das soluções das equações de Einstein, em especial, levam a "curvas fechadas de caráter temporal", percursos ininterruptos pelo contínuo espaço-temporal que permitiriam que os viajantes recuassem no tempo e se encontrassem com versões passadas deles mesmos. "Isso é algo que sempre irritou os físicos", diz Visser.

E talvez seja por isso, no jargão da física relativista, que as regiões de espaço que contenham curvas fechadas de caráter temporal sejam conhecidas como "doentes". Existem pelo menos dois bons motivos para o incômodo quanto à possível existência dessas regiões. Um é o famoso paradoxo do avô. Nesse cenário você, o viajante do tempo, segue uma curva fechada de caráter temporal em direção ao passado a fim de assassinar um ancestral direto, o que impediria o surgimento das circunstâncias que levaram ao seu nascimento. A ficção científica está repleta de histórias paradoxais desse gênero, nas quais um visitante do futuro altera a História.

Um segundo problema é o igualmente intrigante paradoxo do ovo e da galinha. Suponha que alguém lhe conte a piada mais engraçada do mundo e você a seguir viaje no tempo e volte uma semana ao passado, para uma festa onde conta a piada. É claro que a piada faz sucesso e continua a ser contada, até que termina por chegar de novo a você, uma semana mais tarde, o que dá início ao circuito fechado uma vez mais. A questão é -de onde veio a piada?

Em um caso, o efeito elimina a causa; no outro, o efeito se torna a causa. No entanto, existem condições físicas que permitem que situações como essas aconteçam, como parte das soluções para as equações einstenianas.

Curvas fechadas de caráter temporal como essas não são fáceis de produzir ou explorar, evidentemente. Se as viagens no tempo são possíveis, elas só poderiam ser realizadas com tecnologia de uma escala muito superior à disponível para a civilização do século 21 (leia o texto "Sete tipos de máquinas do tempo"). Mas não é esse o ponto: o ponto é que a teoria geral da relatividade não nega essa possibilidade; ela só nos informa que viagens no tempo são dispendiosas e difíceis. Assim, será que a conjectura de Hawking está errada? A viagem no tempo seria apenas um desafio técnico a superar, em lugar de uma impossibilidade física?

Os físicos envolvidos com essa área da disciplina, sempre criativos em sua argumentação, estão interpretando a atitude relativamente permissiva da teoria geral da relatividade quanto às viagens no tempo como um sinal de que a teoria é incompleta. "Em certos sentidos, a teoria geral da relatividade é tão espantosa exatamente por prever seu próprio fim", diz Rob Myers, do Instituto Perimeter, em Ontário, Canadá. "A teoria de Einstein nos diz que só pode nos conduzir até um determinado ponto, e que depois disso será necessária uma teoria melhor a fim de que possamos compreender para onde vai a física, a partir dali".

Lisa Dyson, aluna de pós-graduação em física teórica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), concorda. "Sabemos que a relatividade não é a história toda", diz. "A teoria geral da relatividade é uma teoria da gravidade, mas existem outras forças que governam o mundo: a interação nuclear forte, a fraca e a força eletromagnética. Assim que compreendermos todas essas forças, e como se unificam, podemos descobrir, talvez, que as viagens no tempo são inconsistentes com a teoria unificada".

Hoje, as demais forças que não a gravidade são estudadas pela mecânica quântica. Por décadas os físicos vêm-se esforçando por unir a mecânica quântica e a relatividade para produzir uma teoria de "gravidade quântica". E a melhor candidata até agora é a teoria das cordas.


A teoria das cordas é uma maneira dispersa e multidimensional de descrever o Universo. Porque a causalidade é parte fundamental dessa descrição, muitos físicos esperam que a teoria das cordas descarte, de alguma maneira e explicitamente, as viagens no tempo. "A teoria das cordas é promissora como teoria de unificação da gravidade com as demais forças fundamentais da natureza", diz Dyson. "Se o nosso conceito usual de cronologia for parte integrante do Universo, a cronologia decerto deve estar protegida em algum lugar da teoria das cordas".

Em alguns casos específicos, essa expectativa começa a ser confirmada. Um desdobramento especialmente útil surgiu recentemente quando um grupo liderado pelo físico Jerome Gauntlett, então trabalhando na Universidade Queen Mary, de Londres, estava desenvolvendo uma aproximação simplificada para a teoria das cordas, conhecida como supergravidade de cinco dimensões. Ainda que seja parente próximo da teoria das cordas plena, o grupo liderado por ele descobriu que muitas das soluções aceitáveis para a supergravidade admitem viagens no tempo, de maneira semelhante à teoria da relatividade geral. "O que me surpreendeu", diz Gauntlett, "é que essas soluções se provaram bastante comuns".

Petr Horava, físico teórico da Universidade da Califórnia, em Berkeley, estava lecionando em um curso de pós-graduação sobre a teoria das cordas quando os resultados do estudo de Gauntlett foram divulgados na Internet. Ele decidiu dedicar uma aula para tratar das questões que o novo trabalho implicava, e depois atribuiu aos seus alunos como problema a questão da proteção cronológica. A idéia seria usar as ferramentas da teoria das cordas para eliminar alguns ou todos os cenários de viagens temporais que faziam parte da supergravidade pentadimensional.

Horava e um grupo de alunos decidiram trabalhar com um exemplo específico. Em 1949, o matemático Kurt Gödel encontrou uma solução para as equações de Einstein sob a qual o Universo não estava nem se expandindo nem se contraindo, mas girando rapidamente. Uma das conseqüências de viver em um Universo desse tipo é que seria possível, por meio de movimento na direção certa, chegar de volta ao ponto de partida em uma viagem antes que o viajante partisse. Na verdade, todos os pontos do Universo rotativo de Gödel existem no interior de uma curva fechada de caráter temporal.

O trabalho de Gauntlett indica que curvas fechadas de caráter temporal semelhantes permeiam a versão de supergravidade pentadimensional do Universo de Gödel. O grupo de Horava decidiu examinar as curvas fechadas de caráter temporal com a ajuda do princípio holográfico. Em sua versão mais simples, este afirma que toda a informação presente em um determinado volume de espaço pode ser representada como se existisse na superfície, ou "tela holográfica", que cerca esse espaço ("New Scientist", 27 de abril de 2002, pág 22). De acordo com o princípio holográfico, o que conhecemos como realidade é na verdade uma projeção de um holograma bidimensional.

Horava calculou que o princípio holográfico talvez tivesse alguma coisa a dizer sobre os problemas de informação apresentados pelas viagens no tempo. Assim, ele e seus estudantes aplicaram uma prescrição, calculada por Raphael Bousso, também de Berkeley, para descobrir onde está localizada a tela holográfica para qualquer solução dada da teoria geral da relatividade.

Proteja os olhos

Para sua surpresa, eles identificaram o problema quanto às viagens no tempo, no Universo de Gödel. Descobriram que, para cada observador possível no Universo de Gödel, existe uma tela holográfica que ou perfura qualquer curva fechada de caráter temporal ou a oculta do observador. Não só as curvas se tornam invisíveis como não se pode estudá-las por meio de qualquer experiência. Em um certo sentido, sugere Horava, a tela holográfica separa a realidade da ilusão, e as curvas fechadas de caráter temporal se localizam claramente do lado da ilusão. "Se a tela oculta do observador as violações da causalidade", diz Horava, "então nenhum observador no interior do Universo tem acesso a violações de causalidade".

Horava acautela que os resultados obtidos são limitados. Para começar, a holografia é uma ferramenta nova, e ainda mal compreendida, de modo que não seria necessariamente útil em situações mais complexas. E o resultado obtido para o Universo de Gödel só se aplica aos observadores que não estejam em movimento acelerado no espaço. Mas as descobertas de sua equipe apontam um caminho para lidar com um tipo específico de máquina do tempo, usando uma observação ligada à teoria das cordas.

Evidentemente, há outras máquinas do tempo a considerar. Entre as demais soluções mencionadas na análise de Gauntlett temos os buracos negros pentadimensionais giratórios conhecidos como buracos negros BMPV (em homenagem aos físicos Jason Breckenridge, Myers, Peet e Cumrun Vafa). Os buracos negros BMPV podem se tornar máquinas do tempo, mas só quando sua rotação for rápida o suficiente. Eles também são as contrapartes supergravitacionais dos buracos negros Kerr-Newman, bem conhecidos como máquinas do tempo sob as normas da teoria geral da relatividade. Dyson, que foi aluna de Horava, começou a imaginar até que ponto seria difícil construir um objeto como esse e propiciar-lhe a rotação necessária a atingir a velocidade desejada. Usando apenas um papel e uma caneta, ela deu início a uma tarefa que teria causado tremores aos deuses -construir um buraco negro pentadimensional giratório a partir do zero.

E de que maneira isso deve ser feito? Não é difícil, insiste Dyson; é mais ou menos como construir um buraco negro convencional. Você começa com o espaço vazio, e depois traz matéria de todas as direções, até que exista um volume suficiente em uma região pequena o bastante, e o buraco negro se forma. Da mesma maneira, diz ela, um buraco negro BMPV é composto de elementos constituintes trazidos de uma distância infinita, como uma concha que se contrai. Mas em lugar de matéria comum, os constituintes necessários são ondas gravitacionais e os chamados "D-branes". Os D-branes são criaturas da teoria das cordas, e a maneira mais fácil de compreendê-los é como membranas multidimensionais ou "hiper-superfícies" que habitam um contínuo espaço-temporal com 10 dimensões. No mundo matematicamente mais simples do buraco negro BMPV, os D-branes aparecem na forma de partículas e as ondas gravitacionais surgem como rugas no campo gravitacional (elas também podem ser consideradas resultados de partículas conhecidas como grávitons).

Quando os cálculos de Dyson reuniram esses constituintes para produzir um buraco negro BMPV teórico, ela descobriu um fenômeno interessante. No ponto do processo de montagem em que o buraco negro está à beira de se transformar em máquina do tempo, os blocos de construção deixam de se comportar como planejado. Em lugar de tudo convergir para o ponto, o sistema forma uma concha de grávitons, recheada de D-branes. Não há forma de manipulação matemática que consiga fazer com que os grávitons se aproximem mais. O resultado final do processo é que o buraco negro BMPV jamais se acelera a ponto de produzir uma curva fechada de caráter temporal que seja acessível.


Território proibido

Os resultados de Dyson sugerem que a maneira pela qual os D-branes e os grávitons se afetam uns aos outros -e o espaço que eles ocupam- cria um obstáculo às viagens temporais através de buracos negros TMPV. "É como se você estivesse tentando construir aquele último pedaço de sua máquina do tempo, e uma força o impedisse de mover a mão", diz Myers.

Como no caso do grupo de Horava, os resultados de Dyson só se aplicam a uma situação específica. Não podem ser encarados como prova universal da conjectura de Hawking. Por outro lado, eles demonstram que há ferramentas na teoria das cordas que podem interferir para evitar a existência de algumas espécies de máquina do tempo admitidas pela teoria geral da relatividade. "Determinar se a teoria das cordas usa o mesmo mecanismo para proibir outras espécies de viagem no tempo é algo que ainda está em investigação", afirma Dyson.

Mas porque a própria teoria das cordas continua incompleta, novas ferramentas para lidar com problemas como a proteção cronológica vão surgindo constantemente. Assim, estamos no começo do fim para as viagens no tempo? Os físicos teóricos continuam cautelosos quanto a um anúncio formal de que a possibilidade não existe. "Acredito que muitos dos pesquisadores da teoria das cordas ficariam felizes caso encontrássemos um mecanismo concreto que simplesmente proíbe a existência de curvas fechadas de caráter temporal", diz Myers. "Por outro lado, talvez em outras situações as curvas fechadas de caráter temporal existam, e temos de enfrentar todos os paradoxos e problemas que isso acarreta".

Peet também mantém a reserva quanto à questão. "Até agora, tivemos bastante sorte, mas acredito que ainda restem dúvidas bastante persistentes entre as pessoas que trabalham nessa área", diz ela. "Talvez existam exemplos de violações cronológicas que a teoria das cordas não seja capaz de impedir. Esperamos que isso não seja verdade".

Os escritores de ficção científica esperam o contrário. Até mesmo Peet, fã devota da série "Jornada nas Estrelas", admite um pesar passageiro diante da perspectiva de que as viagens no tempo sejam afinal impossíveis. "Se alguém construísse uma espaçonave capaz de viajar no tempo, eu seria a primeira a embarcar em uma missão de turismo", diz. "Quando compreendi que isso talvez não venha nunca a ser possível, fiquei um pouco triste", acrescenta. "Mas superei".

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BÓSON DE HIGGS

Bóson de Higgs

 

Bóson de Higgs
Bóson de Higgs: a simulação mostra a partícula sendo captada pelo detector CMU no Grande Colisor de Hádrons
O Bóson de Higgs, mais popularmente conhecido como a “partícula de Deus” é uma partícula que vem sendo muito discutida ao longo dos tempos, nesse ano, ela se tornou ainda mais popular devido a declaração de alguns cientistas, que afirmam que estão muito perto de desvendar a sua composição.
De acordo com a teoria, o Bóson de Higgs é uma partícula responsável pela existência de um campo que se estende por todo o Universo, um objeto que surgiu de forma espontânea e foi designado como o responsável pelo surgimento da massa das partículas, deste modo, sem essa partícula, a matéria não teria massa. Durante muitas décadas os cientistas têm trabalhado na busca por uma partícula subatômica denominada Bóson de Higgs, a "partícula de Deus". Inicialmente, o Bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que definiu sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs, o cientista, teve a ideia da existência dessa partícula enquanto caminhava em um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Assim, quando ele retornou ao laboratório, comunicou aos seus colegas que havia tido uma "grande ideia" e tinha encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.
Bóson de Higgs
A partir daí, a partícula foi nomeada como Higgs, no entanto, outros importantes trabalhos teóricos foram desenvolvidos por outros cientistas, como pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. E por que o Bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus"? A resposta é simples, em suma, assim como Deus, ela estaria em todas as partes. No entanto, essa expressão surgiu de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel, Leon Lederman, na qual o esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), esse nome foi dado em virtude às frustrações de tentar encontrá-la. Esse título, após foi modificado pelo editor para "A Partícula de Deus", a princípio por temer a reação da palavra "maldita", que talvez fosse ofensiva.
No último dia 13 de dezembro uma notícia que, muitos cientistas aguardavam a anos, rodou o mundo. Durante um seminário em Genebra, na Suíça, os Cientistas da Organização Europeia para Pesquisas Nuclear (Cern, na sigla em francês), anunciaram a suposta descoberta que poderia explicar a teoria do Big Bang na criação do mundo. Os cientistas explicaram que duas experiências separadas, o Atlas e o CMS, têm feito buscas e pesquisas independentes pelo Bóson de Higgs com aceleradores de partículas como o LHC. No seminário, os chefes do Atlas e do CMS afirmaram ter encontrado "picos" em uma mesma massa: de 124 a 125 giga elétron-volts (GeV). Ou seja, esta pode ser a chave do tesouro que os cientistas buscam a décadas.
"Ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas. Precisamos de mais dados, mas estabelecemos sólidas fundações para os apaixonantes meses pela frente", declarou Fabiola Gianotti, chefe da experiência Atlas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), em um seminário do Cern, transmitido pela internet.
Deste modo, caso seja comprovada a existência dos bósons, várias explicações sobre a expansão do universo poderão ser determinadas ou mesmo ter uma explicação mais óbvia. Essa descoberta também faria que nós tivéssemos maiores evidências sobre o “Big Bang”, a explosão que deu início ao mundo. Para tanto, pode ser que os Bósons de Higgs não existam, que eles não consigam encontrar uma explicação e uma resposta para tudo que estão procurando, deste modo, os cientistas terão mais um grande problema para resolver, precisarão rever todos os conceitos já formados sobre a origem do universo.

O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome

Indícios do bóson e o Modelo Padrão

Bruno Mansoulie, físico do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), disse a jornalistas, em Genebra, que o grande acelerador de partículas europeu "reduziu a janela na qual os cientistas acreditam que encontrarão o bóson de Higgs". A sustentação para esta busca é o desejo de preencher a maior lacuna do Modelo Padrão, uma das principais teorias das partículas subatômicas.
Desenvolvido no começo dos anos 1970, o Modelo Padrão diz haver 12 partículas que compreendem os elementos principais presentes em toda a matéria. Estas partículas fundamentais se dividem em uma sequência de seis léptons e seis quarks, batizados com nomes exóticos, como "charm" (charme), "tau" e "strange" (estranho. O Modelo Padrão também diz que as partículas conhecidas como bósons atuam como mensageiras entre as partículas de matéria. Esta interação dá origem a três forças fundamentais: a força forte, a força fraca e a força eletromagnética (há uma quarta força, a gravidade, que se suspeita que seja provocada por um bóson ainda a ser descoberto, denominado "gráviton").
O mistério, no entanto, é o que dá massa às partículas de matéria - e por que algumas destas partículas têm mais massa do que outras. A teoria que sustenta o bóson de Higgs é que a massa não derivaria de todas as partículas em si. Ao contrário, viria de um único bóson - o de Higgs - que reage fortemente a algumas partículas, e menos (ou não reage em absoluto) a outras.
Uma forma de visualizar isto é pensar em um coquetel onde há um grupo (os bósons) e recém-chegados (as partículas de matéria). Imagine o que aconteceria se um desconhecido entrasse na festa e atravessasse a sala. Apenas algumas pessoas o conheceriam e se aproximariam dele, e sendo assim, ele conseguiria cruzar o ambiente rapidamente, sem grandes obstáculos.
Mas o que aconteceria se uma celebridade entrasse? As pessoas se concentrariam em torno dela e seria mais difícil para ela cruzar o salão. Em termos físicos, esta partícula tem mais massa. "A ideia é que as partículas colidem contra os bósons de Higgs e este contato é o que as tornam mais lentas e lhes dá massa", explicou o físico e filósofo francês Etienne Klein.

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UNIVERSOS PARALELOS

UNIVERSOS PARALELOS

"Existe uma teoria muito discutida no mundo científico, chamada "Teoria dos Mundos Paralelos.
Segundo essa teoria, existiriam em outras dimensões, mundos idênticos ao nosso, com as mesmas características e pessoas, mas funcionando de uma forma diferente.
Seria esse talvez o motivo do avistamento em nosso mundo de criaturas bizarras, como também da ocorrência de estranhos fenõmenos que não podemos explicar, como desaparecimentos inexplicáveis?"
O artigo a seguir descreve essa possibilidade!
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Em 1954, Hugh Everett III, um jovem candidato ao doutorado da Universidade de Princeton, apareceu com uma idéia radical: a existência de universos paralelos, exatamente como o nosso.
Esses universos estariam todos relacionados ao nosso.
Na verdade, eles derivariam do nosso, que, por sua vez, seria derivado de outros.
Nesses universos paralelos, nossas guerras surtiriam outros efeitos dos conhecidos por nós.
Espécies já extintas no nosso universo se desenvolveriam e se adaptariam em outros e nós, humanos, poderíamos estar extintos nesses outros lugares.
Essa teoria é perturbadora e ao mesmo tempo enlouquecedora e, mesmo assim, compreensível.
Noções de universos ou dimensões paralelos, que se assemelham aos nossos, apareceram em trabalhos de ficção cientírica e foram usadas como explicações na metafísica, mas por que um jovem físico em ascensão arriscaria o futuro de sua carreira propondo uma teoria sobre universos paralelos?
Com sua teoria dos Muitos Mundos, Everett precisou responder uma questão muito difícil relacionada à física quântica: por que a matéria quântica se comporta irregularmente? O nível quântico é o menor já detectado pela ciência.
O estudo da física quântica começou em 1900, quando o físico Max Planck apresentou o conceito para o mundo científico.
Seu estudo sobre a radiação trouxe algumas descobertas que contradiziam as leis da física clássica.
Essas descobertas sugeriram que existem outras leis operando no universo de forma mais profunda do que as que conhecemos.
Em um curto espaço de tempo, os físicos que estudavam o nível quântico perceberam algumas coisas peculiares nesse mundo minúsculo. Uma delas é que as partículas que existem nesse nível conseguem tomar diferentes formas arbitrariamente.
Por exemplo: os cientistas observaram fótons - minúsculos pacotes de luz - atuando como partículas e ondas.
Até mesmo um único fóton tem esse desvio de forma.
Imagine que você fosse um ser humano sólido quando um amigo olhasse você e, quando ele olhasse de novo, você tivesse assumido a forma gasosa.
Isso ficou conhecido como o Princípio da Incerteza de Heisenberg.
O físico Werner Heisenberg sugeriu que, apenas observando a matéria quântica, afetamos seu comportamento; sendo assim, nunca podemos estar totalmente certos sobre a natureza de um objeto quântico ou seus atributos, como velocidade e localização.
A interpretação de Copenhague da mecânica quântica apóia essa idéia.
Apresentada primeiramente pelo físico dinamarquês Niels Bohr, essa interpretação afirma que todas as partículas quânticas não existem em um ou outro estado, mas em todos os estados possíveis de uma só vez.
A soma total dos possíveis estados de um objeto quântico é chamada de sua função de onda.
A condição de um objeto existir em todos seus possíveis estados, de uma só vez, é chamada de superposição.
Segundo Bohr, quando observamos um objeto quântico, afetamos seu comportamento.
A observação quebra a superposição de um objeto e o força a escolher um estado de sua função de onda.
Essa teoria explica por que os físicos obtiveram medidas opostas em relação ao mesmo objeto quântico: o objeto "escolheu" estados diferentes durante diferentes medidas.A interpretação de Bohr foi amplamente aceita e ainda o é por grande parte da comunidade que estuda física quântica, mas ultimamente a teoria de Everett dos Muitos Mundos tem recebido muita atenção.

Teoria dos Muitos Mundos:

O jovem Hugh Everett concordava com muito do que o altamente respeitado físico Niels Bohr havia sugerido sobre o mundo quântico. Ele concordava com a idéia da superposição e com a noção das funções de onda, mas discordava de Bohr em um ponto vital.
Para Everett, medir um objeto quântico não o força de um estado para o outro, mas uma medida tirada de um objeto quântico causa uma quebra no universo. O universo é literalmente duplicado, dividindo-se em um universo para cada possível desfecho da medida.
Por exemplo, digamos que a função da onda de um objeto seja tanto de uma partícula quanto de uma onda.
Quando um físico mede a partícula, existem dois desfechos possíveis: ela será medida como uma partícula ou como uma onda.
Essa diferenciação transforma a teoria de Everett dos Muitos Mundos em uma concorrente da interpretação de Copenhague como uma explicação para a mecânica quântica.
Quando um físico mede o objeto, o universo se quebra em dois universos distintos para acomodar cada um dos possíveis desfechos. Então, um cientista em um universo descobre que o objeto foi medido na forma de onda.
O mesmo cientista, no outro universo, mede o objeto como uma partícula.
Isto também explica como uma partícula pode ser medida em mais de um estado.
Pode parecer estranho, mas a interpretação dos Muitos Mundos de Everett tem implicações além do nível quântico.
Se uma ação tem mais de um resultado possível, então - se a teoria de Everett estiver certa - o universo se quebra quando aquela ação é tomada, o que continua sendo verdade, mesmo quando a pessoa decide não tomar uma atitude.
Isso significa que se você já esteve em uma situação onde a morte era um dos possíveis desfechos, então, em um universo paralelo ao nosso, você está morto.
Esse é apenas um dos motivos que faz algumas pessoas acharem a interpretação dos Muitos Mundos perturbadora.
Outro conceito perturbador da interpretação dos Muitos Mundos é que ela mina nosso conceito linear de tempo.
Imagine uma linha do tempo mostrando a história da Guerra do Vietnã.
Em vez de uma linha reta mostrando acontecimentos notáveis progredindo adiante, uma linha do tempo baseada na interpretação dos Muitos Mundos mostraria cada possível desfecho de cada ação tomada.
Dessda forma, cada possível desfecho das ações tomadas (como resultado do desfecho original) também seria registrado.
Uma pessoa, porém, não pode ter consciência de suas outras personalidades - ou até mesmo de sua morte - que existem nos universos paralelos. Então, como saberemos se a teoria dos Muitos Mundos está certa?
A certeza de que a interpretação é teoricamente possível veio no fim dos anos 90, com a experiência mental - uma experiência imaginada, usada para provar ou desmentir teoricamente uma idéia - chamada suicídio quântico.
Esse experimento mental renovou o interesse na teoria de Everett, que foi, durante muitos anos, considerada bobagem.
Desde que se provou a possibilidade dos Muitos Mundos, os físicos e matemáticos têm tentado investigar profundamente as implicações da teoria, mas a interpretação dos Muitos Mundos não é a única teoria que tenta explicar o universo, nem é a única que sugere a existência de universos paralelos ao nosso.

Universos paralelos: separados ou unidos?

A teoria dos Muitos Mundos e a interpretação de Copenhague não são as únicas concorrentes que tentam explicar o nível básico do universo.
Na verdade, a mecânica quântica nem é o único campo dentro da física que procura essa explicação.
As teorias que surgiram do estudo da física subatômica ainda são teorias, o que divide o campo de estudo de forma semelhante ao mundo da psicologia.
As teorias têm partidários e críticos, assim como as estruturas psicológicas propostas por Carl Jung, Albert Ellis e Sigmund Freud.
Desde que sua ciência foi desenvolvida, os físicos estão empenhados em desmontar o universo - eles estudaram o que poderiam observar e trabalharam sobre níveis cada vez menores do mundo da física.
Ao fazer isso, os físicos tentam atingir o nível final e mais básico e é esse nível, eles esperam, que servirá como base para compreender todo o resto.
Seguindo sua famosa Teoria da Relatividade, Albert Einstein ficou o resto de sua vida procurando pelo nível final, que responderia todas as questões da física. Os físicos se referem a essa teoria ilusória como a Teoria do Tudo.
Os físicos que estudam física quântica acreditam estar no caminho para encontrar a teoria final, mas outro campo da física acredita que o nível quântico não é o menor nível, portanto não poderia fornecer a Teoria do Tudo.
Esses físicos se voltaram para um nível subquântico teórico, chamado teoria das cordas, como sendo a resposta para tudo na vida.
O que é incrível é que durante sua investigação teórica esses físicos, como Everett, também concluíram que existem universos paralelos.
A Teoria das Cordas:
A teoria das cordas foi criada pelo físico nipo-americano Michio Kaku.
Sua teoria afirma que os blocos de construção essenciais de todas as matérias, bem como de todas as forças físicas do universo - como a gravidade - existem em um nível subquântico.
Esses blocos de construção lembrariam pequenas tiras de borracha - ou cordas - que formam os quarks (partículas quânticas) e, por vezes, os elétrons, átomos, células e assim por diante.
O tipo de matéria que é criada pelas cordas e como tal matéria se comporta depende da vibração dessas cordas.
É dessa forma que todo nosso universo é composto e, segundo a teoria das cordas, essa composição acontece por meio de 11 dimensões separadas.
Dr. Michiu Kaku

Assim como a teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas demonstra que existem universos paralelos.
Segundo essa teoria, nosso próprio universo é como uma bolha que existe lado a lado de universos paralelos semelhantes.
Ao contrário da teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas supõe que esses universos podem entrar em contato entre si.
Ela afirma que a gravidadepode fluir entre esses universos paralelos.
Quando esses universos interagem, acontece um Big Bang semelhante ao que criou nosso universo.
Enquanto os físicos têm criado máquinas capazes de detectar a matéria quântica, as cordas subquânticas ainda precisam ser observadas, o que as torna - e a teoria da qual elas vêm - totalmente teóricas. Alguns não acreditam nela, ao passo que outros pensam que ela está correta.
Então, os universos paralelos realmente existem?
Segundo a teoria dos Muitos Mundos, não podemos ter certeza, uma vez que não podemos vê-los ou senti-los de alguma forma.
A teoria das cordas já foi testada pelo menos uma vez e com resultados negativos.
O Dr. Kaku, contudo, ainda acredita que existam dimensões paralelas.
Einstein não viveu o bastante para ver sua busca pela Teoria do Tudo ser adotada por outros.
Então, se a teoria dos Muitos Mundos estiver certa, Einstein ainda está vivo em um universo paralelo.
Talvez, nesse universo, os físicos já tenham encontrado a Teoria do Tudo.



Universos Paralelos Comprovados

 Universos Paralelos ComprovadosEstá provada a existência de universos paralelos, de acordo com uma descoberta matemática de cientistas de Oxford

A primeira teoria do universo paralelo, proposta em 1950 pelo físico Norte Americano Hugh Everett, ajuda a explicar os mistérios da mecânica quântica que durante décadas permanecerá uma incógnita. No universo de "inúmeros mundos" de Everett, cada vez que uma possibilidade física é explorada, o universo divide-se. Atribuindo-se um número de possíveis resultados, cada qual é descriminado - no seu próprio universo.

Um motorista que não morra por um triz, por exemplo, pode sentir-se aliviado pela sua sorte, mas num universo paralelo ele pode ter morrido. Ainda outro universo irá assistir à recuperação do motorista depois de ser tratado no hospital. O número de possíveis cenários é infinito.

A idéia é bizarra, e por isso mesmo relegada por muitos experts na matéria. Mas uma pesquisa de Oxford empresta uma resposta matemática aos enigmas quânticos que não pode ser facilmente descartada, sugerindo que o Dr. Everett - estudante de Phd na Princeton University quando inventou a teoria - estava no caminho certo. Comentando na revista New Scientist, o Dr. Andy Albrecht, físico da University of California, afirma: "Esta pesquisa é um dos mais importantes avanços na história da ciência".

De acordo com a mecânica quântica, numa escala sub-atômica, não se pode afirmar que algo existe até que seja observado. Até agora se observou que as partículas ocupam estados nebulosos de "superposição", nos quais poderão ter spins simultâneos para "cima" e para "baixo", ou se apresentem em diferentes locais ao mesmo tempo.

A observação parece "aprisionar" um estado particular da realidade, da mesma forma que se pode dizer que uma moeda que gira é "cara" ou "coroa" quando é apanhada. De acordo com a mecânica quântica, as partículas não-observadas são descritas por "funções de onda", representando uma quantidade de múltiplos estados "prováveis". Quando o observador mede, a partícula se acomoda a uma dessas múltiplas opções.

A equipe de Oxford, liderada pelo Dr. David Deutsch, mostrou matemáticamente que a estrutura tipo "arbusto" - criada pelo universo que se divide em paralelas versões de si mesma - pode explicar a natureza de probabilidades dos resultados quânticos.

 

Estudo indica que nêutrons viajam entre universos paralelos

 Um estranho fenômeno da física pode ser explicado por nêutrons que vão e voltam entre nosso universo e outro paralelo. Experimentos em temperatura extremamente baixa feitos por Anatoly Serebrov no instituto francês Laue-Langevin revelaram que nêutrons desapareciam por curtos períodos. Agora, uma teoria tenta explicar o fenômeno.

Saiba a diferença entre matéria e energia escura aqui
Os físicos teóricos Zurab Berezhiani e Fabrizio Nesti, na Universidade de l'Áquila (Itália) reanalisaram os dados experimentais. Eles mostram na publicação especializada European Physical Journal C que o desaparecimento parece depender da direção e da força do campo magnético aplicado.
Os pesquisadores criaram a hipótese de que os nêutrons oscilam entre os dois universos com seus "nêutrons espelho". Cada uma dessas partículas teria a capacidade de transitar da sua "irmã" e de volta.
E os físicos acreditam que outras partículas, como próton e elétron, também teriam suas irmãs espelho - mas apenas as neutras conseguiriam oscilar entre universos. Estas não seriam afetadas pelas forças forte e fraca do nosso universo (responsáveis pela união do átomo), mas teriam suas próprias relações de força forte e fraca.
A hipótese de viagem entre universos paralelos coincidiria com a relação entre o desaparecimento temporário e o campo magnético e também com o que já foi descoberto sobre o fenômeno. Os cientistas afirmam que essa oscilação, contudo, dura apenas alguns segundos.
A hipótese afirma ainda que a Terra é cercada por um campo magnético formado quando o planeta captura partículas espelho que flutuam pela galáxia como matéria escura. Ou seja, a hipótese ainda explicaria que a matéria escura seria resultado da oscilação das partículas espelho vindas de galáxia paralela à nossa.
Os pesquisadores afirmam que, caso seja sustentada por mais estudos, essa hipótese explicaria várias dúvidas da física, como a própria natureza da matéria escura. "Este resultado, se confirmado por futuros experimentos, terá as mais profundas consequências para a física de partículas, astrofísica e cosmologia", dizem os físicos no artigo.

Posted by DJ BURP | às 11:52 | 0 comentários

BUDISMO E CIÊNCIA

Budismo: Teoria da criação do Universo une Budismo e Ciência

"E Brahma quebra o ovo no qual flutuava sobre o Oceano Primitivo e faz de uma metade da casca os Céus e da outra, a Terra. Depois divide-se a si próprio para dar criaturas à luz" (antigo texto brâhmane).

"Porque as teorias que são belas, frequentemente vêm a ser também verdadeiras?" (astrofísico S. Chandrasekhar).


Foi de repente... Não havia espaço ou tempo, escuridão ou luz, frio ou calor, som ou silêncio. Não havia nada, absolutamente nada, a não ser um ponto infinitesimal, uma semente cósmica sem dimensões. Como não havia espaço ou tempo exterior a este ponto, não houve propriamente uma explosão. O que aconteceu, na verdade, foi o súbito desabrochar do espaço e do tempo, que se encontravam dobrados e esmagados em uma singularidade e que se expandiram de dentro deste buraco-negro a uma velocidade fantástica, igual à da luz. Foi o Big-Bang, a partir do qual se iniciaria toda a história de nosso Universo e que tentaremos seguir até os dias de hoje e muito além, nesta breve viagem no tempo.

O Universo iniciou-se em uma deslumbrante floração, levando consigo o chamado continuum espaço-tempo das equações relativísticas de Einstein, equações estas que demonstram que a matéria e a se energia são como faces de uma moeda, podendo a energia transformar-se em matéria e vice-versa, como veremos.

Há um texto brâhmane que diz: "karma, a lei de causa e efeito, surgiu no momento em que se criou o Universo material e o espaço-temporal. Antes, havia algo existindo, sem espaço nem tempo". Dizem, por outro lado, os físicos S.Weinberg e Zel'dovich que "o Universo começou como um vácuo perfeito e todas as partículas atuais do mundo material foram criadas a partir da expansão do espaço".


Do tempo zero, o início (chamemos de t = 0), até o tempo t = 1,35 x 10 --43 seg (um quase nada...), as leis conhecidas da Física não podem ser aplicadas e os processos quânticos aí desencadeados podem apenas ser conjecturados. Este intervalo é o chamado tempo de Planck. Porém, logo após este período, deve ter havido um enorme impulso na expansão do jovem Universo. Houve uma fantástica aceleração em seu crescimento, por volta 1030 vezes (um nonilhão de vezes!) em relação ao ritmo de expansão anterior, em um infinitesimal período de tempo, uma desprezível fração de segundo! Esta fabulosa propulsão expansionista é o chamado Período Inflacionário, findo o qual o Universo voltou a crescer no ritmo anterior.

Como sabemos hoje em dia que o Universo está em expansão? Avancemos no tempo até o início do presente século. Comecemos pela chamada Lei de Hubble, que foi estabelecida pelo astrônomo americano Edwin Hubble nos anos 20. Hubble, observando galáxias no telescópio de Mt. Wilson, notou que elas se afastavam uma das outras e de nós, a uma velocidade tanto maior quanto maior fosse a distância que as separava. Além disso, três décadas atrás, descobriu-se uma radiação de fundo de 3 K (0 K = - 273ºC) que permeia todo o espaço cósmico em todas as direções. Sabe-se que esta radiação é um resíduo do Big-Bang, tal como, em analogia, as ondas sonoras se propagam e se perdem quase inaudíveis na distância. Por tudo isto, conclue-se que vivemos em um Universo em expansão. Por cálculos matemáticos simples chegamos à sua idade, que é de 15 a 20 bilhões de anos ( o dito tempo de Hubble).
A Física Quântica, por outro lado, demonstra que se o mundo material que vemos e sentimos parece estável, subjacente a ele existe todo um complexo submicroscópico onde impera a indefinição e a incerteza, onde não há fronteiras definidas, apenas uma núvem de probabilidades: é o Princípio da Incerteza de Heisenberg.

Isto é o mesmo que dizer que:"as partículas, átomos e moléculas podem talvez ser consideradas como criações mais ou menos temporárias dentro do campo ondulatório do Universo" (físico E.Schrödinger). Ou o mesmo que:
"a forma sutil de partícula não-material está aprisionada dentro dos corpos materiais. Embora a partícula material esteja sujeita à destruição, a partícula não-material, mais sutil, é eterna" (2.18, Bhagavad-Gita). Ou dizer que vivemos num imenso mar de Maya (a ilusão)...

Sabemos que o Big-Bang deve ter produzido uma enorme quantidade de partículas e anti-partículas (partículas de carga elétrica trocada, no mais, idênticas às primeiras). Estas partículas, logo após criadas, aniquilavam-se mutuamente. O Universo, pois, permanecia com sua carga elétrica total inalterada.
Deve restar uma questão na mente de muitos: o que teria existido antes deste sunnyata, desta vacuidade "onde flutuava o ovo cósmico" antes do Big-Bang ? Diremos como Sto. Agostinho de Hipona em suas Confissões: "afirmam alguns que antes de fazer o céu e a terra, Deus preparou o Geena (inferno) para os que ousassem penetrar tais assuntos". Ou podemos repetir o astrofísico Hayashi: "para mim, o que houve antes é irrelevante, pois o Universo se formou a partir de processos iniciais totalmente aleatórios e independentes de sua constituição antes do estado de máxima compressão". Ou ainda, concluir com George Gamow, um dos imortais criadores da teoria do Big-Bang: "minha resposta habitual ao papel que Deus teria desempenhado na criação do Universo, é de que Ele formulou as leis básicas da Física e deixou que os fenômenos evoluissem segundo essas leis".

Do Mavântara ao Pralaya, e o ciclo se repetirá, quem sabe? O longo dia precederá a longa noite....

"... e a Natureza e o Espírito se resolverão finalmente no Espírito Supremo..."


André Luiz S. de P. Medeiros é escritor, autor de Budismo de A a Zen, publicado pela editora Bemzen

Posted by DJ BURP | às 11:40 | 0 comentários

TUNGUSKA

O Evento Tunguska



As 7h14 da manhã de 30 de junho de 1908, a região de Poddykamenaya, mais conhecida como Tunguska, na Sibéria foi literalmente sacudida por uma explosão sem precedentes. A massiva explosão e assustadora bola de fogo que se formou destruiu parte do Lago Baikal e pôde ser vista a quilômetros de distância e sentida em boa parte da Europa.

Embora ainda seja matéria de debate, acredita-se que a explosão tenha sido resultado de um violento choque de um grande meteorito ou até de um pequeno cometa. Algumas testemunhas oculares afirmaram na época terem visto um objeto incandescente riscar o céu noturno. Contudo nenhum vestígio de meteorito foi encontrado posteriormente pelas equipes que realizaram estudos no local.

A explosão devastou uma área de mais de 2000 quilômetros quadrados de florestas e tundra. Imensas árvores foram arrancadas do chão com raízes e atiradas como palitos a centenas de metros. O impacto na vida animal e vegetal foi devastador, muito embora jamais tenha sido feita uma estimativa de quantas vítimas pereceram no choque. Em termos atuais, tamanha explosão poderia aniquilar uma cidade do tamanho de San Francisco ou Miami.

A onda de choque resultante foi equivalente a de um terremoto de grande proporção. Uma nuvem de poeira foi arremessada para o céu produzindo um fenômeno reflexivo que iluminou a noite por semanas.



Além da possibilidade da explosão ter sido desencadeada por um cometa, alguns cientistas apresentaram outras hipóteses a respeito da colossal explosão. Dentre as mais curiosas encontram-se a teoria de que a explosão tivesse sido causada por uma partícula de antimatéria rompida na atmosfera terrestre. Houve ainda a criticada teoria de que um pequeno buraco negro tivesse se formado momentaneamente na Terra. Outra teoria controversa afirma que a explosão foi resultado da queda de uma nave alienígena que se chocou a grande velocidade com o chão.

Ainda que nenhum fragmento de meteoro tenha sido encontrado no local, a teoria mais postulada aponta para um objeto celeste como o causador da explosão. Um de tamanho considerável: pesando pelo menos um milhão de toneladas.

Na época o gênio cientista Nicola Tesla testava o seu raio da morte, uma arma que deveria projetar um raio na direção do pólo e que revolucionaria totalmente a guerra. O teste da arma foi realizado um dia antes da explosão de Tunguska. Acredita-se que Tesla tenha cancelado testes posteriores e desmontado a arma por correlacionar seu projeto à grandiosa explosão na Sibéria. O uso de tal arma seria um grave risco à segurança da humanidade.

Cientistas calculam que a explosão equivaleu à detonação de 15 megatons de dinamite, cerca de 1000 vezes mais potência que a bomba de Hiroshima. Até os dias de hoje, Tunguska continua surpreendendo e alarmando cientistas como um mistério sem resposta. O que teria causado tamanha destruição? Poderia esse fenômeno se repetir? E se ele atingisse uma região densamente habitada?


Teorias Alternativas

Antes de um entendimento mais profundo sobre os mecanismos de impacto com meteoróides, diversas teorias alternativas foram criadas para explicar o evento de Tunguska. Nenhuma dessas teorias possui suporte científico hoje em dia e, apesar de algumas delas terem sido criadas por cientistas da área, hoje em dia são sustentadas principalmente por aficcionados fora da comunidade científica.

Antimatéria
Em 1941, Lincoln LaPaz, e depois em 1965, Cowan, Atluri e Libby sugeriram que o evento de Tunguska poderia ser causado pela aniquilação de um pedaço de antimatéria provindo do espaço. Entretanto, isso não explicaria os resíduos minerais encontrados por expedições ao local. Além disso não há evidência astronômica para existência de pedaços de antimatéria em nossa região do universo.

Mini buracos negros
Em 1973, Albert A. Jackson e Michael P. Ryan, físicos da Universidade do Texas, propuseram que o evento de Tunguska tivesse sido causado por um pequeno buraco negro de cerca de 1 tonelada atravessando a Terra. A falha dessa hipótese está na ausência de uma explosão de saída - uma segunda explosão do outro lado da Terra provocada pela saída do mini buraco negro. Também não há evidências de perturbações sismicas que a passagem desse objeto teria provocado no manto.

A torre Wardenclyffe
Oliver Nichelson sugeriu que a explosão poderia ter sido resultado de um experimento de Nikola Tesla na torre de Wardenclyffe, realizado durante a expedição de Robert Peary ao polo norte, denominado o "Raio da Morte".

Extra-terrestres
O presidente da Fundação de Fenomenologia Espacial, Dr. Yuri Labvin, defende uma teoria de que uma nave espacial teria colidido com um grande meteoro que viajava em rota de colisão com a Terra no ano de 1908.
A teoria foi apresentada como uma explicação plausível para o fenômeno que ocorreu em Tunguska, na Sibéria. O Dr. Labvin respalda sua teoria no fato de terem sido encontradas marcas remanescentes do painel da nave em cristais de quartzo que teriam caído após o choque com o meteoro.
Segundo o pesquisador:
"Nós não temos nenhuma tecnologia que possa imprimir essas marcas nesse tipo de cristal.(…) E foi encontrado silicato de ferro que não pode ser produzido em nenhum lugar da Terra, somente no espaço."
Outras hipóteses como uma fusão nuclear espontânea e um processo geofísico também foram levantadas.


O evento Tunguska nos dias de Hoje.

A banda Metallica fez um clipe com uma versão alternativa da historia, que ficou ao meu ver muito boa por sinal.

A explosão de Tunguska é o começo de uma história alternativa onde o evento traz um organismo alienígena que produz esporos capazes de reanimar tecidos mortos. Mais conhecidos como zumbis. Anos depois, os vermelhos usam a descoberta para sua “revolução”, lançando os esporos sobre os EUA, apenas para assistir ao caos morto-vivo tomar conta das cidades. Sua oferta de “ajuda” chega quando o coração do capitalismo opressivo já não existe mais, e robôs soviéticos gigantes dominam a operação de limpeza dos antigos Estados Unidos, agora parte da triunfante União Soviética. Mas brincar com zumbis pode ter feitos colaterais.

Posted by DJ BURP | às 04:47 | 0 comentários

ANJOS CAÍDOS

Anjos Caídos, Demônios e Nefilins.

  Na teologia protestante e católica, o Anjo Caído ou Anjo Decaído é um anjo que cobiçando um maior poder, acaba se entregando "às trevas e ao pecado". O termo "anjo caído" indica que é um anjo que caiu do Paraíso. O Anjo Caído mais famoso é o próprio Lúcifer, também conhecido por interpretações erradas como Satanás ou Diabo. A idéia de anjos caídos fornece a falsa explicação para a existência do inferno e de demônio na religião católica, já que segundo algumas escrituras o inferno, o mal e o demônio existem antes dos Anjos Caídos.


Os Anjos Caídos são bastante comuns em histórias de conflitos entre o bem e o mal.
Junto com Lúcifer, vários anjos caídos se instalaram na terra, pois tinham livre acesso ao inferno e a Terra. Segundo a Bíblia, há textos que afirmam vários deles terem procriado com humanos e dado origem a uma nova raça chamada de neefilins (ou mais conhecidos como Híbridos). Cogita-se também que eles tenham sumido após o Grande Dilúvio, que teria sido produzido justamente com essa intenção, porém, por causa de suas passagem diretas inferno-terra, se salvaram e continuam aqui.
É importante lembrar que são nove os anjos caídos mais conhecidos, e que nem todos são malignos como muitos dizem. Dos nove anjos caídos:

  • Três dos anjos foram expulsos por grandes ambições;
  • Dois por amar;
  • Um por ter ajudado Lúcifer a conseguir o poder: Azazel
  • Um não se sabe a razão, acredita-se que ele foi expulso simplesmente por ter ajudado Lúcifer no início da revolta.


Lúcifer

 Lúcifer (em hebraico, heilel ben-shachar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros) representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva, o planeta Vênus, mas também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Querubins, como descrito no texto Bíblico do Livro de Ezequiel, no capítulo 28. Nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan, que significa simplesmente adversário). Atualmente discute-se a probabilidade de Lúcifer ter sido um Rei Assírio da Babilônia.

O nome Lúcifer ocorre uma vez nas Escrituras Sagradas e apenas em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa, geralmente usado na "Vulgata" para referir a "Estrela da Manhã", ou um "filho do sol". Por exemplo, a tradução de Figueiredo verte Isaías 14:12: "Como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante?"

Lúcifer (do latim Lux fero, portador da Luz, em hebraico, heilel ben-shahar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros) significa o que leva a luz', representando a estrela da manhã, o planeta Vênus, que é visível antes do alvorecer. A designação descritiva de Isaías 14:4, 12, provém duma raiz que significa "brilhar" (Jó 29:3), e aplicava-se a uma metáfora aplicada aos excessos de um "rei de Babilônia", não a uma entidade em si, como afirma o pesquisador iconográfico Luther Link,"Isaías não estava falando do Diabo.Usando imagens possivelmente retiradas de um antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei babilônico"


 

Conceito da Igreja Católica

Segundo a Igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Querubins. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus, "O Homem", e revoltou-se contra Deus. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos revoltosos; já os anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper o homem; do outro lado Deus, os anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra as forças de Lúcifer.

A aparência de Lúcifer pode variar; acredita-se que ele (chamado agora de Diabo), pode assumir a forma que desejar, podendo passar-se por qualquer pessoa. Seu aspecto físico criado pela Igreja em seus primeiros séculos (e posteriormente herdado pelas várias religiões cristãs) fora copiado de várias entidades das mitologias e religiões de diferentes povos antigos (não exatamente ligadas a maldade); Seu reino, os Infernos, sofreu influência do Tártaro da mitologia grega, morada de Hades, local para onde iam as almas dos mortos, cuja porta de entrada era guardada por Cérbero, o Cão de três cabeças; seus chifres eram de Pã, uma entidade grega protetora da natureza; sua fama de representar uma força eternamente em conflito com Deus veio do Zoroastrismo. Ainda encontramos coincidências com as crenças dos antigos Egípcios, quando se acreditava que o Deus Anúbis (o Chacal) carregaria a alma dos mortos cujo coração ao ser pesado numa balança, seria mais pesado que uma pluma.

Durante a "baixa Idade Média", entretanto, que o "Anjo Decaído" ganhou a hedionda aparência com a qual o conhecemos hoje; asas de morcego, pés de bode, olhos de fogo, chifres enormes na cabeça, olhar aterrorizante, etc. A idade das trevas fora um momento fértil para a propagação de crenças nas ações de forças demoníacas agindo sobre o mundo. Os milhões de mortos nas epidemias de peste negra geraram, juntamente com a ocorrência de guerras sangrentas, a ideia de que "o Anticristo estaria atuando no mundo". Foi aí que Lúcifer passou a representar a personificação do mal da forma mais intensa e poderosa que conhecemos hoje. Surge a crença de que para cada ser humano vivo na Terra, Lúcifer criou um Demônio particular, encarregado de corromper aquele indivíduo; já Deus, não poderia deixar por menos, e criou para cada ser humano um "Anjo da Guarda" ao qual incumbia da missão de proteger e zelar pela alma daquela pessoa.

Interessante observar que o próprio Jesus Cristo é a estrela da manhã que ilumina até o fim dos tempos toda escuridão (trevas), como em Apocalipse 22:16 onde está escrito: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo. Ele atestou para vocês todas essas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, sou a estrela radiosa da manhã.". Assim como em II Pedro 1,19 que diz: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumina em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela D'alva apareça em vossos corações.".

A palavra Lúcifer significa "o portador da luz" ou "o portador do archote" (a palavra tem sua origem no latim, lux ou lucis com o significado de "luz"; ferre com o significado de "carregar"). Ou seja, de acordo com a origem, seu significado é "aquele que carrega a luz". Apesar de Satanás ser originalmente conhecido como Lúcifer, perdeu seu posto ao desejar subir a alturas acima de Deus e de Seu Ungido (Jesus Cristo).

 


Outras opiniões

Muitos exegetas afirmam que não existe fundamentação bíblica para identificar Lúcifer como o Satã tentador. Esta confusão com Satã foi ocasionada por uma má interpretação de Isaías 14:12-15: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao (Seol) inferno, ao mais profundo do abismo.".

Esta interpretação é geralmente atribuída a São Jerônimo, que ao traduzir a Vulgata atribuiu Lúcifer ao anjo caído, a serpente tentadora das religiões antigas, embora antes dele esta interpretação não existisse. Oficialmente a Igreja não atribui a Lúcifer o papel de Diabo, mas apenas o estado de "caído" (Petavius, De Angelis, III, iii, 4).
Por exemplo, a enciclopédia Estudo Perspicaz das Escrituras, vol.1, pág, 379, explica que "o termo "brilhante", ou "Lúcifer", é encontrado na "expressão proverbial contra o rei de Babilônia" que Isaías mandou profeticamente que os israelitas proferissem. De modo que faz parte duma expressão dirigida à dinastia babilônica.

Que o termo "brilhante" é usado para descrever um homem e não uma criatura espiritual é notado adicionalmente na declaração: "No Seol serás precipitado." Seol é a sepultura comum da humanidade — não um lugar ocupado por Satanás, o Diabo. Além disso, os que vêem Lúcifer levado a essa condição perguntam: "É este o homem que agitava a terra?" É evidente que "Lúcifer" se refere a um humano, não a uma criatura espiritual. — Isaías 14:4, 15, 16."
Por que se dá tal ilustre descrição à dinastia babilônica? Temos de dar-nos conta de que o rei de Babilônia seria chamado de brilhante apenas depois da sua queda e de forma escarnecedora. (Isaías 14:3)
O orgulho egoísta induziu os reis de Babilônia a se elevarem acima daqueles à sua volta. A arrogância da dinastia era tão grande, que ela é retratada fazendo a seguinte declaração jactanciosa: "Subirei aos céus. Enaltecerei o meu trono acima das estrelas de Deus e assentar-me-ei no monte de reunião, nas partes mais remotas do norte. . . . Assemelhar-me-ei ao Altíssimo." — Isaías 14:13, 14.

As "estrelas de Deus" são os reis da linhagem real de Davi. (Números 24:17) A partir de Davi, essas "estrelas" governavam desde o Monte Sião, e com o tempo, o nome Sião passou a ser aplicado a toda a cidade. Por decidir subjugar os reis judeus e depois removê-los daquele monte, Jerusalém, Nabucodonosor declara sua intenção de se colocar acima dessas "estrelas".

Em vez de atribuir a Deus o mérito dessa vitória sobre eles, coloca-se arrogantemente no lugar Dele.
Portanto, é depois da sua queda que a dinastia babilônica é chamada zombeteiramente de "brilhante".
Com certeza a arrogância dos governantes babilônicos realmente refletia a atitude de Satanás, o Diabo também chamado de o "deus deste sistema de coisas" ou o "deus deste mundo".-(2 Coríntios 4:4)
"Satanás também anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus. Mas a Bíblia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás".- it-1 379.
 


Azazel


De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus . Nos escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico , identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte . Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de gigantes . O Livro das Revelações , de Abraão , descreve-o como uma criatura impura e com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim . No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim . A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino Alexis . Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios a saber : RIRITH, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam de Lilitu . Antiga tradição popular judaica afirma que Lilith teria sido a primeira mulher de Adão , BERGAR , cujo sentido é o de maligno e comparado, por São Paulo, como anticristo , e ASMODEU , conforme já esclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara .

O nome de Azazel (como poder sobrenatural) significa "deus-bode". Na demonologia mulçumana, Azazel é a contraparte do demônio que refusou a adorar Adão ou reconhecer a supremacia de Deus. Seu nome foi mudado para Iblis (Eblis), que significa "desespero". Em Paraíso Perdido (I, 534), Milton usa o nome para o porta bandeiras dos anjos rebeldes.



Lilith



Lilith é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.
Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.
Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi eliminada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.
 


Samael

Não sei bem se Samael é um anjo caído que virou demônio ou ainda é um anjo normal. Pois ele se casou com Lillith. Mas, na dúvida aí vai um pouco sobre o “Veneno de Deus”:
Segundo a etimologia, Samael significa Veneno (sam) de Deus (El). Também é chamado de acusador, sedutor, deus-cego e destruidor.

Na Cabala é um dos 7 Anjos que estão diante do Trono de Deus (como mencionados no Apocalipse de São João) são representações dos Poderes Divinos. Tais poderes cósmicos podem ser polarizados tanto positiva quanto negativamente dentro do ser humano. A Polaridade negativa da energia cósmica de Samael é simbolizada por um anjo caído, cuja consorte é Lilith.
Nas tradições judaicas é identificado como o Anjo da Morte, o chefe do quinto céu e um dos sete regentes do mundo material servido por milhões de anjos.
Conta-se que Samael tomou Lilith como sua esposa depois que esta foi repudiada por Adão. Segundo o Rabi Eliezer, ele foi o encarregado de tentar Eva. Após seduzí-la e copular com ela, engendrou Caim.
Também é considerado o anjo que lutou com Jacó e o anjo que sustentou o braço de Abraão no momento do sacrifício de Isaque. Segundo a cabala é descrito como a "ira de Deus" e é considerado o quinto arcanjo do mundo de Briah. Foi o anjo guardião de Esaú e patrono do Império Romano.
Samael está também relacionado a todos os anjos da prostituição e da fornicação tais como: Eisheth Zenunium, Naamah y Agrat bat Mahlat, etc.
Samael corresponde a Sefirot Hod, significando "o mentiroso". Os demônios associados a ele são descritos como monstros amarelos com corpo de cachorro e cabeça de demônio. Hod também está associado ao racionalismo, ao intelectualismo e ao oculto. Assim sendo, Samael se converte no mentiroso, aquele que se utilizando de palavras inteligentes e racionais nega a existência de Deus e de qualquer ser acima do EU.

Nas tradições cristãs de origem gnóstica (Evangelho Apócrifo de João) encontrado na Biblioteca de Nag Hamadi, Samael é o terceiro nome do demônio Demiurgo cujos outros nomes são: Yaldabaoth e Saclas. É neste contexto que o seu nome significa "deus-cego". É retratado por uma serpente com rosto de leão e é filho do Eon Sophia contra a qual se rebela. No livro intitulado "As Origens do Mundo" que faz parte da mesma biblioteca, Samael também é chamado de Ariael.
Segundo as tradições cristãs canonicas, Samael era Lúcifer, o Querubim cobridor (Lucifer = Anjo de Luz), o anjo que estava mais próximo de Deus. Ao querer usurpar o trono de Deus fazendo-se igual a ELE, reuniu um terço das milicias celestes e travou uma batalha com as hostes angélicas fiéis, sendo precipitado pelo arcanjo Miguel (cujo nome no original é Mikha'El e significa "Quem é como Deus" [uma afirmação e não uma pergunta]) no Hades (Inferno). Enquanto caia no Tártaro, Miguel e os anjos fiéis bradaram: Samael! Samael! Samael! aludindo-o a queda daquele que desejava ser como Deus mas havia se transformado em Satanás. Todavia nem uma referencia Biblica justificaria essa afirmação de que Satanás fora lançado no Inferno. Muito pelo contrário, no livro de Jó encontra-se a afirmativa de que satanás estava a rodear a terra.(A.F.D 2010)


Referências Bíblicas

"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo." (Isaías 14:12à14)
"Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos." (Apocalipse 12:7à9)
 


Nefilins


Na Bíblia esta palavra refere-se aos heróis da antigüidade, que eram homens perversos que viveram na mesma época do relacionamento entre os "Filhos de Deus" e as "filhas dos Homens". É por isso que foram por muitas vezes considerados como sendo o resultado dessas relações, mas as Escrituras apenas dizem que eles habitavam a terra na mesma época. A maior testemunha disso é Flávio Josefo, que faz uma distinção entre os gigantes e o fruto das relações entre os "Filhos de Deus" e as "filhas dos homens", quando afirma em sua obra: "... e os grandes da terra, que se haviam casado com as filhas dos descendentes de Caim, produziram uma raça indolente que, pela confiança que depositavam na própria força, se vangloriava de calcar aos pés a justiça e imitava os gigantes de que falam os gregos." (Antiguidades Judaicas). Aparece pela primeira vez em Gênesis 6 traduzido como Gigantes, na maioria das versões bíblicas.
Os Nefilins são chamados filhos dos "filhos de Deus [ou "anjos", na LXX]". Na tradução Almeida (ALA),"filhos de Deus" se refere aos descendentes de Sete, como podemos ver em Deuteronômio 14,1 e Oséias 1,10. Nessa mesma tradução o hebraico nefilím é vertido por "gigantes". Os Nefilins são descritos como "os poderosos [em hebr. hag gibborím] da Antiguidade" e os "homens de fama [ou "heróis", MC]". Segundo o relato de Gênesis 6,2, os filhos de Deus [ou descendentes de Sete] tiveram filhos com as filhas dos homens [ou descendentes de Caim]. Esse acontecimento era completamente contrário ao Propósito Divino.
Diz a narrativa que Deus teria decretado um dilúvio, após a ocorrência do mesmo toda aquela sociedade humana seria destruída e o homem passaria a viver, no máximo, um período de 120 anos. Naquele momento, Deus se "arrependeu de ter criado a humanidade", somente Noé e sua família, tinha aprovação de Deus. (6:3,5-11) O relato termina com dilúvio bíblico a eliminar toda aquela sociedade humana juntamente com os Nefilins, os filhos dos filhos de Deus. Por fim, recomeça uma nova humanidade e Deus renova o Seu Propósito para com a humanidade. (1:28-30; 9:1-17) Segundo a tradição judaico-cristã, os genitores dos Nefilins terão desmaterializado-se, tornando-se novamente seres espirituais. São identificados ao longo da Bíblia "anjos decaídos", "espíritos impuros" ou "demônios", os quais diferem dos nephilins por referirem-se aos chamados vigilantes, uma espécie inferior de 'anjos' (segundo o Livro de Enoch), sendo tais os anjos que copularam com as filhas dos homens e engendraram esta raça híbrida.


Similariedades com os sumérios
Alguns estudiosos sustentam a teoria da associação dos Anunnaki a estes bíblicos Nephilin, enquanto que outros, como Zecharia Sitchin vão mais além, ligando-os a todos os mitos pagãos da Antiguidade.
De acordo com Sitchin, os Nefilim (gênesis 6, salmo 82) supostamente seriam os habitantes de Nibiru/Marduk, hipotético 9º planeta do sistema solar. Os sumérios tinham grandes conhecimentos de astronomia para sua época.
 


Conceito cristão bíblico-judaico
Os téologos e estudiosos da Bíblia até hoje divergem sobre a natureza dos Nephilim e dos "Filhos de Deus", mencionados em Gn 6. Há duas possíveis interpretações:


  • G. H. Pember argumenta em favor da teoria que diz que os "Filhos de Deus" de Gn 6 são na verdade anjos que vieram a Terra para terem intercurso com mulheres, tiveram filhos, sendo por isso punidos e lançados no inferno, segundo a Segunda Epístola de Pedro 2:4 (é interessante notar que no original a palavra não é "inferno", e sim "tártaro" o que pode implicar um lugar diferente), e seus filhos se tornaram pessoas híbridas, metade humano, metade angélico (ver As Eras Mais Primitivas da Terra). Essa teoria é defendida por teólogos como John Fleming, S. R. Maitland, Caio Fábio (idéia advogada no seu livro de ficção Nephilim), Charles Ryrie, em sua Bíblia de estudo e pela maioria dos primeiros cristãos. Esteve em voga na Idade Média É também o ponto de vista de Fílon de Alexandria e dos apócrifos de Enoque e do Testamento dos Doze Patriarcas.
  • Teoria de que não eram anjos, mas sim descendentes de Sete, que ainda seguiam a Deus. As "filhas dos homens" eram filhas de Caim, afastadas de Deus, e seus filhos foram heróis posteriormente, mas a Bíblia considera-os caídos, porque se afastaram de Deus. Argumenta-se que os anjos não podem procriar e que "filhos de Deus" referia-se aos seguidores de Deus. Essa teoria foi propagada por Agostinho, C. I. Scofield, Gordon Lindsay, entre outros, sendo a mais aceita. (ver uma defesa desta teoria).
Há outras teorias mais estranhas como a de pano de fundo evolucionista que diz que os "filhos de Deus" eram descendentes de Adão e as "filhas dos homens" de uma raça inferior, como, por exemplo, a Neandertal.

Outra teoria diz que os Nefilins existem até hoje. Aparentemente são pessoas comuns que nem sabe de sua estranha e complexa origem.

Posted by DJ BURP | às 04:33 | 0 comentários