OS 3 MUNDOS
PARAÍSO(CÉU)
A palavra paraíso deriva do termo avéstico pairi-daeza (uma área/jardim murada), composto por pairi- (ao redor), um cognato do grego peri-, e -diz (criar, fazer). Uma palavra associada é o sânscrito paradesha que literalmente significa país supremo.
Lugares habitualmente vistos como analogias de paraíso incluem:
O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden.
Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião.
Um jardim cercado ao estilo dos jardins persas, algumas vezes chamado de "jardim paradisíaco".Fontes tão antigas quanto Xenofonte em seu Anabasis, discorrem sobre o afamado "paraíso" dos jardins persas. Na dinastia persa dos Aquemênidas, possivelmente antes (na Mesopotâmia?), o termo não era só aplicado aos jardins "paisagistas", mas especialmente aos terrenos para caçadas reais, a forma mais antiga de reserva para a vida selvagem, destinada para a prática da caçada como esporte; em várias culturas em contato com a natureza, o paraíso é retratado como um eterno campo de caçadas, não apenas em culturas relativamente primitivas (por exemplo, os índios norte-americanos, mas também em civilizações mais avançadas, essencialmente agrícolas, como os "Campos de Junco" dos egípcios e os Campos Elíseos dos gregos.
Lugares habitualmente vistos como analogias de paraíso incluem:
O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden.
Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião.
Um jardim cercado ao estilo dos jardins persas, algumas vezes chamado de "jardim paradisíaco".Fontes tão antigas quanto Xenofonte em seu Anabasis, discorrem sobre o afamado "paraíso" dos jardins persas. Na dinastia persa dos Aquemênidas, possivelmente antes (na Mesopotâmia?), o termo não era só aplicado aos jardins "paisagistas", mas especialmente aos terrenos para caçadas reais, a forma mais antiga de reserva para a vida selvagem, destinada para a prática da caçada como esporte; em várias culturas em contato com a natureza, o paraíso é retratado como um eterno campo de caçadas, não apenas em culturas relativamente primitivas (por exemplo, os índios norte-americanos, mas também em civilizações mais avançadas, essencialmente agrícolas, como os "Campos de Junco" dos egípcios e os Campos Elíseos dos gregos.
INFERNO
Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditóriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31). Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. . A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado no terceiro dia conforme relata os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.
PURGATÓRIO
O Purgatório é uma condição ou um processo de purificação em que certas almas que morreram em estado de graça são preparadas para a sua posterior ida ao Paraíso. Esta ideia religiosa, particularmente associada à Igreja Católica, encontra-se já na literatura cristã da Antiguidade, mas este conceito atingiu a maturidade durante a Idade Média.Segundo a doutrina da Igreja Católica, o Purgatório não é um nível intermédio entre o Inferno e o Paraíso, mas uma última oportunidade de purificação/conversão onde as pessoas que morreram em estado de graça (isto é, não estão manchados pelo pecado mortal e, portanto, já estão destinadas ao Paraíso), mas ainda precisariam se preparar para ter capacidade de ver Deus face a face no Céu. Este facto justifica-se pela existência nas almas destas pessoas de manchas originadas pelos pecados veniais (ou leves) e pelas penas temporais devidas ao pecado, nomeadamente dos pecados mortais, cujas culpas já estão previamente perdoadas por Deus, sacramentalmente ou não.
A existência do Purgatório foi teorizada no pontificado do Papa Gregório I, em 593, com base no livro de 2º Macabeus 12.42-46 (que foi considerado apócrifo pelos líderes da Reforma Protestante, dez séculos depois). O Concílio de Florença, realizado em 1439, aprovou a doutrina, que foi confirmada depois no Concílio de Trento, em 1563. A Igreja Católica também se baseia em alguns trechos dos Evangelhos, que sugerem a existência de penas de gradações variadas, não-eternas, para justificar a existência do Purgatório:
Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. (Lucas 12,45-48)
Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo. (Mateus 5, 25-26)
Segundo a Igreja Católica, a purificação no Purgatório traz grande sofrimento para as almas que o habita, mas difere grandemente do sofrimento terrestre, na medida em que estas almas têm a certeza de que entrariam, brevemente ou não, no Paraíso. A Igreja ensina que os habitantes da Terra (os vivos), através de sacrifícios, sofrimentos, orações, missas, boas obras e indulgências, podem ajudar os seus irmãos que estão no Purgatório a aliviarem o seu sofrimento e acelerarem a sua purificação. Daí o conceito de comunhão dos santos.
No fim do mundo, o Purgatório desaparecerá, com todas as almas que lá se encontram a entrarem no Paraíso, depois de longas purificações.
A existência do Purgatório foi teorizada no pontificado do Papa Gregório I, em 593, com base no livro de 2º Macabeus 12.42-46 (que foi considerado apócrifo pelos líderes da Reforma Protestante, dez séculos depois). O Concílio de Florença, realizado em 1439, aprovou a doutrina, que foi confirmada depois no Concílio de Trento, em 1563. A Igreja Católica também se baseia em alguns trechos dos Evangelhos, que sugerem a existência de penas de gradações variadas, não-eternas, para justificar a existência do Purgatório:
Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. (Lucas 12,45-48)
Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo. (Mateus 5, 25-26)
Segundo a Igreja Católica, a purificação no Purgatório traz grande sofrimento para as almas que o habita, mas difere grandemente do sofrimento terrestre, na medida em que estas almas têm a certeza de que entrariam, brevemente ou não, no Paraíso. A Igreja ensina que os habitantes da Terra (os vivos), através de sacrifícios, sofrimentos, orações, missas, boas obras e indulgências, podem ajudar os seus irmãos que estão no Purgatório a aliviarem o seu sofrimento e acelerarem a sua purificação. Daí o conceito de comunhão dos santos.
No fim do mundo, o Purgatório desaparecerá, com todas as almas que lá se encontram a entrarem no Paraíso, depois de longas purificações.
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