PUNK

ALTERNATIVE,EMOCORE,HARDCORE,PUNK,GOTH,BLACK METAL...
























 



































































Denomina-se cultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação.
A partir do fim da década de 1970 o conceito de cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão Movimento Punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da gangue ou ramificação/submovimento que ele pertence. O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos —seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.
Apesar de atualmente o conceito movimento punk ser a interpretação mais popular de cultura punk, nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo punk como uma manifestação fundamentalmente cultural e ideologicamente independente, cujo o aspecto revolucionário se baseia na subversão não-coerciva dos costumes do dia-a-dia sem no entanto se apegar a um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada.
Esta diferença de postura entre o movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, às vezes violentos, que ocorrem no encontro destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.
Origem
New York Dolls
Originalmente o punk surge por volta de 1975 como uma manifestação cultural juvenil semelhante aos da década de 1950 e 1960: era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento. Esta primeira manifestação punk, o estilo punk rock, surge primeiro nos Estados Unidos com a banda The Ramones por volta de 1974 e é caracterizada por um revivalismo da cultura rock and roll (músicas curtas, simples e dançantes) e do estilo rocker/greaser (jaquetas de couro estilo motociclista, camiseta branca, calça jeans, tênis e o culto a juventude, diversão e rebeldia). Enquanto o rock and roll tradicional ainda criava estrelas do rock, que distanciavam o público do músico, o punk rock rompeu este distanciamento trazendo o princípio da música super-simplificada (pouco mais que três acordes, facilmente tocados por qualquer pessoa sem formação mínima musical) e instigando naturalmente outros adolescentes a criarem suas próprias bandas. O punk rock chega à Inglaterra e influencia uma série de jovens pouco menos de um ano depois.
Na Inglaterra o princípio de que "qualquer um pode montar uma banda" e o espírito renovador do punk rock se mesclaram a uma situação de tédio cultural e decadência social, desencadeando o punk propriamente dito. Extremamente empolgado pela apresentação dos Ramones, Mark Perry abandona seu emprego e produz o primeiro fanzine punk, o Sniffin' Glue ("cheirando cola"), com a intenção de promover esta nova agitação cultural. O fanzine foi o símbolo marco para o faça-você-mesmo punk, não tinha quase nenhum recurso financeiro e era marcado pelo estilo visual deliberadamente grosseiro e com senso de humor ácido. Os Sex Pistols, antes uma banda de punk-rock comum, se torna um projeto mais ambicioso com a tutela de Malcom McLaren e a inclusão de um vocalista inventivo e provocador, Johnny Rotten. A banda passa a usar suásticas e outros símbolos nazi-fascistas, além de símbolos comunistas e indumentária sadomasoquista num agressivo deboche dos valores políticos, morais e culturais (influenciados e patrocinados por Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, amigos aficcionados pelas idéias Dadaístas e Situacionistas). Além de ridicularizar clássicos do rock and roll, as músicas da banda costumavam demonstrar um profundo pessimismo e niilismo, agredindo diretamente diversos elementos da cultura vigente, sempre em tom sarcástico e agressivo. Logo chamam a atenção de entusiastas que começam a acompanhar os shows produzindo eles próprios de forma caseira estilos de roupas e acessórios, em geral rearranjos de roupas tradicionais como ternos, camisas e vestidos, com itens sadomasoquistas, pregos, pinos, rasgos e retalhos. Essas características —sarcasmo, interesse pelo grosseiro e o ofensivo, valorização do faça-você-mesmo, reutilização de roupas e símbolos de conhecimento geral em um novo contexto bizarro, crítica social, desprezo pelas ideologias, sejam políticas ou morais, e pessimismo— somado ao estilo empolgante e direto do punk-rock definiram a primeira encarnação do que hoje entendemos como cultura punk. A partir de 1977 esta postura punk se tornou um fenômeno impactante na maior parte do mundo e pouco a pouco foi se transformando e ramificando em sub-gêneros.
Sub-gêneros
As divergências éticas e comportamentais ou o simples desenvolvimento de certos estilos dentro e em harmonia com o punk criaram ao longo de sua história vários sub-gêneros que vão desde a criação de filosofias de vida à mera formação de um estilo musical e de vestuário particulares. Veja a lista de artigos sobre os sub-gêneros punk.
Música
Toy Dolls
O primeiro aspecto cultural punk desenvolvido foi o estilo musical. A música punk desde suas origens até os dias de hoje passou por diversas mudanças e sub-divisões, englobando características que vão do pop-rock irônico e politicamente indiferente ao ruidoso discurso político panfletário. Apesar disso, nos diversos estilos de música punk o caráter anti-social e/ou socialmente crítico é bastante recorrente e a ausência destas características é vista por alguns como justificativa para o não-reconhecimento de uma banda como sendo do estilo punk. Estilos muito distintos do punk-rock também são desconsiderados com freqüência.
O estilo punk-rock tradicional caracteriza-se pelo uso de poucos acordes, em geral power chords, solos breves e simples (ou ausência de solos), música de curta duração e letras sarcásticas que podem ser politizadas ou não, em muitos casos uma manifestação de antipatia à cultura vigente. Estas características não devem ser tomadas como uma definição geral de punk-rock pois bandas e variações bem difundidas do gênero apresentam características muitas vezes antagônicas a estas, como por exemplo as músicas longas e complexas do Television, o experimentalismo cacofônico do Crass, a tendência de sociabilização das bandas de hardcore moderno e o discurso sério de algumas bandas politizadas.
As mais difundidas correntes musicais punks são as descendentes do estilo punk rock original, que mantém certas características sonoras em comum com sua origem e que podem ser classificadas como Rock. Destacam-se o hardcore, oi!, grindcore, crustcore e Ska punk. Existem também estilos que não têm como origem direta o punk-rock ou que se transformaram de tal forma que se tornaram notavelmente distintas. Entre eles estão o reggae punk, pós-punk, synth-punk e outros. Há ainda outras correntes nitidamente semelhantes ao punk cujo o reconhecimento como parte do estilo não é unânime entre punks, em geral por demonstrarem uma atitude controversa ou não relacionada com o esteriótipo, como o caso da new wave.
O gosto por certas bandas é algumas vezes interpretado como identificação de um indivíduo a um certo grupo, especialmente entre aqueles que defendem o caráter ideológico da cultura punk. Por exemplo, bandas como Histeria, Vírus 27 e Garotos Podres podem ser repudiado por grupos anarquistas pelas relações desses artistas com a cultura skinhead e careca, enquanto estas mesmas bandas podem ser bem aceitas e favoritas entre punks que não sejam anarcopunks. Da mesma forma que os outros elementos culturais, o porte de símbolos de certas bandas comumente associadas a determinados grupos ideológicos muitas vezes desencadeiam a hostilidade e a violência de adeptos de gangues e grupos do movimento punk com ideologias contrárias...
Moda punk
Jovem punk com cabelo moicano
A moda é, junto à música, o aspecto cultural mais característico e evidente do punk. O termo moda, no entanto, não é bem aceito pela maioria dos punks e influenciados pela cultura punk pois é entendido estritamente como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência. Costuma-se empregar o termo estilo, com o significado de "roupa como afirmação pessoal" (apesar deste também ser um dos significados da palavra moda), ou mais comumente ainda o termo visual, utilizado em quase toda a cultura alternativa brasileira, não somente no meio punk.
O estilo punk pode ser reconhecido pela combinação de alguns elementos considerados típicos (alfinetes, patches, lenços à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, brincos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano,(colorido ou espetado, etc) ou espetado por inteiro (dos lados, atrás e em cima) e em alguns casos lapis ou sombra no olho, sendo esta combinação aleatória ou de acordo com combinações comuns à certos sub-gêneros punk, ou ainda o reconhecimento pode ser pelo uso de uma aparência que seja desleixada, "artesanalmente" adaptada e que carregue alguma sugestão ou similaridade com o punk sem necessariamente utilizar os itens tradicionais do estilo.
A moda punk, em sua maioria, é deliberadamente contrastante com a moda vigente e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos socialmente —no entanto um número considerável de punks e alguns sub-gêneros apresentam uma aparência menos chamativa (por exemplo o estilo tradicional hardcore). Há também indivíduos intimamente ligados a esta cultura que não têm nenhum interesse ou deliberadamente se recusam a desenvolver uma aparência punk, em geral motivados pelas diversas críticas que a moda punk recebeu durante sua história (veja o artigo principal: moda punk).
As variações dos elementos das roupas punk e o surgimento de ramificações de estilo estão associados, na maioria dos casos, ao surgimento de novos sub-gêneros musicais, influências ideológicas e de elementos de outras culturas que em determinados momentos dividiam mesmo espaço com o punk. A idéia popularmente difundida e equivocada de que todos os elementos do esteriótipo punk foram "planejados" cuidadosamente como simbolismo da ideologia libertária/anarquista —por exemplo o coturno, originalmente trazido a cultura punk por influência da cultura skinhead, que é comumente e erroneamente justificado como símbolo de repúdio ao Exército— é com freqüência aceita entre novos punks que acabam desta forma propagando e conseqüentemente agregando pouco-a-pouco um sentido simbólico que não existia anteriormente à moda punk.
Enquanto o estilo punk desligado de um movimento costuma utilizar com liberdade os elementos, combinando peças intuitivamente e utilizando outros itens que não fazem parte do estilo clássico, os membros dos diversos grupos do movimento punk consideram fundamental algumas combinações tradicionais de elementos, uma vez que elas identificam o grupo (e conseqüentemente a ideologia) específico que o indivíduo pertence.
Em diversos países, incluindo o Brasil, a roupa é na maioria das vezes o elemento que desencadeia as brigas de rua entre gangues, membros de grupos divergentes do movimento punk e outros movimentos que repudiam o punk. A combinação arbitrária de elementos costuma não ser bem vista por punks de gangues e sub-grupos do movimento pois é interpretada como uma demonstração de ignorância sobre os costumes, a aparência e as ideologias punk ou fruto de uma tentativa da cultura vigente se apropriar desse estilo. Este desentendimento pode culminar no desprezo, ridicularização ou hostilidade para com o indivíduo ou, nos casos dos grupos violentos, na coerção, furto de peças e agressão.
Comportamento
Ideologia
Ficheiro:Circle-A blue.svg
Desde o seu início, o Punk teve ideias apartidárias e a liberdade para acreditar ou não em um deus ou religião qualquer. Porém, por causa do tempo de existência, seu caráter cosmopolita e amplo, ocorreram distorções de todas as formas, em diversos países, dando ao movimento Punk uma cara parecida mas totalmente particularizada em cada país.
Por se assemelhar em diversos aspéctos com o anarquismo (posteriormente, a principio o movimento punk era apolítico), punks e anarquistas passaram a colaborar entre si e muitas vezes participando das ações.
Passaram então a existir muitos punks que também eram realmente anarquistas, e posteriormente surgiu o anarcopunk, este ganhou um novo rumo com redirecionamento a uma nova militância política, com discursos e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas.
Como a maior parte dos movimentos populares, o movimento punk tem quase tantas nuances quanto o número de adeptos, mas em geral sustentam valores como anti-machismo, anti-homofobia, anti-fascismo, amor livre, antilideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolismo.
Existem outras vertentes do movimento como o oi! caracterizado pelo relacionamento de punks e skinheads, ou o straight edge que se auto-denominam "livres de drogas" não fazendo uso de nenhuma substância que altere o humor, incluindo o álcool e a nicotina.
A outra vertente, talvez a mais tradicional e/ou original do Brasil, são as gangues, que estiveram presentes desde o começo deste movimento, principalmente em São Paulo, onde existem até hoje. São famosas pelo uso da violência e união de seus integrantes, geralmente andam em grupos não tão numerosos. Chegam a ser mais de 10 facções em São Paulo, sendo as principais só quatro delas, que são originais do começo do movimento e talvez as mais respeitadas.
Alguns punks evitam relações com a mídia tradicional por filosofia, e é bem comum que não seja de conhecimento público o nome de escritores de zines - publicações alternativas, poetas, artista plásticos, bandas, já que cada componente do seu grupo faz sua própria mídia, através da propaganda, que consiste na publicação de zines, promoção de eventos como palestras, gigs (expressão idiomática inglesa que significa "show" ou "festival", utilizada na cultura alternativa britânica e que foi adotada por alguns punks brasileiros), passeatas, panfletagens e sistemas de boletins-noticiários.
Essa característica do movimento punk acarreta problemas para os seus integrantes que por algum motivo adquirem espaço na grande mídia, como foi o caso do cantor e atualmente apresentador de programa de televisão, o brasileiro João Gordo, vocalista da banda Ratos de Porão e considerado por muitos adeptos do movimento punk brasileiro como traidor.
Linha do tempo
A moda é, junto à música, o aspecto cultural mais característico e evidente do punk. O termo moda, no entanto, não é bem aceito pela maioria dos punks e influenciados pela cultura punk pois é entendido estritamente como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência. Costuma-se empregar o termo estilo, com o significado de "roupa como afirmação pessoal" (apesar deste também ser um dos significados da palavra moda), ou mais comumente ainda o termo visual, utilizado em quase toda a cultura alternativa brasileira, não somente no meio punk.
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Características
O estilo punk pode ser reconhecido pela combinação de alguns elementos considerados típicos (alfinetes, patches, lenços no pescoço ou à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas,bondage pants (calças xadrez com vários zípers nas pernas),bottons de bandas punk e de protesto, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano, colorido ou espetado, etc), sendo esta combinação aleatória ou de acordo com combinações comuns à certos sub-gêneros punk, ou ainda o reconhecimento pode ser pelo uso de uma aparência que seja desleixada, "artesanalmente" adaptada e que carregue alguma sugestão ou similaridade com o punk sem necessariamente utilizar os itens tradicionais do estilo.
Cores e formas impactantes.
A moda punk, em sua maioria, é deliberadamente contrastante com a moda vigente e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos socialmente -no entanto um número considerável de punks e alguns sub-gêneros apresentam uma aparência menos chamativa (por exemplo o estilo tradicional hardcore). Há também indivíduos intimamente ligados a esta cultura que não têm nenhum interesse ou deliberadamente se recusam a desenvolver uma aparência punk, em geral motivados pelas diversas críticas que a moda punk recebeu durante sua história.
As variações dos elementos das roupas punk e o surgimento de ramificações de estilo estão associados, na maioria dos casos, ao surgimento de novos sub-gêneros musicais, influências ideológicas e de elementos de outras culturas que em determinados momentos dividiam mesmo espaço com o punk. A idéia popularmente difundida e equivocada de que todos os elementos do esteriótipo punk foram "planejados" cuidadosamente como simbolismo da ideologia libertária/anarquista -por exemplo o coturno, originalmente trazido a cultura punk por influência da cultura skinhead, que é comumente e erroneamente justificado como símbolo de repúdio ao Exército- é com freqüência aceita entre novos punks que acabam desta forma propagando e conseqüentemente agregando pouco-a-pouco um sentido simbólico que não existia anteriormente à moda punk.
Enquanto o estilo punk desligado de um movimento costuma utilizar com liberdade os elementos, combinando peças intuitivamente e utilizando outros itens que não fazem parte do estilo clássico, os membros dos diversos grupos do movimento punk consideram fundamental algumas combinações tradicionais de elementos, uma vez que elas identificam o grupo (e conseqüentemente a ideologia) específico que o indivíduo pertence.
Em diversos países, incluindo o Brasil, a roupa é na maioria das vezes o elemento que desencadeia as brigas de rua entre gangues, membros de grupos divergentes do movimento punk e outros movimentos que repudiam o punk. A combinação arbitrária de elementos costuma não ser bem vista por punks de gangues e sub-grupos do movimento pois é interpretada como uma demonstração de ignorância sobre os costumes, a aparência e as ideologias punk ou fruto de uma tentativa da cultura vigente se apropriar desse estilo. Este desentendimento pode culminar no desprezo, ridicularização ou hostilidade para com o indivíduo ou, nos casos dos grupos violentos, na coerção, furto de peças e agressão.
História
Primeiros anos
Punks em um passeio
Originalmente, fãs de punk rock vestiam-se como greasers dos anos 1950 e 1960, sobretudo nos Estados Unidos, ou de forma semelhante aos fãs de Glam Rock, estilo musical em voga na Inglaterra no começo dos anos 1970. O punk teve seu primeiro estilo próprio difundido com a estilista Vivienne Westwood, dona da loja de roupas Sex que abasteceu as primeiras bandas punks na Inglaterra. Suas roupas se caracterizavam pelo uso de slogans no estilo situacionista, símbolos políticos antagônicos, obscenidade, peças baseadas em roupas obscuras como camisas de forças e parafernália a partir daí a criação individual se torna a marca registrada dos punks, transformando-se mais em uma questão de estilo do que moda no sentido popular do termo. Uma das principais fontes de inspiração foi o pioneiro norte-americano Richard Hell, famoso por cortar o próprio cabelo e adaptar, de forma "artesanal", camisetas. Era comum nesta fase um corte bem curto de cabelo, tanto para mulheres quanto para homens, numa inclinação à androginia em ambos os gêneros (diferente da "feminilização" dos glam rockers, movimento com notável influência sobre os primeiros anos do punk), e utilização de elementos de várias modas juvenis de outras décadas, como o Mod e Teddy Boy, além de elementos kitsch como suéteres multicolores, boinas, bandanas, estampas falsas de pele de animal. O alfinete, utilizado como piercing, a meia arrastão, o prendedor de patches ou aleatoriamente sobre a roupa, se tornou um dos símbolos característicos do punk.
Fim da década de 1970 e meados da década de 1980
Após o sucesso comercial do punk rock e o surgimento dos primeiros street-punks, o caráter colorido, excêntrico e atrativo da primeira geração dá lugar ao estilo mais monocromático, opaco e agressivo. Muito influenciado pelas roupas de Sid Vicious, baixista dos Sex Pistols, que tinha a aparência semelhante aos punks norte-americanos —jaqueta de couro, camiseta e calça jeans—, o street-punk, a geração "anticomercial" do punk, adicionou a isto algumas das excentricidades do estilo tradicional britânico, como centenas de rebites, alfinetes, correntes, patches e pequenos retalhos com estampas falsas de pele de animal. Tornou-se comum também escrever mensagens como "no future" ("sem futuro") ou nomes de bandas com tinta branca nas costas das jaquetas.
Devido a difusão do estilo street-punk, o estilo original punk passou a ser imediatamente associado a new wave, que a grosso modo representou a versão comercial do punk, e pouco a pouco foi incorporando mais elementos coloridos e referências à cultura pop, abandonando o caráter ofensivo e controverso em favor de uma imagem bem humorada e caricatural. O estilo espalhafatoso do punk new wave foi muito popular (especialmente após a inauguração da MTV) e é considerado um dos símbolos pop da década de 1980.
Moicano, estilo de cabelo muito utilizado por punks.
Por volta de 1979, com o reaparecimento dos skinheads na cultura inglesa e a metamorfose do street-punk em Oi!, alguns de seus principais símbolos, o coturno, a camisa estilo pólo e os suspensórios, são absorvidos pela cultura punk. É sobre a influência dos skinheads e do hooliganismo dos fãs de Sham 69 que os punks ligados ao Oi! desenvolvem uma imagem supermasculinizada, simbolizando a violência, a virilidade e o orgulho suburbano/proletário. Este desejo de aparentar pertencer a parte suburbana, oprimida, trabalhadora e vista como heroína da revolução social, então comum entre fãs de Oi! e conhecido na época como "credibilidade de rua", teve grande impacto no estilo e levou muitos adeptos a perseguir, ridicularizar e agredir indivíduos que não correspondiam visualmente ao estilo que julgavam ser antagônico ao "estilo burguês" e típico das ruas (roupas desgastadas e que simbolizassem a virilidade e a marginalização social). Uma das bandas favoritas desta cena na época, The Exploited, popularizou, não só entre Oi!s mas no punk de forma geral, o corte de cabelo moicano, que antes representava um elemento menor dentro da moda punk. Muito do estilo Oi! foi influenciado por filmes de sucesso sobre violência e gangues juvenis, entre eles Laranja Mecânica, Selvagens da Noite, Quadrophenia e Taxi Driver.
Ainda em 1979, um dos veteranos do street-punk, Crass, decide abandonar a aparência tradicional punk e usar somente roupas pretas, numa inclinação a simplicidade e a uniformização, e dão início ao anarcopunk. O estilo sóbrio faz referência a total objetividade da banda, todos se vestem de forma muito parecida e a imagem de seus rostos raramente é vista em revistas e outros impressos, com a intenção de não serem vítimas do estrelato e do culto da personalidade que a indústria cultural alimentava. O desprezo pela postura típica do rock and roll somado ao estilo todo de preto da banda resultou em diversas críticas nos primeiros anos por parte dos clubes e públicos tradicionais da cena punk, sendo acusados comumente de fascistas pela aparência radicalmente diferente para a época. A cena anarcopunk cresceu em pouco tempo se tornando logo um abrigo para os mais diversos estilos emergentes. Estes estilos tiveram grande influência sobre a aparência anarcopunk (e a aparência anarcopunk sobre a moda punk em geral), notavelmente a cultura gótica e o seu interesse por maquiagem, cabelos de longo comprimento e arrepiados, imagem decadentes e sombrias. O engajamento do movimento anarcopunk na luta pelos direitos animais ajudou a tornar impopular o coturno e as jaquetas de couro, que já não eram bem vistos por alguns por se assemelharem ao estilo Oi!. O engajamento, não só neste tópico, mas também em várias outras causas anarquistas como o feminismo e o pacifismo desencadeou também o costume entre anarcos de usar camisetas e patches com stêncils de slogans políticos sarcásticos e de manter uma aparência andrógina quase assexual (ou que pelo menos não fosse reforçadora do esteriótipo "macho" e nem super-sexualizada ou reforçadora do esteriótipo feminino de delicadeza e fragilidade). Um interesse por elementos coloridos e excêntricos dos primeiros anos punk reaparece entre alguns anarcopunks graças a influência de bandas teatrais como Chumbawamba, revivalistas como Brigandage e Rubella Ballet e a New Wave.
Mulher punk.
De modo geral, entre 1980 e 1984 na Inglaterra, as duas principais correntes punk foram o Oi! e o anarcopunk, que apesar de antagônicas deram origem a um grande número de punks que visualmente, e as vezes ideologicamente, assimilavam costumes de ambos movimentos. O punk de jaqueta de couro, rebites, coturno, suspensório, patches, cabelos longos ou moicano, colorido vestindo roupas pretas foi o esteriótipo mais comum do punk durante a década de 1980.
Nos Estados Unidos o estilo greaser dos Ramones convivia com variações importadas da Inglaterra até o fim da década de 1970, quando, também diante da popularização do punk, o hardcore —originalmente uma ramificação anticomercial do punk norte-americano— surgiu. Em seus primeiros anos o hardcore era vagamente descritível, simbolizando mais uma atitude diante da cultura punk do que um estilo de moda ou música. Apesar disso é notável, num público formado majoritariamente por homens, a predominância da cabeça raspada e do estilo suburbano norte-americano (note que se diferencia do orgulho suburbano inglês Oi! na medida que o subúrbio norte-americano não carrega a conotação socialista de operário-proletário e de opressão social como na Inglaterra; trata-se da imagem de tédio e marginalização cultural sugerida pela roupa padronizada) usando quase que exclusivamente uma camiseta de manga curta sem estampa e uma calça jeans, ambas visivelmente desgastadas. Pouco tempo depois, quando a cena hardcore se tornou mais claramente definida, acrescentou elementos de estilos ligados aos esportes jovens como o skate, o patins e o surf (influenciado principalmente pelo fato da cena ter se desenvolvido com maior força na região costeira dos Estados Unidos, como Los Angeles, onde estes esportes eram muito comuns): a camisa xadrez flanelada, os tênis de skatistas(sempre pretos ou marrons), a bermuda sempre em tons opacos,as vezes boné com ares de desleixo se tornam características do estilo hardcore,que repudia as roupas coladas jaquetas de couro e cabelos gritantes,adotam um estilo próximo ao hip hop suburbano . A imagem masculinizada e muitas vezes deliberadamente machista, muito forte nos primeiros anos, começa a ser combatida pela influência libertária das principais bandas. A aparência agressiva apesar disso continua acentuada — em parte pela própria natureza do estilo musical hardcore, em geral extremamente rápido e de inclinação anti-social.
Meados da década de 1980 até o começo da década de 1990
Em meados da década de 1980 o punk alcança seu primeiro ápice nos outros países do mundo. Enquanto os países berços, Inglaterra e Estados Unidos, desenvolviam diversificações cada vez mais definidas dentro da cultura punk, as revistas de música e a mídia em geral dos outros países apresentavam de forma superficial e muitas vezes equivocadas essas várias tendências. Este material foi para a esmagadora maioria destes novos punks a única referência além dos encartes de álbuns. A partir daí um estilo se consolidou em países como Finlândia e Brasil, principalmente entre jovens da classe média-baixa das grandes cidades, caracterizado pela mistura de vários elementos visuais e ideológicos do punk norte-americano, hardcore, oi!, anarcopunk e, em menor escala, o punk inglês dos primeiros anos. O estilo era chamado simplesmente punk e era visto por muitos de seus adeptos como contrário ao então chamado "punk de boutique", "burguês ou "universitário" —em geral punks de classes mais abastadas que tinham melhor acesso às idéias e tendências estrangeiras ou então jovens que se interessavam pela moda New Wave que dominou a cultura pop dessa década.
Punks cumprimentando-se.
Com o impacto do fim da primeira geração anarcopunk na Inglaterra em 1984, simbolizada pela desintegração da banda ícone Crass e o fracasso da greve dos mineradores, a nova geração, sob influência de bandas/ativistas ligados a organização política Class War (em destaque o Conflict) e da visibilidade das cenas punks em diversos outros países, passa a assimilar naturalmente o estilo musical e a aparência do punk "genérico" e a desenvolver um maior interesse por uma tradição punk, em contraposição à postura anti-fetichista e "antipunk" do Crass. A influência do reggae, já comum na cultura punk, trouxe para o anarcopunk, principalmente nesta época, alguns elementos do Rastafari, especialmente o dreadlock (estilo de cabelo cujos fios são fundidos em várias "cordas" grossas de cabelo). O dread se tornou comum na então chamada cena crustie (não confundir com o sentido contemporâneo do termo), por volta de 1989.
No meio da década de 1980 a nova geração do heavy metal também alcançava seu ápice e acabou por fundir-se, nos Estados Unidos, com a cena Hardcore tanto musicalmente quanto na forma de se vestir. Cabelos compridos, bonés, jaquetas jeans e outros elementos comuns aos headbangers foram incorporados pelos punks (também os headbangers incorporaram elementos da cultura punk). Fora dos Estados Unidos, no entanto, a influência heavy metal dificilmente foi além do estilo musical e do design das capas de disco.
Década de 1990 até os dias de hoje
No começo dos anos 1990 o punk encontra novamente na música pop um meio de difusão. O grunge, que nasceu no cerne da música alternativa norte-americano no fim da década de 1980, alcança o grande público com o sucesso do disco Nevermind, do Nirvana. O estilo grunge reflete muitos elementos da cena hardcore e crossover thrash original — que de fato foram grandes inspirações para os precursores do estilo: cabelos compridos, camisas xadrez flaneladas, calças jeans rasgadas e camisetas desbotadas, tudo adaptado para a temperatura fria com a sobreposição de calças inteiras e calças rasgadas, camisetas e jaquetas sobre as camisas xadrez.
O pop-punk e o hardcore-pop de bandas como The Offspring, Green Day, Pennywise, Good Charlotte, Blink-182 e NOFX alcançam o sucesso também no começo da década, influenciando toda uma geração com um estilo punk "esportivo" e mais polido popularmente conhecido como punk rock californiano. As roupas são associadas ao estilo jovem das costas oeste e leste norte-americanas, em especial ligadas a cultura skate e patins, como bermudas e óculos escuros mesclados com cabelos coloridos e espetados, sem o tradicional "desbotado" ou aparência desleixada da cena hardcore do começo de 1980.
Punks em um show.
Este impulso da cultura punk, que estava condenada ao gueto da cultura alternativa no fim da década de 1980, incentivou um revivalismo punk na cultura popular que trouxe a tona vários elementos musicais e de moda das outras décadas através de bandas novas e ideologicamente descompromissadas. A aparência do pop-punk da década de 1990 é nitidamente a mais polida e bem-humorada, fazendo referências estilizadas e irônicas ao esteriótipo punk. Vertentes alternativas também se desenvolvem pelo mundo durante este período fora da atenção da mídia, mas ainda assim influenciadas em algum nível pela estética pop-punk e grunge emergente, como as Riot Grrrl, o anarcopunk nos países latinos e nos Estados Unidos, o straight-edge fora da América do Norte, as novas gerações oi!, emo, hardcore entre outros.
No fim dos anos 1990 e começo de 2000 a nova geração emo se tornou a corrente predominante na cultura popular. Caracterizada por elementos de moda do pop-punk, hardcore straight-edge da década de 1990 e gótica como: - franja comprida jogada para um lado do rosto; - maquiagem preta reforçada nos olhos (tanto em homens quanto mulheres); - piercing no lábio inferior; - para as roupas admiram a cor preta (para eles significa profundidade), vermelha e branca, que podem estar sozinhas ou combinadas formando uma malha xadrez; - tênis no estilo mad rats; - acessórios multi-coloridos como munhequeiras, pulseiras, colares e etc (remetendo à infância e contrastando com a maturidade apresentada pelos itens anteriores); Ou seja, lutando por liberdade, amor, liberdade de expresão, demonstrando em seu rosto ar de magoado. Os emos são frequentemente odiados por punks puristas, por ser muito exposto em mtvs e por isso ter virado moda, atraindo muitos falsos punks para o estilo.
QUEM QUEBROU A GUITARRA
Muitos pensam que Jimmy Hendrix inventou de quebrar a guitarra mas na verdade quem inventou de fazer isso foi a banda The Who.Em um dia eles estavam tão loucos que o guitarrista jogou a guitarra pra cima quebrando o teto e a guitarra,e o público gostou tanto que eles decidiram qu no próximo show iriam quebrar a guitarra.Esse show era um encontro de bandas e o The Who e Jimmy Hendrix tiraram no par ou impar quem entraria primeiro.Jimmy ganhou e assim Jimmy quebrou a guitarra primeiro,mas a idéia foi dos The Who.
SEX PISTOLS
O Sex Pistols surgiu numa conjuntura favorável ao nascimento da cultura punk. Malcom McLaren foi um dos maiores responsáveis pela propagação do punk-rock no Reino Unido. A história de McLaren começa a ficar interessante em 71, quando foi inaugurada a Let It Rock, uma loja de roupas para a nova geração de teddy boys - filhotes das gangues originais, surgidas nos idos de 53. Desde então, McLaren tornou-se uma celebridade entre músicos e modernos londrinos.Em 1973, os integrantes da banda protopunk New York Dolls entram na Let It Rock. O visual da banda (uma mistura de glitter e sadomasoquismo) conquista McLaren e ele vira seu empresário. Em Nova Iorque, percebe o quanto os New York Dolls estavam ultrapassados e salta borda fora. Apesar de renegar os Dolls, o empresário trouxe uma ideia brilhante dos Estados Unidos. Depois de perceber que o que valia no mundo do rock, em 75, era muito mais a atitude do que o som, McLaren decidiu construir uma banda segundo seus novos padrões.Mais uma vez em Londres, reassume sua a sua loja - agora chamada SEX - e transforma-a no epicentro do terremoto que sacudiria o mundo pop, ajudado pela estilista Vivienne Westwood. Segundo o próprio McLaren, criou os Sex Pistols.Reunir os quatro Pistols foi fácil: Steve Jones e Paul Cook (respectivamente guitarrista e baterista) viviam na SEX. Glen Matlock, baixista e empregado da loja aos sábados, foi convocado imediatamente. Faltava escolher um vocalista.Depois de descartar o crítico Nick Kent e o cantor Richard Hell para a vaga, a banda experimenta um velho freqüentador do sítio, um adolescente de dentes podres chamado John Lydon. O teste é feito na loja, com o vocalista a cantar numa jukebox. Johnny, que nunca tinha cantado na vida antes, foi aprovado pela sua postura e comportamento anti-social. Em resumo, era perfeito para a vaga. Os ensaios começam. Agora a banda chama-se Sex Pistols e John Lydon vira Johnny Rotten (literalmente, Joãozinho Podre).O primeiro concerto acontece em 6 de novembro de 1975, que foi um fiasco inevitável dada a pouca preparação da banda. Esse mítico show é retratado no filme 24H Party People. A personagem central do filme, Tony Wilson (patrão da editora Factory e da discoteca Hacienda - responsável pelo lançamento de bandas como os Joy Division, Happy Mondays e New Order), afirma no filme que aquele concerto foi o início do movimento que se seguiria, um movimento que ainda hoje permanece e com muito sucesso.

Posted by DJ BURP | às 17:57

1 comentários:

AMANDA 1000% HIP HOP disse...

página muito interessante mais você podia abrir uma de toda a cultura hip hop

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